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sexta-feira, 15 de agosto de 2025

SANTO DO DIA - 15 DE AGOSTO.

SÃO TARCÍSIO
Padroeiro dos coroinhas, cerimonários e ministros da eucaristia.


A Igreja celebra hoje (15/8) são Tarcísio, acólito da Igreja de Roma que morreu apredrejado por defender a eucaristia do ataque dos pagãos. São Tarcísio, mártir da eucaristia.

São Tarcísio ajudava o papa Sisto II na celebração das missas no século III, época em que o imperador romano Valeriano perseguia os cristãos. Eles eram obrigado a se reunir em segredo nas casas ou nas catacumbas para prestar culto a Deus. Quando descobertos, eram presos, torturados e, se não aderissem ao culto do imperador, mortos.

Por causa da perseguição, levar a eucaristia para os doentes e prisioneiros era perigoso. Certo dia, o sacerdote perguntou quem queria cumprir essa tarefa e Tarcísio se ofereceu. "Minha juventude será a melhor salvaguarda para a Eucaristia", disse ele, e levou a hóstia jurando protegê-la até a morte, se necessário.

No caminho tarcísio foi parado por pagãos que perceberam que ele apertava alguma coisa ao peito e tentaram arrancá-la. Ele não cedeu e começaram a espancá-lo. O acólito resistiu, conseguiu proteger as hóstias, mas entrou em agonia. Um soldado, que também era cristão em segredo, o levou a um sacerdote.

Tarcísio chegou lá sem vida, mas ainda com a hóstia em um pedaço de linho apertada contra o peito. Ele foi sepultado imediatamente nas catacumbas de são Calisto. O papa Damasco mandou fazer uma inscrição para o túmulo de São Tarcísio, segundo o qual ele morreu no ano 257.

O Martirológo Romano incluiu uma tradição oral sobre são Tarcísio, segundo a qual não foi encontrada a hóstia nem no corpo, nem nas mãos, nem nas roupas de São Tarcísio. Diz que a partícula sagrada, defendida com a vida pelo pequeno mártir, se tornou carne de sua carne, formando com o seu corpo umas única hóstia imaculada oferecida a Deus.

Ao defender a Santíssima Eucaristia de Cristo que uma multidão furiosa de gentios pretendiam profanar, são Tarcísio "preferiu ser apedrejado até à morte, em vez de entregar as cães as sagradas espécies. 

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

SANTO DO DIA - 14 DE AGOSTO

SÃO MAXIMILIANO MARIA KOLBE
Padroeiro do Século XX.
"Por Jesus Cristo estou disposto a qualquer tipo de sofrimento. A Imaculada está comigo e ela me ajuda" costumava dizer são Maximiliano Kolbe, sacerdote que morreu mártir em um campo de concentração nazista e cuja memória litúrgica a Igreja celebra hoje (14/8).

São Maximiliano Maria Kolbe nasceu na Polônia em 8 de janeiro de 1894 na cidade da Zdunska Wola, que naquele tempo estava ocupada pela Rússia. Foi batizado com o nome Raimundo, na Igreja paroquial. Aos 13 anos, ingressou no seminário franciscano da Ordem dos Frades Menores Conventuais, na cidade polonesa do Lvov, a qual, por sua vez, estava ocupada pela Áustria. No seminário, adotou o nome de Maximiliano. Finalizou seus estudos em Roma e em 1918 foi ordenado sacerdote.

Devoto da Imaculada Conceição, pensava que a Igreja devia ser militante em sua colaboração com a Graça Divina para o avanço da Fé Católica. Movido por esta devoção e convicção, fundou em 1917 um movimento chamado “Milícia da Imaculada”, cujos membros se consagrariam à Bem-aventurada Virgem Maria e teriam o objetivo de lutar mediante todos os meios moralmente válidos, pela construção do Reino de Deus em todo mundo.

Verdadeiro apóstolo moderno, iniciou a publicação da revista mensal “Cavaleiro da Imaculada”, orientada a promover o conhecimento, o amor e o serviço à Virgem Maria na tarefa de converter almas para Cristo. Com uma tiragem de 500 exemplares em 1922, alcançou cerca de 1 milhão de exemplares em 1939.

Em 1929, fundou a primeira “Cidade da Imaculada”, no convento franciscano de Niepokalanów a 40 quilômetros de Varsóvia, que no passar do tempo se converteria em uma cidade consagrada à Virgem.

Em 1931, logo após o papa solicitar missionários, ofereceu-se como voluntário. Em 1936, retornou à Polônia como diretor espiritual do Niepokalanów e, três anos mais tarde, em plena Guerra Mundial, foi preso junto com outros frades e enviado a campos de concentração na Alemanha e Polônia. Foi liberado pouco tempo depois, precisamente no dia consagrado à Imaculada Conceição.

Foi feito prisioneiro novamente em fevereiro de 1941 e enviado à prisão de Pawiak, para ser transferido em seguida ao campo de concentração de Auschwitz, onde, apesar das terríveis condições de vida, prosseguiu seu ministério.

Em Auschwitz, o regime nazista procurava despojar os prisioneiros de todo rastro de personalidade, tratando-os de maneira desumana e impessoal, como um número; a São Maximiliano, atribuíram o número 16670. Apesar de tudo, durante sua estadia no campo, nunca abandonou sua generosidade e preocupação com os demais, assim como seu desejo de manter a dignidade de seus companheiros.

Na noite de 3 de agosto de 1941, um prisioneiro da mesma seção em que estava São Maximiliano fugiu; em represália, o comandante do campo ordenou sortear dez prisioneiros para serem executados. Entre os homens escolhidos estava o sargento Franciszek Gajowniczek, polonês, casado e com filhos. São Maximiliano, que não estava entre os dez prisioneiros escolhidos, se ofereceu para morrer em seu lugar. O comandante do campo aceitou a troca e o padre Kolbe foi condenado a morrer de fome junto com os outros nove prisioneiros.

