Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador FESTA LITÚRGICA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador FESTA LITÚRGICA. Mostrar todas as postagens

domingo, 29 de junho de 2025

HOJE CELEBRAMOS A SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO.


"O dia de hoje é para nós dia sagrado, porque nele celebramos o martírio dos apóstolos são Pedro e são Paulo... Na realidade, os dois eram como um só; embora tenham sido martirizados em dias diferentes, deram o mesmo testemunho". Celebrada hoje (29/6) No Brasil, a celebração é transferida para o domingo e, neste anos, será no dia 30 de junho.

Esta celebração recorda que são Pedro foi eleito por Cristo: "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja". Humildemente ele aceitou a missão de ser "a rocha" da Igreja.

O papa por sua parte, como sucessor de Pedro e vigário de Cristo, é o princípio e fundamento perpétuo s visível da unidade, tanto dos bispos como da multidão de fiéis. É pastor de toda a Igreja e tem poder pleno, supremo e universal. Por isso, também é comemorado nesta data e dia o dia do papa.

Do mesmo modo, comemora-se são Paulo, o apóstolo dos gentios, que antes de sua conversão foi um perseguidor dos cristãos e passou, com sua vida, a ser um ardoroso evangelizador para todos os católicos, sem reservas no anúncio do Evangelho.

Como o papa Bento XVI disse em 2012, "a tradição cristã tem considerado são Pedro e são Paulo inseparáveis: na verdade, juntos, representam todo o Evangelho de Cristo".

"Apesar de ser humanamente bastante diferentes e não obstante os conflitos que não faltaram no seu mútuo relacionamento, realizaram um modo novo e autenticamente evangélico de ser irmãos, tornado possível precisamente pela graça do Evangelho de Cristo que neles operava. Só o seguimento de Cristo conduz a uma nova fraternidade", afirmou. 

terça-feira, 25 de março de 2025

FESTA LITÚRGICA

ANUNCIAÇÃO DO SENHOR
No Oriente, em meados do século VI, esta festa era celebrada em 25 de março; depois, também em Roma, a partir do século VII. Por ser uma festa, que diz respeito ao Senhor Jesus e à sua entrada na história, a nova disposição litúrgica preferiu comemorá-la com o título de "Anunciação do Senhor", para diferenciá-la da festa popular da Anunciação de Maria. A solenidade da "Anunciação do Senhor" e uma festa natalina, embora não seja celebrada na época de Natal, porque aconteceu nove meses antes do Nascimento de Jesus, com a sua encarnação no seio da Virgem Maria.

No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem, que se chamava José, da casa de Davi. O nome da virgem era Maria. Entrando, o anjo disse-lhe: "Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo". Ela ficou perturbada com estas palavras e pôs-se a pensar o que significaria tal saudação. Então o anjo lhe disse: "Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado filho do Altíssimo; o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim". Maria perguntou ao anjo: "Como se fara isso, pois não conheço o homem"? Respondeu-lhe o anjo: "O Espírito Santo descerá sobre ti e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sobra. Por isso, aquele que vai nascer de ti será santo e se chamará Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho da sua velhice; ela, que é chamada estéril, já está no sexto mês, pois, para Deus nada é impossível". Então Maria disse: "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra!". E o anjo afastou-se dela. Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas para a região montanhosa, a uma cidade de Judá".
(Lucas 1,26-39).

Deus entra pela porta dos fundos
A festa da Anunciação recorda a encarnação do Senhor seio de Maria, que dá início a uma nova história. É interessante notar que Deus não envia o anjo de Jerusalém, ao Templo, mas à Galileia, uma região desprezada, por ser refúgio de pagãos descrentes; Ele o envia a Nazaré uma cidade nunca mencionada no Antigo Testamento.

Perplexidade de Maria
Com a anunciação, Maria reflete, dialoga consigo mesmo e com o anjo; por isso, pergunta qual o significado e como tudo aquilo irai acontecer. Maria não entra em pânico e não se deixa levar pela emoção. Pelo contrário, demonstra ser uma mulher corajosa, que, diante de uma coisa inédita, mantém a prudência. Assim, à luz de Deus, ela avalia tudo e decide.

