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domingo, 29 de junho de 2025

REFLEXÕES PARA FESTA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO


Quando desejamos refletir bem, sem influência alguma de pessoas ou situações, nos retiramos para um local afastado e silencioso. Queremos esta a sós conosco na natureza e na presença de Deus. Foi o que Jesus fez com seus discípulos quando escolheu aquele que iria governar seu rebanho. O Senhor se dirigiu com eles a Cesaréia de Filipe, um lugar afastado do mundo judeu e significativo pela natureza, próximo ao monte Hermon e a uma das fontes do Jordão. Lá, na solidão e apenas na presença do Pai, checou o coração de Simão e o fez seu vigário. O eleito estava tão purificado, tão livre de apegos e amarras mundanas e tão cheio do Espírito que declarou a identidade de Jesus, reconhecendo-o como o Messias de Deus.

Por outro lado, Jesus confirmou seu nascimento na fé, dando-lhe outro nome, o de Pedro, pedra e indicando seu novo e definitivo encargo: confirmar seus irmãos na fé.

Além de graças para viver plenamente essa missão, Pedro as recebeu também para lavá-la até o fim, quando dará glória a Deus através de sua morte na cruz, como o Mestre, só que de cabeça para baixo.

Simão nasceu de novo, recebeu outro nome, outra função na sociedade, aumentou enormemente seu compromisso na fé. Ao entregar-se na condução de seus irmãos, Pedro viveu momentos de alegria e de tristeza, de certezas e de abandono total na fé. O que passou a guiar sua vida, a ser fiel na missão recebida e abraçada foi a certeza da fidelidade do Senhor. Agora Pedro vai deixando Deus ser o oleiro, fazer dele um homem à imagem de Jesus. Por isso ele é pedra, não por causa de sua dureza, mas por causa de sua solidez e confiabilidade. Da dureza de pedra Pedro apenas guardou a resistência às investidas do inimigo. Nada pode vencê-lo.

Como chefe da Igreja, Pedro recebeu o poder de ligar e desligar, isto é, declarar o que está de acordo ou em desacordo  com o projeto de Jesus. Por isso ele foi sempre esse homem renascido para a missão. Não será por este motivo que os papas mudam de nome?

Mais hoje também é o dia de São Paulo, a outra coluna da Igreja. Pedro é a coluna que nos confirma na fé e Paulo é a que evangeliza.

A liturgia nos propõe como reflexão a carta a Timóteo, onde o Apóstolo faz seu testamento e a revisão de sua vida cristã. De qualquer modo, Paulo, antes de conversão Saulo, também será assemelhado a Jesus, vítima sacrificada em favor de muitos. Ele deduz que o momento de seu martírio, de dar testemunho de Deus, está próximo.

Nessa ocasião foi feita a revisão de vida. Paulo teve consciência de que foi fiel à missão, que cumpriu o encargo de anunciar ao mundo o Evangelho. Teve consciência do quanto sofreu e padeceu por esse motivo e agradeceu a Deu por ter guardado a fé.

Em seguida Paulo expressou sua certeza no encontro com o Senhor, quando então será recompensado por tudo, através da convivência eterna com Ele.

Festejar os santos é praticar seus ensinamentos e seguir seus testemunhos de fé.

Que o Senhor nos ajude a louvar São Pedro e São Paulo, fazendo com que cada dia, cada despertar nós seja para nós um novo dia, o reinício da vida nova iniciada nas mãos de Deus, permitindo a Ele nos refazer, nos moldar segundo seu coração e confiando no resultado final que, como Paulo, só veremos no final da vida.

Que as alegrias e os êxitos, as dificuldades e os sofrimentos do dia-a-dia não impeçam nosso crescimento na fé, mas amadureçam e solidifiquem a ação do Espírito.

Finalmente, sirva-nos de referencial para a fidelidade a Cristo e sua Igreja, a conformidade de nossa vida aos ensinamentos de Pedro.

Que a celebração dessas duas colunas da Igreja seja uma ocasião de graças para o crescimento do Reino de Deus de nossa vida cristã! 

SETE CHAVES PARA ENTENDER POR QUE SÃO PEDRO E SÃO PAULO SÃO CELEBRADOS JUNTOS.


Ao celebrarmos a solenidade de são Pedro e são Paulo, muitas dúvidas nos vem a cabeça. Nascerem e foram martirizados em dias diferentes, viveram em regiões diferentes. Então porque razão a festa deles são celebradas no mesmo dia. Então vamos entender isso.

1. Santo Agostinho de Hipona expressou que eram "um só"
Em um sermão do ano de 395, o doutor da Igreja, santo Agostinho de Hipona,  expressou que são Pedro e são Paulo, "na realidade, eram como um só. Embora tenham sido martirizados em dias diferentes, deram o mesmo testemunho. Pedro foi à frente; Paulo o seguiu.
Celebramos o dia festivo consagrado para nós pelo sangue dos apóstolos. Amemos a fé, a vida, os trabalhos, os sofrimentos, os testemunhos e as pregações destes dois apóstolos".

2. Ambos morreram em Roma
Foram detidos na prisão Mamertina, também chamada Tullianum, localizada no foro romano na Roma Antiga. Além disso, foram martirizados nessa mesma cidade, possivelmente por ordem do imperador Nero.
São Pedro passou seus últimos anos em Roma liderando a Igreja durante a perseguição e até o seu martírio no ano 64. Foi crucificado de cabeça para baixo, a pedido do próprio, por não se considerar digno de morres como seu Senhor. Foi enterrado na colina do Vaticano e a Basílica de São Pedro está construída sobre seu túmolo
São Paulo foi preso e levado a Roma, onde foi decapitado no ano 67. Está enterrado em Roma, na basílica de São Paulo Extramuros.