Dez dias depois de sua condenação e ao encontrá-lo ainda vivo, os nazistas lhe deram uma injeção letal em 14 de agosto de 1941. Em 1973, o são Paulo VI o beatificou e, em 1982, são João Paulo II o canonizou como mártir da caridade.

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

SANTO DO DIA - 07 DE AGOSTO.

SÃO CAETANO
Padroeiro do Pão e do Trabalho.


"No oratório, rendemos a Deus a homenagem da adoração, nos hospitais o encontramos pessoalmente", costumava dizer são Caetano, padroeiro do pão e do trabalho, cuja festa é celebrada do dia 7 de agosto.

São Caetano nasceu em Vicenza (Itália) em 1480. Estudou na Universidade de Pádua, formando-se na teologia e doutorando-se em direito civil e canônico.

Sua inquietude o levou a Roma, onde em pouco tempo foi nomeado secretário do papa Júlio II. Com a morte do pontífice, quis se preparar para o sacerdócio e foi ordenado em 1516, aos 36 anos.

Fundou em Roma a “Confraria do Amor Divino”, associação de clérigos que promovia a glória de Deus. Depois, ingressou no Oratório de São Jerônimo, que seguia a mesma linha da obra que tinha fundado, mas incluía também leigos pobres.

Seus amigos não gostaram dessa decisão, pois consideravam que alguém de linhagem como ele não deveria estar ali. Mas, o santo seguiu adiante, atendendo até mesmo os pacientes com doenças que muitos desprezavam.

Estando em Veneza, implantou a bênção com o Santíssimo Sacramento e incentivou a comunhão frequente. Uma vez escreveu: “Não estarei satisfeito até que veja os cristãos se aproximarem do banquete celestial com simplicidade de crianças famintas e alegres, e não cheios de medo e falsa vergonha”.

Naquela época, a cristandade passava por um período de crise. São Caetano, contemporâneo de Lutero, incentivava uma verdadeira reforma de vida e costumes na Igreja, mas sem dividi-la.

Em Roma, junto com alguns companheiros, fundou a Ordem dos Clérigos Regulares Teatinos, que buscava a renovação do clero, a pregação da doutrina, o cuidado dos doentes e a restauração do uso frequente dos sacramentos.

São Caetano teve que sofrer incompreensões e rechaços pela missão renovadora que tinha empreendido. Mais tarde, com o beato João Marinoni, o santo fundou os “Montes de Piedade” para libertar da miséria pobres e marginalizados.

Ao final de sua vida, abriu um asilo para idosos e hospitais. Quando ficou muito doente, os médicos sugeriram que colocasse um colchão sobre sua cama de tábuas, mas o santo respondeu: “Meu salvador morreu na cruz; deixe-me pois morrer também sobre um madeiro”. Morreu em Nápoles, em 7 de agosto de 1547, aos 77 anos.

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

SANTO DO DIA - 04 DE AGOSTO .

SÃO JOÃO MARIA VIANNEY
PADROEIRO DOS PADRES 
Hoje (4/8), a Igreja celebra são João Maria Vianney, o Cura D'Ars, como é chamado, por conta do nome do povoado na França onde serviu por muitos anos.

É o padroeiro dos sacerdotes, por isso, neste dia também se celebra o Dia do Padre. São João Maria Vianney é considerado um grande confessor, tinha o dom de profecia, recebia ataques físicos do demônio e viveu entregue à mortificação e à oração.

Foi ordenado sacerdote no dia 13 de agosto de 1815. Seu grande amor pela salvação das almas o levada a passar muitas horas no confessionário, onde arrebatava várias almas.

Era desprendido das coisas materiais, a tal ponto que dormia no chão do quarto, porque deu sua cama. Comia batatas e, ocasionalmente, um ovo cozido. Costumava dizer que "o demônio não tem tanto medo da disciplina; mas teme realmente a redução de comida, bebida e sono".

Uma vez, o demônio sacudiu sua casa por 15 minutos; em outra ocasião, quis tirá-lo da missa e incendiou a sua cama, mas o santo mandou outras pessoas apagarem o fogo e não deixou o altar. O demônio lhe gritava da janela: "Vianney, Vianney come batatas".

Uma das sequelas da Revolução Francesa foi a ignorância religiosa. Para remediar esta situação, o santo passava noites inteiras na pequena sancristia compondo e memorizando seus sermões, mas por não ter muito boa memória, tinha muita dificuldade de lembra o que escrevia.

Ensinava o Catecismo às crianças e lutou para que as pessoas não trabalhassem ou estivessem em tabernas aos domingos. Em uma de suas homilias, disse que "a taberna é a tenda do demônio, o mercado onde as almas se perdem, onde se rompe a harmonia familiar". Pouco a pouco, conseguiu que a taberna se fechasse e que as pessoas se aproximassem de Deus.

Sua popularidade foi crescendo e eram milhares as pessoas de todas as partes que chegavam para confessar-se com ele. Mais tarde, concederam ao povoado a permissão de construir uma Igreja, o que garantiria a permanência do santo. Seu doce amor pela Virgem Maria Levou a que consagre a sua paróquia à Rainha do Céu.

Às 2 horas do dia 4 de agosto de 1859, o santo Cura D'Ars morreu. Foi canonizado na festa de Pentecostes em 1925, pelo papa Pio XI.

sábado, 12 de julho de 2025

SANTO DE HOJE - 12 JULHO

SÃO LUÍS MARTIN e SANTA ZÉLIA
Os Pais de Santa Terezinha.

