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terça-feira, 23 de julho de 2024

HISTÓRIA DOS PAPAS.

PAPA SÃO CLETO
3° Papa da Igreja
Cleto era filho de Emiliano e patrício romano de nascimento. Papa durante os impérios de Vespasiano e Tito, foi discípulo de São Pedro, acompanhando-o em suas viagens apostólicas pelo sul da Itália. Quando São Pedro o encarregou de fazer o mesmo, Cleto estabeleceu a primeira comunidade cristã em Ruvo, na Puglia. Hoje, a gruta subterrânea onde se reunia com seu rebanho é preservada como a Cripta de São Cleto, debaixo da Igreja do Purgatório em Ruvo, onde sua festa tradicional, de 26 de abril, ainda é celebrada.

A cripta da igreja era uma fonte e reservatório da era romana. Nela há um pequeno altar diante dum pilar contendo uma estátua de São Cleto; de cada lado, dois pequenos tanques onde ele batizava ruvianos secretamente. Sua experiência orientando e protegendo a pequena comunidade foi-lhe útil quando da sua convocação para Roma após o martírio de São Lino.

Cleto dividiu Roma em 25 paróquias e começou a prática, desde então continuada, de iniciar as cartas papais com as palavras "Saúde e Bênção Apostólica". Escolheu um local particular na Colina do Vaticano para o sepultamento dos papas, ao lado do túmulo de São Pedro, e erigiu ali uma capela. A igrejinha foi a primeira encarnação da grande Basílica de São Pedro que vemos hoje. Martirizado durante o império de Domiciano, também ele foi sepultado na Colina do Vaticano.

Pontos importantes do pontificado de São Cleto:
• Consolidação do Cristianismo: São Cleto teve um papel crucial na consolidação e expansão do cristianismo no Império Romano, em um período marcado por perseguições.

• Veneração como Santo: Reconhecido por sua fé e liderança, São Cleto é venerado como santo pela Igreja Católica. Seu dia de festa é celebrado em 26 de abril.

• Contribuições:
- Ordenou 25 sacerdotes.
- Supervisionou a construção de seu túmulo perto do túmulo de São Pedro.
- Teve seu nome erroneamente divido em "Cleto" em algumas fontes, levando à crença em dois papas distinto, erro corrigido posteriormente.

São Cleto é lembrado como um líder forte e dedicado que guiou a Igreja primitiva em termo difíceis. Sua fé e compromisso com a propagação do cristianismo o tornaram um exemplo inspirador para os fiéis.

sábado, 6 de julho de 2024

TÍTULOS DE NOSSA SENHORA.

NOSSA SENHORA DAS ROSAS


A devoção a Nossa Senhora das Rosas teve início no século XV e está relacionada a dois milagres que ocorreram entre os dias 03 e 04 de janeiro de 1417, na região italiana da Brescia. Na ocasião, dois comerciantes forasteiros viajavam rumo à cidade de Bérgamo, quando se perderam no bosque de Albano e não encontravam a estrada, que estava coberta pela neve. Não fazia ideia de que já estavam a apenas oito quilômetros da cidade. Com  medo de serem roubados, imploraram ajuda a Jesus invocando confiantemente Nossa Senhora, e prometeram erguer uma capela em homenagem a ela assim que eles se salvassem. No mesmo instante, um feixe de luz desceu dos Céus e os conduziu até a cidade. Sabendo que o que ocorreu foi um milagre e ainda rezando, viram Nossa Senhora sentada em um trono de nuvens com rosas ao seu redor e o Menino Jesus sentado nos seus com rosas nas mãos.

No dia seguinte, foram até o Bispo de Bérgamo e disseram sobre o milagre que receberam, a aparição de Nossa Senhora e a promessa que fizeram de construir uma igreja em honra a Maria. Assim, com a doação que os comerciantes fizeram, foi construída no Monte de Bérgamo, atual Monte Róseo, a igreja de Nossa Senhora da Rosas, que teve sua inauguração em maio de 1418. Além disso, os forasteiros também adquiriram um terreno no bosque onde ocorreu o milagre com eles e ergueram mais uma capela dedicada à Nossa Senhora das Rosas. 

Na capela de Nossa Senhora das Rosas, no ano de 1855, os habitantes de Albano rezaram implorando a intercessão da Virgem das Rosas para acabar com a cólera, que assolava a população. Após o fim da epidemia foi erguido o Santuário de Nossa Senhora das Rosas de Albano. No ano de 1877, o dia 04 de janeiro foi decretado pelo Vaticano como a data da celebração oficial do culto a Nossa Senhora das Rosas. Além disso, em 1920, houve a coroação canônica da Virgem das Rosas.

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DAS ROSAS
Ó doce Mãe de Deus, que quisestes apresentar-vos entre as mais lindas rosas, simbolizando a beleza e o perfume do paraíso, dignai-vos conceder a nós, que a vós recorremos cheios de fé, a graça de fazer tudo o que estiver ao nosso  alcance para que cheguemos, ao término de nossa vida, ao desfecho glorioso no céu, junto de Deus, de vós, dos santos e dos anjos, amém. 

segunda-feira, 1 de julho de 2024

ORAÇÃO DE JULHO.


Deus de amor e misericórdia, nós vos louvamos, glorificamos e adoramos, pois pela vossa graça, e somente por ela, fazeis correr vida em nossas vidas. Olhai com bondade para vossos filhos que necessitam de fossa inefável presença. Celebrando as festas dos Apóstolos São Tomé e São Tiago Maior, possamos sempre crer na vossa presença sem mesmo vos tocar e anunciar-vos sem temor em todas as nações. Celebramos ainda neste mês Santa Paulina, São Bento e São Camilo de Lellis: guiados  por seus exemplos de fidelidade no seguimento do Cristo crucificado, possamos ser sempre fidedignos em nosso peregrinar e fazer com alegria a vossa vontade, servindo a toda criação. Que Nossa Senhora do Carmo possa sempre auxiliar-nos na missão a entregar nossos louvores a seu amado Filho. Amém!
Frei Felipe Medeiros Carretta. 

sábado, 29 de junho de 2024

TÍTULOS DE NOSSA SENHORA

NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO
Nossa senhora do Perpétuo Socorro é um dos títulos Marianos mais conhecidos da Igreja Católica. Sua festa litúrgica é comemorada no dia 27 de Junho.

A imagem que hoje veneramos, é um ícone do estilo bizantino, feito por um autor desconhecido, e seu aspecto é inspirado nas iconografias de Nossa Senhora pintados por São Lucas Evangelista.

Segundo a tradição, o ícone foi trazido de Creta, Grécia, por um negociante que havia roubado no século XV. Pensando em conseguir algum dinheiro com a venda da imagem, este homem levou-a até Roma, porém, durante o trajeto pelo mar Mediterrâneo, uma tempestade quase fez o navio naufragar. Ao chegar em Roma, ele adoeceu gravemente e, por isso, procurou a ajuda de uma amigo. No seu leito de morte, o comerciante, arrependido, contou ao amigo que roubou o quadro e pediu a ele que o devolvesse a uma igreja. Este prometeu devolver a obra de arte sacra, mas depois mudou de ideia e morreu, sem ter cumprido a promessa feita ao amigo comerciante.

Para que se cumprissem os desígnios divinos, a Santíssima Virgem Maria apareceu a uma menina de seis anos, familiar de quem portava o ícone, e "mandou-lhe dizer à mãe e à avó que o quadro devia se colocado na Igreja de São Mateus Apóstolo, situada entre as basílicas de Santa Maria Maior e São João Latrão, sob o título de Perpétuo Socorro". Em obediência, o ícone foi devolvido e exposto na igreja de São Mateus em 27 de março de 1499. A partir do século XVI,  a devoção começou a se divulgar em toda Roma e, anos mais tarde, pelo mundo inteiro. Nessa Igreja, a imagem foi venerada durante os 300 anos seguintes.

Em uma invasão, a Igreja de São Mateus foi destruída. Os agostinianos que guardavam a Obra, levaram-na para um lugar oculto, onde permaneceu esquecida por 30 anos. Um monge muito devoto, antes de morrer, contou a história a um coroinha, que, tempo depois, se tornou padre Redentorista e ajudou a reencontrar o ícone.

Em 1866, o Papa Pio IX entregou a guarda da imagem aos Redentoristas e fez esta recomendação: "Fazei com que todo o mundo conheça esta devoção". Fizeram, então, muitas cópias do ícone e a difundiram por todas as partes do mundo.

Atualmente, o quadro original encontra-se na Igreja de Santo Afonso, em Roma.

No local da igreja destruída ergueu-se uma nova Igreja e também a proposta de renovação de fé e propagação da imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Para que o objetivo fosse cumprido, o Papa ainda mandou fazer algumas cópias da imagem e espalhou-se entre outras igrejas para que sua popularidade aumentasse ainda mais e desde então não parou mais.

HISTÓRIA COMPLETA (Link Abaixo)
https://www.peregrinusfidei.net/p/nossa-senhora-do-perpetuo-socorro.html

sexta-feira, 28 de junho de 2024

HISTÓRIA DOS PAPAS

 265° PAPA DA IGREJA.
O papa que uniu fé e razão, esperança e caridade.

Joseph Aloisius Ratzinger nasceu no dia 16 de abril de 1927, em Marktl am Inn, uma pequena vila da Baviera, as margens do rio Inn na Alemanha. É o caçula, tendo dois irmãos: um rapaz, Goerg. e uma moça, Maria. Nasceu numa família modesta, descendente de pequenos agricultores e artesões. Seu pai, Joseph, foi comissário de polícia, e sua mãe Maria, antes de dedicar-se integralmente às tarefas do lar, trabalhou como cozinheiro em hotéis. 

Seus piedosos pais o batizaram no mesmo dia de seu nascimento. Desde o início de sua vida eles o instruíram na fé católica e lhe ensinaram o valor infinito do sacrifício de Cristo. Eram tempos difíceis, em que atmosfera política cinzenta e cruel prenunciava um novo tempo de perseguições - Hitler havia sido nomeado Chanceler em janeiro de 1933, dando início ao terror nazista.

Em 1937, a família mudou-se para a pequena cidade de Traunstein, na fronteira com a Áustria.

Essa vila testemunhou os primeiros anos de juventude de um futuro Papa. Foi naquele local, com cerca de onze mil habitantes, que o pequeno Joseph Ratzinger, aos dez anos, recebeu os rudimentos de uma educação humanística e cristã. No ginásio aprendeu o latim, língua universal da Igreja, base importantíssima para cumprir a futura vocação sacerdotal.

Já movido pelo amor a Cristo, em 1939 ingressou no seminário menor de Traunstein. Porém uma nação envenenada pela megalomania  nazista não mais enxergava a necessidade dos sacerdotes. À moda do tiranos, Hitler pretendia transformar cada jovem num soldado, fosse pelo convencimento ou pela força. Foi esse o primeiro teste de fé do jovem Joseph. Certamente lembrou-se do Evangelho, quando a Sagrada Família havia sofrido as perseguições de Herodes. Sem dúvida pensou também na flagelação de Cristo ao ver seu pároco se açoitado pelos nazistas minutos antes da celebração da Santa Missa. Com o início da Segunda Guerra Mundial, o seminário foi fechado. Restou ao jovem Joseph a coerção do alistamento à juventude hitlerista.

Não é preciso dizer que essa adesão forçada foi feita a contragosto do jovem. Empenhado em mobilizar as energias da juventude em prol do seu projeto de guerra, o partido nazista promovia encontros frequentes no intuito de estimular o culto idolátrico à figura do Führer, introjetando nas mentes ainda imaturas o delírio nazista. Joseph Ratzinger, então com quatorze anos, faltava a todas as reuniões desta danosa seita. Que dias tenebrosos para um rapaz que só queria Jesus! Ser obrigado a exteriormente ter parte numa guerra e num projeto de mundo anticristão, mas interiormente opor-se a ele com todas as fibras do seu ser.

Grande era a maturidade e vida interior desse adolescente. Em 1943, aos 16 anos, foi alistado à força numa divisão da Wehrmacht, responsável pela defesa aérea da Alemanha; e por três anos viveu em oposição espiritual e interior à força acachapante de um Estado que se impunha sobre todas as vontades individuais. Sua resistência não passou despercebida aos seus perversos inspetores. 

Em 1944, já dispensado do serviço militar, foi enviado a um campo de trabalhos forçados em Burgenland. Aquele jovem, que só queria se obediente à Igreja Católica, foi forjado desde cedo na objeção interior aos caprichos de um Estado assassino. 

Levado em seguida para o quartel de infantaria em Traunstein, finalmente desertou. Em 8 de maio de 1945, em plena rendição alemã Joseph foi levado preso a um campo de prisioneiro em Bad Aibling, mas foi logo libertado, retornando então à casa paterna em Traunstein.

Os tempos de terror haviam terminado. Joseph, desta vez junto do seu irmão Georg, decidiu retornar ao seminário. De 1946 a 1951 estudou filosofia e teologia na Escola Superior de Frisinga e na Universidade de Munique. 

Foi ordenado em 29 de junho de 1951. Agora, elevado à dignidade sacerdotal, demonstrava ter não apenas uma fé exemplar, mas também uma inteligência brilhante. Esse maravilhoso dote cultivado levou-o a ser designado professor na mesma Escola de Frisinga, apenas um ano após a ordenação.

Realizou estudos de mestrado sobre Santo Agostinho, em 1953, e de doutorado sobre a teologia da história de São Boaventura em 1957. Trilhou, ao lado da missão sacerdotal, uma importante carreira intelectual nas principais universidades alemãs.

No período de 1957 a 1968, Joseph Ratzinger ganhou posição de relevo entre os maiores teólogos do seu tempo, um verdadeiro guardião da doutrina católica. Seus méritos intelectuais lhe garantiram a participação como "perito" no Concílio Vaticano II.

Em 25 de março de 1977, o Papa Paulo VI nomeou-o Arcebispo de Monastério em Frisinga. No Consitório de 27 de junho do mesmo ano, foi elevado ao cardinalato. Nesse período, sua atuação na Sé Apostólica ganhou força. Durante o pontificado de seu amigo, o Papa João Paulo II, foi relator de um importante sínodo dos Bispos (1980) sobre o estado da família cristã no mundo contemporâneo.

No anos seguinte o Papa nomeou-o Prefeito da Congregação para Doutrina da Fé, órgão responsável por analisar a integridade da fé e da doutrina na Igreja, sobretudo no próprio clero. Nessa época, foi presidente da comissão que preparou o atual Catecismo da Igreja Católica. Junto de João Paulo II, foi um ferrenho opositor da corrente herética que se denominou Teologia da Libertação, muito forte no Brasil e na América Latina.

Essa longa e frutuosa amizade entre o Papa e o Cardeal alcançou o ponto máximo na Via Sacra celebrada na Sexta-Feira Santa do ano de 2005. O Papa João Paulo II encontrava-se bastante abatido por sua enfermidade. Sobre o solo sagrado do Coliseu, outrora regado com seu sangue dos mártires, ouviu seu amigo recitar as meditações durante a Via Crucis. Sem saber, aquele que proferia os mistérios de cada passo do sacrifício de Cristo se tornaria o seu sucessor na Cátedra de Pedro. Em uma de suas reflexões, o cardeal Ratzinger disse palavras proféticas: "Quantas vezes se abusa do Santíssimo Sacramento, da sua presença, frequentemente como está vazio e ruim o coração onde Ele entra! Tantas vezes celebramos apenas a nós próprios, sem nos darmos conta sequer d'Ele! Quantas vezes se contorce e abusa da sua Palavra! Quão pouca fé existe em tantas teorias, quantas palavras vazias! Quanta sujeira há na Igreja, e precisamente entre aquele que, no sacerdócio, deveriam pertencer completamente a Ele. Quanta soberba, quanta autossuficiência!

Em 2 de abril de 2005 morre o Papa polonês. No dia seguinte, ainda sob o impacto daquela perda inestimável, Ratzinger profere as seguintes palavras, em Subiaco, na Itália: "Precisamos de homens como Bento de Núrsia, que, num tempo de dissipação e decadência, mergulhou na solidão mais extrema, conseguindo, depois de todas as purificações que teve que sofrer, alcançar a luz. Voltou e fundou Montecassino, a cidade sobre o monte que, com tantas ruíndas, reuniu as forças com as quais se formou um mundo novo. Assim Bento, como Abraão, tornou-se pai de muitos povos". Está aqui, providencialmente, um sinal do nome de um novo Papa.

No dia 19 de abril, a fumaça branca surge na chaminé da Capela Sistina, indicando que o Consistório havia decidido, inspirado pelo Espírito Santo, Sangrar um novo Papa, Joseph Aloisius Ratzinger, o jovem filho de Maria e José, que enfrentou uma guerra, notável intelectual da Igreja, tornou-se sucessor de Pedro.

O nome
Joseph Ratzinger escolheu  o nome de Bento XVI em honra a São Bento, o grande santo da Igreja, patrono da Europa e pai de inúmeros mosteiros (beneditinos). O nome Bento deu mote ao seu pontificado, voltado à luta contra o neopaganismo e restauração da cultura ocidental.

Seu pontificado durou oito anos. Nesse período, enfrentou diversas tempestades e desafios. Realizou importantes viagens apostólicas, escreveu documentos luminares e aprovou diversas canonizações. Procurou reafirmar a centralidade da Eucaristia na vida da Igreja, e emitiu a exortação apostólica Sacrametum Caritatis. 

Defendeu também a importância da família, e, sobretudo, buscou fortalecer a ligação com a tradição atemporal da Igreja. Esforçou-se por estabelecer uma conciliação teológica pacífica entre o passado e o presente que ficou conhecida como "hermenêutica da continuidade".

Para melhor conduzir o seu rebanho, o Papa Bento XVI escreveu três encíclicas: Deus Caritas Est (2006), Spe Salvi (2007) e Caritas in Veritate (2009). Por meio desses escritos enfatizou o amor de Deus como virtude central e fonte da caridade cristã. Ensinou que a redenção está unida à esperança na vida eterna, a qual supera infinitamente os anseios de uma felicidade terrena. Instrui sobre o verdadeiro desenvolvimento humano e social, que se realiza no reconhecimento de que somente Deus revela ao homem o que ele é.

Enquanto reinava, o Papa alemão promulgou 28 canonizações. A mais notável para nós, brasileiros, foi a de São Frei Galvão, o primeiro santo canonizado nascido no Brasil. Bento XVI também elevou aos altares a mística alemã Anna Schäffer, o monge trapista espanhol Rafael Arnáiz Barón e beatificou o seu amigo e antecessor, o Papa João Paulo II, passo importante para a sua posterior canonização sob o pontificado do papa Francisco.

O nome "BENTO"
Bento XVI escolheu seu nome papal, que vem da palavra latina que significa "o bem-aventurado", em homenagem tanto a Bento XV quanto a Bento de Núrsia. Bento XV foi papa durante a Primeira Guerra Mundial, período durante o qual buscou apaixonadamente a paz entre as nações em guerra. São Bento de Núrsia foi o fundador dos mosteiros beneditinos (a maioria dos mosteiros da Idade Média eram da ordem beneditina) e o autor da Regra de São Bento, que ainda é o escrito mais influente sobre a vida monástica do cristianismo ocidental. O Papa explicou sua escolha de nome durante sua primeira audiência geral na Praça de São Pedro, em 27 de abril de 2005. 

Cheio de sentimentos de reverência e ação de graças, desejo falar do motivo pelo qual escolhi o nome Benedict. Em primeiro lugar, recordo o Papa Bento XV, aquele corajoso profeta da paz, que guiou a Igreja em tempos turbulentos de guerra. Nas suas pegadas, coloco o meu ministério ao serviço da reconciliação e da concórdia entre os povos. Além disso, recordo São Bento de Núrsia, compadroeiro da Europa, cuja vida evoca as raízes cristãs da Europa. Peço-lhe que nos ajuda a todos a manter firme a centralidade de Cristo na nossa vida cristã: que Cristo esteja sempre em primeiro lugar nos nossos pensamentos e nas nossas ações.

Brasão e lema
"O escudo adotado pelo Papa Bento XVI tem uma composição muito simples: tem a forma de cálice, que é a mais usada na heráldica eclesiástica (outra forma é a cabeça de cavalo, que foi adotada por Paulo VI). No seu interior, variando a composição em relação ao escudo cardinalício, o escudo do Papa Bento XVI tornou-se: vermelho, com ornamentos dourados. De fato, o campo principal, que é vermelho, tem dois relevos laterais nos ângulos superiores em forma de "capa", que são de ouro, A "capa" é um símbolo de religião. Ela indica um ideal inspirado na espiritualidade monástica, e mais tipicamente na beneditina. 

Escolheu como lema episcopal: (Colaborador da verdade); assim o explicou ele mesmo: (Parecia-me, por um lado, encontrar nele a ligação entre a tarefa anterior de professor e a minha nova missão; o que estava em jogo, e continua a estar - embora com modalidade diferentes -, é seguir a verdade, estar ao seu serviço. E, por outro, escolhi este lema porque, no mundo atual, omite-se quase totalmente o tema da verdade, parecendo algo demasiado grande para o homem; e, todavia, tudo se desmorona se falta a verdade.

quinta-feira, 27 de junho de 2024

CELEBRAMOS HOJE NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO.


Hoje (27/6) é celebrada a esta de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, padroeira dos Padres Redentoristas e cujo ícone original está no altar principal da igreja de Santo Afonso, em Roma.

Esta imagem recorda o cuidado da Virgem por Jesus, desde a concepção até a morte, e que hoje continua a proteger os seus filhos que recorrem a Ela.

Diz-se que no século XV, um comerciante rico do Mar Mediterrâneo tinha a pintura do Perpétuo Socorro, embora se desconheça como chegou as suas mãos. Para proteger o quadro de ser destruído, decidiu levá-lo para a Itália e na travessia aconteceu uma terrível tempestade.

O comerciante pegou o quadro, pediu socorre e o mar se acalmou. Estando já em Roma, ele tinha um amigo, a quem mostrou o quadro e lhe disse que um dia o mundo renderia homenagem a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Depois de um tempo, o comerciante ficou doente e, antes de morrer, fez seu amigo promoter que colocaria a pintura em uma igreja ilustre. No entanto, a esposa do amigo se encantou com a imagem e ele não concretizou a promessa.

Nossa Senhora apareceu ao homem em várias ocasiões pedindo-lhe que cumprisse a promessa, mas por não querer desagradas sua esposa, ficou doente e morreu. Mais tarde, a Virgem falou com a filha de seis anos e lhe deu a mesma mensagem de que desejava que o quadro fosse colocado em uma igreja. A pequena foi e contou à sua mãe.

A mãe se assustou e a uma vizinha que zombou do ocorrido surgiram dores tão fortes que só aliviaram quando invocou arrependida a ajuda da Virgem e tocou o quadro.

Nossa Senhora apareceu novamente para a menina e lhe disse que a pintura devia se colocada na igreja de São Mateus, que estava entre as basílicas de Santa Maria Maior e São João de Latrão. Finalmente, assim foi feito e se realizaram grandes milagres.

Séculos depois, Napoleão destruiu muitas igrejas, incluindo a de São Mateus, mas um padre agostiniano conseguiu secretamente tirar o quadro e, mais tarde, a pintura foi colocada em uma capela agostiniana em Pasterula.

Os Redentoristas construíram a Igreja de santo Afonso sobre as ruínas da Igreja de São Mateus e, em sua investigações, descobriram que antes havia ali o milagroso quadro do Perpétuo Socorro e que estava com os Agostinianos, graças a um sacerdote jesuíta que conhecia o desejo da Virgem de ser honrada nesse lugar.

Assim, o superior dos Redentoristas solicitou ao beato Pio IX, que ordenou que a pintura fosse devolvida à Igreja entre Santa Maria Maior e São João de Latrão. Do mesmo modo, encarregou os Redentoristas de fazer com que Nossa Senhora do Perpétuo Socorro fosse conhecida.

Os agostinianos, uma vez que souberam da história e do desejo do papa, de bom grado devolveram a imagem mariana para agradar a Virgem.

Hoje em dia, a devoção a Nossa Senhora da Perpétuo Socorro tem se expandido por vários lugares, construindo-se igrejas e santuários em sua honra. Seu retrato é conhecido e reverenciado em todo o mundo.

quarta-feira, 26 de junho de 2024

TÍTULOS DE NOSSA SENHORA

NOSSA SENHORA DE MEDUGORJE
HISTÓRIA
A história de Nossa Senhora Rainha da Paz de Medjugorje começa no Leste Europeu, no dia 24 de junho de 1981, quando as primeiras aparições surgiram no pequena cidade chamada de Medjugorje na Iugoslávia (hoje é a Bósnia-Herzegovina). A cidade fica no meio de montanhas rochosas. A população é constituída por famílias de componentes de tradição católica e muito humildes, cuja vida social se resume às atividades paroquiais. 

Nossa Senhora realizou sua primeira aparição no dia 24 de junho de 1981, para seis jovens chamados Ivanka Ivankovic, Mirjana Dragicevic, Vickta Ivandovic, Ivan Dragicvic, Ivan Ivankovic  e Milka Pavlov, elas estavam voltando para suas casas, depois de um passeio no fim da tarde, num dado momento o grupo avistou a mulher carregando uma criança nos braços em pé em um nuvem que flutuava logo cima dos arbustos e que lhes fazia sinal para se aproximarem dela. Entretanto, assustado e com medo, os jovens não se aproximaram.

No dia seguinte, no mesmo horário, quatro dos jovens que avistaram Nossa Senhora de Medjugorje anteriormente, sentiram-se fortemente atraídos para o mesmo local em que a avistaram e lá, rezaram e conversaram com Nossa Senhora Rainha da Paz de Medjugorje.

Dessa forma, estava formado o grupo de videntes de Medjugorje, que a partir desse momento, passou a receber aparições diárias, juntos e separados de Nossa Senhora Rainha da Paz.

No dia seguinte, Ivanka e Mirjana retornaram ao lugar, seguidas por Jacó, Maria, Ivan e Vicka, e todos eles testemunharam a aparição de Nossa Senhora. A santa falou para Mirjana sobre os eventos que ocorreriam no futuro e pediu que ela contasse ao Padre Petar sobre esses eventos, para ele os revelasse três dias antes que eles acontecessem. Depois disso ela deixou sua primeira mensagem para o mundo: voltar para Deus através da conversão, fé, jejum, reconciliação oração, e, principalmente pela vida sacramental.

No terceiro dia das aparições, em 26 de junho de 1981, Nossa Senhora estava chorando e repetindo "Paz, paz, paz; entre Deus e a humanidade precisa haver novamente!.  E disse ainda: 'Se não houver a conversão, esperem sofrimento no futuro, porque a humanidade está preparando sua própria tragédia". Esta foi a razão pela qual ela foi intitulada como 'Nossa Senhora e Rainha da Paz'. Dessa vez, havia mais de duas mil pessoas presentes. Elas viam as reações dos videntes, mas não viam a Virgem Maria.

Continuaram ocorrendo as aparições de Nossa Senhora Rainha da Paz diariamente no mesmo horário, cada vez com mais peregrinos testemunhando.

Segundo os videntes, Nossa Senhora Rainha da paz de Medjugorje transmitiu a eles mensagens sobre PAZ, FÉ, CONVERSÃO, ORAÇÃO E JEJUM.

Os fiéis devem tornar-se testemunhas das aparições e das mensagens de Nossa Senhora de Medjugorje em primeiro lugar, e depois, juntamente com os videntes, realizar um de plano de conversão do mundo em paz e reconciliação com Deus.

Entretanto, o grupo de jovens videntes, que avistou Nossa Senhora, passou a ser perseguido logo após as primeiras aparições, sendo submetido a exames psiquiátricos e a investigações políticas, nas quais nunca constataram nenhuma divergência.

O pároco da cidade, Frei Jozo Zovko, naquela ocasião, chegou a ser detido por quase dois meses, sendo condenado por um tribunal comunista a três anos e meio de prisão.

Apesar disso, a cidade de Medjugorje nunca mais foi a mesma, após as aparições de Nossa Senhora, transformando uma pequena igreja de aldeia, um dos maiores centros de orações do mundo.

Nos primeiros 20 anos de surgimento, a paróquia recebeu a visita de mais de 20 milhões de peregrinos, com número crescente dia após dia. Segundo os visitantes da Nossa Senhora Rainha da Paz de Medjugorje, os mesmos encontraram a fé e a paz na igreja.

No final de 1982, mais de um ano após as primeiras aparições da Nossa Senhora Rainha da Paz de Medjugorje, a santa começou a conceder locuções interiores a duas garotas de dez anos de idade. As crianças, Jelena e Marijana Vasili receberam apoio do grupo de videntes da santa durante 4 anos e assim, criou-se o movimento de oração a Nossa Senhora Rainha da Paz de Madjugorje.

Atualmente, o dia de Nossa Senhora Rainha de Medjugorje é comemorado em 24 de junho, com o intuito de pregar a paz, oração e amor.

segunda-feira, 24 de junho de 2024

CINCO CITAÇÕES DE SÃO JOÃO BATISTA PARA CONHECER "A VOZ QUE CLAMA NO DESERTO".


São João Batista está sem dúvida, muito bem acompanhado. Ele e a Virgem Maria são os únicos santos que têm celebrações de sua data de nascimento.

Cinco citações bíblicas ajudam a conhecer melhor o homem sobre quem Jesus disse: "entre todos os nascidos de mulher, não há ninguém maior do que João" (Lc 7,28).

Vamos conhecer as citações:

1. "Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo" (Mt 3,11)
Jonh Bergsma, especialista em Bíblia e professor de teologia na Universidade Franciscana de Steubenville, nos Estados Unidos, escreveu sobre a possibilidade de João Batista ter feito parte da comunidade judaica dos essênios, que vinculavam intimamente o Espírito Santo à água.

Bergsma, que é doutor em Teologia e especialista no Antigo Testamento, afirma que João Batista foi mais além e não conectou o batismo do Messias apenas com a água e o Espírito Santo, mas também com o fogo.

2. "É preciso que Ele cresça, e eu diminua" (Jo 3,30)
O nascimento de João é celebrado perto do auge da luz do sol no hemisfério norte, o solstício de verão, que nos hemisfério sul corresponde ao solstício de inverno.

O calendário litúrgico revela um aspecto da missão de João Como precursor do Messias, o filho de Deus encarnado: Ele é "a luz que brilha nas trevas" (Jo 1,5).

A cada ano, após o solstício de verão, a luz do sol começa a diminuir, Assim também João decresce antecipando a vinda do Messias, até tocar o seu ponto mais baixo na véspera do Natal, no hemisfério norte. Esse é o momento no qual Jesus, "a luz das luzes, desce do céu e a própria luz física começa a crescer".

3. "Arrpendei-vos, pois o Reino dos Céus está próximo" (Mt 4,17).
São João Batista foi um verdadeiro místico. Sua vitalidade inferior e sua visão sobrenatural da realidade permitiram-lhe guiar outras pessoa na convicção de uma mudança de vida que lhe possibilitassem ver o Céu.

"Batizado pelo Espírito Santo no ventre de sua mãe, a vida de João foi marcada pela chegada do Reino do Céu desde seus primeiros dias. Suas palavras registram a realidade das primeiras palavras de Jesus no Evangelho de Marcos: 'Arrependei-vos, pois o Reino dos Céus está próximo", afirma Bergsma.

4. "Crias de víboras! Como podeis falar coisas boas, sendo maus?" (Mt 12,34)
João Batista não gostava da hipocrisia. As palavras que ele escolheu para dirigir-se aos fariseus e aos saduceus deixam isso claro. "Suas palavras são um lembrete, não tão amável, de que o humilde reconhecimento de nossos pecados é mais importante que as aparências", afirma o especialista em Bíblia. 

5. "Eis o Cordeiro de Deus" (Jo 1,29)
João Batista foi um dos primeiros a reconhecer a divindade de Jesus. "Ele não apenas salta no ventre deu sua mãe. Ele também instrui seus discípulos André e João para que sigam Jesus, chamando-o de Cordeiro de Deus".

Bergsma lembra que essas palavras são repetidas pelos sacerdotes em cada missa: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo".

"Que, nesta festa, as palavras de João Batista acendam o fogo em você" e que você "veja o céu na sua vida cotidiana, viva com integridade e contemple o Cordeiro de Deus", conclui o especialista. 

NOVE DADOS SOBRE SÃO JOÃO BATISTA.


No dia que celebramos a natividade de são João Batista, vamos conhecer alguns aspectos de sua vida que são poucos conhecidos.

1) Sua relação de parentesco com Jesus
No evangelho de são Lucas, (Lc 1,36) a mãe de João Batista, Isabel, é descrita como "parente" de Maria, Isso significa que elas tinham, provavelmente, alguma relação de parentesco de sangue. 
Isabel, sendo uma pessoa mais velha, talvez tenha sido tia ou tia-avó de Maria. Em consequência, Jesus e João Batista eram primos, no sentido escrito ou amplo do termo.

2) Seu ministério começou um pouco antes que o de Jesus
São Lucas nos dá a data precisa do início do ministério de são João Batista: "No décimo quinto ano do império de Tibério César... a palavra de Deus veio a João, filho de Zacarias, no deserto. Ele percorreu toda a região do Jordão, proclamando um batismo de arrependimento para o perdão dos pecados". (Lc 3,1-3).
A informação é importante porque o ministério de Jesus começou um pouco depois desses acontecimentos. Seu batismo teria acontecido no ano 29 ou ao começo do ano 30.

3) Foi o precursor que anunciou a chegada do Messias
João Batista foi o precursor e arauto do Messias. Sua missão foi preparar o caminho para a chegada do Cristo, chamando as pessoas ao arrependimento, à conversão e batizando-as com água.
Ele também veio para identificar o Messias. Disse: "Também eu não o conhecia, mas vim batizar com água para que ele fosse manifestado a Israel" (Jo 1,31).
Quando João batizou Jesus, o reconheceu e disse: "Eu vi o Espírito como pomba, descer do céu e permanecer sobre ele. Eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar com água, disse-me: 'Sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, esse é quem batiza com o Espírito Santo'"  (Jo 1,32-33).

4) Sua detenção afetou Jesus
Os evangelhos contam que João Batista e Jesus pregaram inicialmente na Judeia, perto de Jerusalém, na região sul de Israel. No entanto, João foi preso por Herodes Antipas, governador da Galileia e da Pereia, região que incluía uma parte do deserto próximo a Jerusalém.
São Mateus conta que, "ao saber que João fora preso, Jesus retirou-se para a Galileia (Mt 4,12).

5) Ensinou sobre a moral no trabalho
Coletores de impostos e soldados questionaram são João Batista sobre o que deviam fazer para agradar a Deus. O profeta pediu-lhes que fizessem os seu trabalhos de maneira justa.
"Alguns publicamos vieram para o Batismo e perguntaram: 'Mestre, que devemos fazer?' Eles respondeu: 'Nada cobreis além do que foi estabelecido'. Alguns soldados também lhe perguntaram: 'E nós, que devemos fazer?' João respondeu: 'Não maltrateis a ninguém, nem tomeis dinheiro à força e contentai-vos com o vosso soldo?" (Lc 3,12-14).

6) Não foi a reencarnação de "Elias"
No Evangelho, quando Jesus descreve João Batista como o "Elias" que viria se referia ao cumprimento da profecia de Malaquias (Ml 3,24), que não deveria ser interpretada de um modo literal, como faziam os escribas da época.
Quando o anjo Gabriel anunciou o nascimento de João ao seu pai Zacarias, disse que ele apareceria "com o espírito e o poder de Elias" (Lc 1,17) ou seja, com a mesma força profética do Espírito Santo para realizar sua missão.
Assim João Batista, o precursor do Messias no Novo Testamento que, à semelhança de Elias do Antigo Testamento, preparou o caminho para a chegada do Senhor.

7) Era muito famoso
O movimento iniciado por ele trouxe também seguidores de terras distantes. O livro dos Atos dos Apóstolos conta um pouco da história de Apolo, um cristão que chegou a Éfeso "versado nas Escrituras", que "falava e ensinava com exatidão a respeito de Jesus, embora só conhecesse o batismo de João (At 18,24-25).
Além do Novo Testamento, o historiador judeu Flávio Josefo, do século I d. C. também escreveu sobre a atuação do profeta.


8) O Filho de "Herodes, o Grande" o assassinou
João Batista morreu mártir por ordem de Herodes Antipas, um dos filhos de Herodes, o Grande.
Após a morte do rei, Antipas herdou o governo das regiões da Galileia e da Pereia. Mas se havia casado com Herodíades, esposa de seu irmão Herodes Filipe I.
João Batista se opôs publicamente ao escândalo e Herodes Antipas decidiu prender João (Mt 14,3), mas Herodíades o odiava e desejava a sua morte.
Embora tivesse o profeta sob custódia, Herodes Antipas o protegia e o admirava como pregador: "Herodes respeitava João, sabendo que era um homem justo e santo, e até lhe dava proteção. Cada vez que o ouvia, ficava desconcertado, mas gostava de ouvi-lo" (Mc 6,20).
Manipulado por Herodíades, Herodes Antipas decretou a morte de são João Batista. E mesmo depois da sua morte, o governador seguiu admirando-o, Quando começou a ouvir notícias sobre Jesus, pensou que Ele poderia ser João ressuscitado (Mc 6,14) e tentou vê-lo com seus próprios olhos (Lc 9,9).

9) Morreu por ódio
Herodíades, esposa de Herodes Antipas, odiava João pelas críticas públicas que ele fazia à sua união ilegítima. "João andava dizendo a Herodes: 'Não te é permitido ter a mulher do teu irmão'. Por isso, Herodíades o hostilizava e queria matá-lo, mas não conseguia" (Mc 6,18).
Mas ela encontrou o momento e a forma de conseguir seu objetivo Depois que sua filha Salomé Antipas com uma dança especial em sua festa de aniversário, Herodíades pôde manipulá-lo para que dsse a ordem da morte de João por decapitação (Mc 6,21-28).
  

CELEBRAMOS HOJE A NATIVIDADE DE SÃO JOÃO BATISTA.


"A Igreja celebra o nascimento de João como um acontecimento sagrado. Dentre os nossos antepassados, não há nenhum cujo nascimento seja celebrado solenemente", disse o bispo santo Agostinho em seus sermões nos primeiros séculos do cristianismo, sobre a natividade de São João Batista, que é celebrada no dia 24 de junho.

"João Apareceu, pois, como ponto de encontro entre os dois Testamentos, o antigo e o novo. O próprio Senhor o chama de limite quando diz: A lei e os profetas até João Batista", acrescentou o santo doutor da Igreja.

São João nasceu seis meses antes de Jesus Cristo. No primeiro capítulo de Lucas narra-se que Zacarias era um sacerdote judeu casado com santa Isabel e não tinha filhos, porque ela era estéril. Estando já com a idade muito avançada, o anjo Gabriel apareceu a ele e comunicou que sua esposa teria um filho que seria o precursor do Messias, a quem daria o nome de João. Zacarias duvidou desta notícia e Gabriel lhe disse que ficaria mudo até que tudo fosse cumprido.

Meses depois, quando Maria recebeu o anúncio de que seria a Mãe do Salvador, a Virgem foi ver sua prima Isabel e permaneceu ajudando-a até o nascimento de São João.

Assim, como nascimento do Senhor é celebrado todo 25 de dezembro, perto do solstício de inverno no hemisfério norte (o dia mais curto do ano), o nascimento de São João é em 24 de junho, próximo do solstício de verão no hemisfério norte (o dia mais longo). 

A igreja assinalou essas datas no século IV, com a finalidade de que se sobrepusessem às duas festas importantes do calendário greco-romano; o "dia do sol" (25 de dezembro) e o "dia de Diana" no verão, cuja festa comemorava a fertilidade. O martírio de João Batista é comemorado em 29 de agosto.

Em 24 de junho de 2012, por ocasião desta festa, o papa Bento XVI afirmou que o exemplo de São João Batista chama os cristãos "converter-nos, a testemunhar Cristo e anunciá-lo todo o tempo".

Em suas palavras prévias à oração mariana do ângelus, recordou a vida de são João Batista e indicou que "com exceção da Virgem Maria, João Batista é o único santo do qual a liturgia festeja o nascimento, e isto porque ele está estreitamente relacionado com o mistério da Encarnação do Filho de Deus".

"Desde o seio materno João é o precursor de Jesus: a sua concepção prodigiosa é anunciada pelo Anjo a Maria como sinal de que 'nada é impossível a Deus'".

Bento XVI recordou que o "pai de João, Zacarias - marido de Isabel, parente de Maria - era sacerdote do culto judaico. Ele não acreditou imediatamente no anúncio de uma paternidade já inesperada, e por isso ficou mudo até o dia da circuncisão do menino, ao qual ele e a esposa deram o nome indicado por Deus, ou seja, João que significa 'o Senhor concede graças'".

"Animado pelo Espírito Santo, Zacarias falou assim da missão do filho: "E tu, menino, serás chamado profeto do Altíssimo, porque irás adiante do Senhor a preparar os seu caminhos. Para dar a conhecer ao Seu povo a Sua salvação pela remissão dos pecados".

Tudo isso que ele disse se manifestou 30 anos depois, quando João começou a batizar no rio Jordão, chamando as pessoas para se preparar, com aquele gesto de penitência, à eminente vinda do Messias, que Deus lhe havia revelado durante sua permanência no deserto da Judeia".

Quando um dia veio de Nazaré o próprio Jesus para se fazer batizar, João inicialmente recusou-se, mas depois consentiu, e viu o Espírito Santo pairar sobre Jesus e ouviu a voz do Pai celeste que o proclamava seu Filho", disse.

O papa disse que a missão de são João Batista ainda não estava cumprida, porque "pouco tempo mais tarde, foi-lhe pedido que precedesse Jesus também na morte violenta: João foi decapitado na prisão do rei Herodes, e assim deu pleno testemunho do Cordeiro de Deus, que ele foi o primeiro a reconhecer e a indicar publicamente.

Bento XVI também recordou que "a Virgem Maria ajudou a idosa prima Isabel a levar até ao fim a gravidez de João. "Ela ajude todos a seguir Jesus, o Cristo, o Filho de Deus, que o Batista anunciou com grande humildade e fervor profético", disse. 

História Completa de São João Batista.

Novena a São João Batista

Ladainha a São João Batista

Terço a São João Batista