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domingo, 18 de maio de 2025

MÊS DE MAIO, MÊS DE MARIA.

Uma Nossa Senhora para cada dia.

NOSSA SENHORA DO SILÊNCIO
(Nossa Senhora do Knock).

É um dos títulos utilizado para designar a Virgem Maria após sua aparição em Knock, na Irlanda, no ano de 1879. A aparição teria sido acompanhada por outras figuras, como São José, São João, o Apóstolo, seres angelicais e o próprio e Jesus (na forma de cordeiro). Esta aparição foi reconhecida como autêntica pela Igreja Católica em 1936.

HISTÓRIA
A noite de quinta-feira, 21 de agosto de 1879, foi uma noite muito chuvosa. Por volta das 8 horas, a chuva batia forte quando Mary Byrne, uma menina da aldeia, que acompanhava a governanta do padre, Mary McLoughlin, em casa, parou de repente ao avistar a empena da igrejinha. Lá ela viu de pé um pouco fora da empena, três figuras em tamanho natural. Ela correu para casa para contar aos pais e logo outras pessoas da aldeia se reuniram. As testemunhas afirmaram ter visto uma aparição de Nossa Senhora, São José e São João Evangelista na extremidade sul da pequena igreja paroquial local, a Igreja de São João Batista. Atrás deles e um pouco à esquerda de São João havia um altar simples. No altar havia uma cruz e um cordeiro (imagem tradicional de Jesus), com anjos em adoração. Um fazendeiro, a cerca de meia milha de distância da cena, mais tarde descreveu o que viu como um grande globo de luz dourada acima e ao redor, a empena, de aparência circular. Por quase duas horas, um grupo que oscilou entre odis e talvez até vinte e cinco ficou de pé ou ajoelhado olhando para as figuras enquanto a chuva os açoitava na escuridão crescente.

A visão de Maria foi descrita como bela, de pé alguns metros acima dos solo. Ela usava uma capa branca, pendurada em dobras completas e presa no pescoço. Ela foi descrita como "em oração profunda", com os olhos levantados para o céu, as mãos levantadas até os ombros ou um pouco mais alto, as palmas ligeiramente inclinadas para os ombros.

São José, também vestindo túnicas brancas, estava à direita da Virgem. Sua cabeça estava inclinada para a frente desde os ombros em diração à Santíssima Virgem. São João Evangelista estava à esquerda da Santíssima Virgem. Ele estava vestido com uma longa túnica e usava uma mitra. Ele foi parcialmente afastado das outras figuras.  Algumas testemunhas relataram que São João parecia estar pregando e que segurava um grande livro aberto em sua mão esquerda. À esquerda de São João havia um altar com um cordeiro sobre ele com uma cruz no altar atrás do cordeiro.

Aqueles que testemunharam a aparição ficaram sob a chuva por até duas horas recitando o Rosário. Quando a aparição começou, havia boa luz, mas embora tenha ficado muito escuro, as testemunhas ainda podiam ver as figuras muito claramente - pareciam ter a cor de uma luz esbranquiçada brilhante. As aparições não picaram ou se moveram de forma alguma. As testemunhas relataram que o solo ao redor das figuras permaneceu completamente seco durante a aparição, embora o vento soprasse do sul. Logo toda a parede da aparição foi rasgada por peregrinos que arrancaram o cimento, argamassa e pedra para lembranças e para usar em curas.

Uma comissão eclesiástica de inquérito foi estabelecida pelo arcebispo de Tuam, Rev. Dr. John MacHale, em 8 de outubro de 1879. A Comissão consistia no estudioso e historiador irlandês, Cônego Ulick Bourke, Cônego James Waldron, bem como o pároco de Ballyhaunis e o arquidiácono Bartolomeu Aloysius Cavanagh. Depoimentos de testemunhas foram recolhidos nos meses seguintes. As deliberações da comissão, referiam-se apenas ao ocorrido em 21 de agosto de 1879, que omitiu "fenômenos subsequentes", e por isso não existe registro oficial dos fatos ocorridos após essa data.

