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terça-feira, 19 de novembro de 2024

NOVENA A NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS: SEGUNDO DIA.

 

- Pelo Sinal da Santa Cruz, livrai-nos Deus nosso Senhor dos nossos inimigos.
- Em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ato de contrição
Senhor Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, criador e Redentor meu, por serdes Vós que sois, sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, de todo o meu coração, de Vos ter ofendido; pesa-me também, de ter perdido o Céu e merecido o Inferno; e proponho-me firmemente, ajudado com o auxílio da vossa divina graça, emendar-me e nunca mais vos tornar a ofender. Espero alcançar o perdão de minhas culpas pela vossa infinita misericórdia. Amém.

Nesse segundo dia da novena contemplamos Maria chorando sobre as calamidades que viriam sobre o mundo, pensando que o coração de seu Filho seria ultrajado na cruz, escarnecido, e seus filhos prediletos perseguidos. Confiemos na Virgem compassiva e também participemos do fruto de suas lágrimas. 

Suplica a Nossa Senhora
Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, ao contemplar-vos de braços abertos derramado graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa de nossas inúmeras culpas, acercamo-nos de vossos pés pra vos expor, durante essa oração, as nossas mais prementes necessidades.
(momento de silêncio. Fazer os pedidos).
Concedei, pois, ó Virgem das Graças, este favor que confiantes vos solicitamos, para maior glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem de nossas almas. E para melhor servirmos ao Vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre verdadeiros cristãos. Amém.

Ó maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.

- Pai nosso que estás nos Céus...
- 3 Ave-Marias
- Glória ao Pai ao Filho...

Oração final
Santíssima Virgem, eu reconheço e confesso vossa Santa e Imaculada Conceição, pura e sem mancha. Ó puríssima Virgem Maria, por vossa Conceição Imaculado e gloriosa prerrogativa de Mãe de Deus, alcançai-me de vosso amado Filho e humildade, caridade, obediência, castidade, santa pureza de coração, de corpo, e espírito, alcançai-me a perseverança na prática do bem, uma santa vida, uma boa morte e a graça que te pedimos com toda confiança. Amém.

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

A IGREJA CELEBRA HOJE A DEDICAÇÃO DAS BASÍLICAS DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO.


Hoje (18/11) a Igreja celebra a dedicação das basílicas dos apóstolos São Pedro e São Paulo, templos em Roma que contêm os restos mortais destes dois grandes nomes do cristianismo e símbolos da fraternidade e da unidade da Igreja.

A basílica de São Pedro, no Vaticano, foi construída sobre o túmulo do Apóstolo, que morreu crucificado de cabeça para baixo. No ano 323, o imperador Constantino mandou construir no local a Basílica dedicada àquele que foi o primeiro Papa da Igreja.

A atual basílica de São Pedro demorou 170 anos para ser edificada. Começou com o papa Nicolau V, em 1454, e foi concluída pelo papa Urbano VIII, que a consagrou em 18 de novembro de 1626. A data coincide com a consagração da antiga Basílica.

Bramante, Rafael, Michelangelo e Bernini, famosos artistas da história, trabalharam nela, plasmando o melhor de sua arte.

A basílica de São Pedro mede 212 metros de comprimento, 140 de largura e 133 metros de altura em sua cúpula. Não há templo no mundo se iguale em extensão.

A basílica de São Paulo Extramuros é, depois de São Pedro, o maior templo de Roma. Também surgiu por vontade de Constantino. Em 1823, foi quase totalmente destruída por um terrível incêndio. Leão XIII iniciou sua reconstrução e foi consagrada em 10 de dezembro de 1854 pelo papa Pio IX.

Um fato interessante é que, sob as janelas da nave central nas naves laterais, em mosaico, encontram-se os retratos de todos os papa desde São Pedro até o atual, o papa Francisco.

Em 2009, por ocasião desta celebração, o papa Bento XVI disse que "esta festa nos proporciona a ocasião de ressaltar o significado e o valor da Igreja. Queridos jovens, amem a Igreja e cooperam com entusiasmo em sua edificação. 

NOVENA A NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS: PRIMEIRO DIA.

