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terça-feira, 13 de maio de 2025

SETE COISAS QUE DEVEMOS SABER SOBRE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA.

A aparição de Nossa Senhora em Fátima, aprovada pela Santa Sé, é a mais conhecida do século XX, particularmente pelo terceiro segredo que Maria revelou aos três pastorinhos na Cova da Iria, Portugal, e transcrito pela irmã Lúcia em 3 de janeiro de 1944.

A seguir sete coisas que todo católico deve saber sobre esta aparição.


1. A Virgem apareceu seis vezes em Fátima.
Nos tempos da Primeira Guerra mundial, a postorinha Lúcia dos Santos disse ter experimentado visitas sobrenaturais da Virgem Maria em 1915, dois anos antes das conhecidas aparições.

Em 1917, ela e seus primos Francisco e Jacinta Marto, estavam trabalhando como pastores nos rebanhos de suas famílias. Em 13 de maio daquele ano, as três crianças presenciaram uma aparição da Virgem Maria que lhes disse, entre outras coisas, que regressaria durante os próximos seis meses todos os dias 13 na mesma hora.

Maria também revelou às crianças, na segunda aparição, que Francisco e Jacinta morreriam cedo e que Lúcia sobreviveria para dar testemunho das aparições.

Na terceira aparição, no dia 13 de julho, a Virgem revela a Lúcia o segredo de Fátima. Conforme os relatos, ela ficou pálida e gritou de medo chamando a Virgem pelo seu nome. Houve um trovão e a visão terminou. As crianças viram novamente a Virgem em 13 de setembro.

Na sexta e última aparição, no dia 13 de outubro, diante de milhares de peregrinos que chegaram à Fátima (Portugal), aconteceu o chamado “Milagre do sol”, no qual, após a aparição da Virgem Maria aos pastorinhos Jacinta, Francisco e Lúcia, pôde-se ver o sol tremer, em uma espécie de “dança”, conforme relataram os que estavam lá.

2. Francisco e Jacinta morreram jovens, Lúcia se tornou religiosa.
A epidemia de gripe espanhola atingiu a Europa em 1918 e matou cerca de 20 milhões de pessoas. Entre eles, estavam Francisco e Jacinta, que contraíram a doença naquele ano e faleceram em 1919 e 1920, respectivamente. Por sua parte, Lúcia entrou no convento das Irmãs Doroteias.

Em 13 de junho de 1929, na capela do convento em Tuy, na Espanha, Lúcia teve outra experiência mística na qual viu a Santíssima Trindade e a Virgem Maria. Esta última lhe disse: “Chegou o momento em que Deus pede ao Santo Padre, em união com todos os bispos do mundo, fazer a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração, prometendo salvá-la por este meio”.

No dia 13 de outubro de 1930, o bispo de Leiria (agora Leiria-Fátima) proclamou as aparições de Fátima autênticas.

3. Irmã Lúcia escreveu o segredo de Fátima 18 anos depois das Aparições.
Entre 1935 e 1941, sob as ordens de seus superiores, irmã Lúcia escreveu quatro memórias dos acontecimentos de Fátima.

Na terceira memória – publicada em 1941 – escreveu as duas primeiras partes do segredo e explicou que havia uma terceira parte que o céu ainda não lhe permitia revelar.

Na quarta memória acrescentou uma frase ao final da segunda parte do segredo: “Em Portugal, se conservará sempre o dogma da fé, etc.”.

Esta frase foi a base de muita especulação, disseram que a terceira parte do segredo se referia a uma grande apostasia.

Depois da publicação da terceira e quarta memória, o mundo colocou a atenção no segredo de Fátima e nas três partes da mensagem, inclusive no pedido da Virgem para que a Rússia fosse consagrada ao seu Imaculado Coração através do papa e dos bispos do mundo.

No dia 31 de outubro de 1942, Pio XII consagrou não só a Rússia, mas também todo o mundo ao Imaculado Coração de Maria. O que faltou, entretanto, foi a participação dos bispos do mundo.

Em 1943, o bispo de Leiria ordenou que irmã Lúcia escrevesse o terceiro segredo de Fátima, mas ela não se sentia em liberdade de fazê-lo até 1944. Foi colocado em um envelope fechado no qual a irmã Lúcia escreveu que não deveria ser aberto até 1960.

4. A terceira parte do segredo de Fátima foi lida por vários papas.
O segredo se manteve com o bispo de Leiria até 1957, quando foi solicitado (junto com cópias de outros escritos da irmã Lúcia) pela Congregação para a Doutrina da Fé. Segundo o cardeal Tarcísio Bertone, o segredo foi lido por João XXIII e Paulo VI.

“João Paulo II, por sua parte, pediu o envelope que contém a terceira parte do ‘segredo’ após a tentativa de assassinato que sofreu no dia 13 de maio 1981”.

Depois de ler o segredo, o papa percebeu a ligação entre a tentativa de assassinato e Fátima: “Foi a mão de uma mãe que guiou a trajetória da bala”, detalhou. Foi este papa quem decidiu publicar o terceiro segredo no ano 2000.

5. As chaves do segredo: arrependimento e conversão.
O então cardeal Joseph Ratzinger (papa emérito Bento XVI), prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, assinalou que a chave da aparição de Fátima é seu chamado ao arrependimento e à conversão.

As três partes do segredo servem para motivar o indivíduo ao arrependimento e o fazem de uma maneira contundente.

6. A primeira parte do segredo é uma visão do inferno.
A primeira parte do segredo (a visão do inferno) é para muitos a mais importante, porque revela aos indivíduos as trágicas consequências da falta de arrependimento e o que lhes espera no mundo invisível se não se converterem.

7. A segunda parte do segredo é sobre a devoção ao Imaculado Coração.
Na segunda parte do segredo Maria diz:
“Você viu o inferno para onde vão as almas dos pobres pecadores. Para salvá-las, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”.

Depois de explicar a visão do inferno, Maria falou de uma guerra que “iniciará durante o pontificado de Pio XI”.

Esta última foi a Segunda Guerra Mundial, ocasionada, segundo as considerações da irmã Lúcia, pela incorporação da Áustria à Alemanha durante o pontificado de Pio XI.

