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quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

CELEBRAMOS HOJE, SANTA BÁRBARA.

VIRGEM E MÁRTIR

Santa Bárbara foi uma jovem que se converteu nos primeiros séculos, foi encarcerada por seu pai pagão em seu castelo para forçá-la à apostasia. Vendo que suas tentativas não surtiam efeito, permitiu que as martirizassem cortando-lhe  a cabeça com uma espada e ele mesmo morreu fulminado por um raio.

Nasceu na Nicomomédia, perto do mar de Mármara, no começo do século III.

Não existem referências a santa Bárbara contidas nas primeiras autoridades da Igreja, nem no martirológo de São Jerônimo. Entretanto, a veneração a esta santa era comum desde o século VII.

Por volta desta data, existiram as lendárias atas de seu martírio, que foram incluídas na coleção de Simon Metaphraste, um dos mais renomados hagiógrafos bizantinos. 

É representada com mango vermelho, cálice do sangue de Cristo, ramo de oliveira, coroa e espada, todos símbolos do martírio.

A história de que seu pai foi fulminado por um raio fez com que, provavelmente, fosse considerada pelas pessoas comuns como a santa padroeira em tempo de perigo pelas tempestades e o fogo e, em seguida, por analogia, como protetora dos artilheiros e dos mineiros.

Também é invocada como intercessora para assegurar o recebimento da confissão e da Eucaristia na hora da morte. 

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

CELEBRAMOS HOJE, SÃO FRANCISCO XAVIER

"O SÃO PAULO DO ORIENTE".

Sacerdote jesuíta, padroeiro das missões, "são Paulo do Oriente", assim é conhecido são Francisco Xavier", cuja memória litúrgica é celebrada hoje (3/12). Cofundador da Companhia de Jesus, empreendeu um amplo trabalho evangelizador na Índia, no Japão e na China.

Francisco Xavier nasceu em Navarra, Espanha, em 7 de abril de 1506, filho de uma nobre família. Aos 18 anos, foi estudar na Universidade de Paris, tendo se formado em Filosofia. Lecionava na mesma Universidade, onde conheceu Santo Inácio de Loyola, o fundador dos jesuítas.

Vendo em Francisco um homem que poderia ajudá-lo no seu propósito de defesa e propagação do cristianismo, Loyola costumava lhe dizer: “De que vale a um homem ganhar o mundo inteiro se perder sua alma?” (Mc 8, 36). Foi esta frase que tocou o seu coração, fazendo com que se decidisse a seguir Cristo.

Graças aos exercícios espirituais de santo Ignácio, compreendeu o que seu amigo lhe dizia: “Um coração tão grande e uma alma tão nobre não podem se contentar com as efêmeras honras terrenas. Sua ambição deve ser a glória que dura eternamente”.

Consagrou-se ao serviço de Deus com os jesuítas em 1534. Anos depois foi ordenado sacerdote em Veneza. Mais adiante, estando em Roma, são Francisco Xavier ajudou Santo Ignácio na redação das Constituições da Companhia de Jesus.

Mais tarde, o rei de Portugal, dom João III, solicitou a Inácio de Loyola que organizasse alguns sacerdotes para acompanhar suas expedições ao Oriente e evangelizar na Índia. Quando este grupo já estava formado, um dos missionários adoeceu e Francisco Xavier tomou o seu lugar, partindo de Lisboa rumo ao Oriente.

Após uma longa viagem, são Francisco Xavier e seus companheiros chegaram a Goa, uma colônia portuguesa.

Neste local, o santo empreendeu um árduo trabalho de catequese. Atendia os doentes, celebrava Missa com os leprosos, ensinava os escravos e até adaptava as verdades do cristianismo à música popular. Pouco depois, suas canções eram cantadas nas ruas, casas, campos e locais de trabalho.

Mas, também foi testemunha dos abusos que os portugueses e pagãos cometiam contra os nativos, algo que ele mesmo descreveu como “um espinho que levo constantemente no coração”. Posteriormente, são Francisco Xavier escreveria ao rei de Portugal para denunciar os fatos.

Realizou sua missão evangelizadora em muitas cidades, povos e ilhas. Até que, em 1549, partiu para o Japão, onde, ao final de um ano, obteve cerca de cem conversões. As autoridades japonesas, então, proibiram-no de continuar o seu trabalho pastoral.

Realizou também incursões ao território chinês. Seguiu para a Malaca, de onde empreenderia a viagem à China, território inacessível para os estrangeiros. Partiu com uma expedição e chegou à ilha de Shang-Chawan, perto da costa e cem quilômetros ao sul de Hong Kong.  Ali, ficou doente e foi consumido por uma forte febre, levando-o à morte, em 3 de dezembro de 1552, com apenas 46 anos.

