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sexta-feira, 21 de março de 2025

NÚMERO DE CATÓLICOS CRESCE MAIS DO QUE A POPULAÇÃO DO MUNDO.

Houve um crescimento de 1,15% na população mundial de fiéis, passando cerca de 1,3 bilhões para 1,4 bilhões em 2023 segundo a Annuario Pontificio 2025 e o Annuarium Statisticum Ecclesiae 2023, feitos pelo Escritório Central de Estatística da Igreja, que mostram uma notável expansão da população de fiéis no mundo no biênio 2022-2023.

No mesmo período, a população mundial cresceu cerca de 0,95%, segundo o Censo dos EUA.

O continente africano é o que mostrou maior crescimento em termos relativos. A população de fiéis na África aumentou em 3,31%, passando de 272 milhões em 2022 a 282 milhões em 2023. A República Democrática de Congo lidera a região com cerca de 55 milhões de fiéis. A África abriga atualmente 20% da população mundial de fiéis.

As américas têm a maior proporção de fiéis do mundo, com 47,8% do total mundial. O crescimento no número absoluto de fiéis, porém, foi menor do que o da população mundial: 0,9% no período. O Brasil continua sendo o país com o maior número de fiéis do mundo. 182 milhões, ou 13% do total mundial. Argentina, Colômbia e Paraguai têm cerca de 90% de fiéis em sua população. Na América do Sul vivem 27,4% dos fiéis, 6,6% na América do Norte e 13,8% na América Central.

Na Ásia, a população de fiéis cresceu em 0,6% entre 2022 e 2023. Ainda que a região só tenha 11% do total mundial de fiéis, países como Filipinas e Índia têm uma presença significativa, com 93 milhões de fiéis nas Filipinas e 23 milhões na Índia, o que é 76, 7% do total de fiéis no sudeste da Ásia.

A Europa, que tem 20,4% dos fiéis no mundo, continua sendo o continente com menor crescimento de fiéis: 0,2% entre 2022 e 2023. Itália, Polônia e Espanha têm cerca de 90% de sua população se identificando como católica.

Na Oceania, a população católica também teve um leve aumento de 1,9%, com uma população total de cerca de 11 milhões de fiéis em 2023.

O número de bispos também aumentou a nível global aumentando em 1,4% entre 2022 e 2023. O total de bispos passou de 5.353 em 2022 a 5.430 em 2023. Esse crescimento ocorreu em todos os continentes, menos na Oceania, onde o número de bispos continuou constante. A maior parte do aumento foi registrado na África e na Ásia, com variações mais modestas na Europa e na América.

A Igreja registrou uma ligeira diminuição no número global de sacerdotes, com uma redução de 0,2%, passando de 407.730 sacerdotes em 2022 a 406.996 em 2023. Foram registrados aumentos significativos no número de sacerdotes, com um aumento de 2,7% na África e de 1,6% na Ásia. Na Europa e na Oceania, foi registrada uma diminuição no número de sacerdotes (-1,6% na Europa, -1,0% na Oceania).

Em todo o mundo, o número de padres por 259 mil fiéis reflete disparidades regionais. Embora a proporção seja maior na África e nas Américas, na Oceania, por exemplo, o número de padres por fiel é muito menor, sugerindo um excesso relativo de padres em comparação a outras regiões.
Reportagem: Victoria Cardiel

MEDITAÇÕES PARA A QUARESMA.

SEXTA-FEIRA DA 2ª SEMANA DA QUARESMA.

O SANTO SUDÁRIO

"José, tomando o corpo, envolveu-o num lençol branco. E depositou-o no seu sepulcro novo" (Mt 27,59).

I. Por este sudário designam-se três coisas, em sentido místico:

1. A carne puríssima de Cristo. Feito de linho, que se embranquece com muita pressão, o sudário representa a carne de Cristo,  que chega ao alvor da ressurreição pela violência, Conforme o Evangelho: "Cristo devia sofrer e ressuscitar dos mortos" (At 17,3).
2. A Igreja, que não tenha mancha nem ruga. É o que representa este linho, fiado com diversas linhas.