Veja Mais.

SÃO JOÃO PAULO II E NOSSA SENHORA DE FÁTIMA: UMA HISTÓRIA QUE UNIU O CÉU E A TERRA.

No dia 13 de maio de 1981, são João Paulo II percorria a Praça de São Pedro no Vaticano em seu papamóvel, saudando e abençoando os fiéis, quando de repente o turco Alí Agca disparou contra o papa peregrino, que caiu gravemente ferido. Esta tentativa de assassinato são não acabou com sua vida porque uma "mão materna" interveio.

Enquanto são João Paulo II se recuperava no hospital, pediu toda a informação sobre a Virgem de Fátima. Depois, o papa começou a trabalhar para cumprir o segundo segredo de Fátima, no qual a Mãe de Deus pedia que se consagrasse a Rússia ao seu Imaculado Coração.

Uma imagem de Nossa Senhora de Fátima foi levada ao papa em Castel Gandolfo e ele pediu à Virgem que fosse construída uma pequena igreja na fronteira entre a Polônia e a então União Soviética, onde foi colocada a imagem olhando para a Rússia.

Um ano depois do atentado, no dia 13 de maio de 1982, João Paulo II viajou pela primeira vez a Fátima: "Quero agradecer à Virgem pela sua intercessão, por salvar a minha vida e pela recuperação da minha saúde".

Um ano mais tarde, João Paulo II expressou sua devoção e agradecimento à Virgem doando ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima a bala que retiraram do seu corpo, a mesma que está na coroa da imagem mariana no santuário.

No dia 8 de dezembro de 1983, são João Paulo II enviou uma carta aos bispos do mundo inteiro, incluindo ortodoxos, expressando suas intenções de consagrar a Rússia ao Coração de Maria e acrescentou a oração especial para que eles a fizessem em suas diferentes dioceses.

Dias depois, o papa visitou o turco Alí Agca no presídio e lá ouviu de Agca seus comentários sobre o episódio: "Por que não morreu? Eu sei que apontei a arma com devia e sei que o tiro devia ter sido devastador e mortal. Então, por que não morreu? Por que todos falam de Fátima?". 

No dia 25 de março de 1984, festa da anunciação, o papa consagrou todos os homens e povos, incluindo a Rússia, à Maria Santíssima em comunhão espiritual com os bispos do mundo. Em seguida, a irmã Lúcia, a terceira vidente, confirmou: "Esta consagração foi realizada da maneira que Nossa Senhora tinha pedido".

No ano 2000, são João Paulo II viajou a Fátima e, em 13 de maio, beatificou os outros dois videntes da Virgem, Francisco e Jacinta Marto. Logo depois, anunciaram a publicação da "terceira parte" do segredo de Fátima, realizado no dia 26 de junho daquele ano.

O então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cardeal Josepn Ratzinger, fez um comentário teológico a respeito deste segredo revelado, que falava sobre um bispo vestido de brando que morreria diante de uma cruz.

"Não podia o Santo Padre, quando depois do atentado de 13 de maio de 1981 texto da terceira parte do 'segredo', reconhecer nele seu próprio destino? Esteve muito perto das portas da morte e ele mesmo explicou o fato de ser salvo com as seguintes palavras: "... uma mão materna guiou a trajetório da bala e o papa agonizante esteve à beira da morte' (13 de maio de 1991)", disse o cardeal.

"Que uma 'mão maaterna' tenha desviado a bala mortal demonstra, uma vez mais que não existe um destino imutável, que a fé e a oração são poderosas, que podem influir na história e que, finalmente a oração é mais forte do que as balas, a fé mais forte que as divisões", destacou.

CINCO ORAÇÕES PARA REZAR NESTE 13 DE MAIO.


Ao recordar as aparições da Virgem Maria aos três pastorinhos na Cova da Iria, apresentamos cinco orações:

Nossa senhora do Rosário
Frases de Nossa Senhora aos pastorinhos em 13 de julho de 1917:
"Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria!"
Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno; levai as almas todas para o Céu, principalmente as que mais precisarem".

Francisco e Jacinta.
Jacinta e Francisco, Pastorinhos de Fátima, queremos aprender convosco o caminho que nos leva a uma vida de verdadeira união com Jesus.
Ensina-nos a desejar tão intensamente como tu a conversão dos pecadores, a começar por cada um de nós.
Ensina-nos, Francisco, o teu enorme amor, fiel e silencioso, por Jesus. Faz-nos desejar cada vez mais a sua companhia na oração e identificar-nos com a dor do seu Coração ferido pela ingratidão dos homens.
Pastorinhos de Fátima, pela vossa mão queremos entrar cada vez mais no coração de Maria, nosso refúgio, que nos há de conduzir até Deus. Amém.

Anjo
"Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam".
"Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-vos profundamente e ofereço-vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferentes com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores".

Consagração a Nossa Senhora
Ó Senhora minha, ó minha Mãe, eu me ofereço todo a Vós, e em prova da minha devoção para convosco, Vos consagro neste dia e para sempre, os meus olhos, os meus ouvidos, a minha boca, o meu coração e inteiramente todo o meu ser.
E porque assim sou vosso, ó incomparável Mãe, guardai-me e defendei-me como propriedade vossa.
Lembrai-Vos que Vos pertenço, terna Mãe, Senhora Nossa.
Ah, guardai-me e defendei-me como coisa própria Vossa.

Consagração ao Imaculado Coração de Maria
Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, ao Vosso Coração Imaculado nos consagramos, em ato de entrega total ao Senhor. Por Vós seremos levados a Cristo. Por Ele e com Ele seremos levados ao Pai.
Caminharemos à luz da fé e faremos tudo para que o mundo creia que Jesus Cristo é o Enviado do Pai. Com ele queremos levar o Amor e a Salvação até aos confins do mundo. Sob a proteção do Vosso Coração Imaculado seremos um só povo com Cristo. Seremos testemunhas da Sua ressurreição. Por ele seremos levados ao Pai, para glória da Santíssima Trindade, a Quem adoramos, louvamos e bendizemos. Amém. 

A MENSAGEM DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA SOBRE O PODER DO ROSÁRIO.