3. São fundadores da Igreja de Roma
Na homilia de 2012 na solenidade de são Pedro e são Paulo, o papa Bento XVI afirmou que "a sua ligação como irmão na fé adquiriu um significado particular em Roma. De fato, a comunidade cristã desta cidade viu neles uma espécie de antítese dos mitológicos Rómulo e Remo, o par de irmãos a quem se atribui a fundação de Roma".

4. São padroeiros de Roma e representantes do Evangelho
Na mesma homilia, o santo padre chamou esse dois apóstolos de "padroeiros principais da Igreja de Roma".
"Desde sempre a tradição cristã tem considerado são Pedro e são Paulo inseparáveis: na verdade, juntos, representam todo o Evangelho de Cristo", disse.

5. São a versão contrária de Caim e Abel
O santo padre também apresentou um paralelismo oposto com a irmandade apresentada no Antigo Testamento entre Caim e Abel.
"Enquanto nestes vemos o efeito do pecado pelo qual Caim mata Abel, Pedro e Paulo, apesar de ser humanamente bastante diferentes e não obstante os conflitos que não faltaram no seu mútuo relacionamento, realizaram um modo novo e autenticamente evangélico de ser irmãos, tornado possível precisamente pela graça do Evangelho de Cristo que neles operava", afirmou Bento XVI.

6. Porque Pedro é a "rocha"
Esta celebração recorda que São Pedro foi escolhido por Cristo - "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja" - e humildemente aceitou a missão de ser "a rocha" da Igreja e apascentar o rebanho de Deus, apesar de suas fragilidades humanas. 
Os atos dos Apóstolos ilustram seu papel como líder da Igreja depois da ressurreição e ascensão de Cristo. Pedro dirigiu os apóstolos como o primeiro Papa e assegurou que os discípulos mantivessem a verdadeira fé.
Como afirmou e sua homilia o Bento XVI, "na passagem do evangelho de são Mateus (...), Pedro faz a sua confissão de fé em Jesus, reconhecendo-O como Messias e Filho de Deus; fá-lo também em nome dos outros apóstolos. Em resposta, o Senhor revela-lhe a missão que pretende cinfiar-lhe, ou seja, a de ser a 'pedra', a 'rocha', o fundamento visível sobre o qual está construído todo o edifício espiritual da Igreja".

7. São Paulo também é coluna o edifício espiritual da Igreja.
São Paulo foi o apóstolo dos gentios. Antes de sua conversão, era chamado Saulo, mas depois de seu encontro com Cristo e conversão, continuou seguindo para Damasco, onde foi batizado e recuperou a visão. Adotou o nome de Paulo e passou o resto de sua vida pregando o Evangelho sem descanso às nações do mundo mediterrâneo.
"A iconografia tradicional apresenta são Paulo com a espada, e  sabemos que esta representa o instrumento do seu martírio. Mas, repassando os escritos do Apóstolo dos Gentios, descobrimos que a imagem da espada se refere a toda a sua missão de evangelizador. Por exemplo, quando já sentia aproximar-se a morte, escreve a Timóteo: 'Combati o bom combate' (2Tm 4,7); aqui não se trata seguramente do combate de um comandante, mas daquele de um arauto da Palavra de Deus, fiel a Cristo e à sua Igreja, por quem se consumou totalmente. Por isso, o Senhor lhe deu a coroa de glória e colocou-o, juntamente  com Pedro, como coluna no edifício espiritual da Igreja", disse Bento XVI em sua homilia. 

terça-feira, 24 de junho de 2025

A VOZ QUE CLAMA NO DESERTO.

Cinco citações para conhecer melhor São João Batista.
Cinco citações bíblicas ajudam a conhecer melhor o homem sobre quem Jesus disse: "Entre todos os nascidos de mulher, não há ninguém maior do que João" (Lc 7,28)

1. "Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo" (Mt 3,11)
John Bergsma, especialista em Bíblia e professor de teologia na Universidade Franciscana de Steubenville, nos Estados Unidos, escreveu sobre a possibilidade de João Batista ter feito parte da comunidade judaica dos essênios, que vinculavam intimamente o Espírito Santo à água.

Bergsma, que é doutor em Teologia e especialista no Antigo Testamento, afirma que João Batista foi mais além e não conectou o batismo do Messias apenas com a água e o Espírito Santo, mas também com o fogo.

2. "É preciso que Ele cresça, e eu diminua" (Jo 3,30).
O nascimento de João é celebrado perto do auge da luz do sol no hemisfério norte, o solstício de verão, que no hemisfério sul corresponde ao solstício de inverno.

O calendário litúrgico revela um aspecto da missão de João como precursor do Messias, o Filho de Deus encarnado: Ele é “a luz que brilha nas trevas” (Jo 1, 5).

A cada ano, após o solstício de verão, a luz do sol começa a diminuir. Assim também João decresce antecipando a vinda do Messias, até tocar o seu ponto mais baixo na véspera do Natal, no hemisfério norte. Esse é o momento no qual Jesus, “a luz das luzes, desce do céu e a própria luz física começa a crescer”.