A prova, que cabia à comissão registrar, satisfez a todos os membros e foi considerada confiável. Entre as considerações estavam se a aparição emanava de causas naturais e se havia alguma fraude positiva. No primeiro particular citado, relatou-se que nenhuma solução por causas naturais poderia ser oferecida; e na segunda consideração, que tal sugestão nunca, mesmo remotamente, foi acolhida. O veredito final da comissão foi que o depoimento de todas as testemunhas tomadas como um todo foi confiável e satisfatório.

Com a maioria dos documentos dos primeiros anos em Knock foram presumidos como perdidos, uma segunda comissão de inquérito em 1936, foi forçada a confiar em entrevistas com a última das testemunhas sobrevivente, que confirmaram as evidências que deram à primeira Comissão), seus filhos, reportagem da imprensa e trabalhos devocionais impressos na década de 1880, que retratavam as reportagens originais sob uma luz positiva. As testemunhas sobreviventes confirmaram as provas que deram à primeira Comissão.

sexta-feira, 16 de maio de 2025

MÊS DE MAIO, MÊS DE MARIA.

Uma Nossa Senhora para cada dia.

NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
Este título/invocação está relacionada a duas aparições da Virgem Maria a Santa Catarina Labouré, então uma noviça da Congregação das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo em Paris, França, no século XIX.

A primeira aparição aconteceu na noite da festa de São Vicente de Paulo, dia 19 de julho de 1830, quando a Madre Superiora de Catarina pregou às noviças sobre as virtudes de seu santo fundador, dando a cada uma um fragmento de sua sobrepeliz. Catarina então orou devotamente ao santo patrono para que ela pudesse ver com seus próprios olhos a Mãe de Deus, e convenceu-se de que seria atendida naquela mesma noite.

Indo ao leito, adormeceu, e antes que tivesse passado muito tempo foi despertada por uma luz brilhante e uma voz infantil que dizia: "Irmã Labouré, vem à capela; a Virgem Maria te aguarda". Mas ela replicou: "Seremos descobertas!". A voz angélica respondeu: "Não te preocupes, já é tarde, todos dormem... vem, estou à tua espera". Catarina então levantou-se depressa e dirigiu-se à capela, que estava aberta e toda iluminada. Ajoelhou-se junto ao altar e logo viu a Virgem sentada na cadeira da superiora, rodeada por um esplendor de luz. A voz continou: "A Santíssima Virgem Maria deseja falar-te". Catarina adiantou-se e ajoelhou-se aos pés da Virgem, colocando suas mãos sobre seu regaço, e Maria lhe disse:

"Deus lhe deseja te encarregar de uma missão. Tu encontrarás oposição, mas não temas, terás a graça de poder fazer todo o necessário. Conta tudo a teu confessor. Os tempos estão difíceis para a França e para o mundo. Vai ao pé do altar, graças serão derramadas sobre todos, grandes e pequenos, e especialmente sobre os que as buscarem. Terás a proteção de Deus e de São Vicente, e meus olhos estarão sempre sobre ti. Haverá muitas perseguições, a cruz será tratada com desprezo, será derrubada e o sangue correrá". Depois de falar por mais algum tempo, a Virgem desapareceu. Guiada pelo anjinho, Catarina deixou a capela e voltou para sua cela.

Catarina continuou sua rotina junto das Irmãs da Caridade até o Advento. Em 27 de novembro de 1830, no final da tarde, Catarina dirigiu-se à capela com as outras irmãs para as orações vespertinas. Erguendo seus olhos para o altar, ela viu novamente a Virgem Maria sobre um grande globo, segurando um globo menor onde estava inscrita a palavra "França". Ela explicou que o globo simbolizava todo o mundo, mas especialmente a França, e os tempos seriam duros para os pobres e para os refugiados das muitas guerras da época.

Então a visão modificou-se e a Virgem Maria apareceu com os braços estendidos e dedos ornados por anéis que irradiavam luz coloridos e raios de luz brancos e rodeada por uma frase que dizia: "Oh Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós". Desta vez a Santíssima Virgem deu instruções diretas: "Faz cunhar uma medalha onde apareça minha imagem como a vês agora. Todos os que a usarem receberão grandes graças". Catarina perguntou por que alguns anéis não irradiavam luz, e soube que era pelas graças que não eram pedidas. Então Maria voltou-lhe as costas e mostrou como deveria ser o desenho a ser impresso no verso da medalha. Catarina também perguntou como deveria proceder para que a ordem fosse cumprida. A Virgem Maria disse que ela procurasse a ajuda de seu confessor, o padre Jean Marie Aladel.