São Luís Martin e Santa Zélia Guérin, pais de Santa Teresa de Lisieus, foram o primeiro casal a se canonizado em uma mesma cerimônia da história da Igreja.

"Os santos esposos (...) viveram o serviço cristão na família, construindo dia após dia um ambiente cheio de fé e amor; e, neste clima, germinaram as vocações das filhas, nomeadamente a de Santa Teresinha do Menino Jesus", disse o papa Francisco em 18 de outubro de 2015, durante a Missa canonização.

A Família, depois de dezenove anos de matrimônio, diante da crise econnômica que afligia a França, querendo garantir o bem-estar e o futuro a seus filhos, encontrou a força para deixar a cidade francesa de Alençon e se mudar para Lisieux.

Luís Martin trabalhou como relojoeiro e joalheiro e Zélia Guérin como pequena empresária de uma oficina de bordado. Junto com suas cinco filhas, deram seu tempo e seu dinheiro a fim de ajudar os mais necessitados.

Luís Martins nasceu em Bordeaux (França), em 1823, e faleceu em Arnières-sur-Iton (França), em 1894. Enquanto Maria Zélia Guérin nasceu em San Sant-Denis-Sarthon (França), em 1831, e faleceu em Alençon (França), em 1877.

Ambos foram pessoas devotas desde muito jovem. Durante sua juventude e antes de se conhecerem. Maria Zélia queria levar uma vida religiosa no mosteiro das Filhas  da Caridade de São Vicente de Paulo, enquanto Luís Martin sentia o mesmo desejo de dedicar sua vida a Deus e foi para o mosteiro do Grande São Bernardo.

Nenhum dos  dois  foi aceito,uma vez Deus tinha outro plano para eles.

Os jovens se conheceram e o entendimento foi tão rápido que se casaram em 13 de julho de 1858, apenas três meses após seu primeiro encontro.

Levaram uma vida matrimonial exemplar: missa diária, oração pessoal e comunitária, confissão frequente, participação na vida paroquial.

De sua união, nasceram nove filhos, quatro dos quais morreram prematuramente.

Entre as cinco filhas que sobreviveram estava Santa Teresinha, a futura santa padroeira das missões, que é uma fonte preciosa para a compreensão da santidade de seus pais: educavam suas filhas para serem boas cristãs e cidadãs honestas.

Quando sua esposa Zélia morreu em 1877, Luís se viu sozinho para seguir adiante com sua família e suas filhas pequenas. Mudou-se para Lisieus, onde morava o irmão de Zélia; deste modo, a tia Celina pode cuidar das meninas.

Entre 1882 e 1887, Luís acompanhou três de suas filhas ao Carmelo. O maior sacrifício foi se separar te Teresa, que entrou no Carmelo aos 15 anos e iniciaria seu caminho para a santidade.

quarta-feira, 9 de julho de 2025

SANTO DO DIA - 09 DE JULHO.

SANTA PAULINA DO CORAÇÃO AGONIZANTE DE JESUS.
Primeira Santa do Brasil.
A Igreja recorda hoje (9/7) a memória litúrgica de santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus, italiana, que viveu no Brasil, onde dedicou sua vida ao serviço aos mais necessitados e fundou a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição.

Amábile Lucia Visintainer nasceu em Trento (norte da Itália) em 16 de dezembro de 1865. Seus pais Napoleão e Ana eram cristãos devotos, mas muito pobres.

Foi esta precária situação econômica que motivou a família da santa a emigrar para o Brasil em 1875. Os Visintainer se estabeleceram no estado de Santa Catarina, em uma comunidade italiana chamada Nova Trento.

Logo após sua chegada, Amábile conheceu Virginia Rosa Nicoldi e ambas se tornaram melhores amigas. Compartilhavam o mesmo amor por Cristo e sempre rezavam juntas fervorosamente. Até fizeram a primeira comunhão ao mesmo tempo, quando tinham 12 anos.

Durante sua adolescência, a jovem começou a participar do apostolado paroquial dando catequese para as crianças, cuidando dos doentes e idosos, e até mesmo a limpando a igreja. Amábile se dedicava a estes trabalhos de corpo e alma e, sem que ela suspeitasse, dilapidaram sua vocação para a vida religiosa.

Com a permissão de seu pai, a santa construiu uma pequena casa, em terreno doado por um barão, onde ia rezar, recebia os enfermos e ensinava as crianças. Sua primeira paciente foi uma mulher com câncer terminal e que não tinha ninguém para cuidar dela.

O dia 12 de julho de 1890 é considerado a data de fundação da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, a primeira congregação feminina fundada no país, que começou com o trabalho de Amábile e Virginia na pequena cabana.

Naquele mesmo ano, as duas amigas e outra jovem fizeram seus votos religiosos. Amábile mudou seu nome para Paulina do Coração Agonizante de Jesus e foi nomeada superiora.

O apostolado das irmãs atraiu muitas vocações. Além de suas obras de caridade, também tinham uma pequena indústria de seda para superar as dificuldades econômicas.

Em 1903, Paulina foi convidada a se mudar para São Paulo. Estabeleceu-se no bairro do Ipiranga, onde fundou a obra “Sagrada Família” para acolher os ex-escravos e seus filhos. Em 1918, a igreja brasileira deu reconhecimento a suas virtudes por seu exemplo vocacional.

Em 1938, contraiu diabetes e seu calvário começou. Tiveram que amputar o seu braço direito e chegou a ficar cega. Madre Paulina morreu piedosamente em 9 de julho de 1942.

Ela foi beatificada em 1991 pelo papa João Paulo II durante sua visita ao Brasil e canonizada em 2002.

sábado, 5 de julho de 2025

SANTO DE HOJE - 05 DE JULHO.

