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terça-feira, 12 de novembro de 2024

SÉRIE: HISTÓRIA DOS PAPAS.

SÃO HIGINO
9º PAPA DA IGREJA
Pontificado 136-140 (4 anos)
Festa litúrgica 11 de janeiro

HISTÓRIA
Nasceu em Atenas, no Grécia, no ano 90, Higino era filho de um filósofo grego e, provavelmente, teve uma formação cultural e analítica mais ampla para sua época. Não são conhecidas muitas informações de sua vida, mas, como cristão, enfrentou as mesmas dificuldades da comunidade cristã de sua época, que era perseguida pelos pagãos. Seu pontificado iniciou no ano 136 e introduziu muitos costumes típicos e importantes da liturgia católica.

O Papa Higino sucedeu o Papa Telésforo e se esforçou em tornar mais precisa a questão da hierarquia no interior da Igreja. E parece mesmo que o Papa Higino gostava bastante de ordem, foi ele também quem introduziu o costume da existência do padrinho e da madrinha no batismo. Outra tradição amplamente difundida e praticada entre os católicos.

Além dessas marcas tradicionais do ritual e da estrutura católica, o Papa Higino enfrentou as típicas perturbações causadas pelas constantes perseguições as seguidores da fé cristã. Para o cristianismo primitivo, essa era uma condição comum, não diferente daquela enfrentada por muitos outros papas. Mas uma preocupação de seu pontificado foi e relação ao que se considerava como heresia, que nascia e começava a tomar forma naquele momento. O papa Higino identificou e condenou heresias e seus heresiarcas, conquistando vitória sobre eles.

Outro tipo de desafio aguardava Higino. Ele teve que excomungar e anatematizar o herege Cerdão, que pregava a existência de dois deuses. Um deles era o Deus, severo e difícil do Antigo Testamento, e o outro, o Deus bondoso do Novo Testamento, que enviara seu filho à Terra para libertar a humanidade da tirania do antigo  Deus. Este último, segundo Cerdão, era Jesus Cristo, que, na visão do herege, não teria realmente encarnado ou sido crucificado, mas apenas causado essa ilusão. Essencialmente, isso refletia o gnosticismo dualista, uma doutrina que ressurge periodicamente ao longo da história da Igreja. Alguns seguidores mais radicais dessa vertente afirmavam que, como Deus era maligno, todos os heróis do Antigo Testamento também seriam maus, enquanto seus inimigos seriam bons. Além disso, identificavam o demônio do Antigo Testamento com o Pai do Novo Testamento. Essa crença se baseava na antiga ideia de que a matéria (e seu criador) eram maus, sendo uma armadilha para as almas humanas. O verdadeiro Deus seria o criador apenas do espírito.  

Não há a certeza sobre a causa da morte do Papa Higino, mas registros indica que ele foi martirizado após quatro anos de pontificado, com  50 anos de idade no ano 140. Ele foi enterrado próximo à tumba de São Pedro.




sexta-feira, 11 de outubro de 2024

SÉRIE: HISTÓRIA DOS PAPAS

 SÃO TELÉSFORO
8° PAPA DA IGREJA.
Pontificado 125-136 (11 anos)
Festa Litúrgica 5 de janeiro


HISTÓRIA
Nascido de pais gregos em Thurii, na Calábria, pregou fervorosamente em Roma e converteu muitos pagãos. 

Não se conhecem muitas informações sobre o Papa Telésforo, porque as fontes daquele período foram em grande parte, perdidas em função de conflitos e desastres. 

Ele viveu em um período chamado de cristianismo primitivo, próximo da época em que Jesus Cristo pregou seus ensinamentos. Era um momento de muita dificuldade para os cristãos porque eram perseguidos pelos imperadores romanos, que professavam o paganismo. Muitos dos líderes cristãos foram martirizados nessa época.

Porém o papado de Telésforo foi de relativa paz por parte dos romanos, porque os imperadores Adriano e Antonino não publicaram éditos de perseguição aos cristãos. Porém a paz do seu pontificado não foi completa, apesar da trégua dada pelos imperadores, os cristão tiveram sérios desentendimentos com outros grupos religiosos e comunidades que não seguiam a Igreja. Por exemplo, os pagãos viviam fazendo acusações aos cristãos e tentando de apropriar de seus bens. 

Antes de tornar-se papa, passou um período com os eremitas no Monte Carmelo, na Palestina, pelo que os carmelitas o consideram um dos seus. 

É creditado ao papa são Telésfero a instituição as comemorações natalinas para celebrar  o nascimento de Jesus Cristo, ainda que esse rito tenha se tornado oficial apenas no ano 440. Argumenta-se também que foi o papa Telésforo que instituiu a celebração da missa do Galo (celebrada no dia 25 de dezembro a meia noite). 
Pôs o Glória em sua atual posição na Missa. Estabeleceu a Páscoa aos domingos e a Quaresma como o período de cinco semanas (40 dias), tornou o jejum obrigatório durante a quaresmas. 
 
Apesar do pontificado em relativa paz com os imperadores, o período de 11 anos de Telésforo como líder da Igreja terminou de modo trágico, como era comum na época. Foi Martirizado no ano 136 durante o império de Antonino Pio. Foi sepultado junto ao túmulo de são Pedro.

Sua Festa é celebrada no dia 5 de janeiro.

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

SÉRIE: HISTÓRIA DOS PAPAS

SÃO SISTO (XISTO) I
7° PAPA DA IGREJA

Pontificado 115 - 125 (10 anos)
Festa Litúrgica 6 de abril

Patrício romano, o pai de Sisto, descendente da nobre família Elpidia, chamava-se Pastor. Como papa, Sisto I emitiu três decretos importantes: somente aqueles admitidos às Ordens Sacras poderiam tocar o cálice sagrado e a patena (decreto cumprido até a década de 1960); bispos que tinham sido convocados para encontrar o papa não seriam recebidos de volta pela sua diocese sem autorização papal; e após o Prefácio da Missa, a oração dos Sanctus seria recitada em conjunto pelo sacerdote e pele assembleia. Ele também foi martirizado, e sua festa é celebrada em 6 de abril do calendário romano, todavia a cidade romana comemora a festa do traslado de suas relíquias em 11 de janeiro.