De início o padre Jean não acreditou no que Catarina lhe contou, mas depois de dois anos de cuidadosa observação do proceder da Irmã Catarina ele finalmente dirigiu-se ao arcebispo, arcebispo, que ordenou a cunhagem de duas mil medalhas, ocorrida em 20 de junho de 1832. Desde então a devoção a esta medalha, sob a invocação de Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa, não cessou de crescer. Catarina nunca divulgou as aparições, salvo pouco antes da morte, autorizada pela própria Maria Imaculada.

SANTO DE HOJE.


São João Nepomuceno foi um exemplo da proteção ao sigilo sacramental: foi o primeiro mártir que preferiu morrer a revelar o segredo de confissão.

João Nepomuceno nasce na Tchcoslováquia, entre os anos 1340-1350, em Nepomuk. Por isso que se diz o Nepomuceno. Obteve seu doutorado na Universidade de Pádua e foi pároco de Praga. Depois, foi nomeado vigário geral da arquidiocese, porque o cardeal o considerava um homem de confiança.

O santo foi confessor de Sofia Baviera, a esposa do rei de Praga, Venceslau. Por isso, o rei, que tinha ataques de raiva e ciúmes, ordenou que lhe revelasse os pecados de sua mulher. A negativa do santo enfureceu Venceslau, que o ameaçou de assassinato se não lhe contasse os segredos.

Outro conflito entre Venceslau e João Nepomuceno aconteceu quando o monarca quis se apoderar de um convento para das ruas riquezas a um parente, mas o santo o proibiu, porque esses bens pertenciam à Igreja.

O rei ficou com raiva, o santo foi torturado e seu corpo lançado no rio Mondalva. Depois, os vizinhos recolheram o cadáver e o sepultaram religiosamente. Era o ano de 1393.

Devido à sua heroica atitude de preferir morrer a revelar um segredo de confissão, São João Nepomuceno foi considerado padroeiro dos confessores.

Também é considerado como protetor contra as calúnias e as inundações. 

quinta-feira, 15 de maio de 2025

MÊS DE MAIO, MÊS DE MARIA.

 Uma nossa Senhora para cada dia.

NOSSA SENHORA DA ENCARNAÇÃO.

NOSSA SENHORA DA ENCARNAÇÃO é uma invocação mariana que celebra o mistério da encarnação do Verbo, um dos eventos mais significativos da fé cristã. Este título de Maria, mãe de Jesus, remete ao momento em que o Verbo se fez carne, conforme narrado nas Escrituras Sagradas. A encarnação é um marco na história da salvação, pois através dela, Deus se fez homem para redimir a humanidade. A devoção a Nossa Senhora da Encarnação reflete a importância deste mistério e a especial relação entre Maria e seu Filho, Jesus Cristo.

A história de Nossa Senhora da Encarnação está intimamente ligada ao relato bíblico da Anunciação, quando o anho Gabriel anunciou a Maria que ela conceberia o Filho de Deus. Este evento, descrito no Evangelho de Lucas, é um dos momentos mais profundos e misteriosos da fé cristã. Maria, ao aceitar o chamado divino com humildade e fé, tornou-se a Mãe de Deus, e sua aceitação é vista como um ato de total entrega e confiança nos planos divinos. A encarnação do Verbo é celebrada como a manifestação do amor de Deus pela humanidade, um amor que se fez carne para habitar entre nós.

A devoção a Nossa Senhora da Encarnação se espalhou ao longo dos séculos, especialmente em países de tradição católica como Portugal e Brasil. Em Portugal, a devoção é celebrada em várias igrejas e capelas dedicadas a este título mariano, como a Capela de Nossa Senhora da Encarnação em Leiria e a Igreja de Nossa Senhora da Encarnação no Chiado, em Lisboa. Estes locais de culto são mais do que edifícios religiosos; são espaços de encontro com o sagrado, onde os fiéis podem renovar sua fé e encontrar consolo espiritual.

Nossa Senhora da Encarnação é venerada não apenas como a mãe de Jesus, mas também como um símbolo de esperança e intercessão. Ao longo dos séculos, muitos fiéis relataram milagres e graças recebidas através de sua intercessão, fortalecendo a fé e a confiança dos devotos. A presença de Maria é sentida como um farol de esperança e amor, guiando os devotos em suas jornadas de fé.