Iniciamos hoje a Novena preparatório para a festa de Nossa Senhora das Graças. É um período preparatório, para nos preparar para esse grande momento de fé e de louvor ao Senhor e pedir pela intercessão de Nossa Senhora. Vamos fazer essa novena juntos. 

- Pelo Sinal da Santa Cruz, livrai-nos Deus nosso Senhor dos nossos inimigos.
- Em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ato de contrição
Senhor Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, criador e Redentor meu, por serdes Vós que sois, sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, de todo o meu coração, de Vos ter ofendido; pesa-me também, de ter perdido o Céu e merecido o Inferno; e proponho-me firmemente, ajudado com o auxílio da vossa divina graça, emendar-me e nunca mais vos tornar a ofender. Espero alcançar o perdão de minhas culpas pela vossa infinita misericórdia. Amém.


- Contemplamos a Virgem Imaculada em sua primeira aparição a Santa Catarina Labouré. A piedosa noviça, guiada por seu Anjo da Guarda, é apresentadas à imaculada Senhora. Considerando sus inefável alegria. Seremos felizes como Santa Catarina se trabalharmos com ardor na nossa santificação. Gozaremos as delícias do Paraíso se nos privarmos dos gozos terrenos.

Suplica a Nossa Senhora
Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, ao contemplar-vos de braços abertos derramado graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa de nossas inúmeras culpas, acercamo-nos de vossos pés pra vos expor, durante essa oração, as nossas mais prementes necessidades.
(momento de silêncio. Fazer os pedidos).
Concedei, pois, ó Virgem das Graças, este favor que confiantes vos solicitamos, para maior glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem de nossas almas. E para melhor servirmos ao Vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre verdadeiros cristãos. Amém.

Ó maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.

- Pai nosso que estás nos Céus...
- 3 Ave-Marias
- Glória ao Pai ao Filho...

Oração final
Santíssima Virgem, eu reconheço e confesso vossa Santa e Imaculada Conceição, pura e sem mancha. Ó puríssima Virgem Maria, por vossa Conceição Imaculado e gloriosa prerrogativa de Mãe de Deus, alcançai-me de vosso amado Filho e humildade, caridade, obediência, castidade, santa pureza de coração, de corpo, e espírito, alcançai-me a perseverança na prática do bem, uma santa vida, uma boa morte e a graça que te pedimos com toda confiança. Amém.

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

SÉRIE: SANTOS CASADOS.

A santidade no matrimônio ao longo dos séculos.

SANTO HILÁRIO DE POITIERS e ESPOSA.

Seria possível haver um bispo que, além de casado, fosse também um santo Padre e Doutor da Igreja? A resposta é sim: Santo Hilário, o notável bispo de Poitiers e bravo oponente do arianismo, doutrina que negava a divindade de Jesus Cristo e o rebaixava à condição de criatura. Muitas biografias de Santo Hilário não menciona o fato de ele ter sido casado e pai de uma filha, como se fosse algum constrangimento. Em outras, dedicadas a esse importante Padre e Doutor da Igreja, afirma-se que Santo Hilário era, sim, casado, talvez a intenção de usar a informação como um argumento contra o celibato clerical. Nesses casos, merecem uma análise mais atenta.

Hilário nasceu cerca de 315, em Poitiers, na Aquitânia (França), filho de uma família rica e pagã. Em sua cidade natal, e depois em Bordeaux, recebeu uma educação de elite, estudando principalmente gramática e retórica. Apesar de pagão, Hilário sempre repudiou os comportamentos ímpios de seus conterrâneos, que, sua maioria, viviam uma vida de luxúria e degradação moral. Tinha um alto cargo administrativo, e como era costume entre funcionários oficiais bem estabelecidos, casou-se. Seu matrimônio foi abençoado com a chegada de uma filha, que recebeu o nome de Abra.

Hilário tinha um grande anseio pela verdade, e esse anseio guiava cada vez mais seu coração junto e generoso, que não encontrava satisfação na filosofia pagã. Em seus esforços para chegar à essência das coisas, especialmente em relação ao sentido da existência humana, como que por acaso entrou em contato com as Sagradas Escrituras, e então, através de sua leituras com as Sagradas Escrituras, e então, através de sua leitura e mediante o auxílio da graça divina, acabou conhecendo a fé cristã. Por volta do ano de 345, Hilário, Abra, e sua esposa foram batizados na Vigília de Páscoa.