Sepultado perto dos outros papas na Colina do Vaticano, o corpo de São Sisto I permaneceu nela até 1132. Nesse ano, o papa reinante permitiu seu traslado de Roma a Alife, uma cidadezinha na província de Caserta que estava sendo assolada por uma terrível peste; os habitantes locais acreditavam que as relíquias de Sisto realizariam um milagre contra a peste.

Perto de Alatri, uma mula que transportava o relicário parou e se recusou a continuar. O bispo de Alatri interveio e ordenou que o animal teimoso fosse levado até sua catedral, onde ele parou. Então se decidiu que um dedo do santo seria levado a Alife e que o restante do corpo permaneceria em Alatri. Escondidas durante a invasão dos sarracenos, as relóquias estiveram perdidas por quatro séculos até a quarta-feira após a Páscoa de 1584, quando foram descobertas pelo bispo Donato. Por isso, São Sisto passou a ser o padroeiro da cidade. Desde então, em 11 de janeiro é realizado o grande festival de Alatri, com Missa Solene e procissão. 

terça-feira, 10 de setembro de 2024

SÉRIE: HISTÓRIA DOS PAPAS

SANTO ALEXANDRE I
Papa e Mártir

6° Papa da Igreja.

HISTÓRIA
Nascido em Roma no ano 75, Alexandre esteve entre os primeiros cristãos e, por consequência, sofreu com as perseguições do Império Romano. Fiel e seguidor dos ensinamentos de Jesus Cristo, Alexandre dedicou-se à religião desde cedo. Sua firmeza de personalidade e sua capacidade de exercer influência sobre as pessoas o levaram a uma posição de destaque no cristianismo. O romano era conhecido também por sua piedade, que o representava como uma santidade. Suas características de homem pacífico, porém determinado ajudaram a converter centenas de pessoas à fé cristã, incluindo membros de Senado e da nobreza romana. Ações que representaram verdadeiras conquistas para a Igreja Católica, pois as décadas e séculos iniciais do cristianismo foram repletos de perseguição e insatisfação com a religião monoteísta que nascia e crescia em um império historicamente identificado pelo politeísmo. 

Com todas sua notáveis características para o momento, Alexandre, foi escolha imediata para suceder o Papa Evaristo, martirizado no ano 115. Naquela época, Alexandre tinha apenas 30 anos, mas já era bem conhecido na esfera política e possuía um histórico favorável. O papado de Alexandre I deixou um legado representativo especialmente para a liturgia católica. O papa estabeleceu o uso de pão sem fermento durante a celebração da eucaristia, assim como a mistura de um pouco de água e vinho que é consagrada na celebração para representar a união de Cristo com a Igreja. A característica litúrgica mais marcante de seu papado foi ter instituído o uso de água benta para aspersão.

O Papa Alexandre I ordenou seis padres, dois diáconos e cinco bispos, de acordo com alguns pesquisadores. Para confrontar os opositores da Igreja Católica, excomungou todos que impediam que os legados da instituição religiosa exercessem os cargos indicados pelo Sumo Pontífice. Também escreveu epístolas, ordens e decretos.
Ordenou a mistura do vinho com água na Missa e também a bênção e o uso da água benta (misturada com sal). 

Sua atuação resultou no descontentamento do Império Romano, que tinha intolerância à Igreja Católica. Acredita-se que Alexandre I tenha sido aprisionado pelo imperador Aureliano e, mesmo na cadeia, o papa teria realizado milagres capazes de converter outros romanos. Embora haja dúvidas sobre a precisão dos fatos, acredita-se que Aureliano tenha ordenado a martirização  do Papa Alexandre I, o qual teria sido amarrado a um cavalo, chicoteado e finalmente morto na fogueira, levando consigo alguns de seus seguidores. Após dez anos de papado, Alexandre I faleceu no ano 115 e foi canonizado pela Igreja Católica. Muitos séculos mais tarde, em 834, seus restos mortais foram transferidos para Freising, na Baviera. 

ORAÇÃO A SANTO ALEXANDRE I
Ó Santo Alexandre I, fiel servo de Deus e guia da Igreja no início de sua história, tu que desempenhaste um papel fundamental na disseminação da fé cristã, olhai por nós em nossas necessidades e desafios.
Intercede junto a Deus para que possamos viver com a mesma coragem e dedicação que tu mostraste em teu ministério. Ensina-nos a ser firmes na fé e generosos em nosso amor ao próximo, como tu foste.
Que tua vida de serviço nos inspire a buscar a santidade e a verdade em todos os aspectos de nossas vidas. Acompanha-nos em nossas jornadas espirituais e ajuda-nos a superar as dificuldades com a mesma fé que tu demonstraste.
Pedimos isso em nome de Jesus Cristo, nosso Senhor.
Amém.

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

SÉRIE: HISTÓRIA DOS PAPAS

SÃO EVARISTO
5° Papa da Igreja.
SANTO EVARISTO foi o 5° papa a liderar a Igreja Católica no início do cristianismo. Evaristo foi o Sumo Pontífice entre os anos 97-107 d.C. Como seus antecessores, ele também foi martirizado em Roma, por pregar o Cristianismo e não renegar sua fé em Jesus Cristo.

Santo Evaristo era filho de um judeu chamado Judas. Seu pai tinha nascido em Belém, mas mudou-se para Antioquia quando adolescente. Judas educou o filho Evaristo dentro do judaísmo. Evaristo manifestou desde cedo ser aberto à virtude. Tinha inclinação para as letras e as ciências. Seu pai percebeu esta aptidão incentivou seu filho. Por isso, Evaristo tornou-se homem de grandes talentos.