A devoção a Nossa Senhora da Encarnação é um testemunho da fé duradoura do povo cristão, Ao longo dos séculos, esta devoção tem inspirado gerações a buscar a proteção e a intercessão de Maria, especialmente em tempos de dificuldades. A história de Nossa Senhora da Encarnação é um convite à reflexão e à renovação espiritual, guiando-nos em nossa jornada de fé.

Veja mais:

FESTA DE SANTO ISIDRO - IBIRAJUBA/PE

PROGRAMAÇÃO DE HOJE
Quinta-Feira 15 de maio

9h- Celebração da Santa Missa Solene Presidida pelo Padre José Adeildo.
Animação: Ministério de Música MCC
16h- Procissão com a imagem do Padroeiro Santo Isidro percorrendo as principais ruas da cidade, em seguida Santa Missa presidida pelo Padre José Adeildo.
Animação: Ministério de Música Santos Isidro. 

quarta-feira, 14 de maio de 2025

FESTA DE SANTO ISIDRO - IBIRAJUBA/PE


PROGRAMAÇÃO DE HOJE
Quarta-feira 14 de maio

19h- Recitação do terço
19h30min- Celebração da Santa Missa presidida pelo padre José Adeildo
Animação: Ministério de música Reavivados pelo Espírito.
Noiteiros: Herdeiros da Promessa (HP)

SANTO DO DIA.

14 DE MAIO
Hoje, (14/5) a Igreja celebra são Matias, o escolhido para ocupar o lugar que o traidor Judas Iscariotes havia deixado entre os Apóstolos. Nos Atos dos Apóstolos há sinais do quanto a Igreja primitiva o apreciava, assim como a narração do episódio que explica a sua eleição.

Depois da Ascensão do Senhor, os Apóstolos, junto com Maria vários discípulos, estavam em oração, esperando o Espírito Santo. Naqueles dias, Pedro convidou a comunidade a decidir quem deveria substituir Judas:

"Convém, pois, que deste homens que têm estado em nossa companhia todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu entre nós, a começar do batismo de João até o dia em que  de nosso meio foi arrebatado, um deles se torne conosco testemunha da sua Ressurreição" (Atos 1, 21-22).

“Propuseram dois: José, chamado Bar­sabás, que tinha por sobrenome Justo, e Matias. E oraram nestes termos: ‘Ó Senhor, que conheces os corações de todos, mostra-nos qual destes dois escolheste para tomar neste ministério e apostolado o lugar de Judas que se transviou, para ir para o seu próprio lugar’. Deitaram sorte e caiu a sorte em Matias, que foi incorporado aos onze apóstolos” (Atos 1, 23-26).

Não se sabe muito mais sobre são Matias, mas é claro que ele permaneceu fiel ao Senhor até o fim de seus dias.

O papa emérito Bento XVI, em 2006, partilhou uma bela reflexão a partir da figura deste santo: "Tiramos disto mais uma lição: mesmo se na Igreja não faltam cristãos indignos e traidores, compete a cada um de nós equilibrar o mal que eles praticam com o nosso testemunho transparente a Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador".

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terça-feira, 13 de maio de 2025

SETE COISAS QUE DEVEMOS SABER SOBRE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA.

A aparição de Nossa Senhora em Fátima, aprovada pela Santa Sé, é a mais conhecida do século XX, particularmente pelo terceiro segredo que Maria revelou aos três pastorinhos na Cova da Iria, Portugal, e transcrito pela irmã Lúcia em 3 de janeiro de 1944.

A seguir sete coisas que todo católico deve saber sobre esta aparição.


1. A Virgem apareceu seis vezes em Fátima.
Nos tempos da Primeira Guerra mundial, a postorinha Lúcia dos Santos disse ter experimentado visitas sobrenaturais da Virgem Maria em 1915, dois anos antes das conhecidas aparições.

Em 1917, ela e seus primos Francisco e Jacinta Marto, estavam trabalhando como pastores nos rebanhos de suas famílias. Em 13 de maio daquele ano, as três crianças presenciaram uma aparição da Virgem Maria que lhes disse, entre outras coisas, que regressaria durante os próximos seis meses todos os dias 13 na mesma hora.