3. "Arrependei-vos, pois o Reino dos Céus está próximo" (Mt 4,17).
São João Batista foi um verdadeiro místico. Sua vitalidade interior e sua visão sobrenatural da realidade permitiram-lhe guiar outras pessoas na convicção de uma mudança de vida que lhes possibilitasse ver o Céu.

“Batizado pelo Espírito Santo no ventre de sua mãe, a vida de João foi marcada pela chegada do Reino do Céu desde seus primeiros dias. Suas palavras registram a realidade das primeiras palavras de Jesus no Evangelho de Marcos: ´Arrependei-vos, pois o Reino dos Céus está próximo´”, afirma Bergsma.

4. "Crias de víboras! como podeis falar coisas boas, sendo maus?" (Mt 12,34)
João Batista não gostava da hipocrisia. As palavras que ele escolheu para dirigir-se aos fariseus e aos saduceus deixam isso claro. “Suas palavras são um lembrete, não tão amável, de que o humilde reconhecimento de nossos pecados é mais importante que as aparências”, afirma o especialista em Bíblia.

4. "Eis o Cordeiro de Deus" (Jo 1,29)
João Batista foi um dos primeiros a reconhecer a divindade de Jesus. “Ele não apenas salta no ventre de sua mãe. Ele também instrui seus discípulos André e João para que sigam Jesus, chamando-o de Cordeiro de Deus”.

Bergsma lembra que essas palavras são repetidas pelos sacerdotes em cada missa: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.

“Que, nesta festa, as palavras de João Batista acendam o fogo em você” e que você “veja o Céu na sua vida cotidiana, viva com integridade e contemple o Cordeiro de Deus”, conclui o especialista.

NOVE DADOS SOBRE SÃO JOÃO BATISTA.

Aspectos poucos conhecidos da vida do Santo.


1. Sua relação de parentesco com Jesus.
No Evangelho de São Lucas (Lc 1,36),  a mãe de João Bastista, Isabel, é descrita como "parente" de Maria. Isso significa que elas tinham, provavelmente, alguma relação de parentesco de sangue.

Isabel, sendo uma pessoa mais velha, talvez tenha sido tia ou tia-avó de Maria. Em consequência, Jesus e João Batista eram primos, no sentido estrito ou amplo do termo.

2. Seu ministério começou um pouco antes que o de Jesus.
São Lucas nos dá a data precisa do início do ministério de São João Batista: "No décimo quinto ano do império César... a palavra de Deus veio a João, filho de Zacarias, no deserto. Ele percorreu toda a região do Jordão, proclamando um batismo de arrependimento para o perdão dos pecados" (Lc 3,1-3).

3. Foi o precursor que anunciou a chegada do Messias
João Batista foi o precursor e arauto do Messias. Sua missão foi preparar o caminho para a chegada do Cristo, chamando as pessoas ao arrependimento, à conversão e batizando-as com água.

Ele também veio para identificar o Messias. Disse: "Também eu não o conhecia, mas vim batizar com água para que ele fosse manifestado a Israel" (Jo 1,31).

Quando João batizou Jesus, o reconheceu e disse: "Eu vi o Espírito, como pomba, descer do céu e permanecer sobre ele. Eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar com água, disse-me: 'Sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, esse é quem batiza com o Espírito Santo'" (Jo 1,32-33).

4. Sua detenção afetou Jesus
Os evangelhos contam que João Batista e Jesus pregaram inicialmente na Judeia, perto de Jerusalém, na região sul de Israel. No entanto, João foi preso por Herodes Antipas, governador da Galileia e da Pereia, região que incluía uma parte do deserto próximo a Jerusalém.

São Mateus conta que, “ao saber que João fora preso, Jesus retirou-se para a Galilea” (Mt 4, 12).

5. Ensinou sobre a moral no trabalho
Coletores de impostos e soldados questionaram são João Batista sobre o que deviam fazer para agradar a Deus. O profeta pediu-lhes que fizessem os seus trabalhos de maneira justa.

“Alguns publicanos vieram para o Batismo e perguntaram: ´Mestre, que devemos fazer?´ Ele respondeu: ´Nada cobreis além do que foi estabelecido´. Alguns soldados também lhe perguntaram: ´E nós, que devemos fazer?´ João respondeu: ´Não maltrateis a ninguém, nem tomeis dinheiro à força e contentai-vos com o vosso soldo?” (Lc 3, 12-14).

6. Não foi a reencarnação de "Elias"
No Evangelho, quando Jesus descreve João Batista como o “Elias” que viria se referia ao cumprimento da profecia de Malaquias (Ml 3, 24), que não deveria ser interpretada de um modo literal, como faziam os escribas da época.

Quando o anjo Gabriel anunciou o nascimento de João ao seu pai Zacarias, disse que ele apareceria “com o espírito e o poder de Elias” (Lc 1, 17), ou seja, com a mesma força profética do Espírito Santo para realizar sua missão.

Assim foi João Batista, o precursor do Messias no Novo Testamento que, à semelhança de Elias no Antigo Testamento, preparou o caminho para a chegada do Senhor.

7. Era muito famoso
São João Batista atraiu multidões com sua predicação e com seu batismo. “Acorriam a ele Jerusalém e toda a Judeia e toda a região do Jordão” (Mt 3, 5).

