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domingo, 13 de outubro de 2024

CELEBRAMOS HOJE A BEATA ALEXANDRINA DA COSTA.

"Queres me encontrar, minha filha? Busca-me em teu coração e em tua alma, aí habito teu coração como em meu tabernáculo. Se soubesses o quanto me consolas e o quanto socorres os pecadores só ao dizer-me que eras minha vítima". disse uma vez Jesus à beata Alexandrina da Costa, que viveu em êxtase a paixão de Cristo.

Alexandrina nasceu em 1904, em Balasar, Portugal. Para preservar sua virgindades, aos 14 anos se lançou da janela do segundo andar de sua casa, diante da ameaça de alguns mal-intencionados que entraram à força para abusar dela, de sua irmã e de uma amiga.

O golpe lhe causou, depois, um paralisia total que a obrigou a ficar de cama pelo resto de sua vida. Mais tarde, ofereceu-se a Cristo como vítima pela conversão dos pecadores, por amor à Eucaristia e pela consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria, mensagem fundamentais de Fátima.

Nos últimos 13 anos de sua vida não provou alimento, nem bebida e se manteve apenas da comunhão. Entregue à vida de oração e jejum, em 180 ocasiões experimentou misticamente a paixão de Cristo com muito sofrimento.

Em 13 de outubro de 1955, aniversário do "milagre do sol" que aconteceu em Fátima 38 anos antes, partiu para a Casa do Pai. Antes de morrer, disse: "Não pequem mais. Os prazeres desta vida não valem nada. Recebam a comunhão; rezem o terço todos os dias. Isso resume tudo".

A pedido da beata, ficou escrito no epitáfio de seu túmulo a seguinte inscrição: "Pecadores, se as cinzas do meu corpo puderem ser úteis para a vossa salvação, aproximai-vos: passai todos por cima delas, pesai-as até desaparecerem, mas não pequeis mais! Não ofendais mais o nosso Jesus! Pecadores, queria dizer-vos tantas coisas. Não bastaria este grande cemitério para escrevê-las todas! Convertei-vos! Não queiras perder a Jesus por toda a eternidade! Ele é tão bom!... Amai-O! Amai-O! Basta de pecar!".

São João Paulo II a beatificou em 2004 e, naquela ocasião, assinalou que "pela esteira da beata Alexandrina, expressa na trilogia 'sofrer, amar, reparar', os cristãos podem encontrar estímulo e motivação para nobilitar tudo o que a vida tenha de doloroso e triste com a prova maior de amor: sacrificar a vida por quem se ama". 

CELEBRAMOS HOJE NOSSA SENHORA DE NAZARÉ.

No 2° Domingo do mês de outubro, a Igreja no Brasil celebra a maior devoção mariana do Norte do pais, Nossa senhora de Nazaré, chamada carinhosamente pelos fiéis de Rainha de Amazônia.

Para a comemoração da data, em Belém (PA) é realizada uma das maiores procissões católicas do mundo, o Círio de Nazaré, que chega a reunir cerca de 2 milhões de romeiros em uma caminhada de fé de 3,6 quilômetros.

A devoção a Nossa Senhora de Nazaré teve início em Portugal. A imagem original da Virgem pertencia ao Mosteiro de Caulina, na Espanha, e teria saído da cidade de Nazaré, em Israel, no ano de 361. Acredita-se que a imagem foi esculpida pelo próprio são José.

Por causa de uma batalha, a imagem foi levada para Portugal, onde, por muito tempo, ficou  escondida no Pico de São Bartolomeu. Só em 1119, foi encontrada e a notícia se espalhou, levando muitas pessoas a venerarem a santa. Desde então, muitos milagres foram atribuídos a ela.

No Brasil, uma pequena imagem da Senhora de Nazaré foi encontrada em 1700, na cidade de Belém (PA), pelo caboclo Plácido José de Souza, às margens do igarapé Murutucú, onde hoje se encontra a Basílica Santuário.

Plácido teria levado a imagem para a sua choupana e, no dia seguinte, ela não estava mais lá. Correu ao local do encontro e lá estava a "Santinha". O fato teria se repetido várias vezes até a imagem ser enviada ao Palácio do Governo. No local onde a estátua foi achada, Plácido construiu uma pequena capela.

Em 1792, a Santa Sé autorizou a realização de uma procissão em homenagem à Virgem de Nazaré, na capital paraense. Organizado pelo presidente da Província do Pará, capitão-mor dom Francisco de Souza Coutinho, o primeiro Círio foi realizado no dia 8 de setembro de 1793. No início, não havia data fixa para o Círio, que poderia ocorrer nos meses de setembro, outubro ou novembro.

A partir de 1901, por determinação do bispo dom Francisco do Rêgo Maia, a procissão passou a ser realizada sempre no segundo domingo de outubro. Tradicionalmente, a imagem é levada da catedral de Belém à basílica santuário.

Hoje, o Círio de Nazaré vai além da procissão principal do segundo domingo de outubro, contando com uma programação que se estende pro vários dias, incluindo missas, momentos de adoração e procissões.

Por sua grandiosidade, o Círio de Nazaré foi registrado, em setembro de 2004, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial.

sábado, 12 de outubro de 2024

DIA DAS CRIANÇAS

CINCO PEQUENOS BRASILEIROS QUE SÃO MODELO DE SANTIDADE


O dia das Crianças é uma data especial que celebra a alegria, a inocência e a imaginação dos pequenos. Comemorado em muitos países no dia 12 de outubro, esse dia é um convite para refletirmos sobre a importância das crianças em nossas vidas e na sociedade. 