A mensagem de Nossa Senhora de Fátima sobre o poder do rosário foi revelado no primeiro dia das aparições, em 13 de maio de 1917.

Naquela ocasião, Lúcia perguntou se ela e Jacinta iriam ao céu e a Virgem confirmou que sim, mas quando perguntou por Francisco, a Mãe de Deus respondeu: "Também irá, mas tem que rezar antes muitos rosários".

A Virgem de Fátima, naquela ocasião, abriu suas mãos e comunicou aos três uma luz divina muito intensa. As crianças caíram de joelhos e adoraram a Santíssima Trindade e o Santíssimo Sacramento. Depois, a Virgem assinalou: "Rezem o Rosário todos os dias para alcançar a paz no mundo e o fim da guerra".

Na segunda aparição, a Virgem Maria apareceu depois que eles rezaram o Santo Rosário. E na terceira ocasião, Nossa Senhora lhes disse: "Quando rezarem o Rosário, digam depois de cada mistério: 'Meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levais as almas todas para o céu, especialmente as mais necessitadas".

Para a quarta aparição, muitos já sabiam das aparições da Virgem aos pastorinhos. Então Jacinta perguntou à Mãe de Deus o que queria que se fizesse com o dinheiro que as pessoas deixavam na Cova de Iria. A Virgem lhes indicou que o dinheiro era para a Festa de Nossa Senhora do Rosário e que o restante era para uma capela que se devia construir.

Mais adiante, tomando um aspecto muito triste lhes manifestou: "Rezem, rezem muito e façam sacrifícios pelos pecadores, porque muitas almas vão ao inferno por não ter quem se sacrifiquem e rezem por elas".

Ao chegar o dia da quinta aparição, as crianças conseguiram chegar à Cova de Iria com dificuldade, devido às milhares de pessoas que lhes pediam que apresentassem suas necessidades para Nossa Senhora. Os pastorinhos rezaram o Rosário com as pessoas e a Virgem, ao aparecer-lhes, incentivou novamente as crianças a continuar rezando o Santo Rosário para alcançar o fim da guerra.

Na última aparição, antes de produzir o famoso milagre do sol, no qual o astro pareceu se desprender do céu e cair sobre a multidão, a Mãe de Deus pediu que fizessem naquele lugar uma capela em sua honra e apresentou-se como a "Senhora do Rosário".

Posteriormente, tomando um aspecto mais triste, disse: "Que não se ofenda mais a Deus Nosso Senhor, que já é muito ofendido". Isto aconteceu em 13 de outubro de 1917.

AS RAZÕES DE IRMÃ LÚCIA PARA NÃO DEIXAR DE REZAR O TERÇO DIARIAMENTE.


Por que rezar o terço todos os dias? Quais são os benefícios para os fiéis em sua vida diária? A irmã Lúcia dos Santos, uma das três videntes de Fátima, deu várias razões que respondem a estas perguntas em um livro publicado em 2002.

Trata-se do livro "Apelos da Mensagem de Fátima ", escrito pela serva de Deus falecida em 2005. Nesta obra, recorda que a Mãe de Deus fez estes convite a partir da sua primeira aparição em Fátima (Portugal), em 13 de maio de 1917.

"Rezem o terço todos os dias, para alcançarem a paz no mundo e o fim da guerra", encorajou a Virgem Maria em sua mensagem inicial.

A seguir, as razões de Irmã Lúcia:

1. Adapta-se às possibilidades de cada um.
A irmã Lúcia diz que Deus é um Pai que "se adapta às necessidades e possibilidades dos seus filhos", porque "se Deus, por meio de Nossa Senhora, nos tivesse pedido para irmos todos os dias participar e comungar na Santa Missa, certamente haveria muitos a dizerem, com justo motivo, que não lhes era possível". 

Entretanto, a serva de Deus afirma: "Rezar o terço é acessível a todos, pobres e ricos, sábios e ignorantes, grandes e pequenos", em qualquer lugar, comunitariamente ou sozinhos e em diferentes momentos.

2. Coloca-nos em contato familiar com Deus
Irmã Lúcia indica que esta oração serve "para entrar em contato com Deus, agradecer os Seus benefícios e pedir-lhes as graças de que necessitamos".

"É a oração que nos leva ao encontro familiar com Deus, como o filho que vai ter com o seu pai para lhe agradecer os benefícios recebidos, tratar com ele os seus assuntos particulares, receber a sua orientação, a sua ajuda, o seu apoio e a sua bênção", acrescentou. 

3. É a oração mais agradável que podemos recitar depois da Missa.
Irmã Lúcia afirma que depois da missa, rezar o terço - levando em consideração a sua origem, as orações que contém e os mistérios que se meditam - "é a oração mais agradável que podemos oferecer a Deus e de maior proveito para as nossas almas".

"Se não fosse assim, Nossa Senhora não teria recomendado isso com tanta insistência", sublinhou.

4. As contas do terço nos ajudam a cumprir os nossos oferecimentos diários.
Irmã Lúcia responde qualquer inquietude sobre o número de orações no terço, esclarecendo que "precisamos contar, para termos a consciência viva e certa dos nossos atos e sabermos com clareza se temos ou não cumprido o que nos propusemos a oferecer a Deus cada dia, para preservamos e aumentar o nosso trato de direita convivência com Deus, e, por esse meio, conservamos e aumentarmos em nós a fé, a esperança e a caridade".

5. Ajuda a receber melhor a Eucaristia.
Em seus livro, a vidente de Fátima assegura que o terço pode ser considerado "uma forma de praparar-se melhor para participar da Eucaristia, ou então como uma ação de graças", depois de receber o Corpo de Cristo.

Ela acrescenta que, embora possam usar muitas orações excelentes para se preparar para receber Jesus na Eucaristia e preservar a nossa relação íntima com Deus, não acredita que há "uma oração mais apropriada para as pessoas em geral do que a oração dos cinco ou quinze mistérios do rosário".

6. Preserva as virtudes teologais
"Deus e Nossa Senhora sabem melhor do que ninguém aquilo que mais nos convém e de que temos mais necessidade. Além disso, o Terço será um meio poderoso para nos ajudar a conservar a fé, a esperança e a caridade", disse irmã Lúcia.