Maria também revelou às crianças, na segunda aparição, que Francisco e Jacinta morreriam cedo e que Lúcia sobreviveria para dar testemunho das aparições.

Na terceira aparição, no dia 13 de julho, a Virgem revela a Lúcia o segredo de Fátima. Conforme os relatos, ela ficou pálida e gritou de medo chamando a Virgem pelo seu nome. Houve um trovão e a visão terminou. As crianças viram novamente a Virgem em 13 de setembro.

Na sexta e última aparição, no dia 13 de outubro, diante de milhares de peregrinos que chegaram à Fátima (Portugal), aconteceu o chamado “Milagre do sol”, no qual, após a aparição da Virgem Maria aos pastorinhos Jacinta, Francisco e Lúcia, pôde-se ver o sol tremer, em uma espécie de “dança”, conforme relataram os que estavam lá.

2. Francisco e Jacinta morreram jovens, Lúcia se tornou religiosa.
A epidemia de gripe espanhola atingiu a Europa em 1918 e matou cerca de 20 milhões de pessoas. Entre eles, estavam Francisco e Jacinta, que contraíram a doença naquele ano e faleceram em 1919 e 1920, respectivamente. Por sua parte, Lúcia entrou no convento das Irmãs Doroteias.

Em 13 de junho de 1929, na capela do convento em Tuy, na Espanha, Lúcia teve outra experiência mística na qual viu a Santíssima Trindade e a Virgem Maria. Esta última lhe disse: “Chegou o momento em que Deus pede ao Santo Padre, em união com todos os bispos do mundo, fazer a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração, prometendo salvá-la por este meio”.

No dia 13 de outubro de 1930, o bispo de Leiria (agora Leiria-Fátima) proclamou as aparições de Fátima autênticas.

3. Irmã Lúcia escreveu o segredo de Fátima 18 anos depois das Aparições.
Entre 1935 e 1941, sob as ordens de seus superiores, irmã Lúcia escreveu quatro memórias dos acontecimentos de Fátima.

Na terceira memória – publicada em 1941 – escreveu as duas primeiras partes do segredo e explicou que havia uma terceira parte que o céu ainda não lhe permitia revelar.

Na quarta memória acrescentou uma frase ao final da segunda parte do segredo: “Em Portugal, se conservará sempre o dogma da fé, etc.”.

Esta frase foi a base de muita especulação, disseram que a terceira parte do segredo se referia a uma grande apostasia.

Depois da publicação da terceira e quarta memória, o mundo colocou a atenção no segredo de Fátima e nas três partes da mensagem, inclusive no pedido da Virgem para que a Rússia fosse consagrada ao seu Imaculado Coração através do papa e dos bispos do mundo.

No dia 31 de outubro de 1942, Pio XII consagrou não só a Rússia, mas também todo o mundo ao Imaculado Coração de Maria. O que faltou, entretanto, foi a participação dos bispos do mundo.

Em 1943, o bispo de Leiria ordenou que irmã Lúcia escrevesse o terceiro segredo de Fátima, mas ela não se sentia em liberdade de fazê-lo até 1944. Foi colocado em um envelope fechado no qual a irmã Lúcia escreveu que não deveria ser aberto até 1960.

4. A terceira parte do segredo de Fátima foi lida por vários papas.
O segredo se manteve com o bispo de Leiria até 1957, quando foi solicitado (junto com cópias de outros escritos da irmã Lúcia) pela Congregação para a Doutrina da Fé. Segundo o cardeal Tarcísio Bertone, o segredo foi lido por João XXIII e Paulo VI.

“João Paulo II, por sua parte, pediu o envelope que contém a terceira parte do ‘segredo’ após a tentativa de assassinato que sofreu no dia 13 de maio 1981”.

Depois de ler o segredo, o papa percebeu a ligação entre a tentativa de assassinato e Fátima: “Foi a mão de uma mãe que guiou a trajetória da bala”, detalhou. Foi este papa quem decidiu publicar o terceiro segredo no ano 2000.

5. As chaves do segredo: arrependimento e conversão.
O então cardeal Joseph Ratzinger (papa emérito Bento XVI), prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, assinalou que a chave da aparição de Fátima é seu chamado ao arrependimento e à conversão.