O movimento iniciado por ele trouxe também seguidores de terras distantes. O livro dos Atos dos Apóstolos conta um pouco da história de Apolo, um cristão que chegou a Éfeso “versado nas Escrituras”, que “falava e ensinava com exatidão a respeito de Jesus, embora só conhecesse o batismo de João” (At 18, 24-25).

Além do Novo Testamento, o historiador judeu Flávio Josefo, do século I d.C., também escreveu sobre a atuação do profeta.

8. O filho de "Herodes, o Grande" o assassinou.
João Batista morreu mártir por ordem de Herodes Antipas, um dos filhos de Herodes, o Grande.

Após a morte do rei, Antipas herdou o governo das regiões da Galileia e da Pereia. Mas se havia casado com Herodíades, esposa de seu irmão Herodes Filipe I.

João Batista se opôs publicamente ao escândalo e Herodes Antipas decidiu prender João (Mt 14, 3), mas Herodíades o odiava e desejava a sua morte.

Embora tivesse o profeta sob custódia, Herodes Antipas o protegia e o admirava como pregador: “Herodes respeitava João, sabendo que era um homem justo e santo, e até lhe dava proteção. Cada vez que o ouvia, ficava desconcertado, mas gostava de ouvi-lo” (Mc 6, 20).

Manipulado por Herodíades, Herodes Antipas decretou a morte de são João Batista. E mesmo depois da sua morte, o governador seguiu admirando-o. Quando começou a ouvir notícias sobre Jesus, pensou que Ele poderia ser João ressuscitado (Mc 6, 14) e tentou vê-lo com seus próprios olhos (Lc 9, 9).

9. Morreu por ódio.
Herodíades, esposa de Herodes Antipas, odiava João pelas críticas públicas que ele fazia à sua união ilegítima. “João andava dizendo a Herodes: ´Não te é permitido ter a mulher do teu irmão´. Por isso, Herodíades o hostilizava e queria matá-lo, mas não conseguia” (Mc 6, 18).

Mas ela encontrou o momento e a forma de conseguir seu objetivo. Depois que sua filha Salomé deleitou Antipas com uma dança especial em sua festa de aniversário, Herodíades pôde manipulá-lo para que desse a ordem da morte de João por decapitação (Mc 6, 21-28).

segunda-feira, 23 de junho de 2025

DE ONDE VEM A DEVOÇÃO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS.


Faltam poucos dias para a festa do Sagrado Coração de Jesus e muitos fiéis se perguntam como e onde se originou esta devoção.

A devoção ao coração ferido de Jesus se origina no século XI, quando cristãos piedosos meditavam sobre as cinco feridas de Jesus na cruz.

Naquela época, as orações ao Sagrado Coração, à ferida no ombro de Jesus, entre outras devoções privadas, cresciam entre os fiéis. Todas elas ajudaram os cristãos a meditar sobre a paixão, aumentando assim o amor ao Senhor Jesus.

Foi somente em 1670 que o padre francês Jean Eudes celebrou a primeira festa do Sagrado Coração de Jesus.

Na mesma época, uma religiosa conhecida por sua piedade, Irmã Margarita Maria Alacoque, começou a relatar suas visões de Jesus, que lhe apareceu com frequência. Em dezembro de 1673, o Senhor permitiu-lhe, como já havia permitido a Santa Gertrudes, descansar sua cabeça sobre o seu coração.

Enquanto ela experimentava o conforto da sua presença, Jesus falou-lhe do seu grande amor e lhe explicou que a tinha escolhido para fazer conhecer o seu amor e a sua bondade à humanidade.

No ano seguinte, em junho ou julho de 1674, Margarida Maria relatou que Jesus queria ser homenageado com a imagem de Seu coração de carne. Ele pediu aos fiéis que O recebessem com frequência na Eucaristia, especialmente na primeira sexta-feira de cada mês, e que praticassem uma hora sagrada de devoção.

Em 1675, durante a oitava de Corpus Christi, Margarita Maria teve uma visão que, mais tarde, ficou conhecida como a “grande aparição”.

Nela, o Senhor Jesus pediu que a festa do Sagrado Coração fosse celebrada todos os anos na sexta-feira seguinte ao Corpus Christi, em reparação pela ingratidão dos homens para com o Seu sacrifício redentor na cruz.

A devoção tornou-se popular após a morte de Santa Margarida Maria, em 1690. No entanto, como a Igreja sempre tem o cuidado de aprovar uma aparição ou devoção particular, o feriado só foi estabelecido oficialmente na França em 1765.

Em 8 de maio de 1873, a devoção ao Sagrado Coração foi formalmente aprovada pelo papa Pio IX.

26 anos depois, em 21 de julho de 1899, o papa Leão XIII recomendou, com urgência, que todos os bispos do mundo celebrassem a festa em suas dioceses.

O papa Leão aprovou as seguintes indulgências para a devoção:

• Pelo cumprimento da devoção pública ou privada, sete anos e sete quarentenas (a remissão da pena temporária equivalente ao que seria concedido por quarenta dias de penitência) a cada dia.

• Se a devoção for praticada diariamente em privado, ou se uma pessoa comparecer a uma função pública pelo menos dez vezes, uma indulgência plenária (remissão de todas as penas temporárias pelos pecados) em qualquer dia de junho ou entre 1 e 8 de julho (de acordo com o decreto Urbis et Orbis, de 30 de maio de 1992).

• A indulgência 'toties quoties' (para as almas do purgatório) pode ser conquistada no dia 30 de junho ou no último domingo de junho nas igrejas onde se celebra o mês de junho solenemente.