SANTO ANTÔNIO MARIA ZACCARIAS
Fundador dos padres Barnabitas.
Hoje (5/7), a Igreja celebra a memória litúrgica de santo Antônio Maria Zaccarias, fundador dos Clérigos Regulares de São Paulo e da Congregação das Angélicas de São Paulo, um homem apaixonado por Jesus Eucarístico e pela Virgem Maria que se dedicou intensamente ao serviço da caridade.

Antônio Maria Zaccaria nasceu em Cremona, em 1502, pertencente à rica família dos Zaccaria, de origem genovesa. Era filho único e seu pai faleceu quando ele tinha apenas 2 anos de idade. Na época, sua mãe, com 18 anos, foi cortejada por muitos pretendentes, mas decidiu rejeitar segundas núpcias só para dedicar-se totalmente à educação do filho.

Ainda menino começou a ser reconhecido por sua inteligência, mas sobretudo por sua caridade e humildade. Embora rico, vestia-se com modéstia e, já crescido, escolheu a profissão de médico para ficar mais perto das pessoas humildes, curar-lhe as doenças do corpo, gradativamente, para distribuir-lhe os remédios da alma, o conforto, a esperança, a paz com Deus.

Em 1528, abandonou a medicina e foi ordenado sacerdote. Estabeleceu-se em Milão, onde, com a colaboração de Tiago Morigia e Bartolomeu Ferrari, fundou a Congregação dos Clérigos Regulares de São Paulo, mais conhecidos como Barnabitas, porque residiam junto à Igreja de São Barnabé.

A finalidade da nova congregação era a promoção da reforma do clero e dos leigos, não se consideravam monges nem frades, seu carisma específico era evangelizar e administrar os sacramentos.

Com a ajuda da Condessa de Guastalla, Ludovica Torelli, surgiu a congregação feminina das Angélicas, para a reforma dos mosteiros femininos. A palavra reforma era o emblema de 1500. Antônio Maria Zaccaria não dava importância às palavras, mas aos fatos.

O santo manteve muito presente em sua vida a importância de amar os demais. "Você quer chegar à perfeição? Quer ser, pelo menos, um pouquinho espiritual? Quer amar a Deus, ser seu bom filho e ser amado por ele? Ame o próximo, oriente-se para o próximo, disponha-se beneficiar o próximo e não o ofendê-lo", disse um de seus sermões.

Ele ajudou na preparação do Concílio de Trento, cuja influência ainda persiste na Igreja. Foi também promotor da devoção à Eucaristia e da Adoração ao Santíssimo Sacramento, instituindo as quarenta horas de adoração ao Santíssimo Sacramento. Criou ainda os Grupos de Casais, para os leigos, sendo por isso considerado o pioneiro da Pastoral Familiar.

Durante uma de suas missões na Itália meridional, foi acometido por uma epidemia. Sabendo que sua morte se aproximava, voltou para os braços de sua mãe, na casa onde havia nascido.

Morreu aos 37 anos, em 5 de julho de 1539, assistido por sua mãe, que aceitara vida de solidão para não pôr obstáculos à vocação do filho. Foi canonizado em 1987 pelo papa Leão XIII. 

Veja mais.

quinta-feira, 26 de junho de 2025

SANTO DO DIA - 26 DE JUNHO.

SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
"O Santo do ordinário".
"Deus não te arranca do teu ambiente, não te retira do mundo, nem do teu estado de vida, nem das tuas ambições humanas nobres, nem do teu trabalho profissional... mas, aí, te quer santo!”, dizia são Josemaria Escrivá , fundador do Opus Dei e conhecido como “o santo do ordinário”.

São Josemaria Escrivá de Balaguer nasceu em Barbastro (Espanha – 1902) em uma família profundamente cristã. Quando criança, teve uma infância muito difícil. Três irmãs mais novas que ele morreram ainda meninas, o negócio de seu pai faliu e a família teve que se mudar para Logroño.

Certo dia, viu pegadas na neve dos pés descalços de um religioso e sentiu que Deus desejava algo dele. Pouco a pouco, foi aumentando sua inquietude vocacional e ingressou no seminário. Mais tarde, estudou Direito na Universidade de Saragoça.

Caracterizava-se por um caráter generoso e alegre, enquanto sua simplicidade e serenidade o fizessem muito querido entre seus companheiros. Tinha muito esmero na piedade, disciplina e estudo, tornando-se um exemplo para seus colegas.

Foi ordenado sacerdote em 28 de março de 1925. Anos mais tarde, com a permissão de seu Bispo, mudou-se para Madri para obter seu doutorado em Direito. Em 2 de outubro de 1928, Deus lhe fez ver o que queria dele e fundou o Opus Dei.

Na ocasião, são Josemaria definiu o Opus Dei como “uma mobilização de cristãos que soubessem sacrificar-se gostosamente pelos outros, que tornassem divinos os caminhos humanos da terra (todos!), santificando qualquer trabalho nobre, qualquer trabalho limpo”.

Em 1933, o santo promoveu uma academia universitária compreendendo que o mundo da cultura e da ciência é um ponto importante para a evangelização de toda a sociedade. Com a eclosão da guerra civil em 1936, teve início a perseguição religiosa e são Josemaria se viu obrigado a refugiar-se em vários lugares até chegar a Burgos.

Com o fim da guerra, em 1939, retornou para Madri e terminou seus estudos de doutorado em direito. Sua fama de santidade foi se estendendo e dirigiu muitos exercícios espirituais a pedido de vários bispos e superiores religiosos. Em 1946, mudou-se para Roma e obteve da Santa Sé a aprovação definitiva do Opus Dei.

Aos poucos, foi-lhe sendo confiados cargos importantes no Vaticano e seguiu com atenção o Concílio Vaticano II, relacionando-se com muitos padres conciliares. Viajou por vários países da Europa e América, impulsionando e consolidando o trabalho apostólico do Opus Dei. É autor do livro ‘Caminho’, que se converteu em um clássico moderno da espiritualidade católica.