Ação do Espírito Santo.
O Espírito reveste a vida de Maria, tornando-a idônea para a sua missão: Ele o fez na Anunciação e no Cenáculo. Logo, Maria se reveste do Espírito, graças ao qual e em quem tudo se torna possível.

"Eis-me aqui" de Maria
O "Fiat" de Maria transforma a humilde casa da "sua" vida em Casa de Deus, tornando-se Tabernáculo do Santíssimo Jesus. Era suficiente um simples "Eis-me aqui", apenas um sinal de disponibilidade para confiar na ação do Espírito. Desta forma, Deus entrou na história, aceitando tornar-se história na vida de todos os que disseram e continuarão a dizer seu "Eis-me aqui"!

Atitude de Maria
A primeira atitude de Maria foi acreditar, confiar e entregar-se a Deus, na certeza de que nada é impossível para Ele. Deus não teme o período da perplexidade, reflexão, compreensão. Deus não obriga a liberdade, mas educa à liberdade, para que cada um possa dizer seu "Eis-me aqui".

A sua segunda atitude foi a de aceitar participar do tempo de Deus e o dos seus ritmos. Os tempos de Deus requerem tempo, descer em profundidade. Deus pede um "sim" mas também para entrar no seu "ritmo" e no seu "tempo": um tempo que não é, simplesmente, deixar passar as horas, mas o tempo de Deus, ou seja, um tempo oportuno e total, um tempo de oportunidade e de graça.

quarta-feira, 19 de março de 2025

FESTAS LITURGICAS.

SÃO JOSÉ
A menção mais antiga sobre o culto a SÃO JOSÉ, no Ocidente, deu-se por volta do ano 800, no norte de França. No dia 19 de março. A referência a José, Esposo de Maria, tornou-se cada vez mais frequente entre os séculos IX e XIV. No século XII, os Cruzados construíram uma igreja em sua honra, em Nazaré. No entanto, no século XV, o culto a São José começou a se difundir graças a São Bernardino de Sena e, sobretudo a João Gerson, chanceler da basílica de "Notre Dame" de Paris: ele manteve o desejo de dedicar, de modo oficial, uma festas a São José. Todavia, já havia algumas celebrações, em Milão, junto aos Agostinianos, e em muitos lugares da Alemanha. Entretanto, a partir de 1480 com a aprovação do Papa Sisto IV, começou-se a celebrar a sua festa em 19 de março, que, depois, passou a ser obrigatória, em 1621, com o Papa Gregório XV. O Papa Pio IX, em 1870, declarou São José padroeiro da Igreja Católica. Por sua vez, João XXIII, em 1962, inseriu seu nome no Cânon Romano da Santa Missa. Enfim, o Papa Francisco aprovou sete novas invocações na Ladainha de São José: Guardião do Redentor, Servo de Cristo, Ministro da salvação, Amparo nas dificuldades, Patrono dos exilados, Patrono dos aflitos, Patrono dos pobres.

"Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo. Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo. José, seu esposo, que era homem de bem, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente. Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: "José Filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará a luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados". Despertando, José fez como o anho do Senhor lhe havia mandado" 
(Mateus 1,16,18-21,24). 

Pai Amado
José pôs-se a serviço do plano de salvação, cuidando da Sagrada Família, que Deus lhe confiou: foi um servo atencioso no momento da Anunciação; um servo prudente ao cuidar de Maria e do Menino, que carregava no seu seio; defensor da Família no momento do perigo. Estes são apenas alguns aspectos da figura de São José , que explicam por que o povo santo o venera com particular devoção.

Pai de ternura
José ensinou a Jesus andar, segurando-o pela mão. Jesus viu a ternura de Deus em José, homem justo. Em José, Jesus viu um homem de fé, que sabia encarar a vida com esperança, porque, em meio às tempestades, Deus permanece firme no leme do barco da vida.

