HISTÓRIA
Helena Kowalska, a futura SANTA FAUSTINA, nasceu no dia 25 de agosto de 1905, na humilde aledeia de Gtogowiec, no centro da Polônia. Era a terceira filha do casal Stanislaus Kowalski, carpinteiro e agricultor, e Marianna Babel, agricultora, ele tinha 9 irmãos. Crescendo em um lar marcado pela pobreza, mas rigidamente disciplinado pela fé, a menina foi batizada apenas dois dias após o nascimento, em 27 de agosto de 1905, na Igreja de São Casimiro, em Swinice Wawckie.
A necessidade imposta pela vida no campo permitiu-lhe apenas três anos de instrução formal. Aos dezesseis anos, Helena teve que deixar sua família para trabalhar como empregada doméstica em diversas cidades, visando provar o sustento de seus pais e irmãos. No entanto, o chamado de Deus, sentindo desde os sete anos, persistia em seu coração.
O ponto de virada definitivo ocorreu aos dezenove anos, durante um baile em Lódz. Ali, Helena teve uma visão impactante de Jesus Sofredor, coberto de chagas, que a confrontou: "Até quando hei de ter paciência contigo? Até quando tu Me enganarás?" Diário, 9). Profundamente tocada, ela buscou refúgio na Catedral de São Estanislau Kostka, onde ouviu a ordem de ir a Varsóvia para entrar em um convento.
Após enfrentar a rejeição em diversos conventos devido à falta de dote, Helena foi finalmente aceita, em caráter probatório, na Congregaçaõ das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia, em 1º de agosto de 1925. Depois de trabalhar por um ano para saldar as dívidas do dote, ela recebeu o hábito em 1926 e o nome de Irmã Maria Faustina. A vida religiosa, embora a levasse a servir humildemente na cozinha ou na portaria, foi marcada por intensa união mística, purificações espirituais (as "noites escuras da alma") e o agravamento da tuberculose.
A missão de Faustina, a de ser a Secretária da Misericórdia, foi inaugurada em uma visão detalhada em 22 de fevereiro de 1931, no convento de Plock. Em sua cela, Jesus Apareceu-lhe vestido com uma túnica branca. Uma das mãos estava erguida em bênção, e a outra tocava a túnica na altura do peito. Foi neste ponto que a visão se tornou intensa: a túnica estava ligeiramente entreaberta, e de dentro jorraram dois grandes e luminosos raios.
Jesus revelou o significado desses raios e fez o pedido central de sua missão:
A imagem da Divina Misericórdia: Jesus ordenou que se pintasse Sua imagem conforme a visão que ela tinha, com a inscrição "Jesus, eu confio em Vós". Explicou que os raios que emanavam de Seu peito: O pálido (Água que justifica) e o vermelho (Sangue que é vida), representavam a fonte da Misericórdia. Ele prometeu salvação eterno e proteção especial, sobretudo na hora da morte, a quem a venerasse.
A Festa da Divina Misericórdia: Jesus exigiu que esta celebração fosse estabelecida no Primeiro Domingo após a Páscoa. A promessa ligada a este dia é a mais extraordinária: a alma que se confessar e comungar dignamente obterá o perdão total das culpas e das penas, uma graça equiparada ao batismo.
O Terço da Misericórdia: Ditado a Faustina, esta breve oração, a ser rezada nas contas do Rosário, é um instrumento para implorar a clemência de Deus. A fórmula central ("Pela Sua Dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro") é um apelo poderoso que acalma a ira de Deus e é especialmente eficaz junto aos agonizantes.
O Hora da Misericórdia (15h): Jesus pediu que se honrassem o momento de Sua agonia na Cruz, às três horas da tarde. A oração dever ser dirigida diretamente à Sua Paixão, pois neste instante, Ele prometeu: "nada negarei à alma que me pedir pela Minha Paixão" (Diário, 1320), sendo um tempo de grande graça para os pecadores.
A Divulgação da Misericórdia: A missão de Faustina era propagar a confiança na Misericórdia. Jesus prometeu proteger por toda a vida, como um terno pai, e ser o Salvador Misericordioso na hora da morte para aqueles que ativamente divulgassem a Sua mensagem.
Em 1933, em Vilnius, Faustina encontrou no Beato Miguel Sopocko o confessor que compreendeu e apoiou sua missão, ordenando-lhe que escrevesse o Diário e buscando a pintura da Imagem pelo artista Eugeniusz Kazimirowski.
Apesar das provações da tuberculose e dos obstáculos humanos, Faustina cumpriu fielmente o encargo até sua morte em 5 de outubro de 1938, em Cracóvia. Sua mensagem, no entanto, floresceu, impulsionada pelo Cardeal Karol Wojtyla. Ela a beatificou em 1992 e, como Papa João Paulo II, a canonizou em 30 de abril de 2000, estabelecendo a Festa da Divina Misericórdia para a Igreja Universal e confirmando para sempre a verdade das revelações contidas no Diário.

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