“Ali onde estão vossas aspirações, vosso trabalho, vossos amores, ali está o lugar de seu encontro cotidiano com Cristo”, incentivava são Josemaria.

Partiu para a Casa do Pai em 26 de junho de 1975, por causa de uma parada cardíaca, e aos pés de um quadro da Santíssima Virgem de Guadalupe. Foi canonizado por João Paulo II em 2002.

segunda-feira, 23 de junho de 2025

SANTO DE HOJE - 23 DE JUNHO.

SÃO JOSÉ CAFASSO
Padroeiro: Padroeiro das Prisões e modelo de confessor.
"Não será morte, mas um doce sonho para ti, minha alma, se ao morrer te assiste Jesus e te percebe a Virgem Maria", escreveu pouco tempo antes de morrer São José Cafasso, padroeiro das prisões italianas e modelo de sacerdote comprometido com a confissão e direção espiritual. São João Bosco se formou sob sua orientação.

São Cafasso nasceu na Itália em 1811. Desde pequeno, sua família e as pessoas do povoado o estimavam como um "santinho". Foi ordenado sacerdote em 1833 e, meses depois, estabeleceu-se no Colégio Eclesiástico para aperfeiçoar sua formação sacerdotal.

São José Cafasso acompanhou à forca muitos condenados à morte e todos morreram confessados, arrependidos e assistidos por sua paternal presença, porque lhe recordavam Cristo prisioneiro.

São José Cafasso ajudou São João Bosco no seminário e, mais tarde, no colégio. No apostolado das prisões, Bosco presenciou os horrores que a juventude sofre por não ter quem os oriente na fé e na educação. Assim, foi surgindo a inquietude de criar obras que previnam os jovens de parar nesses lugares.

Apesar das críticas, São José Cafasso sempre defendeu o serviço juvenil de seus discípulo e tornou-se um benfeitor da nascente comunidade salesiana.

Todos os tipos de pessoas necessitadas até o padre Cafasso. Ele se caracterizava por sua amabilidade e uma alegria contagiante. Costumava incutir em seus alunos uma grande devoção ao Santíssimo Sacramento e à Virgem Maria.

“Toda santidade, perfeição e proveito de uma pessoa está em fazer perfeitamente a vontade de Deus... querer o que Deus quer, querê-lo no modo, no tempo e nas circunstâncias que Ele quer, e querer tudo isso unicamente porque Deus assim o quer”, dizia são José Cafasso.

Certo dia, em um sermão, expressou: “Como é belo morrer em um sábado, dia da Virgem, para ser levado por Ela para o céu”. Assim aconteceu, partiu para a casa do Pai no sábado, 23 de junho de 1860.

São João Bosco, na oração fúnebre, recordou seu diretor espiritual e confessor como mestre do clero, um seguro conselheiro, consolo dos moribundos e grande amigo. 

domingo, 22 de junho de 2025

SANTO DE HOJE - 22 DE JUNHO.

SÃO TOMÁS MORE
Padroeiro: Dos Governantes, Políticos, Advogados, Servidores Públicos, Juízes e Famílias em dificuldades.
Tomás tinha uma grande fama de homem íntegro e jovial, um Juiz justo, culto e estimado pelos humanistas europeus, tanto que Erasmo de Roterdã, lhe dedicou sua obra "Elogio da Loucura"; era muito amado pelo povo, pela sua caridade; conhecido pelo seu senso de humorismo e sua fina inteligência, como transparecem em suas obras em e sua vida. Porém, ele era, acima de tudo um homem de grande fé.

Filho de advogado, nasceu em Londres em 1478. Em sua vida privada, frequentava os franciscanos, em Greenwich, e, por um período, na Cartuxa de Londres. A seguir, casou-se em Jane Colt, da qual teve quatro filhos. Ao ficar viúvo, casou-se novamente, esta vez com Alice Middleton. Como esposo e pai, dedicou-se à educação intelectual e religiosa de seus filhos, em sua casa, sempre aberta a amigos.

Em sua vida pública, Tomás trabalhou como membro do Parlamento e assumiu diversos cargos diplomáticos. Em 1516, escreveu sua obra mais famosa "Utopia". Tornou-se, novamente, Juiz e presidente da Câmara Comunal. Como conselheiro e secretário do rei, comprometeu-se com a Reforma Protestante. Contribuiu para a elaboração doa obra "A defesa dos sete Sacramentos", que valeu a Henrique VIII o título de "Fidei defensor". Uma ascensão irrefreável até chegar ao ápice: foi o primeiro leito a ser nomeado Grão-Chanceler. Transcorria o ano 1529.
Alguns anos depois, em 1532, sua vida teve uma mudança determinante: Tomás pediu demissão. Assim, para a sua família, abriram-se as portas de uma vida de pobreza e abandono;

Sua história entrelaçou-se com a vida do rei Henrique VIII: decidido de se casar com Ana Bolena, o soberano pediu ao Arcebispo anglicano de Cantuária. Tomás Cranmer, para declarar nulo e sem efeito seu casamento com Catarina de Aragão. em uma escalada de oposição, chegou até a pedir também para que o Papa Clemente VII aceitasse sua liderança como chefe da Igreja na Inglaterra.

Em 1534, o Ato de Supremacia e o Ato de Sucessão marcaram o momento decisivo. Tomás já havia se retirado do mundo político. Logo, não podia aprovar a decisão do rei e, acima de tudo, não queria abjurar à lealdade ao Papa.

