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sábado, 11 de janeiro de 2025

OFÍCIO A NOSSA SENHORA

PRIMA OU PRIMEIRA HORA
Reza-se às 6 horas da manhã

Sede em meu favor, Virgem Soberana, livrai-me do inimigo com o vosso valor. 
Glória seja ao Pai, ao Filho, e ao Amor também, que é um só Deus em pessoas três, agora e sempre e sem fim. Amém.

HINO
Deus vos salve, mesa para Deus ornada, coluna sagrada de grande firmeza. Casa dedicada a Deus sempitermo, sempre preservada Virgem do pecado. Antes que nascida fostes, Virgem santa, no ventro do ditoso de Ana concebida.
Sois mãe criadora dos mortais viventes, sois dos Santos porta, dos Anjos Senhora.
Sois forte esquadrão contra o inimigo, Estrela de Jacó, refúgio do cristão.
A Virgem, a criou Deus no Espírito Santo, e todas as suas obras, com elas a ornou.

Ouvi, Mãe de Deus, minha oração, toquem vosso peito os clamores meus.

ORAÇÃO
Santa Maria, Rainha dos céus, Mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhora do mundo, que a nenhum pecador desamparais nem desprezais: ponde, Senhora, em mim os olhos de Vossa piedade, e alcançai-me de vosso amado Filho o perdão de tosos os meus pecados, para que eu, que agora venero com devoção vossa santa e imaculada Conceição, mereça, na outra vida, alcançar o prêmio da bem-aventurada por mercê de vosso benditíssimo Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor, que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina para sempre. Amém.

OFICIO A NOSSA SENHORA;

MATINAS
Reza-se de madrugada

Deus vos salve, Virgem, Filha de Deus Pai!
Deus vos salve, Virgem, Mãe de Deus Filho!
Deus vos salve, Virgem, Esposa do Divino Espírito Santo!
Deus vos salve, Virgem, Templo e Sacrário da Santíssimo Trindade?
Agora, lábios meus, dizei e anunciai os grandes louvores da Virgem Mãe de Deus.

Sede em meu favor, Virgem Soberana, livrai-me do inimigo com o vosso valor. 
Glória seja ao Pai, ao Filho, e ao Amor também, que é um só Deus em pessoas três, agora e sempre e sem fim. Amém.

HINO
Deus vos salve, Virgem Senhora do mundo, Rainha dos céus e das virgens Virgem.
Estrela da manhã, Deus vos salve, cheia de graça divina, formosa e louçã.
Dai pressa, Senhora, em favor do mundo pois vos reconhece como defensora.
Deus vos nomeou já lá "ab aeterno", para Mãe do Verbo com o qual criou, terra, mar e céus, e vos escolheu, quando Adão pecou por esposa de Deus. 
Deus a escolheu já muito dantes, em seu tabernáculo morada lhe deu.

Ouvi, Mãe de Deus, minha oração, toquem vosso peito os clamores meus.

ORAÇÃO
Santa Maria, Rainha dos céus, Mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhora do mundo, que a nenhum pecador desamparai nem desprezais: ponde, Senhora, em mim os olhos de Vossa piedade, e alcançai-me de vosso amado Filho o perdão de todos os meus pecados, para que eu, que agora venero com devoção vossa santa e imaculada Conceição, mereça, na outra vida, alcançar o prêmio da bem-aventurança por mercê de vosso benditíssimo Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor, que com o Pai e o Espírito Santo viver e reina para sempre. Amém.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

CELEBRAMOS HOJE, SANTA FRANCISCA DE SALES.

Celebramos hoje (10/1), 14 dias antes da festa de São Francisco de Sales, santa Francisca de Sales, fundadora de uma congregação. 

Santa Francisca (1844-1914), cujo nome civil era Léonie Aviat, também nasceu na França, tal como o santo, e que foi formada no mosteiro da Visitação de Troyes, pertencente à ordem religiosa fundada pelo Doutor da Igreja.