"O Brasil precisa de santos, de muitos santos", disse o papa são João Paulo II, em 1991, durante a beatificação de madre Paulina, hoje santa Paulina do Coração agonizante de Jesus. Atualmente, no país, há varias pessoas que são modelos de santidade. Entre elas estão algumas crianças que inclusive entregaram sua vida por amor a Deus. Hoje, ao celebrar no Brasil o Dia das Crianças, apresentamos cinco desses pequenos brasileiros.

1. Bem-aventurada Albertina Berkenbrock

Albertina Berkenbrock foi martirizada aos 12 anos por defender a sua virgindade. Nasceu em 11 de abril de 1919, em Imaruí (SC). Filha de agricultores, recebeu desde cedo uma formação católica. 
Costumava dizer que o dia de sua primeira comunhão foi o mais belo de sua vida. Confessava-se com frequência e sempre participava da Missa. Também cultivou especial devoção a Nossa Senhora.

Em 15 de junho de 1931, Albertina obedeceu a um pedido de seu pai e foi procurar um animal que estava perdido. No caminho, encontrou seu malfeitor, apelidado "Maneco Palhoça". Perguntou se ele sabia onde estava o animal que procurava e o homem lhe indicou uma pista falsa, enviando a menina para o local onde tentou violentá-la. Albertina resistiu. Sem conseguir derrotá-la, Maneco degolou Albertina com um canivete.

Em seguida, o homem escondeu o canivete e foi avisar à família da menina que ela tinha sido assassinada. Maneco acusou outro homem, chamado João Cândido, que chegou a ser preso. Segundo relatos, Maneco não parava de ir e vir na sala do velório e, ao aproximar-se do caixão, a ferida no pescoço de Albertina começou a sangrar novamente. Então, o prefeito da cidade mandou soltar João Cândido e, com ele, pegou um crucifixo na capela. A cruz foi colocada sobre o peito de Albertina, João se ajoelhou e, com as mãos no crucifixo, jurou ser inocente. Naquele momento a ferida teria parado de sangrar. Após ser preso, Maneco confessou o crime e deixou claro que Albertina não cedeu à sua intenção de manter relações sexuais com ale porque não queria pecar.

Albertina Berkenbrock foi proclamada Bem-Aventurada em 20 de outubro de 2007 pela papa Bento XXI.

2. Beato Adílio Baronch

O beato Adílio Daronch também foi um mártir da fé. Nasceu em 25 de outubro de 1908, perto de Dona Francisca, na zona de Cachoeira do Sul (RS). Seus pais, Pedro Raronch e Judite Segabinazzi, tinham oito filhos. A família se mudou para Passo Fundo (RS) em 1911 e, em 1913, para Nonoai (RS). O menino fazia parte do grupo de adolescentes que acompanhava padre Manuel Gómez González em suas viagens pastorais, ajudando-o como coroinha.

Certa vez, o bispo de Santa Maria (RS), dom Ático Eusébio da Rocha, pediu que padre Manuel fosse visitar um grupo de colonos instalados na floresta de Três passos (RS), viagem que o sacerdote realizou na companhia do jovem Adílio. Nesta época, o Rio Grande do Sul vivia a Revolução de 1923, a disputa armada entre partidários do então presidente do Rio Grande do Sul. Borges de Medeiros, conhecidos como Ximangos, e os revolucionários aliados de Joaquim Francisco de Assis Brasil, chamados de Maragatos. Mesmo assim, padre Manuel não deixava de pregar e ensinar os valores cristãos.

Durante a viagem, padre Manuel e o coroinha Adílio pararam em Palmeiras (RS), onde o sacerdote administrou os sacramentos exortou os revolucionários ao dever da paz. Os revolucionários, porém, não gostaram das palavras do sacerdote nem do fato de ter dado sepultura cristã às vítimas dos bandos locais. Apesar dos riscos, padre Manuel seguiu a viagem. Adílio decidiu continuar o acompanhando, embora soubesse das ameaças sofridas pelo sacerdote.

Os dois caíram em uma emboscada e foram levados para uma zona de floresta, onde foram amarrados em duas árvores e fuzilados, morrendo por ódio à fé e à Igreja Católica, em 21 de maio de 1924. Adílio tinha apenas 15 anos. Os dois foram beatificados em 21 de outubro de 2007.

3. Venerável Nelsinho Santana

O venerável Nelson Santana, conhecido como Nelsinho, foi um menino brasileiro que teve seu braço amputado e sofreu muitas dores, mas suportou tudo por Jesus. Em um hospital, previu que morreria na noite da véspera de Natal.

Nelsinho nasceu em Ibitinga (SP), em 31 de julho de 1955, sendo o terceiro dos oito filhos do casal João Joaquim Santana e Ocrécia Santana. Certo dia, aos 7 anos, enquanto brincava na fazenda onde vivia com sua família, machucou gravemente o braço e precisou ser levado à Santa Casa de Misericórdia de Araraquara (SP). No hospital, conheceu irmã Genarina, que lhe propôs que aproveitasse o tempo que passaria internado para fazer uma boa catequese, algo que logo aceitou.