Se na época em que era pagão já vivia uma vida exemplar, como cristão Hilário passou a esforçar-se ainda mais, junto com a esposa e a filha. Os três passaram a ser exemplos para os seus companheiros cristãos em Poitiers, e tinham a melhor reputação possível. Por isso é compreensível que, quando a diocese de Poitiers ficou vacante, em cerca de 350, por decisão unânime Hilário foi considerado o mais digno candidato a suceder ao bispo anterior.

Hilário cedeu aos apelos dos cristãos locais e aceitou o cargo e as responsabilidades do episcopado. Às vezes menciona-se, clara e enfaticamente, que Hilário viveu em total abstinência a partir do momento em que foi consagrado como bispo. Se foi assim mesmo, a afirmação condiz com a conduta do santo bispo, que, mesmo quando pagão, sentia repulsa pelo estilo de vida desregrado e, em grande parte, imoral e corrupto, praticado por muitos de seus concidadãos. Pode-se também supor que quando Hilário chegou ao episcopado sua esposa já não estava mais viva. Ficava apenas Abra, sua filha, e o bispo sempre olhava por ela, como demonstra em uma carta. Mesmo que hoje em dia essa carta (Ad Abram Filiam) seja considerada ilegítima segundo alguns acadêmicos, seu conteúdo condiz perfeitamente com a atitude do Hilário como pai e bispo.

Devido à sua postura ortodoxa e anti-arinista, em 356 Hilário foi exilado para a Frígia, na Ásia Menor. Em 360 ou 361, foi enviado de volta a Poitiers. Ali, sua principal atividade foi guardar e reintroduzir a verdadeira fé. Reuniu o seu clero em uma sociedade a partir da qual nasceram as primeiras comunidades monásticas da Gália, através dos esforços de seu dedicado discípulo Martinho de Tours. A personalidade de Hilário agregava a diligência e senso de responsabilidade de um funcionário romano ao zelo de um ortodoxo pastor de almas: ele procurava unir a clareza à piedade, a compreensão mútua à unidade eclesiástica. Foi com essa mesma intenção, certamente, que ele viveu a união com sua esposa, antes de receber a ordenação episcopal. Por ter conhecido melhor a teologia oriental durante o exílio na Frígia, Hilário compreendeu (após voltar à sua terra natal, na Gália) como combinar a teologia oriental com a ocidental de maneira harmoniosa, como "casá-las", por assim dizer. Não é legítimo imaginar que também tenha sido assim em relação à harmonia com que viveu o seu casamento, antes de se tornar bispo? Além disso, como enfatiza em suas obras de teologia, esse Doutor da Igreja tinha plena convicção da compatibilidade entre fé e razão. Em seus escritos, deixa claro "o quão essencial, para um verdadeiro teólogo, é ter não apenas uma mente clara, mas sobretudo um coração repleto de fé". Uma mente clara e um coração repleto de fé": não é isso o necessário, especialmente entre casais cristãos, para se conduzir correta e pacificamente um bom matrimônio? Nesse sentido, Hilário poderia ser um exemplo para os cônjuges cristãos.

Hilário de Poitiers faleceu por volta do ano de 367. 

HOLBÖCK, Ferdinand. Santos Casados: A santidade no matrimônio ao longo dos séculos. P. 21, RS: Minha Biblioteca Católica 2020.   

terça-feira, 12 de novembro de 2024

SÉRIE: HISTÓRIA DOS PAPAS.

SÃO HIGINO
9º PAPA DA IGREJA
Pontificado 136-140 (4 anos)
Festa litúrgica 11 de janeiro

HISTÓRIA
Nasceu em Atenas, no Grécia, no ano 90, Higino era filho de um filósofo grego e, provavelmente, teve uma formação cultural e analítica mais ampla para sua época. Não são conhecidas muitas informações de sua vida, mas, como cristão, enfrentou as mesmas dificuldades da comunidade cristã de sua época, que era perseguida pelos pagãos. Seu pontificado iniciou no ano 136 e introduziu muitos costumes típicos e importantes da liturgia católica.