As três partes do segredo servem para motivar o indivíduo ao arrependimento e o fazem de uma maneira contundente.

6. A primeira parte do segredo é uma visão do inferno.
A primeira parte do segredo (a visão do inferno) é para muitos a mais importante, porque revela aos indivíduos as trágicas consequências da falta de arrependimento e o que lhes espera no mundo invisível se não se converterem.

7. A segunda parte do segredo é sobre a devoção ao Imaculado Coração.
Na segunda parte do segredo Maria diz:
“Você viu o inferno para onde vão as almas dos pobres pecadores. Para salvá-las, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”.

Depois de explicar a visão do inferno, Maria falou de uma guerra que “iniciará durante o pontificado de Pio XI”.

Esta última foi a Segunda Guerra Mundial, ocasionada, segundo as considerações da irmã Lúcia, pela incorporação da Áustria à Alemanha durante o pontificado de Pio XI.

Veja Mais.

MÊS DE MAIO, MÊS DE MARIA.

UMA NOSSA SENHORA PARA CADA DIA.

NOSSA SENHORA DO BOM PARTO.

NOSSA SENHORA DO BOM PARTO é uma dos títulos marianos atribuídos à Virgem Maria, venerada especialmente como protetora das gestantes e parturientes.

A origem da devoção remonta à Europa medieval, especialmente na França e em Portugal, onde a imagem de Maria passou a ser associada à proteção durante o trabalho de parto, uma época em que a mortalidade materna e infantil era alta. A invocação foi difundida por ordens religiosas e ganhou força especialmente com a atuação das parteiras e dos conventos que cuidavam de gestantes.´

A devoção é marcada por orações específicas pedindo por um parto seguro e saudável. Muitas mulheres recorrem à intercessão de Nossa Senhora do Bom Parto durante a gravidez, e é comum o oferecimento de promessas e votos em forma de agradecimento após o nascimento da criança.

Com a colonização a devoção foi trazida ao Brasil, onde se popularizou principalmente nos séculos XVII e XVIII. Igrejas e capelas dedicadas a Nossa Senhora do Bom Parto foram fundadas em diversas regiões do país, e a santa passou a ser uma das preferidas das mulheres grávidas.

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APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA.

1ª APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA EM FÁTIMA.
13 de maio de 1917.
- Há 108 anos.
RELATO
Naquela manhã de domingo, 13 de maio, depois de assistirem à missa na igreja de Aljustrel, onde moravam, Lúcia, Jacinta, e Francisco, saíram em direção à serra com seu pequeno rebanho de ovelhas. Lúcia disse em com categórico:
- Vamos para as terra de meu pai, na Cova da Iria.

Obedecendo, os outros tocaram as ovelhas, e lá se foram pela Serra de Aire.
Por volta do meio-dia, após terem, tomado seu lanche e rezado o Terço, conforme o pedido que o Anjo lhe havia feito, de súbito, as três crianças viram como que um clarão de relâmpago, que as surpreendeu. Olharam para o céu e, depois, umas para as outras: ficaram mudas e pasmas, pois o horizonte estava limpo e sereno. O que seria?

Lúcia, então ordenou:
- Vamos embora, que pode vir trovoada.
- Pois vamos - disse Jacinta.

A meio caminho, viram um segundo relâmpago, com redobrado susto apertaram o passo, continuando a descer, porém, mal haviam chegado ao fundo da Cova da Iria pararam, confusos e varavilhados: ali, a curta distância, sobre uma carrasqueira de pouco mais de um metro, aparece-lhe a Mãe de Deus.

Segundo as descrições da Irmã Lúcia, era "uma Senhora, vestida toda de branco, mais brilhante que o sol, espargindo luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente". Seu semblante era de inenarrável beleza, nem triste, nem alegre, mas sério, talvez com uma suave expressão de ligeira censura. O vestido, mais alvo que a própria neve, parecia tecido de luz. Tinhas as mangas relativamente estreitas e era fechado ao pescoço, descendo até os pés, os quais, envolvidos por um tênue nuvem, mal eram vistos roçando as folhas da azinheira. Um manto cobria sua cabeça, também branco com bordas de ouro do mesmo comprimento do vestido, envolvendo quase todo seu corpo. As mãos, as trazia juntas a rezar, apoiadas no peito; da direita pendia um lindo rosário de contas como pérolas brilhantes, do qual pendia uma Cruz de intensa luz prateada. Seu único adorno era um delicado colar de ouro, de pura luz, que Lhe caía sobre o peito, do qual pendia uma pequena esfera do mesmo metal, quase à altura da cintura".