Tempos depois, recebeu alta hospitalar e retornou para casa de seus pais. Mas, por causas de fortes dores no braço, precisou ser internado novamente. Desta vez, o médico avisou que não havia outra solução a não ser amputar o braço da criança. Quando irmã Genarina foi contar para o menino que precisaria amputar o braço, disse-lhe que Jesus ia lhe pedir "bem mais do que sua dor". Para a surpresa da religiosa, o menino respondeu: "Mesmo que seja meu braço por inteiro, Jesus pode levar, pois que tudo o que é meu também é Dele".

Em 1964, o missionário redentorista Gerhard Rudolfo Anderer chegou a Araraquara para um curso dos novos padres e conheceu Nelsinho que ficaria fora por um tempo e o menino lhe revelou que gostaria de passar o Natal no Céu, se Jesus também quisesse. Como o Natal ainda estava longe, afirmou que assim teria mais tempo para se preparar.

Na véspera de Natal, padre Gerhard foi escalado para auxiliar na celebração na cidade de Fernando Prestes (SP). Antes de viajar, foi dar a comunhão a Nelsinho e o menino lhe disse que naquela noite Jesus o levaria para o céu. Disse ainda com o padre: "Todos os dias, na hora da Santa Missa, após a Consagração, quando o padre levantar Jesus na Hóstia Consagrada, diga com poucas palavras a Ele o que quer, pois eu estarei bem atento ao lado dele para insistir, com confiança, puxando sua manga, dizendo: 'Jesus, atende o padre, atende toda esta gente".

Depois desse que seria o último encontro entre os dois, padre Gerhard foi para Fernando Prestes, onde presidiu a missa às 19 horas, mesma hora em que Nelsinho morreu, em 24 de dezembro de 1964. O papa Francisco reconheceu as virtudes heroicas de Nelsinho Santana em 2019.

4. Beata Benigna Cardoso da Silva

Benigna Cardoso da Silva, também conhecida como a "heróina da castidade", foi beatificada no dia 24 de outubro de 2022, após ter o seu martírio reconhecido pelo papa Francisco em 2019. Foi assassinada aos 13 anos, defendendo a sua virgindade.

A beata Benigna nasceu em 15 de outubro de 1928, em Santana do Cariri (CE). Era muito religiosa e temente a Deus. A menina era assediada por um colega de escola, mas rejeitou as propostas dele. Então, em uma tarde sexta-feira, Raul Alves, sabendo que a menina costumava buscar água perto de casa, escondeu-se atrás do mato e a abordou, tentando abusar dela. Como Benigna resistiu e dizia "não" com veemência, o criminoso a golpeou com um facão e a matou.

Na época do assassinato, padre Cristiano Coelho Rodrigues, que foi mentor espiritual da menina, escreveu a seguinte nota ao lado do seu registro de batismo: "Morreu martirizada, às 4 horas da tarde, no dia 24 de outubro de 1941, no sitio Oiti. Heroína da Castidade, que sua santa alma converta a freguesia e sirva de proteção às crianças e às famílias da Paróquia. São os votos que faço à nossa santinha. 

5. Venerável Odetinha
Odette Vidal de Oliveira nasceu no Rio de Janeiro (RJ), em 18 de fevereiro de 1931. Seu pai morreu de tuberculose antes que ela nascesse e sua mãe, Alice, se casou novamente com o rico Francisco Oliveira, que adotou a pequena e a educou na fé católica. 

A menina ficou conhecida pelo se amor à Eucaristia e pela caridade, sendo um testemunho de fé, simplicidade e humildade. Recebeu sua primeira comunhão em 15 de agosto de 1937, no Colégio São Marcelo, da Paróquia Imaculada Conceição, em Botafogo. Desde então, ao receber a comunhão dizia: "Oh meu Jesus, vinde agora ao meu coração!". Seu confessor atestou sua fé viva, confiança inabalável, intenso amor a Deus e ao próximo.

Dedicada à caridade com os que mais precisavam, gostava de ajudar sua mãe, que fazia uma feijoada aos sábados para os pobres. A menina, então, colocava seu avental e servia a todos alegremente. Rezava o terço diariamente, revelando sua total confiança em Nossa Senhora. Também se queixava pelo fato de São José, que tanto trabalhou e sofreu por Jesus e Nossa Senhora, ser tão pouco honrado.

Nos últimos quarenta e nove dias de sua vida sofreu dolorosa enfermidade, paratifo, suportada com paciência cristã. Dizia: "Eu vos ofereço, ó meu Jesus, todos os meus sofrimentos pelas missões e pelas crianças pobres". Em 25 de novembro de 1939, recebeu a Sagrada Comunhão de manhã e, em ação de graças, disse: "Meu Jesus, meu amor, minha vida, meu tudo". Pouco depois, a menina morreu.

Seu processo de beatificação teve início em 2013. No início de 2015 foi encaminhada à Santa Sé a documentação reunida pelo Tribunal Eclesiástico da arquidiocese do Rio, que recebeu parecer favorável pela Congregação da Causa dos Santos, em 2016. Suas virtudes heroicas foram reconhecidas pela Santa Sé em novembro de 2021.

HOJE É CELEBRADA A MEMÓRIA LITÚRGICA DO BEATO CARLO ACUTIS.