3. A consciência pura, onde Cristo repousa.

II.- "E depositou-o no seu sepulcro novo" (Mt 27, 59). O texto diz, de início, que o sepulcro não era seu. E é muito conveniente que aquele que morrera pelos pecados dos outros fosse sepultado em um sepulcro alheio.

O texto diz que o sepulcro era "novo", pois se outros corpos tivessem sido depositados aí, não se saberia qual tinha ressuscitado. Outra razão é que, àquele que nasceu de uma virgem intacta, convinha ser sepultado num sepulcro novo; assim como no ventre de Maria não houve ninguém antes ou depois dele, assim também neste sepulcro. Do mesmo modo, para significar ainda que Cristo habita pela fé, escondido na alma renovada: "que Cristo habite pela fé nos vossos corações" (Ef 3, 17).

E S. João acrescenta, "Ora, no lugar em que Jesus foi crucificado, havia um jardim, e no jardim um sepulcro novo." (Jo 19, 41). É digno de nota que Jesus, capturado num jardim, tenha sofrido sua Paixão e sido sepultado num jardim; como que para significar que, pela virtude da sua Paixão, somos libertados do pecado que Adão, no jardim das delícias, cometeu; e que é por Jesus que a Igreja é consagrada, ela, que é como o Jardim fechado, do Cântico.

FESTA DE SÃO JOSÉ.

SÍTIO SERRA DOS VAQUEIROS - IBIRAJUBA/PE
"São José, nos ensinou a buscar no seu filho Jesus o mistério do amor". 

Programação de hoje Sexta-feira 21 de março
18:30 Hs.- Procissão da bandeira saindo da casa de Cida.
19:30 Hs.- Celebração da palavra com o Diácono Josias
Animação: Coral da Sagrada Família.
Noiteiros: Comunidades: Nossa Senhora Aparecida (St. Pachola); São Lázaro (St. Lagoa Cercada); Santo Expedito (Mutirão); Filhos do Pai Eterno (comunidade do Cruzeiro); Nossa Senhora das Dores (St. Boqueirão); São Miguel Arcanjo (St. Mandioca); Pastoral Familiar; Cursilho (MCC); Sagrada Família (Cachoeirinha).

quinta-feira, 20 de março de 2025

SÉRIE SANTOS CASADOS.

A santidade do matrimônio ao longo dos séculos.

SANTO ETELBERTO e BERTA

Berta, bisneta do Rei Clóvis, é um ótimo exemplo de quão importante pode ser a fé e o testemunho corajoso de uma esposa cristã, tanto para seu marido como para todo um país. Etelberto ainda era pagão quando casou-se com ela, mas Berta o conduziu à fé cristã. Desta maneira ela se tornou, com Santo Etelberto, seu marido, e com Santo Agostinho de Cantuária, a fundadora do cristianismo na Inglaterra.

Etelberto, descendente do lendário Rei Hengist, fundador da casa real de Kent, nasceu por volta de 552. Quando ainda era muito jovem, sucedeu no trono de Kent a seu pai, Eormenrico, falecido em 560, e logo destacou-se entre os diversos reis saxões.

Como dissemos, Etelberto ainda era pagão quando, em 588, foi a Paris para casar-se com Berta, uma cristã fiel, bisneta do Rei Clóvis. Ela concordou em casar-se com o noivo real, com uma condição: que ele não a proibisse de praticar a sua fé cristã e que não impusesse dificuldades ao capelão Lindardo para executar as funções sacerdotais.

Através de Berta, que era uma fiel piedosa, o Rei Etelberto não só entrou em contato com a fé cristã, como também simpatizou-se cada vez mais por ela. Isso ficou especialmente evidente em 596, quando ele recebeu com muita amabilidade a visita de missionários pelo Papa Gregório Magno sob a direção de Santo Agostinho de Cantuária, e fez tudo o que podia para promover sua atividade missionária. Diz-se que Etelberto foi batizado por Santo Agostinho durante a vigília de Pentecostes (1° de junho), em 597. No entanto, verificou-se que isso ocorreu mais tarde, pois o Papa Gregório Magno, em uma carta de junho de 601, censurou a Rainha Berta por ter negligenciado a conversão de seu consorte real. O Rei Etelberto concedeu seu palácio em Cantuária para Agostinho, que consagrou-se como bispo de Arles em 16 de novembro de 597; ele transferiu sua própria residência para Reculver, e de lá promoveu o trabalho de evangelização do bispo Agostinho em todos os sentidos, ajudando-o também na reconstrução de uma antiga igreja cristã abandonada e em ruínas. Desta casa de Deus, uma vez reconstruída, nasce a "Christ Church" (Igreja de Cristo), a primeira catedral da Inglaterra.