Seu caixão foi preenchido de barro para que posteriormente pudesse ser transladado. Depois de dez semanas, tiraram o barro e viram que seu corpo estava incorrupto e não tinha perdido a cor.

O corpo do santo foi levado a Malaca e finalmente foi transladado a Goa, onde os médicos comprovaram seu estado incorrupto. Ali, na Igreja do Bom Jesus, até hoje repousam parte de seus restos. Suas mãos, também incorruptas, estão em um relicário na igreja dos jesuítas em Roma.

São Francisco Xavier foi canonizado em 1622 junto com santo Inácio de Loyola, santa Teresa D’Ávila, são Felipe Neri e são Isidoro Lavrador.

O papa Bento XIV lhe outorgou o título de patrono da propagação da fé e patrono universal das missões. Em 1925, o papa Pio IX proclamou são Francisco Xavier, juntamente com santa Teresinha do Menino Jesus, padroeiro das missões.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

CELEBRAMOS HOJE, SANTA BIBIANA.

VIRGEM E MÁRTIR.
Padroeira dos epiléticos e intercessora contra a dor física.

A Igreja Católica celebra hoje (2/12) SANTA BIBIANA, virgem e mártir romana do tempo do imperador romano Juliano II, o Apóstata (século IV). Santa Bibiana é a padroeira dos epiléticos e intercessora contra a dor física, principalmente aquelas relacionadas à cabeça, e é invocada quando alguém sofre convulsões.

Os cristãos chamava Juliano de 'apóstata' porque quando subiu ao poder rompeu com o regime estabelecido por seu predecessor, Constantino, que oficializa o cristianismo com o Edito de Milão, e por ter renegado publicamente o cristianismo, declarando-se pagão.

O sucessor de Constantino tentou restabelecer os antigos cultos do império e iniciou uma nova perseguição. 

Pouco se sabe sobre a vida de santa Bibiana, mas seu nome está registrado no Liber Pontificalis ou Livro dos Pontífices, onde consta que o papa são Simplício (século V) ordenou a construção de uma basílica dedicada a ela em Roma, onde suas relíquias repousam até hoje.

Santa Bibiana nasceu por volta do ano 347 no ambiente sereno de uma família cristã. Seus pais era Flaviano, prefeito de Roma, e Dafrosa, uma mulher pertencente à nobreza romana. Bibiana tinha um irmã chamada Demétria. 

Com a ascensão de Juliano II ao poder em 361, Flaviano, pai de Bibiana e fervoroso cristão, foi deposto de seu cargo e Aproniano, um pagão muito próximo do novo imperador, foi nomeado em seu lugar.

O prefeito, forçado a retirar-se da vida pública, dedicou-se então a cuidar dos necessitados e perseguidos, além de garantir que os cristãos sacrificados no martírio pudessem sempre ter um enterro digno, de acordo com o mandato da caridade cristã.

Assim que Aproniano soube dessa tarefa assumida por seu antecessor, mandou matá-lo.

Após a morte de Flaviano, Dafrosa e suas duas filhas se desfizeram de seus bens e foram viver na clandestinidade. As três ficaram escondidas, dedicadas à oração constante e vivendo com modéstia. Os tempos ere ruins e tinham que estas preparadas para enfrentar o que viesse.

Apesar do esforço para permanecerem escondidas, as mulheres escondidas, as mulheres foram encontradas e obrigadas a renunciar à fé em Cristo. Como se recusaram a fazê-lo, Aproniano executou Dafrosa primeiro, que foi decapitada em 6 de janeiro de 362.

Depois, o prefeito fez uma nova tentativa de forçar Bibiana e Demétria à apostasia. Ele as trancou em uma cela sem nenhuma comida. Demétria morreu de fome antes que pudesse ser submetida a outra provação.

Bibiana foi levada à presença de Aproniano que, para enfraquecer sua vontade, mandou-a para um prostíbulo para ser prostituída. O plano fracassou, pois nenhum homem conseguiu tocá-la. Aproniano ordenou, então, que Bibiana fosse atada a uma coluna e flagelada até a morte.

Cheia de chagas por todo o corpo, Bibiana entregou sua alma a Deus no altar do martírio, por amor a fé. Embora os soldados tenham jogado seu corpo aos cães, um grupo de cristãos o resgatou e o sepultou junto aos túmulos de seus pais e de sua irmã, bem perto da casa onde ela havia morado.

Pouco tempo depois, quando terminou a perseguição, os cristãos fizeram no lugar um local de culto, onde iam rezar. Décadas depois, a papa Simplício ordenou a construção In situ da atual basílica dedicada à santa, que fica no Monte Esquilino. 

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

SÉRIE: SANTOS CASADOS

A santidade no matrimônio ao longo dos séculos.