Não se sabe como nem a época exata em que Santo Evaristo se tornou cristão, mas presume-se que tenha sido em Antioquia e que, depois disso, ele tenha ido para Roma. Sabe-se, porém que, em Roma, ele ficou logo conhecido pro sua santidade e passou a ser membro das lideranças da igreja. Santo Evaristo tinha o dom de acender a fé no coração dos cristãos, dando belos exemplos de caridade cristã e virtudes. 

Por todas essas qualidades, Santo Evaristo foi eleito o quinto papa da Igreja, logo depois de que São Clemente foi martirizado. Sabe-se que, a princípio, ele não queria assumir, alegando se indigno. Mas o clero e os fiéis insistiram unânimes e ele acabou aceitando a missão. Era o ano 97 da era cristã.

Assim que assumiu a liderança da Igreja, Santo Evaristo passou a enfrentar dificuldades externas que atacavam a Igreja, e outra vindas de dentro. De fora da Igreja, vinha as perseguições do imperador romano.
De dentro da Igreja, vinha as heresias ameaçando desvirtuar a fé. Muitos desses hereges eram verdadeiros líderes de igrejas de outras localidades e reivindicavam que seus erros doutrinários fosse aceitos como verdades de fé.

Mas Santo Evaristo tinha consigo o verdadeiro depósito da fé recebido dos Apóstolos e não deixou que a Igreja caísse no erro. Por causa de suas intervenções, a Igreja se manteve no rumo certo, sem se desviar, conservando a fé pura.

Além de lutar fortemente contra as heresias da época, Santo Evaristo também fez por onde aperfeiçoar a disciplina da Igreja, criando regras bastante prudentes e emitindo decretos. Santo Evaristo foi o primeiro a dividir a cidade de Roma em paróquias.
Essa paróquias, claro, não eram como são hoje. Eram comunidades pequenas, mas que tinham sua vida própria. Ele organizou isso. Foi ele também quem determinou que o casamento se tornasse público e fosse acompanhado por um sacerdote.

Cheio de zelo, Santo Evaristo fazia questão de ir visitar paróquias, procurando sempre fazer com que suas ovelhas mantivessem a fé pura, sem influências de heresias. Preocupou-se com a formação das crianças e dos escravos, que eram comum na época. Insistia que os escravos tinham que receber o mesmo tratamento que os libertos.

Trajano era o imperador romano que reinava no tempo de Santo Evaristo. Dizem que ele pessoalmente não tinha nada contra os cristãos, mas sim, seus assessores pagãos, que o influenciavam maliciosamente. Assim, estes, ao tomarem conhecimento do zelo, do número crescente de fiéis cristãos e dos frutos do apostolado de Santo Evaristo, arderam em ódio e passaram a criar uma péssima imagem do Papa Evaristo diante do imperador.
Lutaram bastante até conseguirem que Trajano ordenasse que ele fosse preso. Em seguida. forjaram um julgamento e conseguiram a condenação oficial do santo à pena de morte. Os relatos atestam que Santo Evaristo sentiu grande alegria ao receber sua sentença de morte por causa de Jesus Cristo. As autoridades romanas ficaram estupefatas ao verem que o Papa não temia a morte e ser regozijava ao saber que daria sua vida por causa de Cristo. 

Seu testemunho serviu, na verdade, para a conversão de inúmeros cidadãos romanos ao cristianismo. Eles viam no testemunho dos mártires a mais eloquente profissão de fé, pois eles confirmavam com a própria vida a verdade eterna em que acreditavam. Assim, condenado, santo Evaristo foi morto no dia 26 de outubro de 107. Sua sepultura foi colocada no Vaticano, ao da sepultura de São Pedro.

ORAÇÃO A SANTO EVARISTO
Ó Deus, que concedeste ao Papa Santo Evaristo a graça do Magistério Romano, permiti que, pela sua intercessão, sejamos sempre fieis ao papa e aos Senhores Bispos e ele unidos. Amém.

terça-feira, 3 de setembro de 2024

HISTÓRIA DOS PAPAS

SÃO CLEMENTE I
4° Papa da Igreja.

CLEMENTE I, o quarto papa da Igreja Católica. Ele viu os apóstolos e conversou com eles, ouviu a voz da pregação deles e teve a tradição deles diante dos olhos. Papa Clemente I também é o autor de uma carta muito importante, que foi escrita pela Igreja de Roma à Igreja da cidade de Corinto.

Irineu viveu em Roma e, como vimos, conviveu com alguns apóstolos. Dentre eles, São João Evangelista, São Filipe, também os doze, e São Paulo. Clemente foi um dos colaboradores de São Filipe. Ele foi também discípulo de São Paulo. Paulo até cita o nome de Clemente na carta aos Filipenses: "E a ti, fiel Sínsigo, também rogo que as ajudes, pois que trabalharam comigo no Evangelho, com Clemente e com os demais colaboradores meus, cujos nomes estão inscritos no livro da vida". (Fl 4,3).

São Clemente I governou a Igreja entre os anos 88 e 97. Foi um Papa que levou adiante o anúncio do Evangelho firmemente centrado na fidelidade à doutrina de Jesus Cristo. Enfrentou com sabedoria divisões internas na Igreja. Em sua famosa carta enviada aos coríntios, ele revela seu espírito de unidade e amor à Igreja. Os coríntios, com efeito, recusavam-se a seguir a Igreja de Roma e tinham a intenção de se desligarem da unidade. Através de sua carta, que, a princípio, teve sua autoria anônima, Clemente I incentivou-os à perseverarem na fé e no amos ensinado por Jesus Cristo, e, também, a que eles participassem da união com a única Igreja deixado por ele.