O Papa Higino sucedeu o Papa Telésforo e se esforçou em tornar mais precisa a questão da hierarquia no interior da Igreja. E parece mesmo que o Papa Higino gostava bastante de ordem, foi ele também quem introduziu o costume da existência do padrinho e da madrinha no batismo. Outra tradição amplamente difundida e praticada entre os católicos.

Além dessas marcas tradicionais do ritual e da estrutura católica, o Papa Higino enfrentou as típicas perturbações causadas pelas constantes perseguições as seguidores da fé cristã. Para o cristianismo primitivo, essa era uma condição comum, não diferente daquela enfrentada por muitos outros papas. Mas uma preocupação de seu pontificado foi e relação ao que se considerava como heresia, que nascia e começava a tomar forma naquele momento. O papa Higino identificou e condenou heresias e seus heresiarcas, conquistando vitória sobre eles.

Outro tipo de desafio aguardava Higino. Ele teve que excomungar e anatematizar o herege Cerdão, que pregava a existência de dois deuses. Um deles era o Deus, severo e difícil do Antigo Testamento, e o outro, o Deus bondoso do Novo Testamento, que enviara seu filho à Terra para libertar a humanidade da tirania do antigo  Deus. Este último, segundo Cerdão, era Jesus Cristo, que, na visão do herege, não teria realmente encarnado ou sido crucificado, mas apenas causado essa ilusão. Essencialmente, isso refletia o gnosticismo dualista, uma doutrina que ressurge periodicamente ao longo da história da Igreja. Alguns seguidores mais radicais dessa vertente afirmavam que, como Deus era maligno, todos os heróis do Antigo Testamento também seriam maus, enquanto seus inimigos seriam bons. Além disso, identificavam o demônio do Antigo Testamento com o Pai do Novo Testamento. Essa crença se baseava na antiga ideia de que a matéria (e seu criador) eram maus, sendo uma armadilha para as almas humanas. O verdadeiro Deus seria o criador apenas do espírito.  

Não há a certeza sobre a causa da morte do Papa Higino, mas registros indica que ele foi martirizado após quatro anos de pontificado, com  50 anos de idade no ano 140. Ele foi enterrado próximo à tumba de São Pedro.




quinta-feira, 7 de novembro de 2024

SÉRIE: SANTOS CASADOS.

A santidade do matrimônio ao longo dos séculos.

SÃO GREGÓRIO DE NAZIANZO e SANTA NONA.

São Gregório de Nazianzo, o Velho é um santo da Igreja Oriental. Foi casado com Santa Nona, que deu a ele três filhos.

Gregório nasceu por volta do ano 274. Era um rico proprietário de terras em Arianzo, perto de Nazianzo, e funcionário de alto escalão do governo. Quando à sua visão de mundo, no início pertenceu a uma peculiar seita que reunia em suas crenças uma mistura de elementos pagãos e judeus e adoravam a "Zeus Hipsisto", o Deus "altíssimo". 

Graças a Santa Nona, sua esposa cristã, aos quarenta e cinco anos Gregório converteu-se ao cristianismo. Foi batizado em 325 e passou a dedicar-se de todo coração à sua fé na congregação cristã de Nazianzo, na Capadócia, onde foi eleito como bispo quatro anos depois, em 329.

Ao aprovar a fórmula arianizante do Sínodo de Rimini (359), o bispo Gregório, o Velho, fez com que se revoltassem contra ele os monges de Nazianzo. Seu filho Gregório, o Jovem, interveio nesse desentendimento e reconciliou-os, graças a seu prestígio e ao seu dom de retórica.

Em 374 morreu o bispo Gregório de Nazinzo, o Velho com quase 100 anos de idade. Seu filho, que também era bispo, proferiu a oração fúnebre.