Pai na obediência
O desígnio de Deus foi revelado a José em sonhos e a sua resposta sempre foi pronta: no momento da Anunciação do Senhor; quando Herodes queria matar o Menino; após a morte de Herodes. José era guiado por Deus e obedecia. Jesus respirou esta "submissão" filial a Deus e aprendeu a obedecer a seus pais.

Pai no acolhimento
A figura de José é apresentada como um homem respeitoso, delicado, capaz de colocar a dignidade e a vida de Maria acima de tudo, até mesmo da sua reputação. José aceita tudo, ciente de que é guiado pela providência de Deus; entende que a vida se revela na medida em que acolhe o plano de Deus e se reconcilia com seus desígnios. Eis o realismo cristão: acolher em Deus a própria história, para acolher o próximo.

Pai na coragem criativa
Diante das dificuldades, José sempre encontrou recursos mais inesperados. Ele é o homem através do qual Deus desenvolve os primórdios da história da salvação; os obstáculos não impedem a audácia e a obstinação deste homem, justo e sábio. Deus confia neste homem, como confiou em Maria. Por isso, ele foi o Custódio da Sagrada Família: a de Nazaré e a de hoje, que é a Igreja.

Pai trabalhador
O trabalho, entendido como participação na obra de Deus, foi desempenhado por José na sua vida e o ensinou ao seu filho Jesus: a importância do trabalho é a origem de uma nova "normalidade", da qual ninguém está excluída. A obra de São José recorda que o próprio Deus, feito o homem, não deixou de trabalhar, pois o trabalho é a garantia da dignidade humana.

Pai na sombra.
Ser pai significa preparar o Filho às experiências da vida, à realidade, sem o prender, deter, tomar posse dele, mas fazer com que ele seja capaz de fazer suas escolhas, ser livre e poder partir. A lógica do amor é sempre a lógica da liberdade: a alegria de José é doar-se. Ele se tornou inútil e viveu na sombra, para que seu Filho pudesse emergir.

terça-feira, 4 de março de 2025

O QUE VOCÉ DEVE SABER SOBRE A QUARTA-FEIRA DE CINZAS.

Amanhã (quarta-feira 05/3) a Igreja celebrará a QUARTA-FEIRA DE CINZAS.

Nesse post vamos mostrar informações fundamentais para entender a importância da quarta-feira de cinzas e, assim viver adequadamente esse tempo litúrgico de preparação par a Páscoa.

1. O que é a Quarta-feira de Cinzas?
É o primeiro dia da Quaresma, ou seja, dos 40 dias nos quais a Igreja chama o fiéis a se converterem e a se prepararem verdadeiramente para viver os mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo durante a Semana Santa. Este ano será celebrada no dia 05 de março.

A Quarta-feira de Cinzas é uma celebração que está no Missal Romano, o qual explica que no final da Missa, abençoa-se e impõe-se as cinzas obtidas da queima dos ramos usados no Domingo de Ramos do ano anterior.

2. Como nasceu a tradição de impor as cinzas?
A tradição de impor as cinzas remonta à Igreja primitiva. Naquela época, as pessoas colocavam as cinzas sobre a cabeça e se apresentavam diante da comunidade com um "hábito penitencial" para receber o Sacramento da Reconciliação na Quinta-feira Santa.

A quaresma adquiriu um sentido penitencial para todos os cristãos por volta do ano 400 d.C. e, a partir do século XI, a Igreja de Roma passou a impor as cinzas no início deste tempo.

3. Por que se impõe as cinzas?
A cinza é um símbolo. Sua função está descrita em um importante documento da Igreja, mais precisamente no artigo 125 do Diretório sobre a piedade popular e a liturgia:

"O começo dos quarenta dias de penitência, no Rito romano, caracteriza-se pelo austero símbolo das Cinzas, que caracteriza a Liturgia da Quarta-feira de Cinzas. Próprio dos antigos ritos nos quais os pecadores convertidos se submetiam à penitência canônica, o gesto de cobrir-se com cinza tem o sentido de reconhecer a própria fragilidade e mortalidade, que precisa ser redimida pela misericórdia de Deus. Este não era um gesto puramente exterior, a Igreja o conservou como sinal da atitude do coração penitente que cada batizado é chamado a assumir no itinerário quaresmal. Deve-se ajudar os fiéis, que vão receber as Cinzas, para que aprendam o significado interior que este gesto tem, que abre a cada pessoas a conversão e ao esforço do renovação pascal".

