"Jesus transmite-nos uma mensagem poderosa: não é ostentando os nosso méritos que nos salvamos, nem escondendo os nossos erros, mas apresentando-nos tal como somos, honestamente, diante de Deus, de nós mesmos e dos outros, pedindo perdão e confiando na graça do Senhor", disse o papa Leão XIV no Ângelus de hoje (26/10).
O papa comentou a parábola do fariseu e do publicano, dizendo que o fariseu "ostenta uma longa lista de méritos". "As boas obras que realiza são muitas e, por isso, considera-se melhor do que os outros, a quem julga com desdém", disse.
Para o papa, sua atitude é claramente"presunçosa" poque "denota certamente uma observância rigorosa da Lei, mas pobre em amor e desprovida de misericórdia".
Em contraste, acrescentou, Jesus nos diz que, dos dois, é justamente o publicano "quem volta para casa 'justificado'", ou seja, perdoado e renovado pelo encontro com Deus".
Assim, ele elogiou a atitude do publicano, que tem a coragem e a humildade de se apresentar diante de Deus. "Ele não se fecha no seu próprio mundo, nem se conforma com o mal que fez", comentou o papa.
Leão XIV citou santo Agostinho que compra o fariseu a um doente que, por vergonha e orgulho, esconde as suas feridas do médico, e o publicano a outro que, com humildade e sabedoria, expõe ao doutor as suas feridas, por mais desagradáveis que sejam, pedindo ajuda".
Por fim, o papa exortou: "Não tenhamos medo de reconhecer os nossos erros, de os expor, assumindo a responsabilidade por eles e confiando-os à misericórdia de Deus".
Finalmente, disse que o Reino de Deus "não pertence aos soberbos, mas aos humildes, e que se cultiva, na oração e na vida, através da honestidade, do perdão e da gratidão".
Reportagem: Victoria Cardiel
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