A Igreja recorda hoje, (12/10) o beato Carlo Acutis, que morreu em 2006, aos 15 anos, de leucemia. Durante a doença, ofereceu seu sofrimento pelo Senhor, pelo papa e pela Igreja. Costumava dizer a Eucaristia era a sua autoestrada para o céu e é chamado "ciberapóstolo da Eucaristia".

Carlo Acutis nasceu em 3 de maio de 1991 em Londres (Inglaterra), onde trabalhavam seus pais, Andrea Acutis e Antonia Salzano, ambos italianos. Meses depois de seu nascimento, seus pais decidiram retornar à Itália e se estabelecer com ele em Milão.

Desde muito jovem, Carlo demonstrou um carinho especial por Deus e uma sensibilidade singular para conhecer a fé, apesar de seus pais não serem particularmente devotos naquela época. Esse amor pelo Senhora não parava de crescer e ser fortalecia na adolescência, quando Carlo foi diagnosticado com leucemia. Naquele momento, longe de se desesperar, Carlo expressou sua vontade de oferecer seus sofrimentos "pelo Senhor, pelo Papa e pela Igreja". Esse desejo, que revelou profunda maturidade espiritual em seus curtos 15 anos, era a expressão de um coração que desde a mais tenra infância foi tomando a forma do coração de Cristo.

São Abundantes os testemunhos da alegria de Carlo, da sua força, da sua preocupação pelo bem dos que o rodeavam, da sua sensibilidade e empatia com os colegas - especialmente se fossem maltratados - ou com os pobres, a quem atendeu várias vezes, sozinho ou com seus amigos. Muitos ficavam impressionados com a naturalidade com que Carlo abordava qualquer pessoa que estivesse sofrendo; ele queria se assegurar sempre de que Deus estivesse em suas vidas e os aliviasse material e espiritualmente. 

Carlo foi chamado de "ciberapóstolo da Eucaristia", "apóstolo dos milennials" e, recentemente, "apóstolo da Internet", e há razões para isso. Carlo foi um promotor dos milagres eucarísticos no ciberespaço. Criou um site com essa finalidade, onde escreveu coisas belas como estas: "quanto mais frequente for a nossa recepção da Eucaristia, mais seremos como Jesus. E nesta terra poderemos experimentar, o Céu". Sem dúvida, palavras que revelam a sã compreensão que tinha nas novas tecnologias e sua utilidade na evangelização, Diz-se também que gostava de videogames e que tinha até um PlayStation 2, que por sua própria decisão usava somente aos domingos durante uma hora.

Todo santo é filho de seu tempo, mas, ao mesmo tempo, é alguém que questiona as condições de seu tempo. O que pode ser dito sobre Carlo Acutis só pode ser entendido desta forma. Viveu como um menino comum do final do século XX - passeava, brincava, estudava, ajudava em casa, divertia-se com os amigos e a família - mas se focou no eterno, na melhor parte, sem se deixar levar pela corrente. Teve contato frequente com a Eucaristia - na oração diante do Santíssimo Sacramento e na comunhão frequente - e uma bela relação com a Virgem Maria. Carlo ia à missa várias vezes por semana e gostava de rezar o terço todos os dias. Era um jovem forjado na oração que não se perdia no "turbilhão" do mundo de hoje. Repetia constantemente: "A eucaristia é minha autoestrada para o céu".

Carlo morreu em 12 de outubro de 2006. Foi sepultado em Assis, a seu pedido, pelo grande amor que nutria por São Francisco. Sua causa de beatificação foi aberta em 2013. Foi declarado venerável em 2018 e beatificado em 10 de outubro de 2020.

O milagre que tornou possível a beatificação de Carlo aconteceu no Brasil. Graças à sua intercessão, o menino Matheus foi curado de uma malformação congênita conhecida como pâncreas anular. Esta condição impede a correta ingestão e digestão dos alimentos, atrapalha a nutrição e impede o crescimento de uma pessoa, causando também graves desconfortos.

A mãe de Matheus ouviu falar de Carlo Acutis por meio de um padre amigo e se dedicou a pedir a intercessão de Carlo pela cura de seu filho. O milagre aconteceu depois que Matheus venerou uma das relíquias do beato que chegou ao Brasil em 2013. 

CELEBRAMOS HOJE, NOSSA SENHORA APARECIDA.


"Viva a Mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida! Viva a Virgem Imaculada, a Senhora Aparecida!". 

Esses versos são cantados em todo o Brasil em honra à padroeira do país, Nossa Senhora da Conceição Aparecida, cuja solenidade a Igreja celebra hoje (12/10).

A imagem de Aparecida foi encontrada em 1717. Na época, com a notícia da passagem do Conde de Assumar pela Vila de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram para pescar no Rio Paraíba.

Após muitas tentativas sem êxito, foram até o porto de Itaguaçu. João Alves lançou a rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Lançando novamente as redes, pegou a cabeça que faltava da imagem. E o que se seguiu foi uma abundante para os três humildes pescadores.

A imagem, feita de terracota, possui uma cor escura, enegrecida, devido ao material com o qual é feita e por ter ficado por um tempo perdido do rio.

A família de Felipe Pedroso ficou com a imagem e levou-a para sua casa. Em um oratório construído no local, as pessoas da vizinhança vinham rezar à Virgem. A devoção foi crescendo no meio do povo e muitas graças foram alcançadas por aqueles que rezavam diante a imagem. Assim, a devoção se espalhou por todo o Brasil.