7. Impede cair no materialismo
Irmã Lúcia vai direto ao ponto e assegura que "aqueles que abandonam a oração do terço e não toma diariamente parte no Santo Sacrifício da missa, nata têm que os sustente, acabando por se perderem no materialismo da vida terrena". 

CHAVES PARA COMPREENDER O "TERCEIRO SEGREDO" DE FÁTIMA.


As aparições da Virgem de Fátima são conhecidas pelo "segredo" - dividido em três partes - que foi divulgado à humanidade.

Dessas três partes, a mais famosa é a terceira, conhecida normalmente como o "terceiro segredo" e mantida de maneira confidencial no Vaticano até o ano 2000, quando são João Paulo II decidiu publicá-lo ao mundo inteiro.

A seguir oito chaves para compreender este "terceiro segredo":

1. Qual é a terceira parte do segredo ou "terceiro segredo"?
Isto é o que irmã Lúcia escreveu:
"Depois das duas partes que já expus, vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora um pouco mais alto um Anjo com um espada de fogo em a mão esquerda; ao cintilar, despedia chamas que parecia que iam incendiar o mundo; mas apagavam-se com o contato do brilho da da mão direita expedia Nossa Senhora ao seu encontro: O Anjo apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: Penitência, Penitência, Penitência! E vimos numa luz imensa que é Deus: 'algo semelhante a como se veem as pessoas num espelho quando lhe passam por diante' um Bispo vestido de branco 'tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre'. Vários outros Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas subiam uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande Cruz de troncos toscos como ser fora de sobreiro com a casca; o Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meia em ruínas, e meio trêmulo com andar vacilante, acabrunhado de cor e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegando ao cimo do monte, prostrado de joelhos aos pés da grande Cruz foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam vários tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo uns após outro os Bispos Sacerdotes, religiosos e religiosas e várias pessoas seculares, cavalheiros e senhora de várias classes e posições. Sob os dois braços da Cruz estavam dois Anjos cada um com regador de cristal em mão, neles recolhiam o sangue dos Mártires e com ele regavam as almas que se aproximavam de Deus".

2. A que se refere o segredo?
Em uma carta escrita no dia 12 de maio de 1982 dirigida a são João Paulo II irmã Lúcia escreveu:
"A terceira parte do segredo é uma revelação simbólica, que se refere a este trecho da Mensagem, condicionada ao fato de aceitarmos ou não o que a Mensagem no pede: 'Se atenderem a meus pedidos, a Rússia converte-se-á e terão paz; se não, espalhará os seus erros pelo mundo, causando guerras a perseguição à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá que sofrer muito, várias nações serão aniquiladas".

Em termos gerais, a terceira parte do segredo se refere ao conflito do século XX entre a Igreja e a Rússia comunista.

3. O que simboliza o anjo com a espada de fogo?
O anjo com a espada de fogo representa o julgamento que cairia sobre o mundo se não fosse pela intercessão de Maria (que irradia a luz que detém a espada de fogo).

Durante muitos anos houve rumores de que a terceira parte do segredo era acerca de possibilidade de uma guerra nuclear. SE há algo no texto que sugere isto, é o fogo da espada que a irmã Lúcia descreveu como algo que "deixaria o mundo em chamas".

Na Escritura, o fogo pode ser uma imagem de julgamento ou de conflito em geral. Em seu comentário sobre a espada de fogo sustentada pelo anjo, o cardeal Ratzinger parece fazer menção a uma guerra nuclear:

"A possibilidade que este acabe reduzido a cinzas num mar de chamas, hoje já não aparece de forma alguma como pura fantasia: o próprio homem preparou, com suas invenções, a espada de fogo". (Comentário Teológico)

Durante a consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria em 1984, a segunda prece de são João Paulo II foi:

"Da incalculável autodestruição, de todo tipo de guerra, livrai-nos".

4. O que representa o bispo vestido de branco e sua viagem?
O terceiro segredo revela que os videntes, logo depois de ver uma imensa luz proveniente de Deus, tiveram "o pressentimento de ver o papa". Além disso, o Santo Padre junto a outras pessoas subiu uma montanha elevada "em cuja cúpula havia uma grande Cruz de troncos toscos".

O terceiro segredo revela que os videntes, logo depois de ver uma imensa luz proveniente de Deus, tiveram "o pressentimento de ver o papa". Além disso, o Santo Padre junto a outras pessoas subiu uma montanha elevada "em cuja cúpula havia uma grande Cruz de troncos toscos".

As montanhas são lugares tradicionais onde o homem se encontra com Deus, a difícil escalada de uma montanha significa a perseverança necessária para seguir Deus. A robustez da cruz representava na visão simboliza a intensidade dos sofrimentos de Cristo e quem os compartilha.

A viagem do papa e seus acompanhantes "através da cidade em ruínas" sugere que a Igreja deverá atravessar a destruição causada pela guerra e que se refere ao sofrimento do Pontífice, pois é incapaz de detê-lo. Isto reflete a experiência de muitos papas do século XX.

5. O que significa a aparente morte do bispo vestido de brando?
Isto parece fazer referência à tentativa de assassinado de são João Paulo II, no dia 13 de maio de 1981, no aniversário da primeira aparição da Virgem da Fátima.

Isto demonstra que ele, no mesmo modo que muitos outros membros da Igreja, deve enfrentar a possibilidade do martírio durante o conflito entre a Igreja e o comunismo russo.

Os críticos da interpretação dada pela Santa Sé apontam o fato de que são João Paulo II não morreu. Para isto, há duas respostas:
 
1) Se na visão de Lúcia tinham atirado no papa e ele caiu por terra, ela pode ter pensado que foi assassinado, mas na verdade somente tinha sigo gravemente ferido.

2) A intercessão de Maria mudou o que podia ter acontecido. Depois de ler o terceiro segredo, são João Paulo II atribuiu sua sobrevivência à Maria. O então cardeal Ratizinger comentou a respeito o seguinte: 

"Que uma 'mão materna' tenha desviado a bala mortal mostra uma vez mais que não existe um destino imutável, que a fé e a oração são poderosas, que podem influir na história e, que ao final, a oração é mais forte que as balas, a fé mais potente que as divisões".

