Bispo de Jerusalém
O Santo que celebramos hoje (29/10), foi um Bispo de Jerusalém. Teve uma história marcada pela sua santide, longevidade, foi caluniado e viveu parte da sua vida em retiro espiritual.
São narciso nasceu por volta do ano 96 d.C. e, mesmo não sendo judeu, dedicou sua vida ao serviço de Deus. Tornou-se sacerdote e realizou um notável trabalho de caridade em Jerusalém. Foi eleito Bispo da cidade em idade muito avançada, provavelmente por volta dos 90 ou quase 100 anos, em 186 d.C., e aceitou o encargo com grande vigor e zelo.
Junto com Teófilo de Cesareia, presidiu um concílio onde se determinou que a Páscoa cristã deveria ser celebrada sempre num domingo. Sua história também é ligada a milagres, como o da transformação da água em óleo para que as lamparinas da igreja pudessem se acesas durante uma celebração festiva quando o óleo havia acabado.
O momento mais dramático de sua vida foi quando três homens, para se eximirem de um crime, acusaram falsamente o Bispo Narciso de um ato infame. Para dar peso à calúnia, os três invocaram terríveis castigos sobre si se estivessem mentindo: um desejou se queimado vivo, o segundo, ser devorado pela lebra, e o terceiro, ficar cego.
Diante da maldade e para evitar divisões entre os fiéis, São Narciso, embora perdoasse seus detratores preferiu se retirar secretamente para o deserto, em um exílio autoimposto, dedicando-se à oração e penitência. Foi considerado desaparecido e outros bispos o sucederam.
Contudo, os castigos que os caluniadores tinha invocado sobre si se concretizaram: o primeiro morreu queimado em um incêndio, o segundo foi acometido pela lebra e o terdeiro, após chorar e se arrepender de sua mentira, acabou ficando cego.
Após alguns anos, São Narciso reapareceu em Jerusalém. Como sua santidade nunca tinha sido realmente posta em dúvida, ele foi recebido com imensa alegria e retomou o governo da diocese. Devido à idade avançada, foi auxiliado por um coadjutor chamado Alexandre.
São Narciso continuou a pastorear seu rebanho. Morreu por volta do anos 212 ou 213 d.C., aos 113 ou 119 anos de idade, tornando-se um dos bispos mais longevos da história da Igreja.
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