SANTA PAULA ROMANA e TOXÓCIO
Paula nasceu em uma família nobre (seu pai, Rogato, era de uma linhagem que remontava a Agamemnon, e sua mãe, Blesila, era descendente dos Cipiões, dos Gracos e parente de Paulo Emílio) e nasceu no dia 5 de maio de 347, em Roma.

Foi criada na riqueza e suntuosidade costumeira entre as famílias aristocráticas da Roma do século IV. As pessoas eram cristãs porque esse era um sinal de boa criação e porque a casa imperial era cristã. porém, fora isso, não cuidavam dos ensinamentos de Cristo e viviam uma vida mundana, liam clássicos gregos e romanos e dedicavam-se à dança e à música.

Em 362, aos quinze anos, Paula casou-se com o senador Toxócio, que ainda era pagão e membro da nobre linhagem juliana. Foi um casamento cheio de frutos e muito feliz, no entanto, durou pouco: apenas 16 anos. Paula sofreu intensamente a sua perda, como o descreveria São Jerônimo em uma carta sobre a morte de Toxócio, em 378: "seu sofrimento foi tão intenso que ela mesma quase veio a falecer". Depois de 16 anos de uma vida conjugal, a viúva de trinta e um anos ficou sozinha com cinco filhos. Mesmo assim, Paula os educou para serem cristãos, e até santos: 

Na época em que o marido de Paula faleceu (em 378), existia um movimento cristão de renovação em Roma, concentrado no palácio de Monte Aventino. Este palácio era ocupado pela viúva Marcela, além de sua mãe, também viúva, e de sua filha adotiva. Santa Marcela nasceu em Roma entre 325 e 335, descendente de nobre linhagem, e ficou viúva com apenas sete meses de matrimônio, recusando subsequentes pedidos de casamento. Consagrou-se ao Senhor e reunia em seu palácio um grupo de piedosas viúvas e jovens virgens da cidade com a finalidade de buscar uma vida de estudos cristã. Marcela estudava com zelo as Sagras Escrituras e, de 382 a 385, durante sua permanência em Roma, São Jerônimo a instruiu em questões filosóficas e exegéticas. Quando do saque a Roma, Marcela foi barbaramente açoitada pelos soldados de Alarico I, mas conseguiu fugir com a filha adotiva, Principia, para a Basílica de São Paulo.

Nesse círculo ao redor de Santa Marcela, a viúva Paula encontrou refúgio e consolo. Ela cuidava dos pobres e doentes, distribuía esmolas e dedicava-se arduamente à educação de seus filhos. As necessidades alheias faziam-na esquecer de sua próprias dores. Lentamente, começou a distribuir cada vez mais a sua riqueza.

No ano de 385, seguindo o conselho de seu mentor espiritual, Jerônimo, Paula decidiu deixar Roma e tudo o que lhe era mais querido e fazer uma peregrinação ao Oriente, ou seja, à Terra Santa. Ela deteve-se em Belém, onde Jerônimo cuidava de uma comunidade de monges, e fundou um convento na região, com três divisões (para mulheres nobres, para mulheres livres e para escravas). Viveu ali uma vida ascética na companhia da filha Eustóquia, e esforçou-se sinceramente no caminho da perfeição, dedicando-se à oração, à penitência e ao estudo diligente da Palavra de Deus presente nas Sagradas Escrituras. Viveu assim até a sua morte, em 26 de janeiro de 404.

A vida exemplar deste que foi um dos primeiros modelos cristãos de mãe, esposa e viúva ficou assim registrada por Jerônimo, seu santo diretor espiritual.

Mesmo se todos os membros de meu corpo se transformassem em línguas (...) ainda assim não conseguiria descrever com justiça as virtudes da santa e venerável Paula. De família nobre, era ainda mais nobre em sua santidade; anteriormente rica em bens materiais, agora é celebrada pela pobreza com que viveu em nome de Cristo. (Tão inflamado era o seu fervor por Cristo, que decidiu abandonar o lar em Roma) (...), Para não alongar a história: desceu em Porto (porto de Roma) acompanhada do irmão, dos parentes e, principalmente, dos filhos, ávidos em suas demonstrações de afeto para conquistar a amável mãe. Enfim, as velas foram içadas e os remadores golpeavam a água, levando o navio a alto-mar. Na praia, o pequeno Toxócio estendia as mãos em súplica enquanto Rufina, já crescida, rogava a mãe, com silenciosos soluços, que esperasse até ela se casar. Porém, os olhos de Paula estavam ainda secos quando os dirigiu aos céus; e ela venceu o amor por seus filhos através de seu amor a Deus (...) Seu coração estava dilacerado de seu amor a Deus (...). Seu coração estava dilacerado, no entanto, e ela lutou contra essa dor como se a estivesse forçando a separar-se de partes de si mesma.