Na juventude sentiu o chamado vocacional cada vez mais forte. Foi assim que conheceu uma instituição de caridade para jovens trabalhadores fundada pelo beato Padre Louis Brisson, que havia sido seu capelão no mosteiro da Visitação.

O padre queria fundar uma congregação de freiras para instruir as jovens na fé e Léinie se ofereceu para tal missão.

No dia 30 de outubro de 1868, Léonie vestiu o hábito religioso, junto com outra antiga companheira de internato, e assumiu o nome de Francisca de Sales.

Ela professou os votos com uma companheira e nasceu a Congregaçaõ das Oblatas de São Francisco de Sales. Aos poucos as obras em favor das jovens se expandirem em vários países e como superiora enviou missionários para África do Sul e ao Equador.

Teve que sofrer a expropriação de várias de suas obras na França por causa de uma perseguição religiosa que entrou em vigor. Refugiou-se na Itália com o seu conselho, mas continuou promovendo o desenvolvimento da congregação.

Esta grande freira que trabalhou por um futuro melhor para os jovens e os necessitados morreu no dia 10 de janeiro de 1014.

"No centro do seu empenho e do seu apostolado, a Irmã Francisca de Sales coloca a oração e a união a Deus, onde ela encontra a orientação e a força para vencer as provas e dificuldades, e persevera, até ao vim da sua existência, nesta vida de fé, desejando deixar-se conduzir pelo Senhor", disse são João Paulo II durante a missa de canonização em 2001.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

COMO SURGIU A PORTA SANTA E POR QUE ELA EXISTE NA IGREJA.

O Ano Jubilar e as portas santas são tradições profundamente enraizadas na história da Igreja. Mas de onde vêm as portas santas e que significado têm elas para os fiéis?

O padre Edward McNamara, especialista em liturgia, falou sobre sua origem e propósito.

O conceito de porta santa tem as suas raízes no século XV, na basílica de São João de Latrão, catedral de Roma.

Segundo o padre McNamara, o conceito poderia ter origem numa porta da própria basílica, onde criminosos poderiam encontrar asilo político, protegendo-se da polícia ou dos juízes.

"Tanto que o papa, num determinado momento, para evitar abusos, começou a murá-la e a cobri-la", diz o padre McNamara, sugerindo que, com o tempo, a porta começou a adquirir um simbolismo mais espiritual.

Esse significado espiritual foi consolidado na basílica de Santa Maria di Collemaggio em L'Aquila, Itália, basílica construída em 1288 por vontade do papa Celestino V, onde começou a tradição de abrir uma porta especial em determinado momentos.

"A partir daí, no ano de 1300, o papa Bonifácio VIII se inspirou para estabelecer também a ideia da porta santa para um Jubileu", diz o padre.

Desde então, a travessia da porta santa tem sido associada a um Jubileu "puramente espiritual", no qual os fiéis, reunindo certas condições, podem libertar-se do peso do pecado e iniciar uma vida renovada de proximidade com Deus.

Embora a travessia da porta santa seja uma manifestação externa, o seu verdadeiro significado está na disposição interior do fiel. O padre McNamara disse que "passar pela porta santa é só uma manifestação externa de algo que está acontecendo dentro". 

Ao cruzar essa porta, o peregrino evoca o que diz o capítulo 10 do Evangelho de são João: "Eu sou a porta: quem entrar por mim será salvo e poderá entrar e sair, e encontrará pastagens". 

Por isso, o papa Francisco disse que a peregrinação à porta santa "é um convite a cumprir uma passagem, uma Páscoa de renovação, a entrar naquela vida nova que o encontro com Cristo nos oferece". 

A graça do Jubileu inclui a indulgência plenária, que representa a remissão da pena temporal associada ao pecado. No entanto, o padre McNamara diz que esse processo exige também um compromisso interior: "A Igreja pede que não haja apego ao pecado. A fraqueza humana é uma coisa... e estar apegado a um tipo de pecado, mesmo que seja venial, é outra".