Com o tempo, a casa já se fazia pequena para o grande volume de fiéis que vinham rezar e, por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá construiu uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Mas, o número de fiéis aumentava, e em 1834 foi iniciada a construção de uma Igreja maior, a atual Basílica Velha.

Em 8 de setembro de 1904, a Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi coroada solenemente pelo então bispo de São Paulo, dom José Camargo Barros. No dia 29 de abril de 1908, a Igreja recebeu o título de Basílica Menor. E, em 1929, o papa Pio XI proclamou nossa Senhora Rainha do Brasil e sua Padroeira Oficial.

Com o aumento da devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a primeira Basílica já não dava conta do fluxo de romeiro. Foi necessário, então, construir uma maior, que começou a ser erguida em 11 de novembro de 1955.

Em 1980, ainda em construção, a Basílica Nova foi consagrada pelo papa João Paulo II e recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Basílica de Aparecida como Santuário Nacional, o "maior Santuário Mariano do mundo".

A festa da padroeira do Brasil já foi celebrada em diversas datas: dia da Imaculada Conceição (8/12), 5° domingo após a Páscoa, 1° domingo de maio (mês de Maria) e 7 de setembro (Dia da Pátria).

Foi durante a sua Assembleia Geral de 1953 que a CNBB determinou que a festa fosse celebrada definitivamente no dia 12 de outubro, por associação com a data de descobrimento da América, pela comemoração do Dia da Criança e por ser outubro o mês do encontro da Imagem, no rio Paraíba do Sul, em 1717.

Em 2013, ao visitar o Santuário Nacional de Aparecida, em sua viagem ao Brasil por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, o papa Francisco recordou a história da padroeira do país e questionou: "Quem poderia imaginar que o lugar de uma pesca infrutífera, tornar-se-ia o lugar onde todos os brasileiros podem se sentir filhos de uma mesma mãe?".

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

SÉRIE: HISTÓRIA DOS PAPAS

 SÃO TELÉSFORO
8° PAPA DA IGREJA.
Pontificado 125-136 (11 anos)
Festa Litúrgica 5 de janeiro


HISTÓRIA
Nascido de pais gregos em Thurii, na Calábria, pregou fervorosamente em Roma e converteu muitos pagãos. 

Não se conhecem muitas informações sobre o Papa Telésforo, porque as fontes daquele período foram em grande parte, perdidas em função de conflitos e desastres. 

Ele viveu em um período chamado de cristianismo primitivo, próximo da época em que Jesus Cristo pregou seus ensinamentos. Era um momento de muita dificuldade para os cristãos porque eram perseguidos pelos imperadores romanos, que professavam o paganismo. Muitos dos líderes cristãos foram martirizados nessa época.

Porém o papado de Telésforo foi de relativa paz por parte dos romanos, porque os imperadores Adriano e Antonino não publicaram éditos de perseguição aos cristãos. Porém a paz do seu pontificado não foi completa, apesar da trégua dada pelos imperadores, os cristão tiveram sérios desentendimentos com outros grupos religiosos e comunidades que não seguiam a Igreja. Por exemplo, os pagãos viviam fazendo acusações aos cristãos e tentando de apropriar de seus bens. 

Antes de tornar-se papa, passou um período com os eremitas no Monte Carmelo, na Palestina, pelo que os carmelitas o consideram um dos seus. 

É creditado ao papa são Telésfero a instituição as comemorações natalinas para celebrar  o nascimento de Jesus Cristo, ainda que esse rito tenha se tornado oficial apenas no ano 440. Argumenta-se também que foi o papa Telésforo que instituiu a celebração da missa do Galo (celebrada no dia 25 de dezembro a meia noite). 
Pôs o Glória em sua atual posição na Missa. Estabeleceu a Páscoa aos domingos e a Quaresma como o período de cinco semanas (40 dias), tornou o jejum obrigatório durante a quaresmas. 
 
Apesar do pontificado em relativa paz com os imperadores, o período de 11 anos de Telésforo como líder da Igreja terminou de modo trágico, como era comum na época. Foi Martirizado no ano 136 durante o império de Antonino Pio. Foi sepultado junto ao túmulo de são Pedro.

Sua Festa é celebrada no dia 5 de janeiro.

CELEBRAMOS HOJE PAPA SÃO JOÃO XXIII

"Ah, os santos, os santos do Senhor, que em todos os lugares nos alegram nos animam e nos abençoam!", dizia são João XXIII, chamado "papa bom" e cuja festa litúrgica é celebrada hoje (11/10).

Angelho Giuseppe Roncalli, mais conhecido como são João XXIII, nasceu na Itália em 1881. Ingressou muito jovem no seminário e foi ordenado sacerdote em 1904.

Na Segunda Guerra Mundial, quando era bispo, salvou muitos judeus com a ajuda do "visto de trânsito" da Delegação Apostólica.

Em 1953, foi criado cardeal e, com a morte de Pio XII, foi eleito pontífice em 1958. Aos poucos ganhou o apelido de "papa bom", por suas qualidades humanas e cristãs.

O mundo inteiro pôde ver nele um pastor humilde, atento, decidido, corajoso, simples e ativo. Enveredou-se pelos caminhos do ecumenismo e do diálogo com todos. Escreveu as famosas encíclicas "Pacem In terris" e "Mater et magistra" e convocou o Concílio Vaticano II.