O papa São Clemente I colaborou bastante na expansão do cristianismo no império romano. Isso incomodou o sucessor de Domiciano, o imperador Nerva. Por isso, Nerva exilou Clemente na Criméia. Por causa deste exílio, Evaristo assumiu o comando da Igreja em Roma. Enquanto isso, no exílio, São Clemente I teve a oportunidade providencial de encontra milhares de cristãos que tinham sido condenados a trabalhos forçados nas abundantes minas de pedra da região. Assim, o exílio foi providencial para que São Clemente encorajasse os fiéis a perseverarem na fé e convertessem também a muitos pagãos.

O sucesso da evangelização de São Clemente I no exílio irritou bastante  novo imperador romano, chamado Trajano. Por isso, este ordenou que Clemente I fosse obrigado a prestar sacrifício aos deuses romanos. Clemente I, porém, negou-se, afirmando categoricamente só existe um único Deus, a quem ele já servia. Trajano, então, ordenou que São Clemente I fosse atirado ao mar Negro, tendo uma pesada âncora atada ao seu pescoço. Mesmo assim, milagrosamente, a corda se retraiu e entregou o corpo de São Clemente aos cristãos, para que fosse sepultado dignamente e venerado pelos fiéis. Era o dia 23 de novembro do ano 101.

Conheça mais da história do Papa Clemente I Acesso o link abaixo.

terça-feira, 23 de julho de 2024

HISTÓRIA DOS PAPAS.

PAPA SÃO CLETO
3° Papa da Igreja
Cleto era filho de Emiliano e patrício romano de nascimento. Papa durante os impérios de Vespasiano e Tito, foi discípulo de São Pedro, acompanhando-o em suas viagens apostólicas pelo sul da Itália. Quando São Pedro o encarregou de fazer o mesmo, Cleto estabeleceu a primeira comunidade cristã em Ruvo, na Puglia. Hoje, a gruta subterrânea onde se reunia com seu rebanho é preservada como a Cripta de São Cleto, debaixo da Igreja do Purgatório em Ruvo, onde sua festa tradicional, de 26 de abril, ainda é celebrada.

A cripta da igreja era uma fonte e reservatório da era romana. Nela há um pequeno altar diante dum pilar contendo uma estátua de São Cleto; de cada lado, dois pequenos tanques onde ele batizava ruvianos secretamente. Sua experiência orientando e protegendo a pequena comunidade foi-lhe útil quando da sua convocação para Roma após o martírio de São Lino.

Cleto dividiu Roma em 25 paróquias e começou a prática, desde então continuada, de iniciar as cartas papais com as palavras "Saúde e Bênção Apostólica". Escolheu um local particular na Colina do Vaticano para o sepultamento dos papas, ao lado do túmulo de São Pedro, e erigiu ali uma capela. A igrejinha foi a primeira encarnação da grande Basílica de São Pedro que vemos hoje. Martirizado durante o império de Domiciano, também ele foi sepultado na Colina do Vaticano.

Pontos importantes do pontificado de São Cleto:
• Consolidação do Cristianismo: São Cleto teve um papel crucial na consolidação e expansão do cristianismo no Império Romano, em um período marcado por perseguições.

• Veneração como Santo: Reconhecido por sua fé e liderança, São Cleto é venerado como santo pela Igreja Católica. Seu dia de festa é celebrado em 26 de abril.

• Contribuições:
- Ordenou 25 sacerdotes.
- Supervisionou a construção de seu túmulo perto do túmulo de São Pedro.
- Teve seu nome erroneamente divido em "Cleto" em algumas fontes, levando à crença em dois papas distinto, erro corrigido posteriormente.

São Cleto é lembrado como um líder forte e dedicado que guiou a Igreja primitiva em termo difíceis. Sua fé e compromisso com a propagação do cristianismo o tornaram um exemplo inspirador para os fiéis.

sexta-feira, 28 de junho de 2024

HISTÓRIA DOS PAPAS

 265° PAPA DA IGREJA.
O papa que uniu fé e razão, esperança e caridade.

Joseph Aloisius Ratzinger nasceu no dia 16 de abril de 1927, em Marktl am Inn, uma pequena vila da Baviera, as margens do rio Inn na Alemanha. É o caçula, tendo dois irmãos: um rapaz, Goerg. e uma moça, Maria. Nasceu numa família modesta, descendente de pequenos agricultores e artesões. Seu pai, Joseph, foi comissário de polícia, e sua mãe Maria, antes de dedicar-se integralmente às tarefas do lar, trabalhou como cozinheiro em hotéis. 

Seus piedosos pais o batizaram no mesmo dia de seu nascimento. Desde o início de sua vida eles o instruíram na fé católica e lhe ensinaram o valor infinito do sacrifício de Cristo. Eram tempos difíceis, em que atmosfera política cinzenta e cruel prenunciava um novo tempo de perseguições - Hitler havia sido nomeado Chanceler em janeiro de 1933, dando início ao terror nazista.

Em 1937, a família mudou-se para a pequena cidade de Traunstein, na fronteira com a Áustria.

Essa vila testemunhou os primeiros anos de juventude de um futuro Papa. Foi naquele local, com cerca de onze mil habitantes, que o pequeno Joseph Ratzinger, aos dez anos, recebeu os rudimentos de uma educação humanística e cristã. No ginásio aprendeu o latim, língua universal da Igreja, base importantíssima para cumprir a futura vocação sacerdotal.

Já movido pelo amor a Cristo, em 1939 ingressou no seminário menor de Traunstein. Porém uma nação envenenada pela megalomania  nazista não mais enxergava a necessidade dos sacerdotes. À moda do tiranos, Hitler pretendia transformar cada jovem num soldado, fosse pelo convencimento ou pela força. Foi esse o primeiro teste de fé do jovem Joseph. Certamente lembrou-se do Evangelho, quando a Sagrada Família havia sofrido as perseguições de Herodes. Sem dúvida pensou também na flagelação de Cristo ao ver seu pároco se açoitado pelos nazistas minutos antes da celebração da Santa Missa. Com o início da Segunda Guerra Mundial, o seminário foi fechado. Restou ao jovem Joseph a coerção do alistamento à juventude hitlerista.