Esse desapego implica uma renúncia sincera ao pecado, mesmo que a pessoa tenha consciência da sua fragilidade.

"Você sabe que pode cair novamente, mas não que pecar novamente nessa área", disse o padre ao enfatizar que se trata de "estar livre do apego".

Segundo a liturgista, "a primeira coisa que é necessária" para obter uma indulgência "é fazer uma boa confissão de todos os pecados desde a última Confissão". Também é fundamental receber a Sagrada Comunhão, participar da Santa Missa e rezar pelas intenções do papa, que podem incluir "um credo, algumas Ave-Marias, um Pai Nosso, uma dezena do Rosário, algo muito simples", disse o padre.

Em última análise, a porta santa simboliza a abertura a Cristo e a possibilidade de uma conversão profunda. Como disse o padre McNamara, "o que a indulgência faz é limpar-nos, tornar-nos saudáveis novamente, para que possamos começar do zero a nossa luta para seguir a Cristo e a nossa batalha para viver"
Por: Diego López Marina. 

CELEBRAMOS HOJE, SÃO SEVERINO.

A Igreja celebra hoje (8/1) são Severino de Norico, santo do século V.

Severino foi um homem apaixonado por anunciar o Evangelho e muito preocupado com a salvação da almas. Ele chamava constantemente à conversão e à penitência. Tinha e dom de curar os enfermos e aconselhar os desorientados. Contudo, era fundamentalmente um homem simples e de caridade intensamente vivida: "Se querem ter a bênção de Deus, respeitem muito o que corresponde aos outros", costumava dizer o santo.

São Severino nasceu em Roma em uma família nobre e rica. Para responder o chamado de Deus, quis separar-se do mundo e viver como eremita. Passou alguns anos sob esse regime espiritual até que, comovido pela destruição e morte que as invasões bárbaras deixaram seu trajeto, decidiu colocar-se ao serviço das populações devastadas. Assim, abandonou as terras ao redor de Roma e foi pregar às margens do rio Danúbio, entre a Áustria e a Alemanha.

"Removerei do seu corpo o coração de pedra" (Ez 11,19-20).

Naquela região, ainda província do Império Romano, ficou na cidade de "Asturis", onde profetizou que se os habitantes não se distanciassem dos vícios e voltassem a Deus com orações, sacrifícios e obras de caridade, sofreriam um castigo terrível. Infelizmente, ninguém levou essa previsão em consideração.

Essa rejeição motivou Severino a dirigir-se para Cumaná (ou Cumagenis), província próxima. Não demorou muito para que as hordas dos hunos chegassem da Hungria e deixassem Asturis semidestruída e a sua população massacrada.

"Dar-lhes-ei um coração de carne" (Ez 11,19-10)

Em Comagenis, Severino profetizou também castigos se os habitantes não se convertessem. Ninguém acreditou inicialmente nele, por isso poderia se pensar que a cidade sofreria o mesmo destino de Asturis. No entanto, um sobrevivente dessa localidade chegou a Cumanegis e testemunhou o que aconteceu com a sua cidade de origem: ninguém em Asturis deu ouvidos aos avisos de Severino; e como não ouviram a voz do homem que os queria ajudar, não se prepararam para defender a sua terra e continuaram a viver levianamente.

Quando os hunos chegaram, cometeram mil atrocidades sem encontrar resistência. Em Comagenis, então, os moradores foram rezar nos templos, fecharam cantinas e locais de má convivência, e mudaram de comportamento fazendo sacrifícios e penitências. A população, instruída, organizou-se para se defender e deter o invasor. Infelizmente, toda a preparação e esforço de defesa pareciam insuficientes.