Diante da admiração respeitosa dos pastorinhos, a Santíssima Virgem lhes disse com suave bondade, segundo o relato da irmã Lúcia.

- Não tenhas medo. Eu não faço mal.
- De onde é você - lhe perguntei.
- Sou do céu.
- E o que é que você quer?
- Vim pedir que você venha aqui seis meses seguidos, no dia 13 neste mesmo horário. Depois direi quem sou e o que quero. Depois voltarei ainda aqui uma sétima vez.
- E eu também vou para o Céu?
- Sim, vai
- E a Jacinta?
- Também!
- E o Francisco?
- Também, mas tem que rezar muitos Terços.

"Lembrei então de perguntar por duas moças que tinham morrido há pouco. Eram minhas amigas e estavam em minha casa a aprender a tecedeiras com minha irmã mais velha.

- A Maria das Neves já está no Céu?
- Sim, está!
"Maria das Neves parece que devia ter uns dezesseis anos.
- E a Amélia?
- Está no purgatório até o fim do mundo.
" Amélia devia ter de dezoito a vinte anos.
- Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que ele é oferecido e de súplica pela conversão dos pecadores?
- Sim, queremos!
-Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.

"Foi ao pronunciar estas últimas palavras (a graça de Deus, etc.) que abriu pela primeira vez as mãos, comunicando-nos uma luz tão intensa, como que reflexo que delas expedia, que penetrando-nos no peito e no mais íntimo da alma, fazendo-nos ver a nós mesmos em Deus, que era essa luz, mais claramente que nos vemos no melhor dos espelhos. Então, por um impulso íntimo também comunicado, caímos de joelhos e repetíamos intimamente:
- Ó Santíssima Trindade, eu Vos adoro. Meu Deus, meu Deus, e vos amo no Santíssimo Sacramento.

"Passados os primeiros momentos, Nossa Senhora acrescentou:
- Rezem o Terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra.
"Em seguida, começou a se elevar serenamente, subindo em direção ao nascente, até desaparecer na imensidade da distância".

A celeste Mensageira havia produzido nas crianças uma deliciosa impressão de paz e alegria radiante. De tempos em tempos, o silêncio em que tinham caído era cortado por esta jubilosa exclamação de Jacinta:
- Ai que Senhora tão bonita! Ai! que Senhora tão bonita!

Nesta como nas outras aparições, a Virgem Santíssima falou apenas com Lúcia, sendo que Jacinta só via e ouvia o que Ela Dizia. Francisco, entretanto, não A ouvia, mas somente A via.

Quando as duas meninas lhe relataram o que Nossa Senhora disse a respeito dele, ficou muito contente e, cruzando as mãos acima de sua cabeça, exclamou em alta voz:
- Ó minha Nossa Senhora! Terços digo eu quantos Vós quiserdes!

Aquela Senhora tão bonita, como dizia Jacinta, não deu nenhuma ordem para as crianças manterem sigilo sobre a aparição. Mesmo assim, fizeram um "pacto infantil" de segredo, resolvendo não contar nada a ninguém, tal como haviam feito quando o Anjo lhes aparecera.
Como sabemos, crianças não são boas para guardar segredo... e Jacinta tão logo se encontrou com a mãe, correu para contar-lhe o que tinha ocorrido na Cova da Iria. Mas esta não lhe deu nenhum crédito e jugou tratar-se de imaginação infantil.

Mais tarde, durante o jantar com toda a família reunida, jacinta tornou a contar sua história, deixando seu irmão Francisco numa situação bem difícil. Por um lado, não queria mentir e, por outro, não queria quebrar a promessa feita à prima Lúcia. Optou por ficar em silêncio. Porém, ao ser interrogado pelo pai, o qual sabia ser o filho incapaz de mentir, não restou outra saída senão confirmar o que Jacinta acabava de contar.
Foi impossível evitar que a notícia corresse por toda a parte.