Em 1534, Tomás foi preso na torre de Londres, mas não foi suficiente para se retratar. A "conduta" do silêncio, que havia adotado, não foi suficiente para se salvar. Então, enfrentou um processo, durante o qual pronunciou sua famosa apologia sobre a indissolubilidade do matrimônio, o respeito pelo patrimônio jurídico, inspirado nos valores cristãos, a liberdade da Igreja em relação ao Estado. Por isso, Tomás More foi condenado por alta traição e decapitado em 6 de julho. Após alguns dias, João Fisher, de quem era um grande amigo, também foi condenado pelas mesmas ideias. Desta forma, este dois Santos são recordados, juntos, pela liturgia da Igreja, no mesmo dia, 22 de junho.

Tomás More foi um homem apaixonado pela Verdade, "admirado pela sua integridade, - afirmou Bento XVI, em seu discurso no Westminster Hall - com a qual teve a coragem de seguir a sua consciência, mesmo à custa de desagradar ao soberano, de quem também era 'bom servidor', de escolher servir primeiro a Deus.

segunda-feira, 16 de junho de 2025

SANTO DO DIA - 16 DE JUNHO

SANTA JULITA:  Padroeira das viúvas
SÃO CIRO: Padroeiro das crianças vítima de maus tratos 

A história de SANTA JULITA e seu filho SÃO CIRO, é um dos relatos mais tocantes de fé e martírio nos primórdios do cristiansimo. Eles viveram por volta do século IV d.C., durante as severas perseguições aos cristãos sob o imperador Diocleciano.

Julita era uma rica e nobre viúva de Icônio (na atual turquia), que havia educado seu pequeno filho, Ciro, na fé cristã desde o nascimento. Quando as perseguições se intensificaram, Julita, para proteger seu filho e sua fé, fugiu com Ciro para Tarso, na Cicília, esperando encontrar refúgio.

No entanto foram descobertos e levados perante o governador Alexandre. Julita foi severamente interrogada e torturada para que renunciasse à sua fé. Ela foi acoitada, teve seus flancos rasgados com ganchos e piche quente derramado sobre seus pés.

A cena mais dramática, porém, envolveu o pequeno Ciro. Com apenas três anos de Idade, enquanto sua mãe era torturada, ele estava no colo do governador. Ao ver o sofrimento de Julita, o menino se soltou e, com uma coragem surpreendente para sua idade, gritou repetidamente "Eu também sou Cristão! Eu também sou Cristão!".

Enfurecido pela ousadia da criança, o governador Alexandre atirou Ciro violentamente escadaria abaixo, causando sua morte instantânea. Em vez de lamentar, Santa Julita, com uma fé inabalável, agradeceu a Deus pelo martírio de seu filho, vendo sua morte como uma vitória e a certeza de que ele estava nos braços do Senhor.

Após suportar mais tormentos, Santa Julita foi finalmente decapitada. Os corpos de mãe e filho foram secretamente recolhidos por uma serva fiel e, anos depois, suas relíquias foram redescobertas e passaram a ser veneradas.

São Ciro é hoje considerado um dos mártires mais jovens da Igreja e é invocado como padroeiro das crianças que sofrem maus-tratos. A memória de Santa Julita e São Ciro é celebrada em 16 de junho pela Igreja Católica, servindo como um poderoso testemunho da força da fé, do amor materno e da coragem de permanecer fiel a Cristo mesmo diante da morte.

sábado, 14 de junho de 2025

SANTO DE HOJE - 14 DE JUNHO

SANTOS MÁRTIRES DE CÓRDOVA

A Igreja celebra hoje (14/6) os santos mártires de Córdoba, um grupo de cristãos maçárabes que foram executados por não renunciarem à fé cristã. Viveram nos tempos do reis muçulmanos do Emirado de Córdoba Abderrmão II (822-852) e Mohamed I (852-886).

Um Emirado era um território de dominação política administrado por um "Emir" a autoridade islâmica monárquica característica do Oriente Médio. O Emirado de Córdoba foi o território de ocupação política árabe na Europa, estabelecido na Península Ibérica (Al-Andalus) entre os anos 756 e 929. Os cristãos que viviam nesse território eram chamados de "moçárabes" e constituíam uma população numericamente importante, de origem hispano-visigótica.

Graças à hagiografia de Eulogio de Córdoba, foi possível preservar o registro da execução de 48 cristãos moçárabes, que desafiaram a lei islâmica no momento da invasão. Em sua maioria, esses mártires fizeram declarações públicas rejeitando a imposição do Islã e proclamando sua fidelidade a Cristo.

Todos, exceto dois, viviam em Córdoba ou nos mosteiros das montanhas circundantes, de modo que havia monges eremitas entre eles. No total foram 38 homens e dez mulheres de várias idades, com predomínio de jovens.

Do total de mártires, 35 eram padres, diáconos ou monges, e 12 leigos. Dos leigos quatro eram convertidos de famílias muçulmanas, cinco vinham de casamentos entre cristãos e muçulmanos, os três restantes eram ex-cristãos que tinham se tornado muçulmanos e retornaram à Igreja. Todos menos dois, Sancho e Argimiro, foram decapitados.

sexta-feira, 13 de junho de 2025

SANTO DO DIA - 13 DE JUNHO

HOJE É FESTA DO SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA, O "SANTO DE TODO O MUNDO".


Em 13 de junho, a Igreja celebra a festa de um dos santos mais conhecidos e venerados no mundo, Santo Antônio de Pádua, também chamado Santo Antônio de Lisboa, cidade onde nasceu, e que segundo a tradição é invocado para encontrar objetos perdidos, o que se deve a um problema que teve com um noviço, e ainda como o santo casamenteiro, devido á ajuda dada a uma jovem pobre.