Foi nesse momento que aconteceu algo que mudou o rumo dos acontecimentos: enquanto o inimigo estava à espreita, ocorreu na região um terremoto de tal magnitude que os humos ficaram com medo. Eles consideraram o que aconteceu como um sinal de mai presságio. Assim os invasores decidiram fugir e não entrar na cidade.

Terminado o episodio, são Severino conquistou o respeito de todos, até mesmo dos bárbaros que se apavoraram só de ouvir seu nome. A partir de então, foi Severino quem se tornou o defensor dos povoados invadidos e de suas vitimas.

Sua fama aumentou ainda mais por causa das curas milagrosas que fazia. Ele não era um "simples taumaturgo". Severino ensinava que às vezes Deus permite o sofrimento como meio de chegar até Ele. Precisamente, a tradição conta uma curiosa história em que o santo diz ao seu discípulo Bonoso: "Se você está doente, pode se tornar santo. Mas se você estiver muito saudável, pode se perder". E o fato é que, durante 40 anos, Bonoso sofreu de uma doença dolorosa. Bonoso finalmente entendeu que Deus havia usado aquele sofrimento para torná-lo mais santo, mais forte e mais completo.

São Severino gostava de repetir frases da Bílblia e de lembrar sempre que todo pecado tem consequências e que, em muitas ocasiões, dada a gravidade ou insistência da falta, os castigos podem vir do céu.

Durante 30 anos Severino dedicou-se a fundar mosteiros. Ele caminhou descalço pelas imensas planícies da Áustria e da Alemanha, mesmo durante o inverno, mesmo que nevasse. A simplicidade no vestir, usava uma túnica surrada, e a vocação para o serviço lhe rendeu o carinho de todos.

No dia 6 de janeiro de 482, teve a premonição da sua própria morte e mandou chamar as autoridades civis da cidade de Noricum (a província do Império onde vivia) para lhes pedir que respeitassem os direitos dos demais se quisessem ter a bênção de Deus. "Ajudem os necessitados e se esforcem por ajudar o máximo possível os mosteiros e os templos", pediu o santo.

Severino morreu em 8 de janeiro de 482 depois de repetir as palavras do Salmo 150: "Todo ser que respira louva e Iahweh". Seis anos depois, seu túmulo foi aberto e seu corpo foi encontrado incorrupto. Quando levantaram suas pálpebras, os que faziam a exumação viram que seus olhos azuis brilhavam como quando ele estava vivo. Suas relíquias estão hoje em Nápoles, Itália.  

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

QUEM ERAM OS REIS MAGOS E POR QUE SE CHAMAM MELCHIOR, GASPAR E BALTAZAR.

A Epifania do Senhor, recorda a adoração dos Reis Magos ao Menino Jesus em Belém. Mas, será que Reis Magos eram reis ou magos e seus nomes eram mesmo Melchior, Gaspar e Baltazar? Um sacerdote e teólogo fala sobre estas questões.

Padre Miguel Fuentes, do Instituto do Verbo Encarnado (IVE), afirma no que "o temo 'magos' (magoi) que aparece em Mt 2,1 se refere àqueles que eram denominados 'sábios' na antiguidade'".

"Neste caso, foram homens sábios que vieram do 'Oriente' (Mt 2,1), que pode ser uma referência a Arábia, Mesopotâmia ou algum outro território mais a leste da Palestina".

Padre Fuentes afirma que "o fato de terem sido guiados por uma estrela (Mt 2,2) sugere que eles eram instruídos em astrologia (astronomia) ou em ciência da navegação e cálculo do tempo por meio das configurações estelares".

"Além de uma tribo de Média chamada assim, os magos aparecem, em sua primeira época, como uma casta sacerdotal de Média e da Pérsia. Eles se dedicaram ao estudo da sabedoria. Estrabão diz que eles eram 'zelosos observadores da justiça e da virtude'. E Cícero diz que eles são 'a classe de sábios e doutores na Pérsia'".