• Aos sacerdotes que pregam os sermões nas solenes celebrações do mês de junho em homenagem ao Sagrado Coração, e aos reitores das igrejas onde se realizam estas cerimônias, o privilégio do Altar Gregoriano no dia 30 de junho.

• Uma indulgência plenária para cada comunhão do mês de junho e para aqueles que promovem a celebração solene do mês de junho.

domingo, 22 de junho de 2025

SETE COISAS SOBRA A VIDA E A OBRA DE SÃO TOMÁS MORE.


São Tomás More, advogado e escritor inglês que se destacou pela defesa do matrimônio na Igreja Católica contra o divórcio do rei Henrique VIII, que no século XVI fundou a Igreja da Inglaterra, separando-se de Roma.

São Tomás More trabalhou toda a vida como pai e político para que os cidadãos respeitassem a fé, a ética e a moral católicas. Ele costumava dizer que "o homem não pode ser separado de Deus, nem a política da moral".

1. Ele é padroeiro dos políticos
Em 31 de outubro de outubro de 2000, São João Paulo II declarou são Tomas More o padroeiro dos políticos e governantes.

São João Paulo II disse que o santo se distinguiu pela sua constante fidelidade à Autoridade e às instituições legítimas, porque pretendia servir nelas, não ao poder, mas ao ideal supremo da justiça. A sua vida ensina-nos que o governo é , primariamente, um exercício de virtude.

2. Foi um pai e marido exemplar
São Tomá More foi casado com Jane Colt, com quem teve quatro filhos: um homem e três mulheres. Após ficar viúvo, o santo casou-se pela segunda vez com Alice Middleton, que era viúva e tinha uma filha.

São João Paulo II disse que "diariamente, Tomás participava da missa na igreja paroquial," e que "ao longo de toda a sua vida, foi um marido e pai afetuoso e fiel, cooperando intimamente na educação religiosa, moral e intelectual dos filhos".

A sua casa acolhia genros, nora e netos, e permanecia aberta a muitos jovens amigos  que andavam à procura da verdade ou da própria vocação. Na vida de família dava-se largo espaço à oração comum e à lectio divina, e também a sadias formas de recreação doméstica".

3. Defensor do matrimonio
São Tomás More destacou-se por defender com a vida a indissolubilidade do matrimônio, pois ocupando o cargo de chanceler de Henrique VIII, rei da Inglaterra, enfrentou a coroa ao se recusar a assinar a Ata de Sucessão e Supremacia.

Aqueles que assinava este documento aceitavam a decisão do monarca se se separar da Igreja Católica para se divorciar da esposa e se casar novamente, e também o reconheciam como chefe supremo da Igreja Anglicana, substituindo o papa.

Como esta decisão ia contra a Igreja Católica e contra a natureza intrínseca do sacramento do matrimônio, o santo tentou dissuadi-lo, mas como não teve sucesso, renunciou a todos os seus cargos. Mais tarde, ele foi preso e condenado a morte.

4. Ele se destacou na literatura universal
São Tomás More, amigo de Erasmo de Roterdã e de Luis Vives, figuras ilustres da cultura renascentista, publicou em 1516 "Utopia", uma crítica contundente às mazelas sociais de seu tempo.

A obra, essencial na história do pensamento ocidental por sua riqueza filosófica, política e teológica, chamou a atenção do monarca inglês Henrique VIII, que o convocou para fazer parte da administração pública.

5. Ele rezava a Deus para ter senso de humor.
Entre os muitos de seus escritos, São Tomás More criou um oração com a qual pedia bom ânimo a Deus.

"Dá-me, Senhor, senso de humor. Consedei-me a graça de compreender as brincadeiras, para que eu conheça um pouco da alegria da vida e possa Comunicá-la aos outros".

6. Ele escreveu obras na prisão
Durante os 14 meses que passou na prisão, o santo fez vários escritos que, em suma, testemunharam "a fidelidade do ser humano à sua consciência, à verdade e aos seus princípios".

Além de suas cartas, uma "Instrução para Receber o Corpo de Cristo" e várias orações, o santo escreveu duas importantes obras: "Um diálogo da fortaleza contra a tribulação" e a obra inacabada "A Agonia de Cristo".

7. Morreu como mártir
São Tomás More foi decapitado e morreu como mártir em 6 de julho de 1535, após se opor à ruptura com a Igreja Católica.
Antes de ser executado, o santo disse à multidão: "Morro como bom servidor do rei, mas primeiro como servidor de Deus".

Em 19 de Maio de 1935, o papa Pio XI canonizou São Tomás More e o bispo São João Fisher, que o apoiou em sua luta pela defesa da indissolubridade do matrimônio e também morreu decapitado poucos dias antes dele. Sua festa litúrgica é celebrada todo dia 22 de junho, junto com São João Fisher.

quinta-feira, 19 de junho de 2025

FRASES DOS SANTOS SOBRE A EUCARISTIA.


A Igreja sempre destacou a presença real do Senhor no Santíssimo Sacramento e por vários séculos incentivou o amor a este grande milagre de Deus.

Frases dos Santos:

1. Santo Tomás de Aquino.
A Eucaristia produz uma transformação progressiva no cristão. É o Sol das famílias e das Comunidades.

2. Santo Agostinho
"Senhor, você alegra minha mente de alegria espiritual. Como é glorioso teu cálice que ultrapassa todos os prazeres provados anteriormente".