SANTA NONA, esposa de São Gregório de Nazianzo, o Velho, era filha de um certo Filâncio. A julgar pela descrição que seu filho São Gregório de Nazianzo, o Jovem, fez no discurso fúnebre para o pai, assim como nas orações fúnebres para o irmão Cesário e a irmã, Gorgônia, Santa Nona provavelmente foi um modelo de esposa e mãe cristã: sempre esforçando-se em praticar as virtudes cristãs e levar um vida genuinamente piedosa; era devota e modesta em extremo e demonstrava um profundo amor pelos pobres. Acima de tudo, criou seus três filhos de tal maneira que plantou em cada um os alicerces para sua futura santidade.

Santa Nona concluiu sua santa vida em 374. Morreu na igreja que costumava frequentar, durante a celebração da Eucaristia. O grande historiador da Igreja, César Barônio, empenhou-se em promover no Ocidente a devoção litúrgica a essa nobre mulher e mãe, incluindo-a no Martirológio Romano no dia 5 de agosto. 

HOLBÖCK, Ferdinand. Santos Casados: A santidade no matrimônio ao longo dos séculos. P. 33, RS: Minha Biblioteca Católica 2020.

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

CELEBRAMOS HOJE; SÃO CARLOS BORROMEU.

PATRONO DO PAPA JOÃO PAULO II
Hoje (4/11) a Igreja celebra são Carlos Borromeu, o santo padroeiro de são João Paulo II e muito ligado à vida do pontífice polonês. Conheça uma parte da história do valente são Carlos, que também é padroeiro dos catequistas e seminaristas.

São Carlos Borromeu nasceu na Itália em 1538, em uma família muito rica. Era sobrinho do papa Pio IV e ocupou altos cargos eclesiásticos, chegando a ser arcebispo de Milão e Cardeal.

Sua participação no Concílio de Trento foi a chave para este chegar a um término, no qual foram aprovados muitos decretos dogmáticos e disciplinares.

São Carlos se preocupou bastante com a formação dos sacerdotes. Desistiu alguns presbíteros indignos e os substituiu por pessoas que restauraram a fé e os costumes do povo.

A vida de são Carlos Borromeu correu grave perigo quando a ordem religiosa dos Humiliati, que possuía muitos mosteiros, terras e membros corrompidos, tentou desprestigiá-lo para que o papa anulasse as disposições do santo. Não alcançando este objetivo, três piores da ordem armaram um complô para matá-lo.

Jerónimo Donati, um mau sacerdote da ordem, aceitou assassiná-lo por 20 moedas de ouro e disparou contra ele quando estava rezando na capela de sua casa, mas a bala só tocou a roupa e o manto do Cardeal.

Quando se propagou em Milão uma terrível peste, são Carlos se dedicou aos cuidados dos enfermos. Como seu clero não era o suficiente para atender as vítimas, pediu ajuda aos superiores das comunidades religiosas e imediatamente muitos religiosos se ofereceram como voluntários.

Borromeu não se contentou em rezar e atender pessoalmente os moribundos, mas também esgotou seus recursos para ajudar os necessitados e contraiu grandes dívidas.

Foi amigo de são Francisco de Borja, são Felipe Neri, são Pio V, são Félix de Cantalício, santo André Avelino e muitos outros. Chegou inclusive a dar a primeira comunhão ao adolescente são Luís Gonzaga.

Morreu no dia 4 de novembro de 1584, sendo pobre e dizendo: “Já vou, Senhor, já vou”.

São Carlos Borromeu e são João Paulo II
Embora tenham vivido em épocas diferentes, os dois estão unidos por ter histórias parecidas que o próprio são João Paulo II ressaltou em sua audiência de 4 de novembro de 1981.

A primeira semelhança está no nome. "Karol" Wojtyla em português é "Carlos", nome com o qual João Paulo II foi batizado, estando sob a proteção do santo para crescer na missão de ser filho adotivo de Deus.

"Eis o papel que São Carlos desempenha na minha vida e na vida de todos aqueles que usam o seu nome", disse.

A segunda semelhança é em uma arma. Assim como tentaram acabar com a vida do arcebispo de Milão, no século XVI, o papa peregrino enfatizou que o atentado que sofreu em maio de 1981 tinha lhe permitido "olhar, para a vida de modo novo: esta vida cujo início anda unido à memória dos meus pais e ao mesmo tempo ao mistério do batismo e com o nome de são Carlos Borromeu", assinalou.