Padre Fuentes assinala que foi o escritor e teólogo Orígenes, do século III, "quem disse pela primeira vez que foram três magos em virtude dos três presentes oferecidos ao Menino".

O sacerdote afirma ainda que, "antes do século VI, nenhum autor afirmava expressamente que eles eram reis, com exceção de Tertuliano, que sugeriu que eles eram 'quase reis'".

"Isto se tornou popular por interpretar assim a referência ao Salmo 72,10 (os reis da terra se prosternarão e lhe oferecerão os seus dons) que parece estar implícita no relato de são Mateus".

"A arte já os apresenta como reis desde o século VIII, enquanto nas pinturas das catacumbas da santa Priscila, no início do século II-IV, são representados apenas como nobres persas", afirma.

No entanto, diz, "o Novo Testamento não fala sobre o número nem sobre a sua suposta realeza".

A partir do século VIII, continua padre Fuentes, os Reis Magos "receberam nomes, com algumas variações (os primeiros foram Bithisarea, Melchior e Gathaspa)".

"Os nomes atuais de Gaspar, Melchior e Baltazar, foi-lhes atribuído no século IX pelo historiador Agnello, em sua obra 'Pontificalis Ecclediae Ravennatis'".

Na Idade Média, eles foram até mesmo venerados como santos. a cena dos magos adorando o Menino Jesus se tornou o tema favorito na arte dos baixos-relevos, miniaturas e vitrais". 

SETE COISAS QUE TALVEZ NÃO SAIBA SOBRE A EPIFANIA E OS REIS MAGOS.

A Igreja celebra em 6 de janeiro a Epifania (manifestação) do Senhor, que faz referência à seguinte passagem da visita dos Magos do Oriente ao Menino Jesus: "Entretanto na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas; ouro, incenso e mirra" (Mt 2,11). No Brasil, esta festa é sempre transferida para o domingo mais próximo e, por isso, é celebrada no dia 6 de janeiro.

Confira a seguir sete coisas que talvez você não sabia acerca dos Reis Magos e da Epifania.

1. A Igreja celebra três Epifanias
A festa dos Reis Magos ou Dia dos Santos Reis é conhecida como Epifania, palavra que em grego significa manifestação, no sentido de que Deus se revela e se manifesta.
Entretanto, a Igreja celebra como Epifanias três manifestações da vida de Jesus: a Epifania diante dos Magos do Oriente (manifestação aos pagãos), A Epifania do Batismo do Senhor (manifestações aos judeus) e a Epifania das bodas de Caná (manifestações aos seus discípulos).

2. É a segunda festa mais antiga
A festa da Epifania é uma das mais antigas dos cristãos, provavelmente a segunda depois da festa da Páscoa. Teve início no Oriente e logo passou a ser comemorada no Ocidente, por volta do século IV.
Dizem que no princípio os cristãos comemoravam as três epifanias em uma mesma data. Inclusive, em algumas igrejas orientais, nesta festa comemoram o nascimento de Cristo, mas foi somente até o século IV, quando começou a festividade romana do Natal.
Na Idade Média, a Epifania pouco a pouco passou a ser mais conhecida como a festa dos Reis Magos. Atualmente, a Igreja Católica celebra as três epifanias em diferentes datas do calendário litúrgico.

3. Um santo definiu a data
Alguns estudos comprovam que a Epifania passou a ser celebrada no dia 6 de janeiro porque neste dia era comemorado o nascimento de Aion, o deus pagão da metrópole de Alexandria, que supostamente estava relacionado com o deus sol. Do mesmo modo, também porque desde esta época, celebravam no Egito o solstício de inverno no dia 6 de janeiro.
No século IV, santo Eusébio de Cesárea e são Jerônimo, assim como santo Epifânio no século VI, disseram que os reis encontraram o Menino antes de completar dois anos de idade.
Entretanto, santo Agostinho (séculos IV e V) em seus sermões sobre a Epifania afirmou que chegaram 13 dias depois do nascimento do Senhor. Ou seja, no dia 6 de janeiro do calendário atual.