O casal real Etelberto e Berta teve papel importantíssimo no processo de cristianismo da Inglaterra. No ano 601, eles receberam Melito - como haviam recebido Agostinho e seus companheiros cinco anos antes - o qual trazia uma carta do Papa Gregório Magno, com instrução para prosseguir com seus esforços de suprimir o paganismo e propagar e cristianismo na região. Etelberto teve sucesso também em converter seu sobrinho Saberto, filho de sua irmã Rícula, e aconselhou a ele, vice-regente de Essex, que seguisse as orientações de Melito e construísse uma catedral em Londres, dedicada a São Paulo. 

Deus também abençoou o altivo casal com a conversão de sua filha Etelburga, por meio de Santo Agostinho. Quando ela foi dada em casamento ao Rei Edwin na Nortúmbria, São Paulino, um dos companheiros de Santo Agostinho, acompanhou-a como seu capelão. Na época o Rei Edwin ainda era pagão, logo seu sogro, Santo Etelberto, exigiu que ele não impedisse a disseminação da fé cristã em seu reino e que se esforçasse para se tornar ele mesmo um cristão. O Rei Edwin foi batizado em 627, dois anos após seu casamento com Etelburga. Em 633, quando ele morreu em uma batalha contra inimigos pagãos perto de Hatfield Chase, Eterburga retirou-se para o convento de Lyminge, que ela mesmo fundara, e serviu como superiora da comunidade enclausurada até a sua morte, em 5 de abril de 647. Assim como o Rei Etelberto, seu pai, ela também é reverenciada na Inglaterra como santa.

Etelberto perdeu a sua piedosa esposa, Berta, em 613. O viúvo casou-se ainda uma segunda vez, mas o nome dessa nova cônjuge não ficou para a posteridade. Porém, ele logo faleceu, três anos após a morte de sua primeira esposa, em 24 de fevereiro de 616, no quinquagésimo sexto ano de seu reinado. Em um documento, São Gregório Magno comparou o Rei Etelberto ao Imperador Constantino e chamou a atenção aos louváveis serviços que ele prestara com objetivo de difundir a fé cristã na Inglaterra.

HOLBÖCK, Ferdinand. Santos Casados: A santidade do matrimônio ao logo dos séculos. P. 65-67, RS: Minha Biblioteca Católica 2020.

MEDITAÇÕES PARA A QUARESMA.

QUINTA-FEIRA DA 2ª SEMANA DA QUARESMA.

A PAIXÃO DE CRISTO SE REALIZOU A MODO DE SACRIFÍCIO.

I. Chama-se sacrifício em sentido próprio o que é feito como uma honra propriamente devida a Deus, com o vim de o aplacar. E por isso diz Agostinho: "É verdadeiramente sacrifício toda obra feita com o fim de nos unirmos com Deus numa sociedade santa, isto é, uma obra referida ao fim bom , cuja posse é capaz de nos dar verdadeiramente a felicidade". Ora, Cristo se ofereceu a si mesmo para sofrer por nós; e o próprio fato de ter padecido voluntariamente a sua Paixão foi sobremaneira aceito de Deus, como proveniente de uma caridade máxima. Por onde é manifesto que a Paixão de Cristo foi um verdadeiro sacrifício.

E como Agostinho acrescenta a seguir, no mesmo livro, "os sacrifícios primitivos dos santos foram sinais variados e múltiplos desse verdadeiro sacrifício. Esse sacrifício único foi simbolizado por numerosos sacrifícios, do mesmo modo que uma mesma realidade é designada por numerosas palavras, a fim de que fosse grandemente recomendado, sem nenhum inútil encarecimento." Mas, continua Agostinho, "consideramos quatro elementos num sacrifício: aquele a quem o oferecemos, quem o oferece, o que é oferecido e por quem o é. Assim, o mesmo, só único e verdadeiro mediador, reconciliando-nos com Deus pelo sacrifício da paz, devia permanecer uno com aquele a quem oferecia esse sacrifício, reunir em si, numa unidade, aqueles por quem o oferecia, e ser simultânea e identicamente o oferente e a oferenda".