O terceiro fato parecido está no Concílios. São Borromeu participou no Concílio de Trento e são João Paulo II fez o mesmo no Vaticano II. Como seu padroeiro, o santo do século XX também introduziu os ensinamentos do Concílio em sua própria arquidiocese. 

Por último, está o amor pelos pobres e os doentes. João Paulo II é lembrado por visitar os mais necessitados e Borromeu não hesitou em ajudar pessoalmente os afetados pela praga.

Diz-se que são Carlos Borromeu era tão amado em Milão que quase ninguém dormiu na noite em que ele agonizava. E João Paulo II manteve o mundo em oração antes de morrer.

"Olhando para a minha vida da perspectiva do batismo, olhando através do exemplo de são Carlos Borromeu, agradeço a todos os que, hoje, em todo o período passado e continuamente ainda agora, me sustentam com a oração e por vezes também com grande sacrifício pessoal", disse naquela ocasião o santo polonês.

sábado, 2 de novembro de 2024

COMO LUCRAR INDULGÊNCIA PLENÁRIA NO DIA DE FINADOS.


Hoje (2/11), Dia dos Fiéis Defuntos, um católico pode lucrar a indulgência plenária visitando um cemitério ou alguma igreja para rezar pela alma de algum familiar, amigo, ou alguma alma do purgatório.

Segundo o Diretório de Liturgia da Igreja no Brasil, “aos que visitarem o cemitério e rezarem, mesmo só mentalmente, pelos defuntos, concede-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos: diariamente, do dia 1º ao dia 8º de novembro, nas condições de costume”.

O diretório também diz que hoje um fiel pode lucrar a indulgência plenária só aplicável aos defuntos fazendo uma visita piedosa “em todas as igrejas, oratórios públicos ou semi-públicos”. Durante a visita, o fiel deve recitar o Pai-Nosso e o Credo.

O Catecismo da Igreja Católica ensina que “a indulgência é a remissão, perante Deus, da pena temporal devida aos pecados cuja culpa já foi apagada; remissão que o fiel devidamente disposto obtém em certas e determinadas condições, pela ação da Igreja, a qual, enquanto dispensadora da redenção, distribui e aplica por sua autoridade o tesouro das satisfações de Cristo e dos santos”.

Segundo a doutrina das indulgências, a indulgência plenária só pode ser adquirida uma vez por dia e é preciso que o fiel cumpra com as três condições que são:

1- Fazer a confissão, rejeitando todo apego ao pecado, inclusive aos veniais. A confissão não precisa ser no mesmo dia, mas pode ser feita em dias próximos.

2- Participar da missa e receber a comunhão eucarística com a intenção da indulgência.

3- Rezar ao menos um Pai-nosso, Ave Maria e Glória pelas intenções do papa, ou outra oração conforme a piedade e devoção do fiel. 

A IGREJA CELEBRA HOJE OS FIÉIS DEFUNTOS.


Depois de comemorar a solenidade de Todos os Santos, a Igreja celebram hoje (2/11) os fiéis defuntos, recordando todos aqueles que já morreram.

O Dia de Finados é celebrado especialmente em intenção das almas no purgatório, que estão a passar por um processo de purificação, expiando pecados veniais ou cumprindo a pena temporal devida pelos seus pecados.

O Catecismo da Igreja Católica recorda que os que morrem em graça e amizade de Deus, mas não perfeitamente purificados, passam depois de sua morte por um processo de purificação, para obter a completa formosura de sua alma.

A Igreja chama de purgatório essa purificação e, para falar que será como um fogo purificador, apoia-se na frase de São Paulo: "A obra de cada um aparecerá. O dia (do julgamento demonstrá-lo-á. Será descoberto pelo fogo; o fogo provará o que vale o trabalho de cada um" (1Cor 3,13).

Assim, os fiéis na terra podem auxiliar as almas no purgatório por meio de orações, esmolas e maneira especial, pelo sacrifício da missa, ajudando-as a alcançar o céu mais rapidamente.