Morreu em 3 de julho de 1963. No ano 2000, foi beatificado por são João Paulo II e canonizado pelo papa Francisco em abril de 2014. 

O milagre para sua beatificação foi baseado na cura de irmã Caterina Capitani, uma religiosa que tinha uma grave doença estomacal.

As irmãs da paciente, que sabiam da grande admiração da irmã Caterina por João XXIII, rezaram pedindo a intercessão do "papa bom" e colocaram uma imagem dele no estômago da religiosa.

Minutos depois, a religiosa começou a se sentir bem e pediu para come. Mais tarde, Irmã Caterina relataria que viu João XXIII sentado ao pé de sua cama e que lhe disse que sua oração havia sido escutada. A ciência não pode da explicações para esta cura.

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

SÉRIE: SANTOS CASADOS.

A Santidade no matrimônio ao longo dos séculos.

SANTA SALOMÉ e ZEBEDEU
Chegamos agora a um casal bíblico que, no início da Nova Aliança, teve a alegria e a honra de colocar dois filhos à disposição do Senhor Jesus para o colégio dos Apóstolos: SANTA SALOMÉ e seu esposo ZEBEDEU.

Tiago, o mais velho, e seu irmão, João, são os únicos apóstolos cujos pais são nomeados no Novo Testamento.

ZEBEDEU (Presente de Deus) é mencionado três vezes no Novo Testamento como pai dos apóstolos Tiago e João (cf Mt 20,20; e Lc 5,10), nascidos de Salomé, sua esposa. Não se sabe se ela deu à luz outros filhos. Além disso, as Sagradas Escrituras mencionam apenas que ele era pescador e exercia seu ofício no mar da Galileia e provavelmente viveu em Betesda. Como Zebedeu tinha um barco com redes de pesca e, além de seus dois filhos, empregou também alguns trabalhadores, pode-se concluir que sua família estava entre as mais afluentes daquela região.

Em nenhuma parte do Novo Testamento está dito que, como seus dois filhos, Zebedeu decidiu juntar-se aos mais próximos seguidores de Jesus. Lendas posteriores tampouco parecem ter algo a dizer sobre ele. Provavelmente faleceu durante o ministério público de Jesus, pois logo sua esposa juntou-se às outras mulheres que seguiram e serviam o Senhor.

A esposa de Zebedeu, SALOMÉ ("a pacífica"), era irmã ou parente próxima da Mãe de Jesus (cf. Mc 15,40; Mt 27,56). Nada se sabe acerca de sua infância e juventude.
Diferentemente de muitas outras judias contemporâneas de Jesus, Salomé provavelmente nunca teve de lidar com privações e necessidades, pois seu marido Zebedeu - como já foi dito - tinha um próspero negócio de pesca. O maior tesouro de sua casa, no entanto, e sua maior satisfação e orgulho, eram seus dois filhos: Tiago, o mais velho, e João, o caçula. Como o pai, também dedicaram-se à pesca e fizeram negócios na companhia dele e às vezes de outra dupla de irmãos, Simão Pedro e André (cf. Lc 5,9-10).

Nas sagradas escrituras, não se relata nada mais acerca da vida do casal Salomé e Zebedeu. Entretanto, podemos supor certamente que a família tivesse uma vida muito boa e feliz pois, em primeiro lugar, foi abençoado com filhos - ao que os maridos israelitas dava imenso valor - e, além disso, cumpria a exigência básica para uma vida em casal pacífica e feliz: a magnanimidade dos cônjuges e o profundo espírito religioso que permeava toda a vida familiar. É possível inferi-lo graças ao fato de que os dois filhos de Zebedeu e Salomé uniram-se desde cedo ao movimento messiânico iniciado com o aparecimento de João Batista. O filho mais jovem, João, junto de seu amigo e compatriota André, foi a primeira pessoa a quem o proveta apontou Jesus como o Cordeiro de Deus; depois, ele teve seu abençoado encontro com o Messias, em uma hora e circunstâncias que permaneceram para sempre guardadas em sua memória, mesmo em idade avançada (cf. Jo 1,35-36). João levou o irmão, Tiago, ao Senhor, e André levou seu irmão, Simão Pedro.

O chamado definitivo dos dois filhos de Zebedeu aconteceu depois, num dia em que ambos estavam ao lado de seu pai e Jesus Caminhava nas margens do rio de Genezaré (Mc 1,19-21). Jesus avistou em um barco Zebedeu, seus dois filhos e seus homens contratados enquanto limpavam as redes e preparavam-se para outra pesca. Os olhos do melhor juiz entre os homens viram nos dois Filhos de Zebedeu e Salomé almas generosas e cheias de ardor, admiravelmente apropriadas para o trabalho apostólico. Jesus os chamou, e sem hesitar ambos deixaram o barco, seu pai e todas as tarefas cotidianas, unindo-se ao pobre e errante pregador, ainda pouco conhecido em Nazaré. Naquela noite, a mãe, Salomé, alarmou-se ao ver Zebedeu aproximar-se de sua casa, vagaroso e pensativo, a dar-lhe, vacilante, a notícia de que seus dois filhos haviam se unido a Jesus em definitivo e dificilmente voltariam à casa da família.