Foi declarado Doutor da Igreja por Pio XII em 1946, ficando conhecido como o "Doutor do Evangelho".


quinta-feira, 12 de junho de 2025

SANTO DE HOJE - 12 DE JUNHO


SANTO ONOFRE

SANTO ONOFRE, considerado santo pela Igreja, foi um eremita que viveu no deserto da Tabaida no Alto Egito, emfins do século IV da era cristã. 

O relato de um seu discípulo, que o encontrou no deserto egipcio, constitui a única fonte para o conhecimento da vida de Santo Onofre: monge numa cenobita da região da Tebaida. Santo Onofre viveu como Eremita durante 60 a 70 anos, ele viveu sozinho no deserto, usando apenas folhas o cabelo e sua barba para cobrir o seu corpo.

Toda Igreja celebra santo Onofre no dia 12 de junho.

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quarta-feira, 11 de junho de 2025

SANTO DO DIA - 11 DE JUNHO

SÃO BARNABÉ.

Hoje (11/6) a Igreja celebra são Barnabé, apóstolo considerado pelos primeiros Padres da Igreja e por são Lucas devido à especial missão que Espírito Divino lhe confiou.

Barnabé era apreciado pelos Apóstolos por se um "homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé" (At 11,24).

Seu verdadeiro nome era José, mas os apóstolos mudaram para Barnabé, que significa "Filho da Consolação". Nos Atos dos Apóstolos (At 4) conta-se que vendeu sua propriedade e deu os recursos para os apóstolos, para que fossem distribuídos entre o pobres.

Colaborou bastante com são Paulo e suas pregações converteram muitos. Ambos estiveram por um tempo em Antioquia, lugar que se tornou o centro de evangelização e onde os seguidores de Cristo foram chamados pela primeira vez de cristãos.

Os fiéis desta cidade os enviaram a Jerusalém com uma coleta para aqueles que estavam passando fome na Judeia.

O Espírito Santo recomendou aos dois Apóstolos uma missão por meio dos mestres e profetas que adoravam a Deus, receberam a imposição das mãos e partiram acompanhados durante um tempo pelo evangelista são Marcos, primo de Barnabé. Pregaram em vários lugares.

Depois de visitar diferentes cidades, confirmar os convertidos e ordenar sacerdotes, voltaram para Antioquia e, em seguida, foi realizado o Concílio de Jerusalém, no qual se declarou que os “gentios” não tinham o dever da circuncisão.

Para a segunda viagem missionária, Paulo com Silas e Barnabé com são Marcos tomaram caminhos diferentes. Posteriormente, os dois Apóstolos se encontraram novamente nas missões de Corinto.

Diz-se que Barnabé morreu apedrejado por judeus invejosos das conversões que obtinha. Seus restos mortais foram enterrados perto Salamina e encontrado no ano 488. O apóstolo tinha em seu peito o Evangelho de São Mateus, escrito em sua própria mão. Mais tarde, foi transferido para Mancheras (Chipre).

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quinta-feira, 5 de junho de 2025

SANTO DE HOJE - 06 DE JUNHO.

SÃO BONIFÁCIO
A Igreja celebra hoje (5/6) São Bonifácio, cujo nome significa "benfeitor" e é chamado o "apóstolo dos Germanos" por ter evangelizado sistematicamente as grandes regiões centrais, fundando e organizando igreja e criando uma hierarquia sob a jurisdição direta da Santa Sé.

São Bonifácio, cujo nome de batismo era Winfrido, nasceu no ano 680 em Wessex, na Inglaterra. Mudou-se muito jovem para a abadia de Nursling, na diocese de Winchester. Ali escreveu a primeira gramática latina.

Aos 30 anos, recebeu a ordenação sacerdotal e decidiu dedicar-se ao apostolado no meio dos pagãos no continente. Sua primeira experiência foi em 716, quando seguiu com alguns companheiros para a Frísia (atual Holanda). Mas, sem êxitos, retornou para sua terra.

Entretanto, não desanimou, dois anos depois, foi a Roma para fazer com o papa Gregório II, que o acolheu e, conforme recordou o papa emérito Bento XVI em uma catequese de 2009, “enfim, depois de lhe ter imposto o novo nome de Bonifácio, confiou-lhe com cartas oficiais a missão de pregar o Evangelho no meio dos povos da Germânia”.

O santo se comprometeu em pregar o Evangelho naquela região, partiu imediatamente, cruzou os Alpes, atravessou a Baviera e chegou a Hesse.

Em pouco tempo, pôde enviar à Santa Sé um relatório tão satisfatório que o papa o convocou a Roma para lhe confiar o bispado. No dia de santo André do ano 722, foi ordenado bispo regional para toda a Germânia.

Bonifácio regressou a Hesse e, como primeira medida, propôs-se a arrancar pela raiz as superstições pagãs que eram o principal obstáculo para a evangelização.

Em 731, o papa Gregório III, sucessor de Gregório II, mandou a nomeação de arcebispo de todas as tribos germânicas, com autoridade para criar bispados onde achasse conveniente.

Em sua terceira viagem a Roma, foi nomeado também delegado da Sé Apostólica. São Bonifácio e seu discípulo são Sturmi fundaram no ano de 741 o mosteiro de Fulda, que com o tempo se tornou o Monte Cassino da Alemanha.

Mais tarde, em 5 de junho de 754, quando o santo se dispunha a realizar uma Crisma em massa, na véspera de Pentecostes, apareceu uma horda de pagãos hostis que atacou o grupo brutalmente com lanças e espadas.

“Deus salvará nossas almas”, escutou-se Bonifácio gritar, que tomou o evangeliário como escudo. Mas, um golpe de espada partiu o livro e atingiu a cabeça do santo.