A prática de rezar pelos defuntos é extremamente antiga. O segundo livro dos Macabeus no Antigo Testamento diz: "Eis por que ele pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas" (2Mac 12,46).

Segundo esta tradição, a Igreja desde os primeiros séculos, tem o costumes de rezar pelos defuntos.

São Gregório Magno afirma: "Se Jesus Cristo disse que existem faltas que não serão perdoadas nem neste mundo nem no outro, isso indica que há faltas que podem ser perdoadas no outro mundo. Para Deus que Deus perdoe os defuntos de seus pecados veniais que não foram absolvidos no momento de sua morte, oferecemos missas, orações e esmolas em intenção de seu descaso eterno".

São Francisco de Sales também falava sobre a oração pelos falecidos, dizendo: "Aqueles que choram inconsoláveis pela perda de seus entes queridos, eu não proíbo que chorem. Mas busquem suavizar suas lágrimas com o doce bálsamo da oração, que pode trazer-lhes alívio".

O próprio Jesus, certa vez, dirigiu a santa Gertrudes as seguintes palavras: "Muitíssimo grata me é a oração pelas almas do purgatório, porque por ela tenho ocasião de libertá-las das suas penas e introduzi-las na glória eterna".

O Senhor prometeu à santa que seriam libertam mil almas do purgatório cada vez que esta oração fosse rezada com fervor:

"Eterno Pai, ofereço o Preciosíssimo Sangue de Vosso Divino Filho Jesus, em união com todas as missas que hoje são celebradas em todo o mundo, por todas as santas almas do purgatório, pelos pecadores, em todos os lugares, pelos pecadores, na Igreja Universal, pelos da minha cada e meus vizinhos. Amém". 

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

CELEBRAMOS HOJE A SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS.


Hoje (1/11), a Igreja Católica se enche de alegria ao celebrar a solenidade de Todos os Santos, os que foram e os que não foram canonizados, mas que, com sua vida, são exemplo de que a santidade é possível.

Diz o Catecismo da Igreja Católica: “Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Todos são chamados à santidade: ‘Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito’ (Mt 5,48)”.
Cada cristão carrega dentro de si o dom da santidade dado por Deus, como diz a Carta de São Paulo aos Efésios: “Deus nos escolheu em Cristo, antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, diante de seus olhos” (Ef 1,4).

O culto aos santos por parte dos cristãos remonta aos primeiros séculos, começando pelos mártires. Ao viver essa tradição, a Igreja convida cada um a contemplar essas pessoas, exemplos de fé, esperança e caridade, e lançar o olhar ao Alto.

“Hoje estamos imersos com o nosso espírito entre esta grande multidão de santos, de salvos, os quais, a partir do ‘justo Abel’, até a quem neste momento talvez esteja a morrer em qualquer parte do mundo, nos fazem coroa, nos dão coragem, e cantam todos juntos um poderoso coro de glória Aquele a quem os Salmistas chamam justamente ‘o Deus meu Salvador’ e ‘o Deus que é a minha alegria e o meu júbilo’”, afirmou são João Paulo II em uma data como esta de 1980.

A Solenidade de Todos os Santos foi instaurada como consequência da grande perseguição do imperador Diocleciano, no princípio do século IV, pela grande quantidade de mártires causados pelo poder romano.

O papa Gregório III a fixou para 1º de novembro no século VIII, como resposta à celebração pagã do “Samhain” ou ano novo celta, celebrada na noite de 31 de outubro. Mais tarde, Gregório IV estenderia esta festividade a toda a Igreja.

A Solenidade de Todos os Santos antecede o Dia de Finados, 2 de novembro, data que recorda aqueles que já estão salvos, mas que ainda precisam ser purificados.

Ao celebrar esta data em 2014, o papa Francisco indicou como devem ser vividos esses dois dias: com esperança, seguindo os exemplos dos santos.

“Esta é a esperança que não cria desilusão. Hoje e amanhã são dias de esperança. A esperança é como o fermento que faz ampliar a alma. Mas também existem momentos difíceis na vida, mas com a esperança, a alma vai adiante. Olha o que te espera”, disse.