Salomé, para quem, como ensinam as Sagradas Escrituras, os filhos eram o seu mundo, tamanha sua devoção, não seria uma mãe de verdade se tivesse-os deixado partir sem lágrimas ou lamúrias. Ela provavelmente conseguiu se conter quando soube que seus dois filhos pertenciam ao círculo mais próximo e favorecido de Jesus e que João era até mencionado como "o discípulo a quem Jesus ama" (cf. Jo 20,2). O próprio Jesus deu a ele e seu irmão, Tiago, o apelido de Boanergés (Filho do Trovão) e as cenas representadas em Lc 9,54 e Mc 9,38 demonstram que esse nome traduzia perfeitamente seus temperamentos. 

O que mais revela as virtudes de Salomé é o fato de que, no fim das contas, ela não apenas renunciou alegremente a seus dois filhos (os quais havia criado com todo o talento que uma fiel e bondosa mãe judia poderia reunir) colocou-se à disposição do Senhor, servindo-o e prestando-lhe auxílio financeiro na companhia de outras mulheres (Mc 15,40; Lc 8,2-3). Desta maneira, ela pôde observar mais de perto o quanto Cristo tinha seus filhos em alta conta e os favorecia em lugar dos outros. Foi-lhes permitido estarem presentes quando Jesus despertou a filha de Jairo de volta da morte e quando Ele foi transfigurado no topo do Monte Tabor; eles estiveram com Cristo, também, quando Ele recebeu o batismo do amargo sofrimento no Monte das Oliveiras. Nessa ocasião, Salomé talvez se recordasse da resposta que o Senhor lhe dera quando ela, de maneira extremamente ambiciosa, fizera-lhe um extravagante pedido em nome de seus filhos:

Então aproximou-se dele a mãe dos filhos de Zebedeu com seus filhos, adorando-o e pedindo-lhe alguma coisa. E ele disse-lhe: "Que queres?". Ela respondeu: "Ordena que estes meus dois filhos se sentem no teu reino, um à tua direita e outro à tua esquerda". E Jesus respondendo, disse: "Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu hei de beber?". Eles responderam-lhe: "Podemos (Mt 20,20-22).


Mas Jesus disse-lhes: "Não sabeis o que pedis; podeis vós beber o cálice que eu vou beber, ou ser batizados no batismo em que eu hei de ser batizado?". E eles disseram-lhe: "Podemos". E Jesus disse-lhe: "Efetivamente haveis de beber o cálice que eu vou beber, e haveis de ser batizado no batismo em que eu heo de ser batizado; Mas, quando a assentarde à minha direita ou à minha esquerda, isto não depende de mim: o lugar compete àqueles a quem está destinado". (Mc 10,38-40).

O que levou Salomé a fazer tal pedido, que não só negligenciava os outros apóstolos, mas também parecia, superficialmente, um tanto presunçoso? Não muito antes disso, Pedro, em nome de todos os Doze, perguntava ao Senhor a respeito de sua recompensa, após Jesus ter apresentado ao jovem rico um destino grandioso, caso renunciasse a tudo e O seguisse, "Então Pedro, tomando a palavra, disse-lhe: 'Eis que abandonamos tudo e te seguirmos; que haverá então para nós?'. E Jesus disse-lhes: 'Em verdade vos digo que, no dia da regeneração, quando o Filho do homem estiver sentado no trono da sua majestade, vós, que me seguistes, também estareis sentados sobre doze tronos, e julgareis as doze tribos de Israel'." (Mt 19,27-28). Salomé sabia, então, que dois tronos no futuro reino messiânico haviam sido prometidos a seus filhos. Mas isso ainda não a deixara satisfeita, e nem a eles. 

Qual terá sido o pensamento de Salomé ao ouvir a resposta de Jesus sobre beber da mesma taça e mergulhar no mesmo banho batismal que Ele, considerando que essas duas imagens, segundo o sentido bíblico, remetiam a grandes sofrimentos? Acaso essa mãe assustou-se e teve premonições obscuras de que algo bastante difícil e doloroso estava reservado a seus filhos? As passagens das Escrituras não revelam nada nesse sentido, mas depois, através de Mateus e Marcos, evangelista que registraram as aspirações maternais de Salomé, descobrimos que ela não era apenas uma mãe ambiciosa, mas também uma mulher corajosa, que permaneceu com Jesus sob a cruz quando tudo revelou-se totalmente diferente do que ela esperava. Salomé tampouco sentiu-se desprezada quando o Salvador, morrendo na cruz, confiou o bem mais precioso que deixava na Terra, ou seja, Sua Mãe, a seu filho João (cf. Jo 19,27). Após a morte de Jesus, Salomé fez um generosa contribuição para que fossem compradas as ervas aromáticas a serem usada no sepultamento. Salomé também foi uma daquelas mulheres que, na manhã de Páscoa, apressou-se a ir ao túmulo para render a seu Mestre uma última homenagem mas, em vez disso, foi privilegiada com a visão do Ressuscitado. É provável que Salomé também tenha vivido para ver seu filho Tiago tornar-se o primeiro apóstolo a oferecer a própria vida a Cristo como mártir, quando veio a ser decapitado, por volta do ano 42.

