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sexta-feira, 13 de junho de 2025

SUPERSTIÇÕES E SANTO ANTÔNIO.

NÃO COLOQUE O SANTO DE CABEÇA PARA BAIXO.
Neste dia 13 de junho é celebrada a festa de Santo Antônio de Pádua, que por tradição é invocado para pedir um bom marido ou esposa. Entretanto, também há pessoas que atribuem à sua imagem poderes que não tem.

Se você é dessas pessoas que colocam "de cabeça para baixo" qualquer imagem deste santo como uma maneira de obrigá-lo a arrumar-lhe um noivo ou noiva; se realizar ofertas com 13 moedas no dia de sua festa; se escreve cartas detalhando as qualidades que quer para eu futuro cônjuge ou rituais parecidos; deve saber que está caindo no superstição e possivelmente em idolatria, portanto no pecado.

O catecismo da Igreja Católica (CIC) no número 2.111 explica que a superstição é "um desvio do sentimento religioso e das práticas que ele impõe. Também pode afetar o culto que prestamos ao verdadeiro Deus: por exemplo, quando atribuímos uma importância de algum modo mágica a certas práticas, aliás legítimas ou necessárias", como são as orações ou os sacramentais.

Santo Tomás de Aquino assinala na Suma Teológica que a superstição se apresenta quando "se oferece culto divino a quem não se deve, ou a quem se deve, mas de um modo impróprio".

Com relação aos sacramentais e orações, cai-se em superstição quando se confia na materialidade do ato sem necessária disposição interior, isto é, quando em vez de valorizar um objeto religioso pelo que represente lhe atribui um pode que não tem.

É supersticioso, por exemplo, quem leva um escapulário, mas não guarda em seu coração fidelidade à Virgem Maria e pensa que só pelo fato de levá-lo se salvará; ou quem pensa que é uma imagem ou um santo que pode realizar um milagre.

Recordemos que a Santíssima Virgem e os santos não fazem milagres, mas sim que é por intercessão deles que Deus pode realizar um milagre em nós em em nossas vidas.

O CIC no número 956 diz que "os bem-aventurados, estando mais intimamente unidos com Cristo, consolidam mais firmemente a Igreja na santidade [...]. Eles não cessam de interceder a nosso favor, diante do Pai, apresentando os méritos que na terra alcançaram, graças ao Mediador único entre Deus e os homens, Jesus Cristo [...]. A nossa fraqueza é assim grandemente ajudada pela sua solicitude fraterna". 

O compêndio do CIC assinala que a supersticão pode se expressar também "nas várias formas de adivinhação, magia, feitiçaria e espiritismo" (número 445).

É certo que a superstição pode levar à idolatria e a distintas formas de adivinhação e magia. O Catecismo se refere à idolatria como uma tentação constante da fé que "consiste em divinizar o que não é Deus", isto é, divinizar alguma imagem ou algum santo e colocá-lo no lugar que pertence ao "senhoria único de Deus".

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