“Uma primeira evidência impõe-se a quem se aproxima de Bonifácio: a centralidade da Palavra de Deus, vivida e interpretada na fé da Igreja, Palavra que ele viveu, pregou e testemunhou até ao dom supremo de si no martírio. Vivia tão apaixonado pela Palavra de Deus, que sentia a urgência e o dever de a levar ao próximo, mesmo com o risco da sua própria pessoa”, disse Bento XVI sobre o santo que difundiu o cristianismo em sua terra natal.

O corpo de são Bonifácio foi levado para o mosteiro de Fulda, onde ainda repousa.

sábado, 24 de maio de 2025

SANTO DO DIA


"No céu, ficaremos gratamente surpreendido ao conhecer tudo o que Maria Auxiliadora fez por nós na terra", disse são João Bosco, grande propagador do amor a esta devoção mariana que se faz presente na Igreja e nas famílias cristãs nos momentos difíceis desde os tempos antigos.

Os Cristãos dos primeiros séculos chamavam Virgem Maria com o nome de Auxiliadora. Tanto que os dois títulos lidos nos monumentos antigos do oriente são: Mãe de Deus (Theotokos) e Auxiliadora (Boeteia).

Santos como são João Crisóstomo, São Sabas e São Sofrônio a nomeavam também com esta advocação, sendo São João Damasceno o primeiro a propagar a jaculatória: "Maria Auxiliadora, rogai por nós".

"Ó Maria, és poderosa Auxiliadora dos pobres, valente Auxiliadora contra os inimigos da fé. Auxiliadora dos exércitos para que defendam a pátria. Auxiliadora dos governantes para que nos alcancem o bem-estar. Auxiliadora do povo humilde que necessita de tua ajuda", proclamou tempos depois são Germano.

No século XVI, o papa São Pio V, grande devoto da Mãe de Deus, após a vitória do exército cristão sobre os muçulmanos na batalha de Lepanto, ordenou que fosse invocada Maria Auxiliadora nas ladainhas.

Na época de Napoleão, o papa Pio VII estava preso por este imperador e o papa prometeu que, se ficasse livre, decrataria uma nova festa mariana na Igreja. Napoleão caiu, o papa retornou triunfalmente a sua sede pontifícia em 24 de maio de 1814 e decretou que todos os dais 24 desse mês seria realizada em Roma a festa de Maria Auxiliadora.

No ano seguinte, nasceu São João Bosco, a quem a Virgem apareceu em sonhos pedindo que lhe construísse um templo com o título de Auxiliadora. Foi assim que o santo iniciou dois monumentos: o físico que é a basílica de Maria Auxiliadora de Turin e o "vivo" formado pelas Filhas de Maria Auxiliadora.

São João Bosco assegurava a seis jovens que ele e muitos fiéis obtinham grande favores do céu com a novena de Nossa Senhora Auxiliadora e a jaculatória dada por são João Damasceno.

"Confiai tudo a Jesus eucarístico e a Maria Auxiliadora e vereis o que são milagres", afirmava são João Bosco.

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quinta-feira, 22 de maio de 2025

SANTO DE HOJE.


Santa Rita de Cássia não teve uma vida fácil. Foi uma filha obediente e esposa fiel, mas maltratada por seu marido. Ficou viúva e vou seus filhos morrer. Entretanto, seu amor por Jesus Cristo a levou a ser a santa do impossível e padroeira dos necessitados por milagres que Deus realizou durante sua vida e depois de sua morte. Sua festa é celebrada hoje (22/5).

Ela nasceu em 1381, na Itália, em um momento de conquista, rebeliões e corrupção. Com seus pais, era analfabeta, mas Deus lhe concedeu a graça de ler. Queria ser religiosa, mas seus pais escolheram um esposo e ela aceitou de foram obediente.

Seu marido tinha maus hábitos, bebia muito, era mulherengo e a maltratava. Mas, santa Rita se manteve fiel na oração. Tiveram filhos gêmeos  que possuíam o mesmo temperamento do pai. Após 20 anos de casamento, o marido se converteu, Rita o perdoou e, juntos, aproximaram-se ainda mais da vida de fé. Um dia, ele não voltou para casa e foi encontrado morto.

Os filhos juraram vinga a morte de seu pai e a dor de santa Rita aumentou ainda mais. Nem sua súplicas os fizerem desistir. A mãe aflita rogou ao Senhor para salvar seus filhos e tirar suas vidas antes que eles mesmos se condenassem com um pecado mortal. Assim, ambos sofreram de uma terrível doença e antes de morrer perdoaram os assassinos.

Mais tarde, santa Rita quis ingressar no congregação das Irmãs Agostinianas, mas não foi fácil, porque tinha sido casada e por causa da morte sombria de seu marido. Ela se colocou em oração e certa noite ouviu que a chamavam três vezes pelo nome. Ela abriu a porta e encontrou santo Agostinho, são Nicolau de Tolentino e s~so João Batista, de quem era muito devota.

Eles pediram que ela os seguisse e, depois de percorrer as ruas, sentiu que a elevavam no ar e a empurravam suavemente para Cássia até se encontrar em cima do mosteiro de Santa Maria Madalena. Ali, entrou em êxtase e quando voltou a si estava dentro do mosteiro e as religiosas agostinianas não puderam negar mais o seu ingresso na comunidade.

Fez sua profissão religiosa no mesmo ano (1477) e foi colocada à prova com duras provações por parte de sua superioras. Santa Rita recebeu os estigmas e as marcas da coroa de espinhos na cabeça. Ao contrário de outros santos com este dom, as chagas dela exalavam um odor ruim e teve que viver isolada por muitos anos.

Depois de uma doença grave e dolorosa, partiu para a Casa do Pai em 1457. A ferida de espinho em sua testa desapareceu e no lugar ficou um ponto vermelho como um rubi, que tinha deliciosa fragrância. Seu corpo permanece incorrupto.

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