II. — É verdade que nos sacrifícios da lei antiga, que eram figura de Cristo, nunca se oferecia carne humana; mas disso não segue que a Paixão não tenha sido um sacrifício. Pois, embora a realidade corresponda à figura de certo modo, não corresponde totalmente, pois a verdade há de necessariamente ultrapassar a figura. Por isso e convenientemente a figura deste sacrifício, pelo qual a carne de Cristo é oferecida por nós, foi a carne, não dos homens, mas de animais irracionais que significavam a carne e Cristo. A carne de Cristo é o perfeitíssimo dos sacrifícios pelas razões seguintes: 

1) porque, sendo carne de natureza humana, é convenientemente oferecida pelos homens, que a tomam sob a forma de sacramento.

2) porque, sendo possível e mortal, era apta para a imolação.

3) porque, sendo isenta de pecado, tinha a eficiência para purificar dos pecados.

4) porque, sendo a carne mesma do oferente, era aceita de Deus por causa da caridade com que a oferecia.

Donde o dizer Agostinho: "Que oferenda podiam os homens tomar, que lhes fosse mais adaptada, que uma carne humana? Que de mais apto à imolação do que uma carne mortal? Que haveria de mais puro para delir os vícios dos mortais que uma carne nascida sem o contágio da concupiscência carnal, de um ventre e de um ventre virginal? Que poderia ser oferecido e aceito com mais graça que a carne de nosso sacrifício, tornado o corpo de nosso Sacerdote?"

FESTA DE SÃO JOSE

DE 21 A 23 DE MARÇO DE 2025.
SÍTIO SERRA DOS VAQUEIROS - IBIRAJUBA/PE.
"São José, nos ensinou a buscar no seu filho Jesus o mistério do amor".

A comunidade do Sítio Serra dos Vaqueiros convida a todos(as) os(as) devotos(as) para participarem da festa do Padroeiro SÃO JOSÉ. 

Confira a programação:

Sexta-feira 21 de março
18:30 Hs.- Procissão da bandeira saindo da casa de Cida.
19:30 Hs.- Celebração da palavra com o Diácono Josias
Animação: Coral da Sagrada Família.
Noiteiros: Comunidades: Nossa Senhora Aparecida (St. Pachola); São Lázaro (St. Lagoa Cercada); Santo Expedito (Mutirão); Filhos do Pai Eterno (comunidade do Cruziero); Nossa Senhora das Dores (St. Boqueirão); São Miguel Arcanjo (St. Mandioca); Pastoral Familiar; Cursilho (MCC); Sagrada Família (Cachoeirinha).

Sábado 22 de março
18:30 Hs.- Reza do terço.
19:30 Hs.- Celebração Eucarística presidida pelo Padre Oswaldo da Paróquia de Cristo Rei.
Animação: Diogo e Cida.
Noiteiros: Comunidades: Nossa Senhora da Conceição (St. Gavião); Divino Pai Eterno (St. Sete Voltas); São Sebastião e Santo Antônio (St. Cajá); Jesus Eucarístico (St. Caiana); São Francisco das Chagas (St. Minduri); São Francisco de Assis (Alto); Mãe Rainha (St. Cantinho); Terço dos Homens e das Mulheres; Pastoral da Acolhida; Pastoral do Batismo.

Domingo 23 de março
16:00 Hs.- Procissão com a imagem do padroeiro SÃO JOSÉ, saindo da cada de Mendonça e Cícera (St. Serra dos Vaqueiros) para a Igreja da comunidade, onde será celebrada a Santa Missa presidida pelo padre José Adeildo de Santana pároco da Matriz de Santo Isidro.
Animação da Procissão: Batalhão 07
Animação da Missa: Unidos em Cristo e Carlinhos do Pai Eterno.
Noiteiros: Todo(as) os devotos(as) de São José.

quarta-feira, 19 de março de 2025

OITO DADOS POUCO CONHECIDO SOBRE SÃO JOSÉ.