6. O que quer dizer que os anjos carregam uma jarra de cristal na mão?
Os anjos que "recolhiam o sangue dos mártires e regavam com elas as almas que se aproximavam de Deus" são um poderoso símbolo da salvação e ensinam a importância do seu sangue. "Padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo" (Col 1,24).

O cardeal Ratzinger afirmou: "A visão da terceira parte do 'segredo', tão angustiante nesse então, foi finalizada, pois, com uma imagem de esperança: Nenhum sofrimento acontece em vão e, precisamente, uma Igreja que sofre, uma Igreja que mártires, se converte em sinal orientador a fim de que o homem saia em busca de Deus".

7. A Santa Sé já revelou todo o segredo?
Apesar de alguns afirmarem o contrário, a Santa Sé revelou todo o segredo. Em seu comentário teológico, Bento XVI o assinala duas vezes: 

1) "Quem lê com atenção o texto do chamado terceiro 'segredo' de Fátima, que depois de longo tempo, por disposição do Santo Padre, é aqui publicado integralmente, ficará presumivelmente desiludido ou maravilhado depois de todas as especulações que foram feitas. Não é revelado nenhum grande mistério; o véu do futuro não é rasgado. Vemos a Igreja dos mártires deste século que está para findar, representada através de uma cena descrita numa linguagem simbólica de difícil decifração.

2) "Chegamos assim, finalmente, à terceira parte do 'segredo' de Fátima publicado integralmente aqui pela primeira vez".

8. Existem outras interpretações possíveis do "terceiro segredo"?
Como a Santa Sé não definiu infalivelmente a matéria, são possíveis outras interpretações. Mas isto não significa que outra interpretações sejam racionais, sobretudo se forem separadas das linhas principais da interpretação dada pela Santa Sé.

A própria irmã Lúcia indicou que estava de acordo com a interpretação oferecida pelo Vaticano: "Irmã Lúcia esteve de acordo na interpretação segundo a qual a terceira parte do segredo consiste em uma visão profética comparável às da história sagrada. Reiterou sua convicção de que a visão de Fátima se refere especialmente à luta do comunismo ateu contra a Igreja e os cristãos, e descreve o imenso sofrimento das vítimas da fé no século XX". 
Fonte: AciDigital 

quinta-feira, 8 de maio de 2025

O QUE O PAPA VESTE QUANDO APARECE PELA PRIMEIRA VEZ NA SACADA DA BASÍLICA DE SÃO PEDRO.


O papa recém-eleito deixará a Capela Sistina no fim do conclave e entrará numa pequena antecâmara, conhecida como Sala das Lágrimas, para vestir seu traje papal pela primeira vez que e composto de:

Solidéu branco: também conhecido como "zuchetto" ou "pileolus" — cobre a frente e a parte de trás da cabeça do papa, simbolizando a autoridade do papa sobre os outros bispos. O solidéu remonta ao século XIII e é semelhante ao chapéu sem aba usado pelos antigos romanos.

Batina Branca: vestimenta de mangas compridas que vai até os tornozelos — é feita sob medida com 100% lã ou uma mistura de lã que simboliza a inocência, a caridade e a santidade do ofício papal, segundo William Duranti, bispo francês do século XIII. As batinas, que têm ligações históricas com o manto romano conhecido como "caracalla", são tradicionalmente confeccionadas com 33 botões para representar os 33 anos de vida de Jesus antes de Sua ressurreição e ascensão ao Céu. 

Faixa branca, ou "pellegrina", presa à batina, é usada sobre os ombros do papa. Essa vestimenta também pode ser usada por cardeais, bispos e padres, mas só o papa pode usar a "pellegrina", que se assemelha às capas usadas pelos peregrinos católicos no passado, na cor branca.

Roquete branco: é uma vestimenta que vai até os joelhos, usada sobre a batina, usada pelos bispos como indicador de sua posição clerical e um lembrete físico de seu chamado para servir à Igreja. É usada em cerimônias não litúrgicas e simboliza a dignidade e a pureza espiritual de quem a veste.

Sobrepreliz branca, uma vestimenta solta de linho ou algodão usada sobre o roquete, simboliza a túnica branca do batismo e do renascimento na vida de Jesus Cristo. A cor branca ou marfim representa a pureza espiritual, a santidade e a humildade do clérigo que a veste.

Capa vermelha, conhecida como mozeta, que cai sobre os ombros, simboliza a autoridade do papa e seu chamado à compaixão.

Cruz peitoral suspensa por um cordão de ouro é usada sobre a mozeta, perto do músculo peitoral que protege o coração. Num gesto de contrição pelo pecado — ou "peccatum" em latim —, bate-se no peito, pois é pela crucificação de Jesus Cristo que os corações são reconciliados com Deus e os pecados são perdoados, disse o bispo de Helena, Montana, monsenhor Austin Anthony Vetter.

Anel de Pescador é colocado no dedo do papa depois de sua eleição como um sinal de seu reinado como o novo papa e sucessor de são Pedro.

Estola vermelha com bordados dourados é usada sobre os ombros. Essa vestimenta representa a consagração sacerdotal do papa e a responsabilidade de liderar a Igreja como um bom pastor que carrega suas ovelhas nos ombros e carrega o jugo ou o "doce fardo" de Jesus Cristo.

Par de sapatos de couro vermelho foi usado por vários papas ao longo dos séculos e tem suas origens na Igreja primitiva e no antigo Império Romano. A cor representa a paixão de Jesus e o sangue dos mártires.

segunda-feira, 5 de maio de 2025

PORQUE MAIO É O MÊS DE MARIA?


Com a chegada do mês de maio, os corações dos fiéis se voltam com mais ternura e devoção àquela que é Mãe, Rainha e modelo de fé: Maria Santíssima. 
Mas por que, entre todos os meses do ano, maio foi escolhido especialmente para homenageá-la?