Não é preciso dizer que essa adesão forçada foi feita a contragosto do jovem. Empenhado em mobilizar as energias da juventude em prol do seu projeto de guerra, o partido nazista promovia encontros frequentes no intuito de estimular o culto idolátrico à figura do Führer, introjetando nas mentes ainda imaturas o delírio nazista. Joseph Ratzinger, então com quatorze anos, faltava a todas as reuniões desta danosa seita. Que dias tenebrosos para um rapaz que só queria Jesus! Ser obrigado a exteriormente ter parte numa guerra e num projeto de mundo anticristão, mas interiormente opor-se a ele com todas as fibras do seu ser.

Grande era a maturidade e vida interior desse adolescente. Em 1943, aos 16 anos, foi alistado à força numa divisão da Wehrmacht, responsável pela defesa aérea da Alemanha; e por três anos viveu em oposição espiritual e interior à força acachapante de um Estado que se impunha sobre todas as vontades individuais. Sua resistência não passou despercebida aos seus perversos inspetores. 

Em 1944, já dispensado do serviço militar, foi enviado a um campo de trabalhos forçados em Burgenland. Aquele jovem, que só queria se obediente à Igreja Católica, foi forjado desde cedo na objeção interior aos caprichos de um Estado assassino. 

Levado em seguida para o quartel de infantaria em Traunstein, finalmente desertou. Em 8 de maio de 1945, em plena rendição alemã Joseph foi levado preso a um campo de prisioneiro em Bad Aibling, mas foi logo libertado, retornando então à casa paterna em Traunstein.

Os tempos de terror haviam terminado. Joseph, desta vez junto do seu irmão Georg, decidiu retornar ao seminário. De 1946 a 1951 estudou filosofia e teologia na Escola Superior de Frisinga e na Universidade de Munique. 

Foi ordenado em 29 de junho de 1951. Agora, elevado à dignidade sacerdotal, demonstrava ter não apenas uma fé exemplar, mas também uma inteligência brilhante. Esse maravilhoso dote cultivado levou-o a ser designado professor na mesma Escola de Frisinga, apenas um ano após a ordenação.

Realizou estudos de mestrado sobre Santo Agostinho, em 1953, e de doutorado sobre a teologia da história de São Boaventura em 1957. Trilhou, ao lado da missão sacerdotal, uma importante carreira intelectual nas principais universidades alemãs.

No período de 1957 a 1968, Joseph Ratzinger ganhou posição de relevo entre os maiores teólogos do seu tempo, um verdadeiro guardião da doutrina católica. Seus méritos intelectuais lhe garantiram a participação como "perito" no Concílio Vaticano II.

Em 25 de março de 1977, o Papa Paulo VI nomeou-o Arcebispo de Monastério em Frisinga. No Consitório de 27 de junho do mesmo ano, foi elevado ao cardinalato. Nesse período, sua atuação na Sé Apostólica ganhou força. Durante o pontificado de seu amigo, o Papa João Paulo II, foi relator de um importante sínodo dos Bispos (1980) sobre o estado da família cristã no mundo contemporâneo.

No anos seguinte o Papa nomeou-o Prefeito da Congregação para Doutrina da Fé, órgão responsável por analisar a integridade da fé e da doutrina na Igreja, sobretudo no próprio clero. Nessa época, foi presidente da comissão que preparou o atual Catecismo da Igreja Católica. Junto de João Paulo II, foi um ferrenho opositor da corrente herética que se denominou Teologia da Libertação, muito forte no Brasil e na América Latina.

Essa longa e frutuosa amizade entre o Papa e o Cardeal alcançou o ponto máximo na Via Sacra celebrada na Sexta-Feira Santa do ano de 2005. O Papa João Paulo II encontrava-se bastante abatido por sua enfermidade. Sobre o solo sagrado do Coliseu, outrora regado com seu sangue dos mártires, ouviu seu amigo recitar as meditações durante a Via Crucis. Sem saber, aquele que proferia os mistérios de cada passo do sacrifício de Cristo se tornaria o seu sucessor na Cátedra de Pedro. Em uma de suas reflexões, o cardeal Ratzinger disse palavras proféticas: "Quantas vezes se abusa do Santíssimo Sacramento, da sua presença, frequentemente como está vazio e ruim o coração onde Ele entra! Tantas vezes celebramos apenas a nós próprios, sem nos darmos conta sequer d'Ele! Quantas vezes se contorce e abusa da sua Palavra! Quão pouca fé existe em tantas teorias, quantas palavras vazias! Quanta sujeira há na Igreja, e precisamente entre aquele que, no sacerdócio, deveriam pertencer completamente a Ele. Quanta soberba, quanta autossuficiência!

Em 2 de abril de 2005 morre o Papa polonês. No dia seguinte, ainda sob o impacto daquela perda inestimável, Ratzinger profere as seguintes palavras, em Subiaco, na Itália: "Precisamos de homens como Bento de Núrsia, que, num tempo de dissipação e decadência, mergulhou na solidão mais extrema, conseguindo, depois de todas as purificações que teve que sofrer, alcançar a luz. Voltou e fundou Montecassino, a cidade sobre o monte que, com tantas ruíndas, reuniu as forças com as quais se formou um mundo novo. Assim Bento, como Abraão, tornou-se pai de muitos povos". Está aqui, providencialmente, um sinal do nome de um novo Papa.

No dia 19 de abril, a fumaça branca surge na chaminé da Capela Sistina, indicando que o Consistório havia decidido, inspirado pelo Espírito Santo, Sangrar um novo Papa, Joseph Aloisius Ratzinger, o jovem filho de Maria e José, que enfrentou uma guerra, notável intelectual da Igreja, tornou-se sucessor de Pedro.