Hoje (19/3) é celebrado SÃO JOSÉ, esposo de Maria, pai adotivo de Jesus e patrono da Igreja Universal.

Nos evangelhos, são José aparece como um homem forte, corajoso, trabalhador, mas, no seu íntimo, sobressai uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de amor.

Veja alguns dados sobre são José que poucas pessoas conhecem:

1. Não há palavras de são José nas Sagradas Escrituras.
Ele protegeu a Imaculada Mãe de Deus e ajudou a cuidar do Senhor do Universo! Entretanto, não há nenhuma palavra dele nos Evangelhos. Muito pelo contrário, foi um silencioso e humilde servo de Deus que desempenhou seu papel cabalmente.

2. Foi muito pouco mencionado no Novo Testamento.
São José é mencionado no evangelho de São Mateus, de São Lucas, uma vez em São João e apenas isso. Ele não é mencionado no Evangelho de Marcos ou no restante do Novo Testamento.

3. Sua saída da história do Evangelhos não é explicada na Bíblia.
É uma figura importante nos relatos do Nascimento do Senhor em são Mateus e são Lucas e mencionado nas passagens que relatam o momento em que Jesus se perdeu aos 12 anos e foi encontrado no templo. Mas este é o último momento que falam dele.

Maria aparece várias vezes durante o ministério de Jesus, mas José desapareceu, sem deixar rastro. Então, o que aconteceu? Várias tradições explicam esta diferença dizendo que José morreu aproximadamente quando Jesus tinha 20 anos.

4. Viúvo e idoso?
A Escritura não diz a idade de São José quando se casou com Maria ou sobre seu passado. Entretanto, por muito tempo foi representado como um homem de idade avançada, aparentemente baseado em um texto do chamado protoevangelho de são Tiago, um evangelho apócrifo que menciona que São José havia casado anteriormente, teve filhos desse casamento e ficou viúvo.

Segundo essa tradição, são José sabia que Maria tinha feito voto de virgindade e foi eleito para se casar com ela para protegê-la, de certo modo porque ele era idoso e não estaria interessado em formar uma nova família. Esta ideia foi contraposta ao longo da história por grandes santos, como santo Agostinho.

5. É venerado aproximadamente desde o século IX.
Um dos primeiros títulos que utilizaram para honrá-lo foi "nutridor Domini", que significa "guardião do Senhor".

6. Tem duas celebrações.
A solenidade de são José é no dia 19 de março e a festa de são José Operário (Dia Internacional do Trabalho) no dia 1º de maio. Também é celebrado na festa da Sagrada Família (30 de dezembro) e sem dúvida faz parte da história do Natal.

7. É padroeiro de várias coisas.
É o padroeiro da Igreja Universal, da boa morte, das famílias, dos pais, das mulheres grávidas, dos viajantes, dos imigrantes, dos artesãos, dos engenheiros e trabalhadores. E também é padroeiro das Américas, Canadá, China, Croácia, México, Coreia, Áustria, Bélgica, Peru, Filipinas e Vietnã.

CELEBRAMOS HOJE:


SÃO JOSÉ teve o privilégio de ser esposo de Nossa Senhora, de criar o Filho de Deus e de ser a cabeça da Sagrada Família. É considerado patrono da Igreja, Universal, de uma infinidade de comunidades religiosas e também da boa morte. Sua solenidade é celebrada no dia 19 de março.

"José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará a luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados" (Mt 1,20-21), disse o anho em sonhos ao "justo" São José.

São José é conhecido como o "santo do silêncio" porque não é conhecido por palavras pronunciadas por ele, mas sim por suas obras, sua fé e seu amor por Jesus e em seu santo matrimônio.

Conta a tradição que doze jovens pretendiam se casar com Maria e que cada um levada um bastão de madeira muito seca na mão. De repente, quando a Virgem tinha que escolher entre todos eles, o bastão de José milagrosamente floresceu. Por isso é representado com um ramo florescido.

Junto a Maria, São José também teve que sofrer a falta de pousada em Belém, ver o amor de sua vida dar à luz em um estábulo e ter de fugir do Egito, como se fossem delinquentes, para que Herodes não matasse o menino. Mas, soube enfrentar tudo isto confiando na Providência de Deus.