3. São Francisco de Assis
“Quando não posso participar da Santa Missa, adoro o Corpo de Cristo com os olhos do espírito através da oração, o qual adoro quando vejo na Missa”.

4. Santo Afonso Maria de Ligório
“Ficai certos de que todos os instantes da vossa vida, o tempo que passardes diante do divino sacramento será o que vos dará mais força durante a vida, mais consolo na hora da morte e durante a eternidade. E seremos mais recompensados por 15 minutos de adoração na presença de Jesus Sacramentado do que em todos outros exercícios espirituais realizados durante nosso dia”.

5. São Francisco de Sales
“A oração, unida a esse sacrifício divino da Missa, tem uma força inexplicável; de modo que através deste sacrifício a alma fica cheia de favores celestiais como apoiada sobre seu Amado”.

6. Santa Maria Goreti
“A Santa Eucaristia é a perfeita expressão do amor de Jesus Cristo pelo homem, é a essência de todos os mistérios da sua vida”. 

7. São Luis Maria Grignion de Montfort
“Antes da Comunhão... suplica a esta bondosa Mãe para que empreste seu coração para receber nele o seu Filho com suas mesmas disposições”.

8. Santa Teresa D'Ávila.
“Depois de receberem o Senhor, sua pessoa real está diante de nós, procurem fechar os olhos do corpo e abrir os da alma e olhá-lo com o coração”. 

EDITORIAL


Caríssimos irmãos e irmãs a vós graça e paz a vós da parte de Deus, nosso Pai, e do nosso Senhor Jesus Cristo.

Irmãos...
A nossa Igreja Católica, ao longo dos séculos, foi agraciada com a sabedoria e o testemunho de incontáveis santos. Entre eles, um grupo se destaca por sua profunda influência na doutrina e na compreensão da fé: "OS DOUTORES DA IGREJA". Um tesouro fundamental de conhecimento e inspiração para a fé católica. Eles nos deixaram ensinamentos profundos e claros sobre as verdades da fé, ajudando a moldar a doutrina da Igreja, além disso, foram modelos de santidade, com vidas que inspiram a buscar por uma união mais profunda com Deus. Em suma, o legado dos Doutores da Igreja é uma rica herança de sabedoria teológica, santidade de vida e um profundo conhecimento, que continua a moldar a fé a a prática da Igreja. 

Por isso, e considerando a importância dessas santos, vamos iniciar em nosso site, o Série "DOUTORES DA IGREJA". Todas as segundas, quartas e sexta, vamos trazer artigos sobre os esses santos, sua vida, suas obras e seus legados.

Então convido a todos os leitores para juntos fazermos essa viagem de conhecimentos e de renovação, através dos ensinamentos dos Doutores da Igreja, que são passados para nós atrávés dos séculos.

Muito obrigado e Deus Abençõe a todos.
A redação.  

DEZ FATOS SOBRE A EUCARISTIA PARA RECORDAR NA SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI.


Por séculos, a Igreja e seus santos têm inspirado os fiéis a um profundo amor pela Eucaristia. Há, inclusive, aqueles que dedicam suas vidas para protegê-la, um testemunho do seu valor inestimável. Hoje, na solenidade de Corpus Christi, convidamos você a aprofundar seu entendimento. Hoje, na solenidade de Corpus Christi, convidamos você a aprofundar seu entendimento sobre esse grandioso milagre. A seguir, apresentamos dez aspectos cruciais que todo cristão deveria conhecer sobre a Eucaristia.

1. Jesus, reunido com seus apóstolos durante a Última Ceia, instituiu o sacramento da Eucaristia: “Tomai e comei; isto é meu corpo…” (Mt, 26, 26-28). Desta maneira fez com que os apóstolos participassem do seu sacerdócio e mandou que fizessem o mesmo em memória dele.

2. A palavra Eucaristia, derivada do grego Eucharistía, significa "ação de graças" e se aplica a este sacramento porque nosso Senhor deu graças ao seu Pai quando a insituiu; além disso, porque o Santo Sacríficio da Missa é a melhor maneira de dar graças a Deus pela Su Bondade.

3. O Concílio de Trento define claramente: “No Santíssimo Sacramento da Eucaristia está contido verdadeira, real e substancialmente o Corpo e Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo, junto a sua Alma e Divindade. Em realidade Cristo se faz presente integralmente”.

4. Na Santa Missa, os bispos e sacerdotes transformam realmente o pão e o vinho no Corpo e Sangue de Cristo durante a consagração.

5. A Comunhão é receber Jesus Cristo sacramentado na Eucaristia. A Igreja manda comungar pelo menos uma vez ao ano, em estado de graça, e recomenda a comunhão frequente. É muito importante receber a Primeira Comunhão quando a pessoa chega ao uso da razão, com a devida preparação.

6. O jejum eucarístico consiste em deixar de comer qualquer alimento ou bebida ao menos uma hora antes da Sagrada Comunhão, exceto água e remédios. Os doentes e seus cuidadores podem comungar embora tenham tomado algo na hora imediatamente antes.

7. A pessoa que comunga em pecado mortal comete um pecado grave chamado sacrilégio. Aqueles que desejam comungar e estão em pecado mortal não podem receber a Comunhão sem antes receber o sacramento da Penitência, pois para comungar não basta o ato de contrição.