O nome
Joseph Ratzinger escolheu  o nome de Bento XVI em honra a São Bento, o grande santo da Igreja, patrono da Europa e pai de inúmeros mosteiros (beneditinos). O nome Bento deu mote ao seu pontificado, voltado à luta contra o neopaganismo e restauração da cultura ocidental.

Seu pontificado durou oito anos. Nesse período, enfrentou diversas tempestades e desafios. Realizou importantes viagens apostólicas, escreveu documentos luminares e aprovou diversas canonizações. Procurou reafirmar a centralidade da Eucaristia na vida da Igreja, e emitiu a exortação apostólica Sacrametum Caritatis. 

Defendeu também a importância da família, e, sobretudo, buscou fortalecer a ligação com a tradição atemporal da Igreja. Esforçou-se por estabelecer uma conciliação teológica pacífica entre o passado e o presente que ficou conhecida como "hermenêutica da continuidade".

Para melhor conduzir o seu rebanho, o Papa Bento XVI escreveu três encíclicas: Deus Caritas Est (2006), Spe Salvi (2007) e Caritas in Veritate (2009). Por meio desses escritos enfatizou o amor de Deus como virtude central e fonte da caridade cristã. Ensinou que a redenção está unida à esperança na vida eterna, a qual supera infinitamente os anseios de uma felicidade terrena. Instrui sobre o verdadeiro desenvolvimento humano e social, que se realiza no reconhecimento de que somente Deus revela ao homem o que ele é.

Enquanto reinava, o Papa alemão promulgou 28 canonizações. A mais notável para nós, brasileiros, foi a de São Frei Galvão, o primeiro santo canonizado nascido no Brasil. Bento XVI também elevou aos altares a mística alemã Anna Schäffer, o monge trapista espanhol Rafael Arnáiz Barón e beatificou o seu amigo e antecessor, o Papa João Paulo II, passo importante para a sua posterior canonização sob o pontificado do papa Francisco.

O nome "BENTO"
Bento XVI escolheu seu nome papal, que vem da palavra latina que significa "o bem-aventurado", em homenagem tanto a Bento XV quanto a Bento de Núrsia. Bento XV foi papa durante a Primeira Guerra Mundial, período durante o qual buscou apaixonadamente a paz entre as nações em guerra. São Bento de Núrsia foi o fundador dos mosteiros beneditinos (a maioria dos mosteiros da Idade Média eram da ordem beneditina) e o autor da Regra de São Bento, que ainda é o escrito mais influente sobre a vida monástica do cristianismo ocidental. O Papa explicou sua escolha de nome durante sua primeira audiência geral na Praça de São Pedro, em 27 de abril de 2005. 

Cheio de sentimentos de reverência e ação de graças, desejo falar do motivo pelo qual escolhi o nome Benedict. Em primeiro lugar, recordo o Papa Bento XV, aquele corajoso profeta da paz, que guiou a Igreja em tempos turbulentos de guerra. Nas suas pegadas, coloco o meu ministério ao serviço da reconciliação e da concórdia entre os povos. Além disso, recordo São Bento de Núrsia, compadroeiro da Europa, cuja vida evoca as raízes cristãs da Europa. Peço-lhe que nos ajuda a todos a manter firme a centralidade de Cristo na nossa vida cristã: que Cristo esteja sempre em primeiro lugar nos nossos pensamentos e nas nossas ações.

Brasão e lema
"O escudo adotado pelo Papa Bento XVI tem uma composição muito simples: tem a forma de cálice, que é a mais usada na heráldica eclesiástica (outra forma é a cabeça de cavalo, que foi adotada por Paulo VI). No seu interior, variando a composição em relação ao escudo cardinalício, o escudo do Papa Bento XVI tornou-se: vermelho, com ornamentos dourados. De fato, o campo principal, que é vermelho, tem dois relevos laterais nos ângulos superiores em forma de "capa", que são de ouro, A "capa" é um símbolo de religião. Ela indica um ideal inspirado na espiritualidade monástica, e mais tipicamente na beneditina. 

Escolheu como lema episcopal: (Colaborador da verdade); assim o explicou ele mesmo: (Parecia-me, por um lado, encontrar nele a ligação entre a tarefa anterior de professor e a minha nova missão; o que estava em jogo, e continua a estar - embora com modalidade diferentes -, é seguir a verdade, estar ao seu serviço. E, por outro, escolhi este lema porque, no mundo atual, omite-se quase totalmente o tema da verdade, parecendo algo demasiado grande para o homem; e, todavia, tudo se desmorona se falta a verdade.

sexta-feira, 21 de junho de 2024

HISTÓRIA DOS PAPAS

SÃO LINO
2° Papa da Igreja
Lino, filho de Herculano e natural da região da Toscana, na Itália, estudou em Em Volterra e depois, se transferiu para Roma. Ali, conheceu São Pedro e se converteu ao cristianismo.
Não dispomos de muita informação sobre a vida de Lino, mas Santo Irineu de Lyon diz que São Paulo e São Pedro lhe confiaram a função de Bispo e o identificou com o personagem mencionado na Segunda Carta a Timóteo. Eusébio de Cesareia reitera tal identificação. É certo, porém, que tenha sido Bispo de Roma, depois do martírio dos dois apóstolos.

Todos os elencos dos Bispos de Roma, preservados também graças a Irineu de Lyon e Eusébio de Cesareia, citam seu nome depois daquele de Pedro.

Antes de tornar-se Bispo de Roma, Lino viveu sob a perseguição desencadeada pelo imperador Nero contra os cristãos. No início do seu Pontificado, o Império Romano passava por uma fase de turbulência, com a morte dos três sucessores imediatos de Nero: dois foram assassinados enquanto o outro se suicidou.