4. O que as cinzas simbolizam e o que recordam?
A palavra cinza, que provém do latim "cinis", representa o produto da combustão de algo pelo fogo. Esta adotou desde muito cedo um sentido simbólico de morte, expiração, mas também de humildade e penitência.

A cinza, como sinal de humildade, recorda ao cristão a sua origem e o seu fim: "E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra" (Gn 2,7); "até que te tornes à terra: porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó ter tornarás (Gn 3,19).

5. Onde podemos conseguir as cinzas?
Para a cerimônia devem ser queimados os restos dos ramos abençoados no Domingo de Ramos do ano anterior. Estes recebem água benta e logo são aromatizados com incenso.

6. Como se impõe as cinzas?
Este ato acontece durante a missa, depois da homilia, e está permitido que os leigos ajudem o sacerdote. As cinzas são impostas na fronte, em foram de cruz, enquanto o ministro pronuncia as palavras Bíblicas: "Lembra-te de que és pós e ao pó voltarás" ou "Convertei-vos e crede no Evangelho".

Depois de receber as cinzas, o fiel deverá retirar-se em silêncio, meditando na frase proferida.

7. O que devem fazer quando não há sacerdote?
Quando não há sacerdote, a imposição das cinzas pode ser realizada sem Missa, de forma extraordinária. Entretanto, é recomendável que antes do ato participem da liturgia da palavra.

É importante recordar que a bênção das cinzas, como todo sacramental, somente pode ser feita por um sacerdote ou um diácono.

8. Quem pode receber as cinzas?
Qualquer pessoa pode receber este sacramental, inclusive os não católicos. Como explica o Catecismo (1670 ss.), "sacramentais não conferem a graça do Espírito Santo à maneira dos sacramentos; mas, pela oração da Igreja, preparam para receber a graça e dispõem para cooperar com ela".

9. A imposição das cinzas é obrigatória.
A quarta-feira de Cinzas não é dia de preceito e, portanto, não é obrigatória. Não obstante, nesse dia muitas pessoas costumam participar da Santa Missa, algo que sempre é recomendável.

10. Quanto tempo é necessário permanecer com a cinza na fronte?
Quando tempo a pessoa quiser. Não existe um tempo determinado.

11. O jejum e a abstinência são necessários?
O jejum e a abstinência são obrigatórios durante a Quarta-feira de Cinzas, como também na Sexta-feira Santa, para as pessoas maiores de 18 e menores de 60 anos. Fora desses limites, é opcional. Nesse dia, os fiéis podem ter uma refeição "principal" uma vez durante o dia.

A abstinência de comer carne é obrigatória a partir dos 14 anos. Todas as sextas-feiras da Quaresma também são de abstinência obrigatória. Às sextas-feiras da Quaresma também são de abstinência. O gesto, dependendo da determinação da Conferência Episcopal de cada país, pode ser substituído por outro tipo de mortificação ou oferecimento como a oração do terço.  

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

CELEBRAMOS HOJE A APRESENTAÇÃO DE NOSSA SENHORA NO TEMPLO.

A Igreja celebra hoje (21/11) a Apresentação de Nossa Senhora no Templo e, por isso, também realiza também o dia em que os fiéis são convidados a dar graças ao Senhor por aqueles e aquelas que entregam sua vida a Deus nos conventos de clausura.

Segundo a tradição, a menina Maria foi levada ao Templo por seus pais para que integrasse o grupo de donzelas que ali eram consagradas a Deus e instruídas na piedade.

Segundo o "Protoevangelho de São Tiago", uma fonte cristã que não está incluída no Canon da Bíblia, a Virgem foi recebida pelo sacerdote, que a abençoou e exclamou: "O Senhor engrandeceu seu nome por todas as gerações, pois ao fim dos tempos manifestará em ti sua redenção aos filhos de Israel".