4. Reis por tradição
São Mateus, o único evangelista que fala sobre os Reis Magos na Bíblia, explica que eram do Oriente, uma região que, para os judeus era os territórios da Arábia, Pérsia ou Caldeia. Por outro lado, os orientais chamavam os doutores de "magos".
"Mago" na língua persa significava "sacerdote" e justamente os magos ("magoi" em grego) eram um grupo de sacerdote persas ou babilônios. Eles não conheciam a revelação divina como os judeus, mas estudavam as estrelas a fim de procurar Deus.
A tradição chamou de "reis" aos magos de acordo com o Salmo 72 (10-11) que diz: "Os reis de Társis e das ilhas trarão presentes; os reis da Arábia e Etiópia oferecerão dons. E todos os reis se prostrarão perante ele; todas as nações o servirão".

5. Poderiam ser mais de três
São Leão Magno e são Máximo do Turim, séculos IV e V respectivamente, falam de três magos provavelmente não por se apoiar em alguma tradição, mas sim talvez pelos três presentes que descreve o evangelista.
Nos primeiros séculos há representações pictóricas nas quais aparecem dois, quatro, seis e até oito magos. Entretanto, o afresco mais antigo da adoração dos magos data do século II e se encontra em um arco da capela grega das catacumbas romanas de Priscila e alia aparecem três.

6. A origem de seus nomes fisionomias e presentes
Os nomes dos magos não aparecem nas Sagradas Escrituras, mas a tradição lhes deus certos nomes. Em um manuscrito do final do século VII, aparece que se chamavam Bitisarea, Melchor e Natasa, mas, no século IX, começou-se a propagar que eram Gaspar, Melchior e Baltazar.
Melchior é caracterizado geralmente como um idoso branco com barba e representação da região europeia e oferece ao Menino o ouro pela realeza de Cristo. 
Gaspar representa a área asiática e leva o incenso pela divindade de Jesus. 
Baltazar é negro pelos provenientes da África e presenteia o Salvador com mirra, substância que se utilizava para embalsamar cadáveres e simboliza a humanidade do Senhor.
Na época em que se começou a representá-los com estas características não se tinha conhecimento da América. Além disso, os três fazem referência às idades do ser humano: juventude (Gaspar), maturidade (Baltazar) e velhice (Melchior).

7. A estrela teria sido uma conjunção de planetas
Sobre a estrela de Belém que os Reis Magos viram, foram construídas várias hipóteses. Inicialmente, dizia-se que foi um cometa, mas estudos de astronomia revelam que, ao que tudo indica, deveu-se à conjunção dos planetas Saturno e Júpiter na constelação de Peixes.
Neste sentido, os Reis Magos possivelmente decidem viajar em busca do Messias porque, na antiga astrologia, Júpiter era considerado como a estrela do Príncipe do mundo; a constelação de Peixes, como o sinal dos tempos; e o planeta Saturno no Oriente, como a estrela da Palestina.
Ou seja, presume-se que os "sábios do Oriente" entenderam que o Senhor do final dos tempos apareceria naquele ano na Palestina.
É provável que os Reis Magos soubessem algumas profecias messiânicas dos judeus e, por isso, chegaram a Jerusalém, ao palácio de Herodes, perguntando pelo rei dos judeus. 

CELEBRAMOS HOJE A EPIFANIA DO SENHOR

A Igreja celebra hoje (6/1) a solenidade da Epifania (manifestação) do Senhor. O Evangelho nos apresenta a passagem dos três Reis Magos que oferecem presentes ao Menino Jesus.

Os magos buscavam Deus nas estrelas e no palácio, mas o encontraram em um humilde presépio com Maria, sua mãe. Levaram-lhe presentes: ouro por sua realeza, incenso por sua divindade e mirra por sua humanidade. Entretanto, foram eles que saíram presentados porque viram o Salvador do mundo.