No ano 69 d.C., Vespasiano chegou trazendo ordem. Seu filho, Tito, acabou com a revolta judaica e destruiu o Templo de Jerusalém, no 70 d.C. Naquele período, Lino começou a organizar a Igreja: ordenou Bispos e sacerdotes e impôs algumas normas, entre as quais - segundo o Liber Pontificalis - a obrigação de as mulheres participarem da Eucaristia com véu na cabeça.

Aqueles também eram anos de contendas com a escola de Simão o Mago e os Ebionitas, judeu-cristãos que praticavam a observância da Lei mosaica.

São Lino é venerado como mártir, depois de sua morte ele foi sepultado na colina Vaticana, ao lado da sepultura do Apóstolo Pedro. 

Conheça maia a respeito de São Lino

terça-feira, 18 de junho de 2024

HISTÓRIA DOS PAPAS.

PAPA FRANCISCO
266° Papa da Igreja

É o atual papa, foi primeiro não europeu a ser eleito, primeiro da américas, primeiro do Hemisfério Sul e o primeiro Jesuíta. 

Jorge Mario Bergoglio nasceu em 17 de dezembro de 1936. É o primogenito entre os cinco filhos de Mário Bergoglio e de Regina Sivori. Seu pai trabalhava como contador e sua mão ocupava-se da casa e da educação de seus filhos. 

No dia 25 de dezembro de 1936, Bergoglio foi batizado na Basílica de Maria Auxiliadora, em Buenos Aires, pelo padre Salesiano Enrique Pozzoli. Uma das pessoas que mais marcaram a sua infância foi a sua avó Rosa, que lhe transmitiu a fé e o ensinou a rezar, e inclusive, foi quem incentivou para que ele recebesse a Primeira Comunhão.

Bergoglio aprendeu a arte de cozinha com sua mãe. Era apaixonado por tango e saía com os amigos para se divertir. Mas, apesar de aproveitar as festas e as amizades que tinha em Buenos Aires, nunca deixou de participar das Missas aos domingos pela manhã.

Ainda jovem, Bergoglio passou certa vez em frente à paróquia que frequentava, a igreja de San José de Flores. Naquele momento, desejava fazer apenas uma oração, mas ao encontrar um padre, decidiu que ira se confessar. Esse fato mudou a sua vida para sempre. Bergoglio viveu naquela ocasião uma experiência pessoa com Jesus que o levou, logo em seguida, a partilhar com sua família o desejo de ser padre. Assim, aos 22 anos entrou para o noviciando da Companhia de Jesus, cujos membros são conhecidos como jesuítas.

Bergoglio foi ordenado sacerdote em 13 de dezembro de 1969 pela imposição das mãos de Dom Ramón José Castellano. Durante a década de 1970, continuou a se preparar para, em 22 de abril de 1973, fazer sua profissão perpétua como Jesuíta.

Foi nomeado bispo titular de Auca e auxiliar de Buenois Aires pelo então Papa João Paulo II, em 20 de maio de 1992. Sua ordenação episcopal ocorreu no dia 27 de junho daquele mesmo ano. como lema, escolheu a frase "Miserando Atque eligendo" e o Cristograma IHS para o seu brasão. Um detalhe a se observado é de que os Jesuítas têm por regra não aceitar o episcopado, exceto por obediência ao Santo Padre.

Foi nomeado cardeal no Consistório, reunião onde os cardeais sem reúnem com o Papa, presidido por João Paulo II, recebendo o título de cardeal-presbítero de São Roberto Bellarmino, em 21 de fevereiro de 2001.

Ao assumir oficialmente o Ministério Petrino no dia 19 de março de 2013, dia da Solenidade de São José, Patrono da Igreja Universal, Francisco afirmou que está a serviço dos pobres e mais humildes. "Peço-vos que rezem ao Senhor para que me abençoe, a oração do povo pedindo a bênção pelo seu bispo. Façamos em silêncio esta oração", disse quando foi anunciado como Papa.

Leia a história completa. Acesse o link abaixo: 


sexta-feira, 14 de junho de 2024

HISTÓRIA DOS PAPAS:

SÃO PEDRO

No nosso primeiro post da série "História dos Papas" vamos conhecer a história daquele que foi escolhido pelo próprio Jesus.
HISTÓRIA
SÃO PEDRO foi apóstolo de Cristo. É tido como o fundador da Igreja Cristã em Roma. É considerado pela Igreja Católica como seu primeiro papa. 

As principais fontes que relatam a vida de São Pedro são os quatro Evangelhos Canônicos, pertencentes ao novo testamento. Escritos originalmente em grego, em diferentes épocas, pelos discípulos Mateus, Marcos, João e Lucas, Pedro aparece com destaque em todas as narrativas evangélicas.

São Pedro  nasceu em Betsaida, uma cidade ao norte do lado de Genesaré na Galiléia. filho de Jonas e irmão do apóstolo André, seu nome de nascimento era Simão. Pescador, trabalhava com o irmão e o pai. 

No início do ministério de Cristo, Simão, vivia com a esposa e a sogra numa casa em Cafarnaum. Lá com seu próprio barco, exercia o ofício de pescador de lagos e poderia ser considerado de classe  

Por indicação de João Batista, foi levado por seu irmãos André, para conhecer Jesus Cristo. No primeiro encontro Jesus o chamou de Kepha, que em aramaico significava pedra, e traduzido para o grego Petros, determinando se ele o apóstolo escolhido para liderar os primeiros pregadores da fé cristã pelo mundo. Nessa época de seu encontro com Cristo, Pedro morava em Cafarnaum, com a família de sua mulher.

Junto com seu irmã e os irmãos de Tiago e João Evangelista, Pedro fez parte do círculo íntimo de Jesus entre os doze apóstolos. Participou dos mais importantes milagres do Mestre sobre a terra. Foi o primeiro apóstolo a ver Cristo após a Ascensão. Presidiu a assembléia dos apóstolos que escolheu Matias para substituir Judas Iscariotes. Fez seu primeiro sermão no dia de Pentecostes e peregrinou por várias cidades.