A resposta está enraizada em séculos de tradição, espiritualidade e beleza. No hemisfério norte, maio é o mês da primavera, tempo em que a natureza floresce com toda a sua força e encanto. Os campo se enchem de flores, o ar se torna mais leve, e a vida parece renovar-se. É nesse cenário de renovação e pureza que Maria é celebrada, como a flor mais bela da criação, "rosa mística" que trouxe ao mundo o Salvador.

A devoção mariana neste mês teve inicio na Idade Média, mas se consolidou entre os séculos XVII e XVIII, com o incentivo de ordens religiosas como os jesuítas. A prática de dedicar o mês inteiro a Maria foi abraçada por comunidades ao redor do mundo e incentivada por diversos Papa, tornando-se parte vida da tradição católica.

Durante o mês de maio, nas igrejas e lares, é comum a recitação do Terço, novenas, procissões e a tradicional coroação de Nossa Senhora - um gesto simples, mas profundamente simbólico, que reconhece Maria como Rainha do Céu e da Terra.

Celebrar Maria em maio é deixar-se conduzir por ela a uma fé maia viva, a uma esperança mais firme e a um amor mais autêntico. Que neste mês, possamos olhar para Maria como exemplo de humildade, obediência e coragem, e aprender com ela a dizer um "sim" generoso à vontade de Deus.
Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós!  

terça-feira, 22 de abril de 2025

COM A MORTE DO PAPA FRANCISO, O QUE ACONTECE COM A IGREJA?


Com a morte do papa Francisco começa a chamada sede vacante, período em que a Sé de Pedro está vacante. O período de sede vacante depois da morte do papa traz consigo vários símbolos, tradições e protocolos que existem já a séculos e expressam a essência do papado.

A principal figura da sede vacante é o camerlengo, que atualmente é o cardeal Kevin Farrek da Irlanda, que atualmente também é prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida da Santa Sé e foi bispo de Dallas, no Estado do Texas, nos Estados Unidos.

O papa é quem indica o camerlengo, e o cardeal foi escolhido em 2019, substituindo o cardeal francês Jean-Loius Louis Tauran depois de sua morte aos 75 anos. 

As tarefas e os deveres do camerlengo são regulamentadas pela constituição apostólica Praedicate Evangelium, publicada pelo papa Francisco em 2022, que lida com as funções dos dicastérios da Cúria Romana, e outra constituição apostólica, Universi Dominici Gregis, publicado pela papa joão Paulo II em 1996, que gere a sede vacante e a eleição de um novo papa. 

O camerlengo costumava lidera a Câmara Apostólica, instituição criada no século XII e confiada para gerir os bens da Igreja na sede vacante. Ela era composta pelo camerlengo, o vice-camerlengo, o auditor geral e o colégio de bispos clericais da Câmara.

No entanto, a Câmara Apostólica foi suprimida pela Praedicate Evangelium.

Segundo a nova constituição, o camerlengo é auxiliado por três cardeais assistentes. Um é o cardeal coordenador do Conselho para a Economia da Santa Sé e os outros são "individuados segundo a modalidade prevista pelo normativa sobre a vacância da Sé.

Primeiro, quando o papa morre, ele deve "constatar oficialmente a morte do Pontífice, na presença do Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, dos Prelados Cléricos da Câmara Apostólica e do Secretário e Chanceler da mesma", segundo o Universo Dominici Gregis. O camerlengo também deve destruir o anel do pescador, que a papa usa pela primeira vez em sua missa de posse, anulando o selo do pontificado. O camerlengo vai, em adição, selar o escritório e o quarto do papa. Ninguém vai poder entrar nos apartamentos papais até depois do funeral do papa.

É provável que o processo será ligeiramente diferente com o papa Francisco, que escolheu a Casa Santa Marta em vez do Palácio Apostólico como sua residência depois de sua eleição em 2013. Nesse caso, o camerlengo terá que selar não só os apartamentos papais, que continuaram sem uso neste pontificado, mas também o apartamento do papa na casa de hóspedes do Vaticano.

Depois desses procedimentos, o camerlengo notifica o cardeal vigário geral de Roma da morte do papa. O vigário, atualmente o cardeal Baldassare Reina, deve então informar o povo de Roma por meio de um anúncio especial.

O camerlengo também deve informar o cardeal arcipreste da basílica de São Pedro, cardeal Mauro Gambetti, das notícias. O camerlengo deve então tomar posse do Palácio Apostólico no Vaticano, e dos palácios de Latrão e de Castel Gandolfo. É o dever do camerlengo fazer todos os preparativos para o funeral e o sepultamento do papa depois de ter discutido a questão com os membros do Colégio de Cardeais.

Não há algo como um "vice-papa". O camerlengo, portanto, não assume autoridade papal. Em vez disso, ele gerencia administração comum, com ajuda de três cardeais assistentes, enquanto mantém contato com o Colégio de Cardeais. 

O papa reformou também o rito do funeral papal. Primeiro, a certificação da morte do papa não ocorre no quarto onde ele morre, mas em sua capela particular. O camerlengo chama três vezes o papá morto por seu nome de batismo. O nome de batismo é usado, em vez do nome papal, já que a identidade papal e função do papa morto terminam com sua morte. A tradição de tocar o papa morto três vezes com um pequeno martelo de prata está em desuso há muito tempo.

O corpo do papa é imediatamente colocado num caixão aberto, em vez de um caixão elevado, o chamado cateletto (leito de morte), como ocorreu com são João Paulo II e Bento XVI. Os ritos revistos também eliminam o uso de três caixões - um de cipreste, um de chumbo e um de carvalho. Em vez disso, o corpo é colocado num simples caixão de madeira com um forro de zinco e transferido imediatamente à basílica de São Pedro, sem passar pelo Palácio Apostólico para outra exposição, como era feito anteriormente.

O funeral, chamado de "missa poenitentialis", é celebrado na basílica de São Pedro ou na praça de São Pedro. Delegações de todo o mundo comparecem. O corpo do papa é carregado num caixão de madeira simples, com um véu de seda cobrindo seu rosto.

Ninguém tem permissão de tirar fotos do papa morto a menos que seja especialmente autorizado pelo camerlengo. A imagem, no entanto, deve ser fita com o papa vestido nas vestes pontifícias.

