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terça-feira, 13 de maio de 2025

APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA.

1ª APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA EM FÁTIMA.
13 de maio de 1917.
- Há 108 anos.
RELATO
Naquela manhã de domingo, 13 de maio, depois de assistirem à missa na igreja de Aljustrel, onde moravam, Lúcia, Jacinta, e Francisco, saíram em direção à serra com seu pequeno rebanho de ovelhas. Lúcia disse em com categórico:
- Vamos para as terra de meu pai, na Cova da Iria.

Obedecendo, os outros tocaram as ovelhas, e lá se foram pela Serra de Aire.
Por volta do meio-dia, após terem, tomado seu lanche e rezado o Terço, conforme o pedido que o Anjo lhe havia feito, de súbito, as três crianças viram como que um clarão de relâmpago, que as surpreendeu. Olharam para o céu e, depois, umas para as outras: ficaram mudas e pasmas, pois o horizonte estava limpo e sereno. O que seria?

Lúcia, então ordenou:
- Vamos embora, que pode vir trovoada.
- Pois vamos - disse Jacinta.

A meio caminho, viram um segundo relâmpago, com redobrado susto apertaram o passo, continuando a descer, porém, mal haviam chegado ao fundo da Cova da Iria pararam, confusos e varavilhados: ali, a curta distância, sobre uma carrasqueira de pouco mais de um metro, aparece-lhe a Mãe de Deus.

Segundo as descrições da Irmã Lúcia, era "uma Senhora, vestida toda de branco, mais brilhante que o sol, espargindo luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente". Seu semblante era de inenarrável beleza, nem triste, nem alegre, mas sério, talvez com uma suave expressão de ligeira censura. O vestido, mais alvo que a própria neve, parecia tecido de luz. Tinhas as mangas relativamente estreitas e era fechado ao pescoço, descendo até os pés, os quais, envolvidos por um tênue nuvem, mal eram vistos roçando as folhas da azinheira. Um manto cobria sua cabeça, também branco com bordas de ouro do mesmo comprimento do vestido, envolvendo quase todo seu corpo. As mãos, as trazia juntas a rezar, apoiadas no peito; da direita pendia um lindo rosário de contas como pérolas brilhantes, do qual pendia uma Cruz de intensa luz prateada. Seu único adorno era um delicado colar de ouro, de pura luz, que Lhe caía sobre o peito, do qual pendia uma pequena esfera do mesmo metal, quase à altura da cintura".

Diante da admiração respeitosa dos pastorinhos, a Santíssima Virgem lhes disse com suave bondade, segundo o relato da irmã Lúcia.

- Não tenhas medo. Eu não faço mal.
- De onde é você - lhe perguntei.
- Sou do céu.
- E o que é que você quer?
- Vim pedir que você venha aqui seis meses seguidos, no dia 13 neste mesmo horário. Depois direi quem sou e o que quero. Depois voltarei ainda aqui uma sétima vez.
- E eu também vou para o Céu?
- Sim, vai
- E a Jacinta?
- Também!
- E o Francisco?
- Também, mas tem que rezar muitos Terços.

"Lembrei então de perguntar por duas moças que tinham morrido há pouco. Eram minhas amigas e estavam em minha casa a aprender a tecedeiras com minha irmã mais velha.

- A Maria das Neves já está no Céu?
- Sim, está!
"Maria das Neves parece que devia ter uns dezesseis anos.
- E a Amélia?
- Está no purgatório até o fim do mundo.
" Amélia devia ter de dezoito a vinte anos.
- Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que ele é oferecido e de súplica pela conversão dos pecadores?
- Sim, queremos!
-Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.

"Foi ao pronunciar estas últimas palavras (a graça de Deus, etc.) que abriu pela primeira vez as mãos, comunicando-nos uma luz tão intensa, como que reflexo que delas expedia, que penetrando-nos no peito e no mais íntimo da alma, fazendo-nos ver a nós mesmos em Deus, que era essa luz, mais claramente que nos vemos no melhor dos espelhos. Então, por um impulso íntimo também comunicado, caímos de joelhos e repetíamos intimamente:
- Ó Santíssima Trindade, eu Vos adoro. Meu Deus, meu Deus, e vos amo no Santíssimo Sacramento.