Com seu ofício de carpinteiro, não pôde comprar os melhores presentes para seu filho Jesus ou garantir que recebesse a melhor educação, mas o tempo que dedicou para atendê-lo e ensinar-lhe sua profissão foram mais que suficientes para que o Senhor conhecesse o carinho de um pai, que também é capaz de deixar tudo para ir em busca do filho perdido.

O casto esposo de Maria é considerado também patrono da boa morte porque teve a sorte de morrer acompanhado e consolado por Jesus e Nossa Senhora. Foi declarado patrono da Igreja Universal pelo papa Pio IX em 1847.

Uma das que mais propagou a devoção a são José foi santa Teresa D’Ávila, que foi curada por sua intercessão de uma terrível enfermidade que quase a deixou paralisada e que era considerada incurável. A santa rezou com fé a são José e obteve a cura. Logo costumava repetir:

“Parece que outros santos têm especial poder para solucionar certos problemas. Mas, a são José, Deus concedeu um grande poder para ajudar em tudo”.

No final de sua vida, a santa carmelita ressaltou: “Durante 40 anos, a cada ano, na festa de são José, pedi uma graça ou favor especial e não me falhou nenhuma só vez. Eu digo aos que me escutam que façam o ensaio de rezar com fé a este grande santo e verão quão grandes frutos vão conseguir”.

MEDITAÇÕES PARA A QUARESMA.

QUARTA-FEIRA DA 2ª SEMANA DA QUARESMA.

A PAIXÃO DE CRISTO CAUSOU NOSSA SALVAÇÃO A MODO DE SATISFAÇÃO.

"Ele é propiciação pelos nossos pecados: e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo" (1Jo 2,2).

I. Propriamente falando, satisfaz pela ofensa quem, ao ofendido, oferece algo que este ame tanto ou mais do que odeia a ofensa. Ora, Cristo, sofrendo por obediência e caridade, ofereceu a Deus um bem maior do que o exigido pela recompensa da ofensa total do gênero humano. Assim, primeiro, pela grandeza da caridade, pela qual sofria. Segundo, pela dignidade de sua vida, que oferecia em satisfação, que era a vida de Deus e do homem. Terceiro, por causa da generalidade da Paixão e da grandeza da dor assumida. Por onde, a Paixão de Cristo foi uma satisfação não só suficiente, mas superabundante pelos pecados do gênero humano, segundo aquilo do Evangelho: "Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo" (Mt 20, 19). Em verdade, quem peca é que deve dar satisfação; porém, a cabeça e os membros constituem uma como pessoa mística. Por isso, a satisfação de Cristo pertence a todos os fiéis, como aos seus membros. Assim, também quando dois homens estão unidos pela caridade, um pode satisfazer por outro.

II. Ainda que Cristo tenha, com sua morte, satisfeito suficientemente pelo pecado original, não é inconveniente que as penalidades consequentes deste pecado permaneçam ainda naqueles que participam da redenção de Cristo. Com efeito, que a pena continue mesmo após a abolição da culpa, é algo em que se encontra harmonia e utilidade:

1. Para que exista conformidade entre os fiéis e Cristo, como entre os membros e a cabeça. Ora, assim como Cristo suportou muitos sofrimentos até chegar a glória da imortalidade, assim convinha que seus fiéis passassem por sofrimentos até chegarem a imortalidade; trazem em si mesmos as marcas da Paixão de Cristo, por assim dizer, para obter uma glória semelhante a sua.

2. Pois, se os homens que vêm ao Cristo recebessem prontamente a imortalidade e a impassibilidade, muitos homens se aproximariam do Cristo mais por causa destes benefícios corporais que pelos bens espirituais, o que vai contra a intenção de Cristo, que veio ao mundo para levar os homens, do amor das coisas corporais, ao amor das espirituais.

3. Enfim, se os que se aproximam de Cristo se tornassem, instantaneamente, impassíveis e imortais, isto, de certo modo, os compeliria a abraçar a fé de Cristo. O que diminuiria o mérito da fé.

FESTAS LITURGICAS.