Até a prática se encerrada pelo papa são Pio X, os órgãos internos do papa eram removidos e preservados em ânforas especiais guardadas na Igreja dos Santos Vicente e Anastácio, em Roma, antes do corpo ser embalsamado.

Assim que o papa morre, todos os cardeais da Cúria Romana, como o cardeal secretário de Estado da Santa Sé, deixam suas posições. Os únicos postos que são mantidos no período de sede vacante são os do camerlengo, do penitenciário-mor, do esmoleiro pontifício, dos cardeais vigárias de Roma e do Estado da Cidade do Vaticano, e do decano do Colégio de Cardeais.

O camerlengo vai convocar posteriormente os cardeais para as congregações gerais que precedem a eleição de um novo papa.  Então, dentro de 20 dias depois da morte do papa, os cardeais elegíveis a votar se reúnem na conclave para eleger um sucessor. 

segunda-feira, 21 de abril de 2025

PAPA FRANCISCO.

O PAPA DAS PERIFERIAS QUE CHACOALHOU A IGREJA.

A morte do papa Francisco marca hoje o fim de um papado de 12 anos. Primeiro latino-americano e primeiro membro da Companhia de Jesus a ser eleito papa, seu legado será marcado pelo esforço de levar o Evangelho às periferias do mundo e às margens da sociedade, e abalar, às vezes vigorosa e desconfortavelmente, o que le via como um status quo católico inaceitavelmente autorreferencial, pouco acolhedor e rígido.

Depois da inesperada renúncia do papa Bento XVI, em fevereiro de 2013, o cardeal Jorge Mario Bergoglio, então arcebispo de Buenos Aires, foi eleito a 13 de março de 2013.

Antes do conclave de 2013, o jesuíta argentino de 76 anos não era um do principais candidatos. No entanto, depois de ter apresentado a sua visão da reforma da Igreja num discurso as cardeais que antecedeu o conclave, a maioria dos eleitores ficou convencida de que ele daria uma  reposta forte aso escândalos e desafios que assolam a Igreja e apresentaria soluções para o colapso da participação dos fiéis na Igreja e das vocações.

No nível institucional, Francisco foi responsável por várias reformas e iniciativas concretas. Mas ele será lembrado menos por isso do que por ser um líder que procurou chacoalhar, às vezes vigorosa e desconfortavelmente, o que considerava um status quo católico inaceitavelmente autorreferencial, pouco acolhedor e rígido.

Tomando o nome de Francisco de Assis, o santo italiano do século XIII fundador da ordem franciscana que adotou uma vida de pobreza radical, o novo papa pretendia promover uma Igreja que fosse ao encontro dos pobres, marginalizados e esquecidos e capaz de lidar com as complexidades da fé e das relações humanas no mundo de hoje.

“Prefiro uma Igreja magoada, ferida e suja, porque esteve nas ruas, do que uma Igreja que não é saudável por estar confinada e por se agarrar à sua própria segurança”, disse Francisco na Evangelii gaudium (A Alegria do Evangelho), sua exortação apostólica, de 2013, que pedia envolvimento pastoral nas favelas e cortiços.

Evangelii gaudium foi um manifesto do novo pontificado. No entanto, o verdadeiro projeto do seu pontificado é anterior à sua eleição e é claramente latino-americano: O documento conclusivo de 2007 da Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, realizada em Aparecida de que o Cardeal Bergoglio foi o redator principal.

O “Documento de Aparecida” introduziu muitas das estratégias de evangelização mais tarde retomadas na Evangelii gaudium e reiteradas em Querida Amazônia, a exortação apostólica pós-sinodal de 2020, escrita em resposta ao Sínodo dos Bispos de 2019 para a região Pan-Amazônica.

Aparecida pediu uma “grande missão continental”, uma Igreja voltada para fora, humilde, com uma preocupação preferencial com a criação, entendida especialmente como o meio ambiente, a piedade popular, os pobres e as periferias. “Será um novo Pentecostes que nos impulsione a ir, de um modo especial, em busca dos católicos afastados e daqueles que pouco ou nada conhecem de Jesus Cristo, para formarmos com alegria a comunidade de amor de Deus nosso Pai. Uma missão que deve chegar a todos, ser permanente e profunda”, escreveu Bergoglio em Aparecida.

Uma vez papa, Francisco fez da "grande missão continental" um empreendimento para a Igreja Universal.

Falando em 2013 na Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, ele exortou o seu público jovem a não ter medo de agitar as coisas para evangelizar de forma mais eficaz.

“O que é que eu espero como consequência da Jornada Mundial da Juventude?”, perguntou-lhes. “Eu quero uma bagunça. ... Quero ver-me livre do clericalismo, do mundano, deste fechamento em nós próprios, nas nossas paróquias, escolas ou estruturas.”

Em busca dessa evangelização “bagunçada”, Francisco propôs uma visão ampla de descentralização, escuta e acompanhamento, uma Igreja de engajamento pastoral e misericordioso em detrimento do que enxergava como uma precisão doutrinária rígida e do clericalismo. O Papa declarou frequentemente: “Todos, todos, todos” como uma expressão de como a Igreja deve ser um lugar acolhedor de misericórdia.

Em dezembro de 2015, o papa Francisco deu início a um Jubileu Extraordinário da Misericórdia, um tempo especial para a Igreja “redescobrir e tornar fecunda a misericórdia de Deus, com a qual todos nós somos chamados a consolar cada homem e mulher do nosso tempo”. Missionários da Misericórdia foram incumbidos em 2016 de pregar o Evangelho da Misericórdia e concretizar essa pregação através do sacramento da Confissão.

A ponto central dos últimos anos do pontificado de Francisco foi a sinodalidade, tema do sínodo de três anos (2021-2024) que visava reformar permanentemente a Igreja para que todos os batizados, o Povo de Deus, “caminhem juntos, se reúnam em assembleia e participem ativamente de sua missão evangelizadora”.

Desde cedo o início, porém, pontificado trouxe à tona tensões existentes na Igreja há muito tempo, começando com tumultuosos sínodos de 2014 e 2015 sobre o Matrimônio e a Família, em que os bispos debateram a acabar com a proibição da Igreja de comunhão para divorciados em segunda união. A exortação apostólica pós-sinodal de Francisco, Amoris laetitia (A Alegria do Amor), com uma posição pouco clara, não atenuou a controvérsia.