Evangelho: Mateis (2,1-12).
1Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na judeia, no tempo do rei Herodes, eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, 2perguntando: "Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo". 
3Ao saber disso, o rei Herodes ficou perturbado, assim como toda a cidade de Jerusalém. 4Reunidos todos os sumos sacerdotes e os mestres da Lei, perguntava-lhes onde o Messias deveria nascer. 5Eles responderam: "Em Belém, na Judeia, pois assim foi escrito pelo profeta: 6E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe que vai ser o pastor de Israel, o meu povo".
7Então Herodes chamou em segredo os magos e procurou saber deles cuidadosamente quando a estrela tinha aparecido. 8Depois os enviou a Belém, dizendo: "Ide e procurai obter informações exatas sobre o menino. E, quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-lo".
9Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino. 10Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram um alegria muito grande. 11Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra. 12Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra, seguindo ouro caminho.

domingo, 5 de janeiro de 2025

CELEBRAMOS HOJE SÃO JOÃO NEUMANN

"Não me arrependi jamais de ter me dedicado à Missão na América", escreveu uma vez o missionário são João Nepomuceno Neumann, quarto bispo da Filadélfia, nos Estados Unidos, e fundador do primeiro sistema de educação católica neste país. A festa deste grande religioso redentorista é celebrada hoje (5/1).

Neumann nasceu na Bohemia, atual República Tcheca, em 1811. Frequentou a escola em Budweis, onde entrou para o seminário em 1831. Quando já tinha completado sua preparação para ser ordenado, seu bispo decidiu que não realizaria mais ordenações. 

João Escreveu para vários bispos, mas nenhum queria sacerdotes naquele momento. No entanto, o santo não se desanimou, aprendeu inglês, trabalhando em uma fábrica e, assim, pôde escrever aos bispos dos Estados Unidos.

O bispo de Nova York aceitou ordená-lo e, por isso, teve que deixar sua família e migrar para uma terra distante. Nos Estados Unidos, tornou-se um dos 36 presbíteros para 200 mim católicos e sua paróquia ia desde Ontario, no Canadá, até a Pensilvânia. 

Passava a maior parte do tempo visitando os povoados, subindo montanhas para visitar os doentes, ensinando em cabanas e, quando não encontrava uma capela ou um altar, celebrava a missa numa simples mesa. Fazia de tudo para que seus fiéis não ficassem sem os sacramentos.

Com o tempo, sentiu o chamado a ingressar em uma comunidade religiosa e ingressou aos redentoristas . Fez sua profissão em Baltimore em 1842. Destacou-se por sua piedade e amabilidade. Graças ao sue conhecimento de seis idiomas, estava apto para o trabalho na sociedade norte-americana daquele tempo, onde também havia muito migrantes.

Em 1847, foi nomeado visitador dos redentoristas nos Estados Unidos. Ao fim de seu serviço, seus irmãos religiosos estavam melhor preparados para ser uma "província ou inspetoria religiosa" autônoma. Fato que se concretizou em 1850.

Padre Neumann foi ordenado bispo da Filadélfia em 1852. Organizou um sistema diocesano de escolas católicas e se tornou fundador da educação católica no país. Do mesmo modo, fundou as Irmãs da Ordem Terceira de São Francisco, para ensinar nas escolas, e construiu mais de 80 igrejas durante seu episcopado.

São João Nepomuceno Neumann era de baixa estatura, e, embora nunca tenha tido uma saúde robusta, realizou uma grande atividade pastoral e literária. Escreveu muitos artigos em revistas, jornais católicos, publicou dois catecismos e até uma história da Bíblia para estudantes.