"Passados os primeiros momentos, Nossa Senhora acrescentou:
- Rezem o Terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra.
"Em seguida, começou a se elevar serenamente, subindo em direção ao nascente, até desaparecer na imensidade da distância".

A celeste Mensageira havia produzido nas crianças uma deliciosa impressão de paz e alegria radiante. De tempos em tempos, o silêncio em que tinham caído era cortado por esta jubilosa exclamação de Jacinta:
- Ai que Senhora tão bonita! Ai! que Senhora tão bonita!

Nesta como nas outras aparições, a Virgem Santíssima falou apenas com Lúcia, sendo que Jacinta só via e ouvia o que Ela Dizia. Francisco, entretanto, não A ouvia, mas somente A via.

Quando as duas meninas lhe relataram o que Nossa Senhora disse a respeito dele, ficou muito contente e, cruzando as mãos acima de sua cabeça, exclamou em alta voz:
- Ó minha Nossa Senhora! Terços digo eu quantos Vós quiserdes!

Aquela Senhora tão bonita, como dizia Jacinta, não deu nenhuma ordem para as crianças manterem sigilo sobre a aparição. Mesmo assim, fizeram um "pacto infantil" de segredo, resolvendo não contar nada a ninguém, tal como haviam feito quando o Anjo lhes aparecera.
Como sabemos, crianças não são boas para guardar segredo... e Jacinta tão logo se encontrou com a mãe, correu para contar-lhe o que tinha ocorrido na Cova da Iria. Mas esta não lhe deu nenhum crédito e jugou tratar-se de imaginação infantil.

Mais tarde, durante o jantar com toda a família reunida, jacinta tornou a contar sua história, deixando seu irmão Francisco numa situação bem difícil. Por um lado, não queria mentir e, por outro, não queria quebrar a promessa feita à prima Lúcia. Optou por ficar em silêncio. Porém, ao ser interrogado pelo pai, o qual sabia ser o filho incapaz de mentir, não restou outra saída senão confirmar o que Jacinta acabava de contar.
Foi impossível evitar que a notícia corresse por toda a parte.

terça-feira, 25 de março de 2025

APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA.

16ª APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA DE LOURDES.
25 de março de 1858
- Há 167 anos.

Os milagres continuavam se multiplicando, e ao mesmo tempo iam se arrefecendo as resistências do pároco. Durante 20 dias, Bernadette não voltou à gruta. Sentiu o chamado de Nossa Senhora nas primeiras horas da festas da Anunciação. Então foi à gruta.

RELATO DA APARIÇÃO
(Contada por Bernadette) 

"Depois dos quinze dias, eu lhe perguntei de novo seu nome, três vezes seguidas. Ela sorria sempre. Por fim ousei uma quarta vez, e foi então que ela, com os dois braços ao longo do corpo [como na Medalha Milagrosa], levantou os olhos ao Céu e depois me disse, juntando as mãos na altura do peito, que ela era a Imaculada Conceição.

"Então eu voltei de novo à casa do senhor pároco, para lhe contar que ela me tinha dito que era a Imaculada Conceição. Ele me perguntou se eu estava bem segura. Respondi que sim, e que para não esquecer essa palavra eu a tinha repetido durante todo o caminhos".

Santa Bernadette não sabia o significado de "Imaculada Conceição", cujo dogma o Bem-Aventurada Papa Pio IX proclamara poucos anos antes, deixando prostrados os partidários da Revolução e empolgando os devotos de Nossa Senhora no mundo inteiro!.

O pároco custou a conter as lágrimas. "Ela quer mesmo a capela", murmurou Santa Bernadette. A partir desse momento, o sacerdote mudou de atitude.

segunda-feira, 3 de março de 2025

APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA.

14ª APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA DE LOURDES
Em 3 de março de 1858
- Há 167 anos.
Três mil pessoas se apinhavam em torno da gruta. Bernadette rezou por muito tempo. Mas se levantou com os olhos repletos de lágrimas, e clamou: "Não me apareceu".
No mesmo dia, após a aula, sentiu um convite interior de Nossa Senhora, Retornou à gruta, e desta vez a viu.