A esposa de Zebedeu, mãe daqueles dois apóstolos, requisitou honrarias, e recebeu a garantia de sacrifícios. Porque Salomé e seus dois filhos, apesar de tudo, aceitaram e confirmaram os sacrifícios, Deus, com Sua generosidade infinita, recompensou-os à altura. Em muitas dioceses da Itália, a festa de Salomé, bem-aventurada esposa e mãe de dois apóstolos, é celebrada em 22 de outubro. Estamos certos em supor que essa seja a mesma data de Zebedeu, esposo e patriarca da família, um guia e exemplo para seus dois filhos não apenas na pesca, mas também na fiel e confiante esperança pelo Messias, a quem Tiago e João serviram com extraordinária fidelidade.

 

HOLBÖCK, Ferdinand. Santos Casados: A santidade no matrimônio ao longo dos séculos. P. 21, RS: Minha Biblioteca Católica 2020.


CELEBRAMOS HOJE SÃO DANIEL COMBONI.


"São necessários evangelizadores com entusiasmo e com a paixão apostólica do bispo dom Daniel Comboni, apóstolo de Cristo entre os africanos", disse são João Paulo II sobre esse grande missionário, cuja festa e celebrada hoje (10/10).

"Ele empregou os recursos da sua rica personalidade e de uma sólida espiritualmente para tornar conhecido e acolhido Cristo na África, continente que ele amava profundamente", disse o pontífice em sua homilia de canonização de são Daniel Comboni, em 5 de outubro de 2003.
São Daniel nasceu em Limone Sul Garda (Bréscia, Itália), em 1831, em uma família de camponeses pobres. Estudou em Verona, no Colégio São Carlos, que era frequentado por crianças de baixos recursos econômicos. Mais tarde, descobriu sua vocação sacerdotal e missionária.

Foi ordenado sacerdote em 1854 e, anos depois, partiu para as missões na África, onde encontrou-se com uma realidade de pobreza muito chocante. Regressou para a Itália e dedicou-se a pedir ajuda para a missão africana, inclusive no Concílio Vaticano I.

Fundou dois Institutos missionários que hoje são os chamados missionários combonianos e missionárias combonianas. Foi nomeado vigário apostólico da África Central e ordenado bispo em 1877. 

Junto aos africanos, viveu secas, viu morrer sua gente, lutou contra a escravidão e até acusações infundadas. Entretanto, manteve-se fiel à Cruz para conseguir a consolidação da atividade missionária. Depois de ter servido a Cristo em sua querida África, morreu em ao de outubro de 1881.

Atualmente, os combonianos seguem trabalhando em diversos obras missionárias do mundo.  

domingo, 6 de outubro de 2024

CELEBRAMOS HOJE, BEATO BARTOLO LONGO.


O beato Bartolo Longo foi um advogado e leito que fundou o Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Pompeia (Itália) e que se dedicou a ensinar o catecismo e a difundir a devoção ao rosário.

Durante sua juventude, ingressou no espiritismo até que, finalmente, Deus tocou seu coração e converteu-se. O beato Longo foi definido pelo papa são João Paulo II como "o homem da virgem". 

Na homilia de sua beatificação, em 26 de outubro de 1980, o papa disse que ele, "por amor de Maria, tornou-se escritor, apóstolo do Evangelho, propagador do rosário, e fundador do célebre Santuário no meio de enormes dificuldades e adversidades; por amor de Maria criou institutos de caridade, fez-se mendicante em favor dos filhos dos pobres e transformou Pompeia numa viva cidadezinha de bondade humana e cristã; por amor de Maria suportou em silêncio tribulações e calúnias, passando através de um longo Getsêmani, sempre confiando na Providência, sempre obediente ao Papa e à Igreja".

Bartolo Longo nasceu em Latiano (Itália), em 10 de fevereiro de 1841. Antes de obter a licenciatura como advogado na Universidade de Nápoles, enveredou-se na moda anticristã da época e dedicou-se à política, às superstições, ao espiritismo: chegou a ser "médium" de primeiro grau e "sacerdote espírita". 

Por outro lado, a filosofia ateia e o racionalismo o tinham totalmente preso. Começou a odiar a Igreja, organizando conferências contra ela e louvando os que criticavam o clero.

Graças à influência de seu amigo Vicente Pepe e do dominicano padre Alberto Radente, voltou à fé. Sua conversão aconteceu no dia do Sagrado Coração de Jesus, em 1865, na Igreja do Rosário de Nápoles.

Após seu encontro com Cristo, abandonou a vida libertina e dedicou-se às obras de caridade e ao estudo da religião.

Mais tarde, escreveu, fazendo alusão à sua própria experiência, que "não pode haver nenhum pecador tão perdido, nem alma escravizada pelo implacável inimigo do homem, Satanás, que não possa se salvar pela virtude e eficácia admirável do santíssimo Rosário de Maria, agarrando-se dessa corrente misteriosa que nos estende do céu a Rainha misericordiosíssima das místicas rosas para salvar os tristes náufragos deste tempestuoso mar do mundo".

Em 1876, por sugestão do bispo de Nola, iniciou uma campanha para construir um templo em Pompeia. Como resultado da cooperação e da intercessão da Virgem Maria, surgiu o belo Santuário.

No dia 5 de outubro de 1926, aos 85 anos, morreu em Pompeia. Em seu testamento, deixou escrito o seguinte: "Desejo morrer como terciário dominicano... entre os braços da Virgem do Rosário, com a assistência de meu pai são Domingos e de minha mãe santa Catarina de Sena".