SÃO JOSÉ
A menção mais antiga sobre o culto a SÃO JOSÉ, no Ocidente, deu-se por volta do ano 800, no norte de França. No dia 19 de março. A referência a José, Esposo de Maria, tornou-se cada vez mais frequente entre os séculos IX e XIV. No século XII, os Cruzados construíram uma igreja em sua honra, em Nazaré. No entanto, no século XV, o culto a São José começou a se difundir graças a São Bernardino de Sena e, sobretudo a João Gerson, chanceler da basílica de "Notre Dame" de Paris: ele manteve o desejo de dedicar, de modo oficial, uma festas a São José. Todavia, já havia algumas celebrações, em Milão, junto aos Agostinianos, e em muitos lugares da Alemanha. Entretanto, a partir de 1480 com a aprovação do Papa Sisto IV, começou-se a celebrar a sua festa em 19 de março, que, depois, passou a ser obrigatória, em 1621, com o Papa Gregório XV. O Papa Pio IX, em 1870, declarou São José padroeiro da Igreja Católica. Por sua vez, João XXIII, em 1962, inseriu seu nome no Cânon Romano da Santa Missa. Enfim, o Papa Francisco aprovou sete novas invocações na Ladainha de São José: Guardião do Redentor, Servo de Cristo, Ministro da salvação, Amparo nas dificuldades, Patrono dos exilados, Patrono dos aflitos, Patrono dos pobres.

"Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo. Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo. José, seu esposo, que era homem de bem, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente. Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: "José Filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará a luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados". Despertando, José fez como o anho do Senhor lhe havia mandado" 
(Mateus 1,16,18-21,24). 

Pai Amado
José pôs-se a serviço do plano de salvação, cuidando da Sagrada Família, que Deus lhe confiou: foi um servo atencioso no momento da Anunciação; um servo prudente ao cuidar de Maria e do Menino, que carregava no seu seio; defensor da Família no momento do perigo. Estes são apenas alguns aspectos da figura de São José , que explicam por que o povo santo o venera com particular devoção.

Pai de ternura
José ensinou a Jesus andar, segurando-o pela mão. Jesus viu a ternura de Deus em José, homem justo. Em José, Jesus viu um homem de fé, que sabia encarar a vida com esperança, porque, em meio às tempestades, Deus permanece firme no leme do barco da vida.

Pai na obediência
O desígnio de Deus foi revelado a José em sonhos e a sua resposta sempre foi pronta: no momento da Anunciação do Senhor; quando Herodes queria matar o Menino; após a morte de Herodes. José era guiado por Deus e obedecia. Jesus respirou esta "submissão" filial a Deus e aprendeu a obedecer a seus pais.

Pai no acolhimento
A figura de José é apresentada como um homem respeitoso, delicado, capaz de colocar a dignidade e a vida de Maria acima de tudo, até mesmo da sua reputação. José aceita tudo, ciente de que é guiado pela providência de Deus; entende que a vida se revela na medida em que acolhe o plano de Deus e se reconcilia com seus desígnios. Eis o realismo cristão: acolher em Deus a própria história, para acolher o próximo.

Pai na coragem criativa
Diante das dificuldades, José sempre encontrou recursos mais inesperados. Ele é o homem através do qual Deus desenvolve os primórdios da história da salvação; os obstáculos não impedem a audácia e a obstinação deste homem, justo e sábio. Deus confia neste homem, como confiou em Maria. Por isso, ele foi o Custódio da Sagrada Família: a de Nazaré e a de hoje, que é a Igreja.

Pai trabalhador
O trabalho, entendido como participação na obra de Deus, foi desempenhado por José na sua vida e o ensinou ao seu filho Jesus: a importância do trabalho é a origem de uma nova "normalidade", da qual ninguém está excluída. A obra de São José recorda que o próprio Deus, feito o homem, não deixou de trabalhar, pois o trabalho é a garantia da dignidade humana.

Pai na sombra.
Ser pai significa preparar o Filho às experiências da vida, à realidade, sem o prender, deter, tomar posse dele, mas fazer com que ele seja capaz de fazer suas escolhas, ser livre e poder partir. A lógica do amor é sempre a lógica da liberdade: a alegria de José é doar-se. Ele se tornou inútil e viveu na sombra, para que seu Filho pudesse emergir.