Bernadette cumpriu a ordem do pároco: 
"Eu lhe perguntei seu nome, por parte do senhor pároco. Mas ela não fazia outra coisa senão sorrir. Voltando, fui à casa do senhor pároco para dizer-lhe que tinha cumprido a missão, mas que não tinha recebido outra resposta senão um sorriso. Então ele me disse que ela zombava de mim, e que eu faria bem de nunca mais voltar. Mas eu não podia me impedir de ir".

Fechando a questão, o Padre Peyramale orientou: "Se a Senhora deseja realmente uma capela, que diga seu nome e faça florescer a roseira da Gruta".

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA.

2ª APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA DE LOURDES.
14 de fevereiro de 1858.
- Há 167 anos

Apesar de ter sido proibida pelos pais de voltar a gruta, Bernadette sentiu uma força interior atraindo-a para lá. De tanto ela insistir, sua mãe acabou permitindo que ela fosse. 
Nessa 2ª aparição, Bernadette, leva água Benta para chagar na aparição, para ter certeza que era coisa de Deus.

RELATO DA APARIÇÃO
(Contada por Bernadette)

"A segunda vez foi no domingo seguinte. voltei com várias moças, para ver se não tinha me enganado. Eu me sentia muito constrangida interiormente. Minha mãe tinha-me proibido voltar. Depois da missa cantada, as outras duas jovens e eu fomos mais uma vez pedir licença a minha mãe. Ela não queria. Dizia-me temer que caísse na água. Temia que não voltasse para assistir às vésperas. Prometi que sim, e deu-me então a permissão parar ir.

"Fui à paróquia, pegar uma garrafinha de água benta para jogá-la na visão quando estivesse na gruta, se a visse. E Saímos para a gruta. Ao chegarmos lá, cada uma tomou o seu terço e nos ajoelhamos para rezá-lo. Apenas tinha acabado de rezar a primeira dezena, quando vi a mesma Dama".

"Então comecei a jogar água benta nela, dizendo que se vinha da parte de Deus, que permanecesse; se não, que fosse embora; e me apressava sempre a jogar-lhe água. Ela começou a sorrir, a inclinar-se. Mais, água eu jogava, mais sorria e girava a cabeça, a mais a via fazer aqueles gestos. Eu então tomada pelo temos, me apressava a aspergi-la mais, e assim o fiz até que a garrafa ficou vazia. Quando terminei de rezar meu terço, Ela desapareceu e não me disse nada. Nós nos retiramos para assistir às vésperas.

Conheça mais de Nossa Senhora de Lourdes. 

domingo, 13 de outubro de 2024

SEXTA E ÚLTIMA APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA.

13 de outubro de 1917
"Eu sou a Senhora do Rosário".
Na última aparição, Nossa Senhora revelou-se como sendo a Senhora do Rosário, pediu que fizessem uma capela no local em sua honra, que rezassem o terço todos os dias e profetizou que a Guerra terminaria em breve.

Realizou também diante da multidão o milagre anunciado: o Sol começou a bailar, várias pessoas foram curadas e as roupas ensopadas pela chuva que caíra caudalosamente antes da aparição estavam completamente secas.

Naquela manhã fria de outono, uma chuva persistente e abundante tinha transformando a Cova da Iria num imenso lamaçal, e parecia ensopar até os ossos da multidão de cinquenta a setenta mil peregrinos que ali se apinhava, vinda de todos os cantos de Portugal.

Por volta das onze e meia da manhã, aquele mar de gente abriu passagem aos três videntes que se aproximavam.

