SANTA BRÍGIDA DA IRLANDA, nasceu no século 5, por volta de 450 d.C., provavelmente em Faughart, uma região na Irlanda. Ela era filha de um nobre pagão chamado Dubhthach, um pagão de Leinster, sua mãe, Broicseach, era uma escrava cristã que havia sido batizada por São Patrício. A mãe de Brígida e educou na fé cristã desde cedo, o que teve grande influência na vida da santa.
Inspirada pela pregação de São Patrício, Brígida, apesar da oposição do seu pai, ainda na sua juventude decidiu dedicar sua vida a Deus.
Ela foi conhecida por sua generosidade e cuidado pelos pobres e necessitados. Quando ainda era adolescente, Brígida ofereceu todo o leite de sua vaca a um grupo de pobres, o que resultou em um milagre onde sua vaca começou a produzir mais leite. Sua fama como mulher de bondade e devoção logo se espalhou.
Quando ela finalmente deu sua joia a um leproso, seu pai percebeu que talvez fosse o mais adequado para sua filha a vida de uma freira. Seu pai finalmente cedeu ao desejo de sua filha e ela foi enviada para um convento. Recebeu o véu de Santo Mel e professou votos a dedicar sua vida a Cristo.
Por volta do ano de 470 ela fundou um convento em Kildare, na Irlanda, onde estabeleceu uma comunidade monástica que foi muito respeitada. O convento de Kildare também possuía uma escola e uma grande igreja, e Brígida tornou-se uma líder espiritual de grande importância. O local onde ela fundou a comunidade monástica foi dedicada a São Patrício e é até hoje um centro de devoção.
Santa Brígida é associada a muitos milagres, e sua vida é rica em história de bondade e compaixão. Um dos milagres mais conhecidos é o da "Cruz de Brígida", uma cruz de palha que ela teria feito com suas próprias mãos. Essas cruzes, que se tornaram um símbolo popular na Irlanda, são abençoada no dia de sua festa, 1º de fevereiro, e distribuídas entre os fiéis.
Ela também é frequentemente associada ao cuidado com o pobres, os doentes e os marginalizados, e tem sido considerada uma santa padroeira das mulheres, das crianças e dos animais.
Santa Brígida faleceu por volta de 523 d.C., e sua festa é celebrada no dia 1° de fevereiro, que é o dia de sua morte. Ela foi enterrada na catedral de Kildare, e sua relíquia foi venerada por séculos.
A santa também é lembrada por seu trabalho missionário e seu impacto no cristianismo na Irlanda, ajudando a estabelecer a fé cristã de maneira significativa na região. Sua vida de devoção, caridade e liderança continua a inspirar muitas pessoas até hoje.
Morreu em Kildare em torno de 525 e foi enterrada em um túmulo na igreja de sua abadia. Depois de algum tempo ela foi transportada para Downpatrick com os restos dos santos padroeiros da Irlanda: São Patrício e Columba. Seu crânio foi extraído e levado à Igreja de São João Batista de Lisboa, Portugal, por três irlandeses nobres, onde permanece até hoje. Há uma ampla devoção a ela na Irlanda, onde ela é conhecida como a "Maria da Gael" e seu culto foi trazido para a Europa pelos missionários irlandeses, nos séculos depois da sua morte. Na Bélgica, existe uma capela dedicada a Santa Brígida em Fosses-la-Ville.
A Cruz de Santa Brígida da Irlanda.
A lenda conta que ela fez a cruz e colocou-a no chão ao lado de um homem moribundo, a fim de convertê-lo. É interessante notar que essa lenda não aparece em nenhuma das fontes mais antigas e até hoje sua origem continua perdida na tradição oral. A cruz continua sendo costume em muitas casas na Irlanda, em honra a santa.
A cruz assume muitas formas e é tecnicamente classificada pelos especialistas como um ofício do povo. Segundo a tradição, uma nova cruz é feita no dia de Santa Brígida (1 de fevereiro), como as antigas sendo queimadas. Alguns acreditam que manter uma cruz no teto é uma boa maneira de preservar a cada de incêndios, que foi sempre uma grande ameaça a casas com construção de madeira.
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