Em 5 de janeiro de 1860, com apenas 48 anos, morreu de repente enquanto caminhava pela rua, antes mesmo que pudesse receber os últimos sacramentos. Foi beatificado em 1963 pelo papa Paulo VI e canonizado em 1977 pelo mesmo pontífice.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

CELEBRAMOS HOJE A SOLENIDADE DE SANTA MARIA MÃE DE DEUS.

A Solenidade de Santa Maria Mãe, Mãe de Deus é a primeira Festa Mariana que apareceu na Igreja Ocidental, começou a ser celebrada em Roma no século VI, provavelmente junto com a dedicação (no dia 1° de janeiro) do tempo "Santa Maria Antiga" no Foro Romano, uma das primeiras igrejas mariana de Roma.

A antiguidade da celebração mariana pode ser constatada nas pinturas com o nome de "Maria, Mãe de Deus" (Theotókos) que foram encontradas nas Catacumbas ou antiquíssima subterrâneas que estão cavados debaixo da cidade de Roma, onde se reuniam os primeiros cristãos para celebrar a Missa no tempos das perseguições.

Mais adiantes, o rito romano celebrava no dia 1° de janeiro a oitava de Natal, comemorando a circuncisão do Menino Jesus. Após desaparecer a antiga festa mariana, em 1931, o Papa Pio XI, por ocasião do XV centenário do concílio de Éfeso (431), instituiu a Festa Mariana para o dia 11 de outubro, em memória deste Concílio, no qual se proclamou solenemente a Santa Maria como verdadeira Mãe de Cristo, que é verdadeiro Filho de Deus; mas na última reforma do calendário (logo após o concílio Vaticano II) a festa foi transferida para o dia 1° de janeiro, com a máxima categoria litúrgica, de solenidade, e com título de Santa Maria, Mãe de Deus.

Desta maneira, esta Festa Mariana encontra um marco litúrgico mais adequado no tempo de Natal do Senhor; e ao mesmo tempo, todos os católicos começamos o ano pedindo a proteção da Santíssima Virgem Maria.

O Concílio de Éfeso.
No ano de 431, o herege Nestor atreveu-se a dizer que Maria não era Mãe de Deus, afimando: "Então Deus tem uma mãe? Pois então não condenemos a mitologia grega, que atribui uma mãe aos deuses". Frente a isso, 200 bispos do mundo se reuniram em Éfeso (a cidade onde a Santíssima Virgem passou seus últimos anos) e iluminados pelo Espírito Santo declararam: "A Virgem Maria é Mãe de Deus porque seu Filho, Cristo, é Deus". E acompanhamos por todo o gentio da cidade que os rodeava portanto tochas acesas, fizeram uma grande procissão cantando: "Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores agora e na hora de nossa morte. Amém.

Também São Cirilo de Alexandria ressaltou: "Dir-se-á: a Virgem é mãe da divindade? A isso respondemos: o Verbo vivente, subsistente, foi gerado pela mesma substância de Deus Pai, existe desde toda a eternidade... Mas no tempo ele se fez carne, por isso pode-se dizer que nasceu de mulher".

Mãe do Menino Deus
É a partir desse fiat, faça-se que Santa Maria respondeu firme e amorosamente ao Plano de Deus; graças a sua entrega generosa Deus mesmo pôde se encarnar para nos trazer a Reconciliação, que nos livra das feridas do pecado.

A donzela de Nazaré, a cheia de graça, ao assumir em seu ventre o Menino Jesus, a Segunda pessoa da Trindade, torna-se a Mãe de Deus, dando tuto de si para seu Filho: vemos pois que tudo nela aponta a seu Filho Jesus.

É por isso, que Maria é modelo para todo cristão que busca dia a dia alcançar sua santificação. Em nossa Mãe Santa Maria encontramos a guia segura que nos introduz na vida do Senhor Jesus, ajudando-nos a conformar-nos com Ele e poder dizer como o Apóstolo "vivo eu mas não eu, é Cristo que vive em mim".