É a Irmã Lúcia que nos relata o que se seguiu:
"Saímos de casa bastante cedo, contando com as demoras do caminho. O povo era em massa. A chuva, torrencial. Minha mãe, temendo que fosse aquele o último dia da minha vida, com o coração retalhado pela incerteza do que iria acontecer, quis acompanhar-me. Pelo caminho, as cenas do mês passado, mais numerosas e comovedoras. Nem a lamaceira dos caminhos impedia essa gente de se ajoelhar na atitude mais humilde e suplicante, Chegamos à Cova da Iria, junto da carrasqueira, levada por um movimento interior, pedi ao povo que fechasse os guarda-chuvas para rezarmos o Terço. Pouco depois vimos o reflexo da luz e, em seguida Nossa Senhora sobre a carrasqueira.
- Que é que Vossemecê me quer?
- Quero dizer-te que façam aqui uma capela em minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o Terço todos os dias. A guerra vai acabar e os militares voltarão em breve para suas casas.
- Eu tinha muitas coisas para lhe pedir: se curava uns doentes e se convertia uns pecadores, etc.
- Uns, sim; outros não. É preciso que se emendem, que peçam perdão dos seus pecados.
"E tomando um aspecto mais triste:
- Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor que já está muito ofendido.
"E, abrindo as mãos, fê-las refletir no sol. E enquanto que se elevava, continuava o reflexo da sua própria luz a projetar-se no sol".

Tendo Nossa Senhora desparecido nesta luz que Ela mesmo irradiava, no céu sucederam-se três novas visões, "três quadros, simbolizando, um após outro, os Mistérios Gozosos, Dolorosos e Gloriosos do Rosário".

Junto ao sol apareceu a Sagrada Família: São José, com o Menino Jesus nos braços, e Nossa Senhora do Rosário. A Virgem vestia uma túnica branca e um manto azul, São José estava "também de branco, e o menino Jesus de vermelho claro".

Traçando três vezes no ar uma cruz, "São José com o Menino pareciam abençoar o mundo".

As duas cenas seguintes foram vistas apenas por Lúcia.
Primeiramente, Nosso Senhor, transido de sofrimento, como a caminho do Calvário, e Nossa Senhora das Dores, "mas sem a espada no peito". O Divino Redentor abençoou "o mundo da mesma forma que São José".
Logo depois, apareceu gloriosa Nossa Senhora do Carmo, coroada Rainha do universo, com o Menino Jesus ao colo. Enquanto os três pastorinhos contemplavam os celestiais personagens, operou-se ante os olhos da multidão o milagre anunciado...

Chovera durante toda a aparição. Lúcia, ao término de seu colóquio com Nossa Senhora, gritou para o povo:

- Olhem para o sol!

Então rasgaram-se as nuvens e o sol apareceu como um imenso disco luminoso.  Apesar de seu intenso brilho, podia ser olhado diretamente sem ferir a vista. As pessoas o contemplavam absortas quando, de súbito, o astro se pôs "a dançar, a bailar; parou outra vez e outra vez começou a dançar, até que por fim pareceu que se soltasse do céu e visse para cima da gente", segundo a descrição de um dos presentes.

Os gritos de entusiasmos ecoavam pelas colinas e muitos notavam que sua roupa, encharcada alguns minutos antes, estava completamente seca.

O milagre do sol pôde se observado a uma distância de muitos quilômetros do local das aparições.

- Fato ocorrido a 107 anos.

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

QUINTA APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA.

13 de setembro de de 1917


Na quinta aparição recomendou que continuassem a rezar o terço para o vim da guerra, disse que Deus estava contente com os sacrifícios dos pastorinhos e reafirmou que faria um milagre em outubro.

Ao longo das sucessivas aparições de Nossa Senhora na Cova da Iria, aumentava  número dos que nelas acreditavam. No dia 13 de setembro verificou-se um extraordinário número de peregrinos presentes no local. Muitos já se haviam posto a caminho desde o dia anterior e formavam uma multidão cheia de respeito, calculada entre quinze e vinte mil pessoas, ou talvez mais.

Assim narra a Irmã Lúcia.
"Ao aproximar-se a hora, lá fui, com a Jacinta e o Francisco, entre numerosos pessoas que a custo nos deixavam andar. As estradas estavam apinhadas de gente. Todos nos queriam ver a falar. Ali não havia respeito humano. Numerosas pessoas, e até senhoras e cavalheiros, conseguindo romper por entre a multidão que à nossa volta se apinhava, vinham prostrar-se, de joelhos, diante de nós, pedindo, que apresentássemos a Nossa Senhora as suas necessidades". 