8. Frequentar a Santa Missa é um ato de amor a Deus que deve brotar naturalmente de cada cristão. E também é uma obrigação guardar os domingos e festas religiosas de preceito, salvo quando impedido por uma causa grave.

9. A Eucaristia no Sacrário é um sinal pelo qual nosso Senhor está constantemente presente em meio do seu povo e é alimento espiritual para doentes e moribundos. Devemos prestar sempre nosso agradecimento, adoração e devoção à real presença de Cristo reservado no Santíssimo Sacramento.

10. No Vaticano, a Solenidade de Corpus Christi é celebrada na quinta-feira depois da Solenidade da Santíssima Trindade. Mas, em várias dioceses é comemorado no domingo posterior.

domingo, 15 de junho de 2025

DOZE CHAVES PARA COMPREENDER O DOGMA DA SANTÍSSIMA TRINDADE.


Hoje, a Igreja celebra a solenidade litúrgica da SANTÍSSIMA TRINDADE, mistério central da fé cristã. A seguir, apresentamos doze dados importantes sobre esta celebração;

1. A palavra Trindade nasceu do latim
Provém da palavra "trinitas", que significa "três" e "tríade". O equivalente em grego é "triados".

2. Foi utilizada pela primeira vez por Teófilo de Antioquia.
O primeiro uso reconhecido do termo foi o dado por Teófilo de Antioquia por volta do ano 170 para expressar a união das três divinas pessoas em Deus.

Nos três primeiros dias que precedem a criação do sol e da lua, o Bispo vê imagens da Trindade: “Igualmente os três dias que precedem a criação dos luzeiros são símbolo da Trindade: de Deus, de seu Verbo e de sua Sabedoria” (Segundo Livro a Autólico 15,3).

3. Trindade significa um só Deus e três pessoas distintas
O Compêndio do Catecismo da Igreja Católica (CCIC) explica assim: “A Igreja exprime a sua fé trinitária ao confessar um só Deus em três Pessoas: Pai e Filho e Espírito Santo. As três Pessoas divinas são um só Deus porque cada uma delas é idêntica à plenitude da única e indivisível natureza divina. Elas são realmente distintas entre si pelas relações que as põem em referência umas com as outras: o Pai gera o Filho, o Filho é gerado pelo Pai, o Espírito Santo procede do Pai e do Filho” (CCIC, 48).

4. A Trindade é o mistério central da fé cristã
Sim, e o Compêndio explica desta maneira: “O mistério central da fé e da vida cristã é o mistério da Santíssima Trindade. Os cristãos são batizados em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (CCIC, 44).

5. A Igreja definiu de forma infalível o dogma da Santíssima Trindade
O dogma da Trindade se definiu em duas etapas, no primeiro Concílio de Niceia (325 d.C.) e no primeiro de Constantinopla (381 d.C.).

No Concílio de Niceia foi definida a divindade do Filho e se escreveu a parte do Credo que se ocupa Dele. Este Concílio foi convocado para fazer frente à heresia ariana, que afirmava que o Filho era um ser sobrenatural, mas não Deus.

No Concílio de Constantinopla foi definida a divindade do Espírito Santo. Este Concílio combateu uma heresia conhecida como macedonianismo (porque seus defensores eram da Macedônia), que negava a divindade do Espírito Santo.

6. A Trindade se sustenta na revelação divina deixada por Cristo.
Só se pode provar a Trindade através da revelação divina que Jesus nos trouxe. Não se pode demonstrar pela razão natural ou unicamente a partir do Antigo Testamento. O CCIC explica:

“O mistério da Santíssima Trindade pode ser conhecido pela pura razão humana? Deus deixou alguns vestígios do seu ser trinitário na criação e no Antigo Testamento, mas a intimidade do seu Ser como Trindade Santa constitui um mistério inacessível à pura razão humana e até mesmo à fé de Israel antes da Encarnação do Filho de Deus e da missão do Espírito Santo. Esse mistério foi revelado por Jesus Cristo e é a fonte de todos os outros mistérios”

Embora o vocabulário utilizado para expressar a doutrina da Trindade tenha levado um tempo para se desenvolver, pode-se demonstrar os diferentes aspectos desta doutrina com as Sagradas Escrituras.

7. A Bíblia ensina que existe um só Deus
O fato de que só haja um Deus se manifestou no Antigo Testamento. Por exemplo, o livro de Isaías disse:

“Vós sois minhas testemunhas, diz o Senhor, e meus servos que eu escolhi, a fim de que se reconheça e que me acreditem e que se compreenda que sou eu. Nenhum deus foi formado antes de mim, e não haverá outros depois de mim” (Is 43,10).

“Eis o que diz o Senhor, o rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos exércitos: Eu sou o primeiro e o último, não há outro Deus afora eu” (Is 44,6).

8. O Pai é proclamado como Deus inúmeras vezes no Novo Testamento.
Por exemplo, nas cartas de São Paulo se narra o seguinte: "Bendito seja Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias, Deus de toda a consolação (...)" (2Cor 1,3).

"Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Há um só Deus e Pai de todos, que atua acima de todos, por todos e em todos (Ef 4,5-6).

9. A Bíblia também demonstra que o Filho é Deus.
Isto é proclamado em várias partes do Novo Testamento, incluindo o começo do Evangelho de São João:

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. (...) E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1,1.14).

Também:

“Depois disse a Tomé: Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé. Respondeu-lhe Tomé: Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20,17-18).