Encontrou-se com São Paulo em Jerusalém, e apoiou a iniciativa deste, de incluir os não judeus na fé cristã, sem abrigá-los a participarem dos rituais de iniciação judaica. Após esse encontro foi preso por ordem do rei Agripa I. Foi encaminhado à Roma durante o reinado de Nero, onde passou a viver. Ali fundou e presidiu a comunidade cristã, base da Igreja Católica Romana, e por isso segundo a tradição, foi executado por ordem de Nero. 

Faleceu em Roma, sofrendo martírio da crucificação, como Nosso Senhor Jesus Cristo. Mas pediu que fosse crucificado de cabeça para baixo, não se julgando digno de entregar a vida como seu Mestre e Senhor.

Seu túmulo se encontra sob a catedral de São Pedro, no Vaticano, e é autenticado por muitos historiadores. É festejado no dia 29 de junho, um dia de importantes manifestações folclóricas, principalmente no Nordeste brasileiro.

Por sua história de conversão, amor a Jesus, chamado e liderança, a devoção a São Pedro é a devoção da entrega total a Nosso Senhor Jesus Cristo. É a devoção daqueles que olham fixos para Jesus durante as tempestades da vida. É a devoção da fé, daquela fé que nos faz caminhar sobre as águas revoltas dos problemas da vida, com os olhos fixos em Jesus. A devoção a São Pedro nos ensina a caminhar sobre os problemas da vida olhando firmes para Jesus, sem desviar o olhar e sem afundar que São Pedro nos ajude a manter os olhos sempre fixos em Jesus. Glorioso São Pedro, rogai por nós.

SIGNIFICADO E SIMBOLISMO DE SÃO PEDRO
A imagem de São Pedro revela sua trajetória de vida. Tanto as roupas quanto as cores e os objetos que ele segura contam um pouco da vida deste santo chamado por Jesus para ser o símbolo da unidade da Igreja e da autoridade de Cristo na terra. Vamos compreender a imagem.

A postura de São Pedro: a maioria das imagens representa-o olhando para o céu. Este é o primeiro símbolo claro de que sua missão na terra: a de conduzir a Igreja o céu. Esta é a missão do Apóstolo Pedro. Estas missão continua através de todos os Papas, seus sucessores legítimos.

O manto azul: representa a glória de Deus, o céu onde ele está, depois de ter cumprido sua missão de pai e pastor da Igreja neste mundo.

A túnica vermelha: A túnica vermelha de São Pedro representa o seu martírio e sofrimento por causa da fé em Jesus Cristo. Por causa desta fé, ele foi preso e torturado várias vezes. Numa delas, foi libertado das correntes por um anjo do Senhor. Em Roma, exercendo a liderança da Igreja, foi libertado das correntes por um anjo do Senhor. Em Roma, exercendo a liderança da Igreja, foi preso e condenado à morte de cruz como Jesus Cristo. Ele, porém, pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, dizendo que não merecia a glória de morrer como Jesus, seu Mestre. Ele foi morto ao lado de onde é hoje o Vaticano e seus restos mortais estão na Igreja de São Pedro.

As chaves na mão de São Pedro: As chaves na mão de São Pedro simbolizam a autoridade que ele recebeu do próprio Jesus Cristo, que lhe disse: 'Eu te darei as chaves do Reino dos Céus. Tudo o que ligares na terra será ligado no Céu; e tudo o que desligares na terra, será desligado no céu'. Esta 'autoridade de São Pedro' é exercida não pelo poder, mas sim pelo ensinamento, pela doutrina da Igreja, pela qual ele é responsável e pelos dogmas de fé, que somente os Papas tem a autoridade para proclamar e guarda-los das heresias e dos desvios.

São duas chaves e estão na mão direita de São Pedro reforçam a autoridade que ele tem de ligar e desligar na terra e no céu. Na iconografia (estudo das imagens) cristã, a mão direita simboliza autoridade. O lado direito também simboliza autoridade, com rezamos no Credo falando de Jesus Cristo: 'Está sentado à direita de Deus Pai Todo poderoso'.

A chave bronze: representa a autoridade que ele tem sobre a Igreja terrena. O marrom é a cor da terra, da humildade. Esta chave está em primeiro plano porque a Igreja terrena é a que nós vemos e construímos com nossas vidas no presente.

A chave prata: representa a chave do Reino dos Céus. Ela está mais, oculta, em segundo plano, simbolizando que o céu é uma meta que ainda não alcançamos, mas que devemos alcançar.

O livro: Simboliza toda a catequese, evangelização e formação dadas por ele e por seus sucessores. São Pedro escreveu duas cartas, que estão no Novo Testamento. Além disso, fez inúmeras pregações, algumas das quais estão contidas no livro dos Atos do Apóstolos. Exercendo seu ministério de Pastor Universal da Igreja, ele formou, ensinou, pregou, orientou e exortou os fiéis no caminho do Reino dos Céus. Pode-se dizer que o Evangelho segundo São Marcos é uma obra de Pedro, pois Marcos foi discípulo dele e não de Jesus diretamente, Certamente foi Pedro quem narrou os fatos mais importantes da vida de Cristo ao jovem Marcos.

ORAÇÃO A SÃO PEDRO
'Glorioso São Pedro, creio que vós sois o fundamento da Igreja, o pastor universal de todos os fiéis, o depositário das chaves do Céu, o verdadeiro vigário de Jesus Cristo; eu me glorio de ser vossa ovelha, vosso súdito e filho. Uma graça vos peço com toda a minha alma: guardai-me sempre unido a vós e fazei que antes me seja arrancado do peito o coração do que o amor e a plena submissão que vos devo nos vossos sucessores, os Papas. Via e morra como filho vosso e filho da Santa Igreja Católica Apostólica Romana. Assim seja. 
Ó glorioso São Pedro, rogai por nós que recorremos a vós. Amém.