Tão logo chegaram à Cova da Iria, junto da carrasqueira começaram a rezar o Terço com o povo.

"Pouco depois, vimos o reflexo da luz a seguir Nossa Senhora sobre a azinheira.
- Continuem a rezar o Terço, para alcançarem o fim da guerra. Em outubro virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo, São José com o Menino Jesus, para abençoarem o mundo. Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que durmais com a corda; trazei-a só durante o dia".

As crianças tinham passado a usar com cilício um pedaço de corda grossa, que não tiravam nem para dormir. Isto lhes impedia muitas vezes o sono e passavam noites inteiras em claro. Daí o elogio e a recomendação de Nossa Senhora.

Irmã Lúcia continua a narrar seu diálogo com a Virgem Santíssima.
- Têm-me pedido para Lhe pedir muitas coisas: a cura de alguns doentes, de um surdo-mudo.
- Sim, alguns curarei; outros não. Em outubro farei o milagre, para que todos acreditem.
"E começando a elevar-se, desapareceu como de costume".

Ainda que breve, a aparição de Nossa Senhora deixou os pequenos videntes felicíssimos, consolados e fortalecidos em sua fé. Francisco, de modo especial, sentia-se transportado de alegria com a pespectiva "de que, no próximo mês, veriam Nosso Senhor", como lhe prometera a Rainha do Céu e da terra.

- Fato ocorrido a 107.

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

QUARTA APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA.

19 de agosto de 1917
A quarta aparição foi assinalada por inúmero acontecimentos que marcaram profundamente a vida das crianças: Seus pais foram intimados pelas autoridades locais, o padre local não lhes dava crédito, foram elas submetidas a exaustivos interrogatórios, sequestradas, ameaçadas de morte e até mesmo ficaram presas em uma cadeia pública junto com outros detentos!

No dia 10 de agosto de 1917, Lúcia estava com Francisco e seu irmão João no lugar dos Valinhos, uma propriedade de um dos seus tios e que dista uns 500 metros de Aljustrel. Pelas 4 horas da tarde, começaram a produzir-se as alterações atmosféricas que precederam as aparições anteriores, uma súbita diminuição da temperatura e um esmorecimento do Sol. Lúcia, sentindo que alguma coisa de sobrenatural se aproxima e os envolvia, pediu ao primo João para chamar rapidamente a Jacinta, a qual chegou o tempo de ver Nossa Senhora que - anunciada, como das outras vezes, por um reflexo de luz - apareceu sobre uma azinheira, um pouco maior que a da Cova da Iria. 

Assim Narra Lúcia o que aconteceu nesse dia:

"Entretanto, vi, com o Francisco, o reflexo da luz a que chamávamos relâmpagos; e chegada a Jacinta, um instante depois, vimos Nossa Senhora sobre um carrasqueira.
- Que é que Vossemecê me quer?
- Quero que continueis a ir à Cova de Iria no da 13, que continueis a rezar o Rosário todos os dias. No último mês, farei o milagre, para que todos acreditem.
- Que é que Vossemecê quer que se faça ao dinheiro que o povo deixa na Cova de Iria?
- Faça dois andores: um, leva-o tu com a Jacinta e mais duas meninas vestidas de branco; o outro, que o leve o Francisco com mais três meninos. O dinheiro dos andores é para a festa de Nossa Senhora do Rosário e o que sobrar é para a ajuda duma capela que hão de mandar fazer". 

Lúcia pede pela cura de uns doentes e Nossa Senhora de Fátima diz que alguns curaria durante o ano.

Em seguida com uma fisionomia entristecida acrescenta: "Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno por não haver quem se sacrifique e pela por elas". 

E como de costume, começou a elevar-se em direção ao nascente. Os videntes cortaram ramos da árvore sobre a qual Nossa Senhora lhes tinha aparecido e levaram-nos para casa. Os ramos exalavam um perfume singularmente suave.

- Fato ocorrido a 107 anos.