A divisão aprofundou-se nos anos seguintes, quando alguns líderes da Igreja, especialmente na Alemanha, aproveitaram o que foi visto como ambiguidade doutrinal de Francisco para pressionar no sentido de alterar a doutrina da Igreja sobre celibato sacerdotal, uniões homossexuais e ordenação de mulheres. As tensões aumentaram na reação em toda a Igreja ao decreto de 2021 Traditionis custodes (Guardiões da tradição) que restringiu drasticamente o acesso à liturgia tradicional anterior à reforma do Concílio Vaticano II (1962-1965), e o decreto de 2023 Fiducia supplicans (Com confiança suplicante) que permitiu formas de bênçãos não-litúrgicas para uniões homossexuais e casais em situações irregulares.

O papa, por outro lado, traçou linhas claras em áreas-chave da doutrina. Com o documento de 2024 Dignitas infinita (Dignidade infinita) do Dicastério para a Doutrina da Fé, a Igreja reafirmou sua oposição perene ao aborto, à eutanásia e à ideologia de género. Francisco em uma entrevista ao programa “60 Minutes” da rede de TV americana CBS, em maio de 2024, voltou a afirmar categoricamente que a ordenação de mulheres ao sacerdócio e ao diaconato estava fora de questão.

No fim, decepcionou os progressistas católicos e meios seculares que esperavam uma revolução doutrinal, em vez do processo de reforma pastoral do papa.

domingo, 20 de abril de 2025

REFLEXÃOS DOS SANTOS SOBRE A PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO.


Ao longo dos séculos, vários santos da Igreja enviaram mensagens para celebrar a Páscoa da Ressurreição do Senhor.

SANTO AGOSTINHO
"Na Páscoa, nome hebreu que significa 'passagem', não só recordamos a morte e ressurreição do Senhor, mas também nós passamos da morte à vida... A Igreja, corpo de Cristo, espera participar definitivamente na vitória sobre a morte, triunfo já manifestado na ressurreição corporal de nosso Senhor, Jesus Cristo". (Sermão 55,2).

"Foi a carne a que morreu, a que ressuscitou, a que foi pendurada no madeiro, a que jazia no túmulo e agora está sentada no céu". (Sermão 238,2).

"Pois Ele não teria ressuscitado se não tivesse morrido, e Ele não teria morrido se não tivesse nascido; por isso, o fato de nascer e morrer existiu em função da ressurreição (...). Cristo, o Senhor, no fato de nascer e morrer, tinha seu olhar posto na ressurreição; nela Ele estabeleceu os limites de nossa fé. Nossa raça, ou seja, a raça humana, conhecia duas coisas: o nascer e o morrer. Para nos ensinar o que nós não conhecíamos, Ele pegou o que nós conhecíamos". (Sermão 229 H, 1).

SÃO JOÃO PAULO II
"Se às vezes esta missão vos aparecer difícil, recordai as palavras do Ressuscitado: "Eu estarei sempre convosco, até o fim do mundo" (Mt 28,20). Assim, na certeza da sua presença, não temereis qualquer dificuldade nem obstáculo. A sua Palavra vos iluminará; o seu Corpo e o seu Sangue servirão de alimento e amparo no caminho quotidiano para a eternidade".

"Maria é-nos guia no conhecimento dos mistérios do Senhor: e como n'Ela e com Ela compreendemos o sentido da Cruz, assim também n'Ela e com Ela chegamos a colher o significado da Ressurreição, saboreando a alegria, que promana desta experiência".

SANTO TOMÁS DE AQUINO
"Cristo provou sua ressurreição de três maneiras: pela vista: 'Vede minhas mãos e meus pés' ((Lc 24,39); pelo toque, para o qual ele continua: 'Apalpai e vede: um espírito não tem carne; pelo paladar: 'Mas, vacilando eles ainda e estando transportados de alegria, perguntou: 'Tendes aqui alguma coisa para comer?

SÃO PAULO VI
"A ressurreição de Cristo não é apenas seu triunfo pessoal, mas também o início de nosso salvação e, portanto, de nossa ressurreição. É assim agora, como libertação da primeira e fatal causa de nossa morte, que é o pecado, desapego da única verdadeira fonte de vida, que é Deus (cf. Rm 4,25; 6,11); é como penhor de nossa futura ressurreição corporal, salvos como somos, na esperança que não decepciona (Rm 8,24), para o último dia, para a vida que não conhecer fim (I. 6,49 ss). (30 de março de 1975). 

SÃO JOÃO XXIII
"Nossa Páscoa é, portanto, para todos uma morte ao pecado, às paixões, ao ódio, às inimizades, a tudo aquilo que é fonte de desequilíbrio, amargura e tormento na ordem espiritual e material. Esta morte é, na verdade, apenas o primeiro passo para um objetivo maior: pois nossa Páscoa é também um mistério de vida". (Homilia de 1959).  

COMEÇA HOJE A OITAVA DE PÁSCOA.


No domingo da Ressurreição (hoje) começam os cinquenta dias do tempo pascal, que termina com a solenidade de Pentecostes. A Oitava de Páscoa é a primeira semana destes cinquenta dias; é considerada como se fosse um só dia, ou seja, o júbilo do Domingo de Páscoa é prolongado durante oito dias.

As leituras evangélicas estão centralizadas nos relatos das aparições de Cristo Ressuscitado e nas experiências que os apóstolos tiveram com Ele.

Neste tempo litúrgico, a primeira leitura, normalmente tirada do Antigo Testamento, é trocada por uma leitura dos Atos dos Apóstolos.

O segundo Domingo de Páscoa também é chamado Domingo da Divino Misericórdia, segundo a disposição de São João Paulo II durante seu pontificado, depois da canonização da sua compatriota Faustina Kowalska.

O decreto foi emitido no dia 23 de maio de 2000 pela Sagrada Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, detalhando que esta seria comemorada no segundo domingo de Páscoa. A denominação oficial deste dia litúrgico será "segundo domingo de Páscoa ou Domingo da Divina Misericórdia".