No século VI já se celebrava esta Festa no Oriente. Em 1372, o Papa Gregório XI a introduziu em Avignon e, posteriormente, o Papa Sisto V s estendeu a toda a Igreja.

Nesta data também se recorda a Dedicação da Igreja da Santa Maria Nova, no ano 543, que foi edificada perto do Templo de Jerusalém.

Na Liturgia das Horas, lê-se: "Neste dia da solene consagração da igreja de Santa Maria Nova, construída junto ao templo de Jerusalém, celebramos com os cristãos do Oriente aquela consagração que Maria fez a Deus de si mesma desde a infância, movida pelo Espírito Santo de cuja graça ficara plena na sua imaculada conceição.

Em 21 de novembro de 1953, o Papa Pio XII instituiu este dia como a "Jornada Pro Orantibus", em honra às comunidades religiosas de clausura.

Por isso, em 2014, o Papa Francisco incentivou que esta seja "uma ocasião oportuna para dar graças ao Senhor pelo dom de tantas pessoas que, nos mosteiros e eremitérios, se dedicam a Deus na oração e no silêncio operoso, reconhecendo-lhe o primado que só a Ele compete".

"Demos graças ao Senhor pelos testemunhos de vida claustral, sem lhes fazer faltar o nosso auxílio espiritual e material, para cumprir esta importante missão", enfatizou o Pontífice. 

domingo, 13 de outubro de 2024

CELEBRAMOS HOJE NOSSA SENHORA DE NAZARÉ.

No 2° Domingo do mês de outubro, a Igreja no Brasil celebra a maior devoção mariana do Norte do pais, Nossa senhora de Nazaré, chamada carinhosamente pelos fiéis de Rainha de Amazônia.

Para a comemoração da data, em Belém (PA) é realizada uma das maiores procissões católicas do mundo, o Círio de Nazaré, que chega a reunir cerca de 2 milhões de romeiros em uma caminhada de fé de 3,6 quilômetros.

A devoção a Nossa Senhora de Nazaré teve início em Portugal. A imagem original da Virgem pertencia ao Mosteiro de Caulina, na Espanha, e teria saído da cidade de Nazaré, em Israel, no ano de 361. Acredita-se que a imagem foi esculpida pelo próprio são José.

Por causa de uma batalha, a imagem foi levada para Portugal, onde, por muito tempo, ficou  escondida no Pico de São Bartolomeu. Só em 1119, foi encontrada e a notícia se espalhou, levando muitas pessoas a venerarem a santa. Desde então, muitos milagres foram atribuídos a ela.

No Brasil, uma pequena imagem da Senhora de Nazaré foi encontrada em 1700, na cidade de Belém (PA), pelo caboclo Plácido José de Souza, às margens do igarapé Murutucú, onde hoje se encontra a Basílica Santuário.

Plácido teria levado a imagem para a sua choupana e, no dia seguinte, ela não estava mais lá. Correu ao local do encontro e lá estava a "Santinha". O fato teria se repetido várias vezes até a imagem ser enviada ao Palácio do Governo. No local onde a estátua foi achada, Plácido construiu uma pequena capela.

Em 1792, a Santa Sé autorizou a realização de uma procissão em homenagem à Virgem de Nazaré, na capital paraense. Organizado pelo presidente da Província do Pará, capitão-mor dom Francisco de Souza Coutinho, o primeiro Círio foi realizado no dia 8 de setembro de 1793. No início, não havia data fixa para o Círio, que poderia ocorrer nos meses de setembro, outubro ou novembro.

A partir de 1901, por determinação do bispo dom Francisco do Rêgo Maia, a procissão passou a ser realizada sempre no segundo domingo de outubro. Tradicionalmente, a imagem é levada da catedral de Belém à basílica santuário.

Hoje, o Círio de Nazaré vai além da procissão principal do segundo domingo de outubro, contando com uma programação que se estende pro vários dias, incluindo missas, momentos de adoração e procissões.

Por sua grandiosidade, o Círio de Nazaré foi registrado, em setembro de 2004, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial.