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terça-feira, 23 de julho de 2024

HISTÓRIA DOS PAPAS.

PAPA SÃO CLETO
3° Papa da Igreja
Cleto era filho de Emiliano e patrício romano de nascimento. Papa durante os impérios de Vespasiano e Tito, foi discípulo de São Pedro, acompanhando-o em suas viagens apostólicas pelo sul da Itália. Quando São Pedro o encarregou de fazer o mesmo, Cleto estabeleceu a primeira comunidade cristã em Ruvo, na Puglia. Hoje, a gruta subterrânea onde se reunia com seu rebanho é preservada como a Cripta de São Cleto, debaixo da Igreja do Purgatório em Ruvo, onde sua festa tradicional, de 26 de abril, ainda é celebrada.

A cripta da igreja era uma fonte e reservatório da era romana. Nela há um pequeno altar diante dum pilar contendo uma estátua de São Cleto; de cada lado, dois pequenos tanques onde ele batizava ruvianos secretamente. Sua experiência orientando e protegendo a pequena comunidade foi-lhe útil quando da sua convocação para Roma após o martírio de São Lino.

Cleto dividiu Roma em 25 paróquias e começou a prática, desde então continuada, de iniciar as cartas papais com as palavras "Saúde e Bênção Apostólica". Escolheu um local particular na Colina do Vaticano para o sepultamento dos papas, ao lado do túmulo de São Pedro, e erigiu ali uma capela. A igrejinha foi a primeira encarnação da grande Basílica de São Pedro que vemos hoje. Martirizado durante o império de Domiciano, também ele foi sepultado na Colina do Vaticano.

Pontos importantes do pontificado de São Cleto:
• Consolidação do Cristianismo: São Cleto teve um papel crucial na consolidação e expansão do cristianismo no Império Romano, em um período marcado por perseguições.

• Veneração como Santo: Reconhecido por sua fé e liderança, São Cleto é venerado como santo pela Igreja Católica. Seu dia de festa é celebrado em 26 de abril.

• Contribuições:
- Ordenou 25 sacerdotes.
- Supervisionou a construção de seu túmulo perto do túmulo de São Pedro.
- Teve seu nome erroneamente divido em "Cleto" em algumas fontes, levando à crença em dois papas distinto, erro corrigido posteriormente.

São Cleto é lembrado como um líder forte e dedicado que guiou a Igreja primitiva em termo difíceis. Sua fé e compromisso com a propagação do cristianismo o tornaram um exemplo inspirador para os fiéis.

sábado, 6 de julho de 2024

TÍTULOS DE NOSSA SENHORA.

NOSSA SENHORA DAS ROSAS


A devoção a Nossa Senhora das Rosas teve início no século XV e está relacionada a dois milagres que ocorreram entre os dias 03 e 04 de janeiro de 1417, na região italiana da Brescia. Na ocasião, dois comerciantes forasteiros viajavam rumo à cidade de Bérgamo, quando se perderam no bosque de Albano e não encontravam a estrada, que estava coberta pela neve. Não fazia ideia de que já estavam a apenas oito quilômetros da cidade. Com  medo de serem roubados, imploraram ajuda a Jesus invocando confiantemente Nossa Senhora, e prometeram erguer uma capela em homenagem a ela assim que eles se salvassem. No mesmo instante, um feixe de luz desceu dos Céus e os conduziu até a cidade. Sabendo que o que ocorreu foi um milagre e ainda rezando, viram Nossa Senhora sentada em um trono de nuvens com rosas ao seu redor e o Menino Jesus sentado nos seus com rosas nas mãos.

No dia seguinte, foram até o Bispo de Bérgamo e disseram sobre o milagre que receberam, a aparição de Nossa Senhora e a promessa que fizeram de construir uma igreja em honra a Maria. Assim, com a doação que os comerciantes fizeram, foi construída no Monte de Bérgamo, atual Monte Róseo, a igreja de Nossa Senhora da Rosas, que teve sua inauguração em maio de 1418. Além disso, os forasteiros também adquiriram um terreno no bosque onde ocorreu o milagre com eles e ergueram mais uma capela dedicada à Nossa Senhora das Rosas. 

Na capela de Nossa Senhora das Rosas, no ano de 1855, os habitantes de Albano rezaram implorando a intercessão da Virgem das Rosas para acabar com a cólera, que assolava a população. Após o fim da epidemia foi erguido o Santuário de Nossa Senhora das Rosas de Albano. No ano de 1877, o dia 04 de janeiro foi decretado pelo Vaticano como a data da celebração oficial do culto a Nossa Senhora das Rosas. Além disso, em 1920, houve a coroação canônica da Virgem das Rosas.

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DAS ROSAS
Ó doce Mãe de Deus, que quisestes apresentar-vos entre as mais lindas rosas, simbolizando a beleza e o perfume do paraíso, dignai-vos conceder a nós, que a vós recorremos cheios de fé, a graça de fazer tudo o que estiver ao nosso  alcance para que cheguemos, ao término de nossa vida, ao desfecho glorioso no céu, junto de Deus, de vós, dos santos e dos anjos, amém. 

sexta-feira, 5 de julho de 2024

CELEBRAMOS HOJE SANTO ANTÔNIA MARIA ZACARIAS.


Hoje (5/7) de julho, a Igreja celebra a memória litúrgica de Santo Antônio Maria Zacarias, fundador dos Clérigos Regulares de São Paulo e da Congregação das Angélicas de São Paulo, um homem apaixonado por Jesus Eucarístico e pela Virgem Maria, que se dedicou intensamente ao serviço da caridade.

Antônio Maria Zacaria nasceu em Cremona em 1502, pertencente à rica família dos Zacaria, de origem genovesa. Era filho único e seu pai faleceu quando ele tinha apenas 2 anos de idade. Na época, sua mãe com 18 anos, foi cortejada por muitos pretendentes, mas decidiu rejeitar segundas núpcias só para dedicar-se totalmente à educação do filho.

Ainda menino começou a ser reconhecido por sua inteligência, mas sobretudo poro sua caridade e humildade. Embora rico, vestia-se com modéstia e já crescido, escolheu a profissão de médico para ficar mais perto das pessoas humildes, curar-lhe as doenças do corpo, gradativamente, para distribuir-lhe os remédios da alma, o conforto, a esperança, a paz com Deus.

Em 1528, abandonou a medicina e foi ordenado sacerdote. 
Estabeleceu-se em Milão, onde, com a colaboração de Tiago Morigia e Bartolomeu Ferrari, fundou a Congregação dos Clérigos Regulares de São Paulo, mais conhecidos como Barnabitas, porque residiam junto à igreja de São Barnabé.

A finalidade da nova congregação era a promoção da reforma do clero e dos leigos, não se consideravam monges nem frades, seu carisma específico era evangelizar e administras os sacramentos.

Com a ajuda da Condessa de Guastalla, Ludovica Torelli, surgiu a congregação feminina das Angélicas, para a reforma dos mosteiros femininos. A palavra reforma era o emblema de 1500. Antônio Maria Zacaria não dava importância às palavras, mas aos fatos.

O santo manteve muito presente em sua vida a importância de amar os demais. "Você que chegar à perfeição? Quer ser, pelo menos, um pouquinho Espiritual? Que amar a Deus, ser seu bom filho e ser amado por Ele? Ame o próximo, oriente-se para o próximo, disponha-se beneficiar o próximo e não a ofendê-lo", disse em um de seus sermões.

Ele ajudou na preparação do Concílio de Trento, cuja influência ainda persiste na Igreja. Foi também promotor da devoção à Eucaristia e da Adoração ao Santíssimo Sacramento, instituído as quarenta horas de adoração ao Santíssimo Sacramento. Criou ainda os Grupos de Casais, para os leitos, sendo por isso considerado um pioneiro da Pastoral Familiar.

Durante uma de suas missões na Itália meridional, foi acometido por uma epidemia, Sabendo que sua morte se aproximava, voltou para os braços de sua mãe, na casa onde havia nascido.

Morreu aos 37 anos, em 5 de julho de 1539, assistindo por sua mãe, que aceitara vida de solidão para não pôr obstáculos à vocação do filho. Foi Canonizado em 1897 pelo Papa Leão XIII. 

História completa do santo.

quinta-feira, 4 de julho de 2024

CELEBRAMOS HOJE SANTA ISABEL DE PORTUGAL.

"Onde, se não na corte, são mais necessárias as mortificações? Aqui os perigos são maiores",
costumava dizer santa Isabel de Portugal cuja memória litúrgica é celebrada hoje (4/7).

Foi dessa forma que a santa viveu, como uma mulher de caridade e reconciliadora, mesmo cercada pelas pompas, intrigas e lutas do reino.

Isabel Nasceu na Espanha, em 1721, filha de Pedro II, rei de Aragão. Quando veio ao mundo, seu pai, ainda um jovem príncipe, queria se divertir. Por isso, deixou a menina sob os cuidados de seu avô, Tiago I, o qual levada uma vida voltada para a fé e deu uma educação cristã para a futura rainha.

Quando estava em seu leito de morte, Tiago I acariciou sua neta, que tinha seis anos, e declarou que ela seria um pedra preciosa da casa de Aragão, profecia que viria a se concretizar anos mais tarde.

Aos 12 anos, pretendentes pediram Isabel em casamento e seu pai escolheu o herdeiro do trono de Portugal. dom Dinis.

Era tida como uma das rainhas mais belas da corte espanhola e portuguesa, sendo conhecida também por sua personalidade forte e doce, sua inteligência e diplomacia. Foi um grande testemunho de esposa cristã, mulher de oração e centrada da Eucaristia.

Deu à luz dois filhos: Constância, que viria a se tornar rainha de 
Castela, e Afonso, herdeiro do trono de Portugal e que viveu muito conflitos com o pai, mediados e reconciliados pela santa.

Isabel viu seu marido se lançar e numerosas aventuras extraconjugais, que a humilhava diante de todos. Porém, mostrou-se magnânima no perdão, chegando até mesmo a criar os filhos frutos desses relacionamentos, com o mesmo afeto que dedicava aos seus próprios filhos. 

Certa vez, porém, seu marido se deixou tomar pelo ciúme e deu créditos às calúnias s insinuações se um cortesão que não conseguiu se aproximar de Isabel. Foi grande o sofrimento da rainha, mas ela não desistiu e conseguiu provar sua inocência.

Em meio aos dramas familiares, Isabel ainda dedicava atenção às disputas internas das cortes de Portugal e Espanha, destacando-se como única voz a pregar a concórdia e conseguir a pacificação.

Por outro lado, tinha grande preocupação pelos mais necessitados. Ocupava seu tempo ajudando os pobres, os enfermos, por meio da caridade e da piedade. Construiu o hospital dos inocentes, para receber crianças cujas mães desejavam abandonar.

Conta a tradição popular que, certa vez, a rainha saia para distribuir pães aos desfavorecidos durante o inverno, quando o rei Dinis a interceptou o perguntou o que levava no regaço. Ela responde: "São Rosas". O rei questionou como poderia haver rosas naquela estação, ao que Isabel expôs o conteúdo do regaço do seu vestido e nele havia rosas, ao invés dos pães que tinha ocultado.

Isabel também construiu o Mosteiro de Santa Clara, em Coimbra, o mosteiro cisterciense de Almoste e o Santuário do Espírito Santo em Alenquer.

Quando o rei Dinis morreu, a rainha se recolheu no Mosteiro de Santa Clara, ingressando na Ordem Terceira Franciscana. Abdicou de seu título de nobreza, depositou sua cora no altar de São Tiago de Compostela e doou sua fortuna pessoal para as obras de caridade.

Isabel partiu para a Casa do Pai no dia 4 de julho de 1336, em Estremoz, e foi sepultada no Mosteiro de Coimbra. Em 1665, foi canonizada pelo Papa Urbano VIII. Foi declarada padroeira de Portugal e é invocada como "a Rainha santa da concórdia e da paz".

segunda-feira, 1 de julho de 2024

ORAÇÃO DE JULHO.


Deus de amor e misericórdia, nós vos louvamos, glorificamos e adoramos, pois pela vossa graça, e somente por ela, fazeis correr vida em nossas vidas. Olhai com bondade para vossos filhos que necessitam de fossa inefável presença. Celebrando as festas dos Apóstolos São Tomé e São Tiago Maior, possamos sempre crer na vossa presença sem mesmo vos tocar e anunciar-vos sem temor em todas as nações. Celebramos ainda neste mês Santa Paulina, São Bento e São Camilo de Lellis: guiados  por seus exemplos de fidelidade no seguimento do Cristo crucificado, possamos ser sempre fidedignos em nosso peregrinar e fazer com alegria a vossa vontade, servindo a toda criação. Que Nossa Senhora do Carmo possa sempre auxiliar-nos na missão a entregar nossos louvores a seu amado Filho. Amém!
Frei Felipe Medeiros Carretta. 

HOJE CELEBRAMOS A SOLENIDADE DE SÃO JUNÍPERO SERRA.


"Sempre avante", este foi o lema que inspirou os passos e plasmou a vida de São Junípero Serra, cuja festa é celebrada neste dia 1° de julho. "Esta foi a maneira de Junípero encontrou para viver a alegria do Evangelho, para quem não se anestesiasse o seu coração", disse o Papa Francisco ao canonizá-lo em 2015.

Junípero Serra Ferrer, conhecido como o Apóstolo da Califórnia, nasceu em Petra na ilha de Maiorca (Espanha), em 24 de novembro de 1713, filho de Antônio Serra e Margarida Ferrer, exemplares pelos costumes e piedade, embora pessoas de pouca instrução. 

Foi batizado com o nome de Miguel José e Crismado com apenas dois anos, por ocasião da visita do Bispo de Maiorca, Atanasio Esterripa. Ajudava os pais nos trabalho do campo e frequentou a escola anexa ao convento franciscano de São Bernardino, sando provas de inteligência viva e aberta. Desta forma, pôde ser encaminhado para fazer estudos superiores.

Depois de um ano de estudos filosóficos no convento de São Francisco de Palma, com 17 anos, vestiu o hábito franciscano no convento Santa Maria de Jesus. No dia 15 de setembro de 1731, emitiu os votos religiosos mudando o nome de batismo para o de Junípero, devido à grande admiração que tinha para com Frei Junípero, um dos primeiros companheiros de São Francisco.

Aos 35 anos, obedecendo a um chamado interior, partiu rumo às missões da América junto com seu discípulo, Frei Francisco Palòu. Os dois permaneceram juntos por toda a vida.

Partiram no dia 13 de abril de 1749, de Málaga. Após uma dramática travessia, chegaram a San Juan de Porto Rico no dia 18 de outubro e, em 7 de dezembro, alcançaram Vera Cruz, na costa sul do México. Prosseguiram a pé até a cidade do México.

Em solo mexicano, exerceu apostolado junto aos indígenas falando em sua língua. Fez um catecismo na língua do povo e ensinava ciência e técnicas a respeito do trabalho da terra.

Em junho de 1767, depois da expulsão dos jesuítas dos domínios do vice-reino de Espanha por decisão de Carlos III, as missões da Baixa Califórnia foram confiadas aos franciscanos e Frei Junípero foi nomeado seu superior. Em 1º de abril de 1768, junto com 14 companheiros, empreendeu a corajosa e extenuante viagem rumo à península da Baixa Califórnia.

Após dois anos, pôde fundar a primeira missão californiana de São Diego de Alcalà. Deslocou-se na direção da Alta Califórnia e fundou as Missões de São Carlos Borromeu, de Santo Antônio de Pádua, São Gabriel e de São Luis e muitas outras.

No final da vida, retirou-se para Monterrey, na Califórnia, com seu confrade fiel, o qual escreveu a biografia do santo como testemunha ocular.

Junípero Serra, segundo o site dos franciscanos no Brasil, foi definido como um colosso de evangelizador. Durante dezessete anos, precisamente de 1767 a 1784 percorreu, apenas na Califórnia, cerca de 9.900km a pé, 5.400 em embarcação, não obstante a idade e as enfermidades. Fundou 9 missões, das quais derivam os nomes franciscanos de cidades californianas muito importantes, como São Francisco, São Diego, Los Angeles, etc.

Em 28 de agosto de 1784, partiu para a Casa do Pai, aos 71 anos, sendo que 36 deles foram dedicados à missão.

Considerado o pai dos índios, foi honrado como herói nacional. Desde 1º de março de 1931, a sua estátua representando o Estado da Califórnia está entre as outras dos Pais fundadores dos Estados Unidos na Sala do Congresso de Washington, estátua única de um religioso no santuário dos americanos ilustres.

Junípero Serra foi beatificado pelo Papa São João Paulo II em 25 de setembro de 1988, e canonizado pelo Papa Francisco durante sua visita aos Estados Unidos, em 23 de setembro de 2015.

“Foi sempre avante, porque o Senhor espera; sempre avante, porque o irmão espera; sempre avante por tudo aquilo que ainda tinha para viver; foi sempre avante. Como ele então, possamos também nós hoje dizer: sempre avante”, expressou Francisco na ocasião.

sábado, 29 de junho de 2024

REFLEXÕES PARA FESTA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO


Quando desejamos refletir bem, sem influência alguma de pessoas ou situações, nos retiramos para um local afastado e silencioso. Queremos esta a sós conosco na natureza e na presença de Deus. Foi o que Jesus fez com seus discípulos quando escolheu aquele que iria governar seu rebanho. O Senhor se dirigiu com eles a Cesaréia de Filipe, um lugar afastado do mundo judeu e significativo pela natureza, próximo ao monte Hermon e a uma das fontes do Jordão. Lá, na solidão e apenas na presença do Pai, checou o coração de Simão e o fez seu vigário. O eleito estava tão purificado, tão livre de apegos e amarras mundanas e tão cheio do Espírito que declarou a identidade de Jesus, reconhecendo-o como o Messias de Deus.

Por outro lado, Jesus confirmou seu nascimento na fé, dando-lhe outro nome, o de Pedro, pedra e indicando seu novo e definitivo encargo: confirmar seus irmãos na fé.

Além de graças para viver plenamente essa missão, Pedro as recebeu também para lavá-la até o fim, quando dará glória a Deus através de sua morte na cruz, como o Mestre, só que de cabeça para baixo.

Simão nasceu de novo, recebeu outro nome, outra função na sociedade, aumentou enormemente seu compromisso na fé. Ao entregar-se na condução de seus irmãos, Pedro viveu momentos de alegria e de tristeza, de certezas e de abandono total na fé. O que passou a guiar sua vida, a ser fiel na missão recebida e abraçada foi a certeza da fidelidade do Senhor. Agora Pedro vai deixando Deus ser o oleiro, fazer dele um homem à imagem de Jesus. Por isso ele é pedra, não por causa de sua dureza, mas por causa de sua solidez e confiabilidade. Da dureza de pedra Pedro apenas guardou a resistência às investidas do inimigo. Nada pode vencê-lo.

Como chefe da Igreja, Pedro recebeu o poder de ligar e desligar, isto é, declarar o que está de acordo ou em desacordo  com o projeto de Jesus. Por isso ele foi sempre esse homem renascido para a missão. Não será por este motivo que os papas mudam de nome?

Mais hoje também é o dia de São Paulo, a outra coluna da Igreja. Pedro é a coluna que nos confirma na fé e Paulo é a que evangeliza.

A liturgia nos propõe como reflexão a carta a Timóteo, onde o Apóstolo faz seu testamento e a revisão de sua vida cristã. De qualquer modo, Paulo, antes de conversão Saulo, também será assemelhado a Jesus, vítima sacrificada em favor de muitos. Ele deduz que o momento de seu martírio, de dar testemunho de Deus, está próximo.

Nessa ocasião foi feita a revisão de vida. Paulo teve consciência de que foi fiel à missão, que cumpriu o encargo de anunciar ao mundo o Evangelho. Teve consciência do quanto sofreu e padeceu por esse motivo e agradeceu a Deu por ter guardado a fé.

Em seguida Paulo expressou sua certeza no encontro com o Senhor, quando então será recompensado por tudo, através da convivência eterna com Ele.

Festejar os santos é praticar seus ensinamentos e seguir seus testemunhos de fé.

Que o Senhor nos ajude a louvar São Pedro e São Paulo, fazendo com que cada dia, cada despertar nós seja para nós um novo dia, o reinício da vida nova iniciada nas mãos de Deus, permitindo a Ele nos refazer, nos moldar segundo seu coração e confiando no resultado final que, como Paulo, só veremos no final da vida.

Que as alegrias e os êxitos, as dificuldades e os sofrimentos do dia-a-dia não impeçam nosso crescimento na fé, mas amadureçam e solidifiquem a ação do Espírito.

Finalmente, sirva-nos de referencial para a fidelidade a Cristo e sua Igreja, a conformidade de nossa vida aos ensinamentos de Pedro.

Que a celebração dessas duas colunas da Igreja seja uma ocasião de graças para o crescimento do Reino de Deus de nossa vida cristã! 

TÍTULOS DE NOSSA SENHORA

NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO
Nossa senhora do Perpétuo Socorro é um dos títulos Marianos mais conhecidos da Igreja Católica. Sua festa litúrgica é comemorada no dia 27 de Junho.

A imagem que hoje veneramos, é um ícone do estilo bizantino, feito por um autor desconhecido, e seu aspecto é inspirado nas iconografias de Nossa Senhora pintados por São Lucas Evangelista.

Segundo a tradição, o ícone foi trazido de Creta, Grécia, por um negociante que havia roubado no século XV. Pensando em conseguir algum dinheiro com a venda da imagem, este homem levou-a até Roma, porém, durante o trajeto pelo mar Mediterrâneo, uma tempestade quase fez o navio naufragar. Ao chegar em Roma, ele adoeceu gravemente e, por isso, procurou a ajuda de uma amigo. No seu leito de morte, o comerciante, arrependido, contou ao amigo que roubou o quadro e pediu a ele que o devolvesse a uma igreja. Este prometeu devolver a obra de arte sacra, mas depois mudou de ideia e morreu, sem ter cumprido a promessa feita ao amigo comerciante.

Para que se cumprissem os desígnios divinos, a Santíssima Virgem Maria apareceu a uma menina de seis anos, familiar de quem portava o ícone, e "mandou-lhe dizer à mãe e à avó que o quadro devia se colocado na Igreja de São Mateus Apóstolo, situada entre as basílicas de Santa Maria Maior e São João Latrão, sob o título de Perpétuo Socorro". Em obediência, o ícone foi devolvido e exposto na igreja de São Mateus em 27 de março de 1499. A partir do século XVI,  a devoção começou a se divulgar em toda Roma e, anos mais tarde, pelo mundo inteiro. Nessa Igreja, a imagem foi venerada durante os 300 anos seguintes.

Em uma invasão, a Igreja de São Mateus foi destruída. Os agostinianos que guardavam a Obra, levaram-na para um lugar oculto, onde permaneceu esquecida por 30 anos. Um monge muito devoto, antes de morrer, contou a história a um coroinha, que, tempo depois, se tornou padre Redentorista e ajudou a reencontrar o ícone.

Em 1866, o Papa Pio IX entregou a guarda da imagem aos Redentoristas e fez esta recomendação: "Fazei com que todo o mundo conheça esta devoção". Fizeram, então, muitas cópias do ícone e a difundiram por todas as partes do mundo.

Atualmente, o quadro original encontra-se na Igreja de Santo Afonso, em Roma.

No local da igreja destruída ergueu-se uma nova Igreja e também a proposta de renovação de fé e propagação da imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Para que o objetivo fosse cumprido, o Papa ainda mandou fazer algumas cópias da imagem e espalhou-se entre outras igrejas para que sua popularidade aumentasse ainda mais e desde então não parou mais.

HISTÓRIA COMPLETA (Link Abaixo)
https://www.peregrinusfidei.net/p/nossa-senhora-do-perpetuo-socorro.html

SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO


A Solenidade de São Pedro e São Paulo, na Liturgia
Esta solenidade é uma das mais antigas do calendário litúrgico e celebra a fidelidade desses dois apóstolos, tão diferentes, à mesma missão e ao mesmo Cristo. Há muitas igrejas dedicadas a eles, no mundo inteiro e os restos mortais do apóstolo Pedro podem ser visitados sob a Basílica que leva o seu nome, no Vaticano. Já os de Paulo se encontram na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, também em Roma. A data de 29 de junho, Solenidade de São Pedro e São Paulo, é também considerado como o "dia do papa".

Quem foi Pedro
Pedro foi o discípulo chamado às margens do lago de Genesaré para ser "pescador de homens". Seu nome era Simão, antes. De sua personalidade forte e de sua entrega intensa, quase tão bruta quanto poderiam ser seus modos de homem simples, aparentemente sem instrução e entregue a uma profissão muito comum na região em que vivia. Jesus o chamou de Pedra, se referindo à sua firmeza de fé, e certamente também a esses outros atributos, Seriam testemunha de vários eventos milagrosos, com destaque para a Transfiguração do Senhor, que faz um paralelo com a crucificação do Senhor, ocasião na qual ele negou Jesus por três vezes. Depois de sua ressurreição, ao receber a visita do Mestre, teve a oportunidade de emendar o seu erro e confirmar seu compromisso com o Cristo, afirmando também três vezes que o amava, certamente em meio às lágrimas, como a descrição da cena nos evangelhos nos permite imaginar. Foi o primeiro papa da Igreja.

Quem foi Paulo
Paulo foi um judeu devoto radical que perseguia os cristãos nos primeiros tempos do Cristianismo. Seu nome era Saulo, antes do Batismo. Conta-se que, indo de caminho para Damasco, com autorização de prender e matar cristãos, recebeu a visita do ressuscitado, que o indagava "Saulo, Saulo, porque me persegues?" - uma clara referência ao pensamento da Igreja, ainda primitiva, sobre si mesma, uma Igreja que se identifica como corpo do Cristo. Tendo ficado cego por causa da luminosidade da revelação, é acolhido pela comunidade cristã que iria perseguir e se converte no maior mensageiro de Jesus, de todos os tempos.

Pedro e Paulo: duas maneiras de conhecer o Cristo
Dizem que os opostos se atraem e, na história do cristianismo, pode-se verificar certa correspondência com isso, no que diz respeito a Pedro e Paulo. Pedro, com sua personalidade intensa e radical, conviveu pessoalmente com Jesus durante seus anos de ministério e era um dos discípulos a quem o Mestre dispensava maior atenção e proximidade. Vemos pro várias vezes Jesus se retirando e levando consigo a ele, a Tiago e João. Apesar de sua simplicidade, sua força e dedicação zelosa fizeram dele o primeiro sucesso de Jesus Cristo na guia de seus discípulos. Paulo era dotado de dons bem diferentes: era de instrução refinada, tanto na religião que professava quanto em Filosofia, como podemos concluir do fato de ser cidadão romano e conhecer a língua grega tão bem a ponto de ser chamado de "apóstolo dos pagãos". As escrituras narram somente um encontro dos dois, em Antioquia, mas certamente era mais próximos do que se tem notícia, pois eram chefes na mesma Igreja. 

Os martírios de Pedro e de Paulo
Após percorrer os anos de seu apostolado, entre viagens, pregações, milagres e prisões por causa do Evangelho, Pedro morreu crucificado como Jesus, provavelmente no ano 64 d.C. Ao entregar-se, porém, para o ato de testemunho final, num belíssimo ato de humildade, pediu que fosse crucificado de cabeça para baixo, alegando que não era digno de morrer do mesmo modo que o Mestre. Aproximadamente, talvez no ano 67 d.C., Paulo seguiu o mesmo destino de Pedro: anos de apostolado e viagens inumeráveis para pregar o mesmo Evangelho; dedicação admirável na missão de unis a Igreja, através de suas cartas, das quais conhecemos várias; várias prisões e, por fim, morreu decapitado. Embora não se tenha certeza absoluta sobre essas datas, o que se pode afirmar é que ambas as condenações foral feitas sob o império de Nero, em Roma.

SETE CHAVES PARA ENTENDER POR QUE SÃO PEDRO E SÃO PAULO SÃO CELEBRADOS JUNTOS.


Ao celebrarmos a solenidade de são Pedro e são Paulo, muitas dúvidas nos vem a cabeça. Nascerem e foram martirizados em dias diferentes, viveram em regiões diferentes. Então porque razão a festa deles são celebradas no mesmo dia. Então vamos entender isso.

1. Santo Agostinho de Hipona expressou que eram "um só"
Em um sermão do ano de 395, o doutor da Igreja, santo Agostinho de Hipona,  expressou que são Pedro e são Paulo, "na realidade, eram como um só. Embora tenham sido martirizados em dias diferentes, deram o mesmo testemunho. Pedro foi à frente; Paulo o seguiu.
Celebramos o dia festivo consagrado para nós pelo sangue dos apóstolos. Amemos a fé, a vida, os trabalhos, os sofrimentos, os testemunhos e as pregações destes dois apóstolos".

2. Ambos morreram em Roma
Foram detidos na prisão Mamertina, também chamada Tullianum, localizada no foro romano na Roma Antiga. Além disso, foram martirizados nessa mesma cidade, possivelmente por ordem do imperador Nero.
São Pedro passou seus últimos anos em Roma liderando a Igreja durante a perseguição e até o seu martírio no ano 64. Foi crucificado de cabeça para baixo, a pedido do próprio, por não se considerar digno de morres como seu Senhor. Foi enterrado na colina do Vaticano e a Basílica de São Pedro está construída sobre seu túmolo
São Paulo foi preso e levado a Roma, onde foi decapitado no ano 67. Está enterrado em Roma, na basílica de São Paulo Extramuros.

3. São fundadores da Igreja de Roma
Na homilia de 2012 na solenidade de são Pedro e são Paulo, o papa Bento XVI afirmou que "a sua ligação como irmão na fé adquiriu um significado particular em Roma. De fato, a comunidade cristã desta cidade viu neles uma espécie de antítese dos mitológicos Rómulo e Remo, o par de irmãos a quem se atribui a fundação de Roma".

4. São padroeiros de Roma e representantes do Evangelho
Na mesma homilia, o santo padre chamou esse dois apóstolos de "padroeiros principais da Igreja de Roma".
"Desde sempre a tradição cristã tem considerado são Pedro e são Paulo inseparáveis: na verdade, juntos, representam todo o Evangelho de Cristo", disse.

5. São a versão contrária de Caim e Abel
O santo padre também apresentou um paralelismo oposto com a irmandade apresentada no Antigo Testamento entre Caim e Abel.
"Enquanto nestes vemos o efeito do pecado pelo qual Caim mata Abel, Pedro e Paulo, apesar de ser humanamente bastante diferentes e não obstante os conflitos que não faltaram no seu mútuo relacionamento, realizaram um modo novo e autenticamente evangélico de ser irmãos, tornado possível precisamente pela graça do Evangelho de Cristo que neles operava", afirmou Bento XVI.

6. Porque Pedro é a "rocha"
Esta celebração recorda que São Pedro foi escolhido por Cristo - "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja" - e humildemente aceitou a missão de ser "a rocha" da Igreja e apascentar o rebanho de Deus, apesar de suas fragilidades humanas. 
Os atos dos Apóstolos ilustram seu papel como líder da Igreja depois da ressurreição e ascensão de Cristo. Pedro dirigiu os apóstolos como o primeiro Papa e assegurou que os discípulos mantivessem a verdadeira fé.
Como afirmou e sua homilia o Bento XVI, "na passagem do evangelho de são Mateus (...), Pedro faz a sua confissão de fé em Jesus, reconhecendo-O como Messias e Filho de Deus; fá-lo também em nome dos outros apóstolos. Em resposta, o Senhor revela-lhe a missão que pretende cinfiar-lhe, ou seja, a de ser a 'pedra', a 'rocha', o fundamento visível sobre o qual está construído todo o edifício espiritual da Igreja".

7. São Paulo também é coluna o edifício espiritual da Igreja.
São Paulo foi o apóstolo dos gentios. Antes de sua conversão, era chamado Saulo, mas depois de seu encontro com Cristo e conversão, continuou seguindo para Damasco, onde foi batizado e recuperou a visão. Adotou o nome de Paulo e passou o resto de sua vida pregando o Evangelho sem descanso às nações do mundo mediterrâneo.
"A iconografia tradicional apresenta são Paulo com a espada, e  sabemos que esta representa o instrumento do seu martírio. Mas, repassando os escritos do Apóstolo dos Gentios, descobrimos que a imagem da espada se refere a toda a sua missão de evangelizador. Por exemplo, quando já sentia aproximar-se a morte, escreve a Timóteo: 'Combati o bom combate' (2Tm 4,7); aqui não se trata seguramente do combate de um comandante, mas daquele de um arauto da Palavra de Deus, fiel a Cristo e à sua Igreja, por quem se consumou totalmente. Por isso, o Senhor lhe deu a coroa de glória e colocou-o, juntamente  com Pedro, como coluna no edifício espiritual da Igreja", disse Bento XVI em sua homilia.