10. O Espírito Santo é Deus e assim afirmam as Escrituras
No livro dos Atos dos Apóstolos, o Espírito Santo é retratado como uma pessoa divina que fala e à qual não se pode mentir:

“Enquanto celebravam o culto do Senhor, depois de terem jejuado, disse-lhes o Espírito Santo: Separai-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho destinado” (At 13,2).

“Pedro, porém, disse: Ananias, por que tomou conta Satanás do teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e enganasses acerca do valor do campo? Acaso não o podias conservar sem vendê-lo? E depois de vendido, não podias livremente dispor dessa quantia? Por que imaginaste isso em teu coração? Não foi aos homens que mentiste, mas a Deus” (At 5,3-4).

11. A distinção de três Pessoas divinas é demonstrada com a Bíblia
A distinção das Pessoas se pode demonstrar, por exemplo, no fato de que Jesus fala ao seu Pai. Isso não teria sentido se fosse uma e a mesma pessoa.

“Por aquele tempo, Jesus pronunciou estas palavras: Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequenos. Sim, Pai, eu te bendigo, porque assim foi do teu agrado. Todas as coisas me foram dadas por meu Pai; ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelá-lo” (Mt 11,25-27).

O fato de que Jesus não é a mesma pessoa que o Espírito Santo se revela quando Jesus – que esteve operando como Paráclito (em grego, Parakletos) dos discípulos – diz que vai orar ao Pai e que o Pai lhes dará “outro Paráclito”, que é o Espírito Santo. Isso mostra a distinção das três Pessoas: Jesus que ora; o Pai que envia; e o Espírito Santo que vem:

“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós” (Jo 14,16-17).

12. O Filho procede do Pai e o Espírito procede do Pai e do Filho
“É certamente de fé que o Filho procede do Pai por uma verdadeira geração. Segundo o Credo Niceno-Constantinopolitano, Ele é “gerado antes de todos os séculos”. Mas a procedência de uma Pessoa Divina, como o termo do ato pelo qual Deus conhece sua própria natureza é propriamente chamada geração” (Enciclopédia Católica).

O fato de que o Filho é gerado pelo Pai está indicado pelos nomes dessas Pessoas. A segunda pessoa da Trindade não seria um Filho se não tivesse sido gerado pela primeira pessoa da Trindade.

O fato de que o Espírito Santo procede do Pai e do Filho se reflete em outra declaração de Jesus:

“Quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim” (Jo 15,26).

Isso representa o Espírito Santo que procede do Pai e do Filho (“que vos enviarei”). As funções exteriores das Pessoas da Trindade refletem suas relações mútuas entre si. Também se pode dizer que o Espírito Santo procede do Pai por meio do Filho.

sexta-feira, 13 de junho de 2025

10 DADOS SOBRE SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA QUE VOCÊ PRECISA CONHECER.


"Se pregar Jesus, ele derrete os corações duros; se O invocar, adoça as amargas tentações; se pensar nele, ilumina teu coração; se O lê, ele te sacia a mente", recomendava Santo Antônio de Pádua. Conheça 10 dados curiosos de um dos santos mais queridos e populares entre os católicos.

1. Não se chamava Antônio, não nasceu em Pádua nem era italiano
Nasceu em Lisboa, em 1195. Chamava-se Fernando de Bulhões e Taveira de Azevedo. Aos 25 anos, adotou o nome de Antônio quando se tornou franciscano.

2. Foi agostiniano antes de ser franciscano
Aos 15 anos, ingressou nos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Dez anos depois, ingressou nos Frades Menores Franciscanos.

3. Poderia ser mártir
Decidiu ingressar nos Frades Menores para pregar aos sarracenos e estava disposto a morrer por amor a Cristo. Foi ao Marrocos, mas uma grave doença o obrigou a retornar.

4. Era um grande pregador
Tinha uma voz clara e forte, aparência imponente, memória prodigiosa e um profundo conhecimento, o espírito de profecia e um extraordinário dom de milagres.

5. Carrega o Menino Jesus em seus braços devido a uma aparição
Foi testemunha de uma aparição do Menino Jesus a quem segurou em seus braços.

6. Seu milagre mais famoso permitiu que um homem recuperasse um pé amputado.
Em Pádua, um jovem chamado Leonardo, em uma crise de raiva, chutou a própria mãe. Arrependido, confessou sua falta a Santo Antônio, que lhe disse: "O pé daquele que chuta sua própria mãe merece se cortado".
Leonardo correu para casa e cortou o pé. Ao saber disso, Santo Antônio tomou o membro amputado do jovem e milagrosamente o uniu ao corpo.

7. É conhecido como o santo mais milagroso
Sua fama de realizar atos prodigiosos nunca diminuiu e ainda hoje é reconhecido como o maior taumaturgo de todos os tempos.

8. É conhecido como "o santo de todo mundo"
Leão XII o chamou "o santo de todo mundo", porque por todas as partes é possível encontrar sua imagem e devoção. É padroeiro dos pobres, dos viajantes, dos pedreiros, dos padeiros, entre outros.

9. Recorrem a ele para pedir um bom marido ou esposa
Por este motivo, algumas pessoas chegam a colocar sua imagem de cabeça para baixo, mas é uma superstição e uma prática não cristã.

10. Sua canonização foi a mais rápida da história
O papa Gregório IX o canonizou menos de um anos depois de sua morte, em Pentecostes, no dia 30 de maio de 1232.