(Quando Paula chegou à Terra Santa), o administrador da Palestina, que era amigo íntimo da família, enviara antes seus agentes e dera ordens para que a residência oficial estivesse à disposição dela. No entanto, Paula escolheu para se um quarto humilde. (...) Ela não dormiu em uma cama comum, mas no chão duro, coberta apenas com um pedaço de pelo de cabra (...). Ela (...) dizia: "Devo deformar este rosto que, desobedecendo ao mandamento de Deus, pintei de vermelho, alvaiade e antimônio. Devo mortificar o corpo, entregue a tantos prazeres. Devo compensar minhas prolongadas risadas com o choro constante. Devo trocar minhas luxuosas sedas e o linho macio pelo áspero pelo de cabra. Eu, que no passado agradei a meu marido e ao mundo, desejo agora apenas agradar a Cristo. 

Depois de relatar muitos outros fatos admiráveis sobre essa nobre romana, São Jerônimo enfim descreve a sua morte.

Quem poderia narrar a morte de Paula com os olhos secos? Ela padecia de uma seríssima enfermidade (...). O intelecto de Paula mostrou-lhe que sua morte se aproximava. Seu corpo e membro esfriaram, apenas seu peito sagrado manteve a batida quente da alma viva. Como se estivesse a abandonar estranhos para voltar ao seu lar e ao seu povo, sussurrou os versos do salmista: "Eu amo, Senhor, o lugar da sua habitação, onde a tua glória habita" (Salmo 26,8), e "Quão amáveis são os teus tabernáculos, Senhor dos exércitos" (Salmo 83,2). Quando perguntei-lhe por que permaneceu em silêncio, recusando o meu chamado, e se sentia dor, ela respondeu, em grego, que já não sofria e que, a seus olhos, tudo parecia calmo e tranquilo. Depois ela não disse mais nada, e fechou os olhos, como se já tivesse se despedido de todas as coisas do mundo, e continuou repetindo os versos até quando exalou sua alma, mas em tom tão silencioso que mal podíamos ouvir o que dizia... E agora, adeus, Paula, e que com tua oração intercedas pela velhice deste que é teu devoto. [Jerônimo].      

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

NICARÁGUA REFORMA CONSTITUIÇÃO E PODERÁ SE TORNAR UMA GRANDE INIMIGA DA IGREJA.

A Assembleia Nacional da Nicarágua aprovou por unanimidade a reforma da Constituição proposta pelo governo que transforma o presidente Daniel Ortega e sua mulher e o vice-presidente Murillo, em copresidentes do país.

Mais de 100 artigos da Constituição foram modificados pela proposta apresentada na quarta-feira (20/11) e aprovada pelos 91 deputados da assembleia na sexta-feira (22/11).

Ortega e Murillo serão também coordenadores dos poderes judiciários, eleitoral e legislativo. Eles também estenderam seus mandatos de cinco para seis anos.

O governo de Ortega já alterou a Constituição 12 vezes desde 2007, quando voltou ao pode e do qual não saiu desde então.

O governo também pode demitir funcionários públicos que não concordem com os "princípios fundamentais" do regime e limitar a liberdade de expressão, caso transgridam "o direito de outra pessoa, da comunidade e os princípios de segurança, paz e bem-estar estabelecidos na Constituição".

Martha Patrícia Molina, autora do relatório Nicarágua: Uma Igreja perseguida? - que em sua última edição relata 870 ataques do governo contra a Igreja Católica no país centro-americano entre 2018 e 2024 - disse recentemente, que também há temas religiosos nas reformas.

O Artigo 14 da atual constituição do país diz que o "Estado é laico e garante a liberdade de culto, fé e práticas religiosas em estrita separação entre o Estado e as igrejas". Estabelece também que "sob a proteção da religião, nenhuma pessoa ou organização pode realizar atividades que violem a ordem pública" e que "as organizações religiosas devem permanecer livres de qualquer controle estrangeiro". 

Para a advogada e pesquisadora, "as reformas propõe uma ruptura definitiva entre o papa, Sumo Pontífice da Igreja Católica e a Igreja Católica Nicaraguense. Com estas reformas, pode ser criada uma igreja paralela que não esteja em comunhão com o papa".

O advogado espanhol Xosé Luiz Pérez disse que o segundo parágrafo do artigo 14 é muito "perigoso", porque mesmo "50 pessoas reunidas numa igreja podem constituir um atentado à ordem pública". 
Reportagem: Walter Sánchez Silva.

CELEBRAMOS HOJE, NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS.


"Fazei cunhar uma medalha conforme este modelo. Todos o que a usarem, trazendo-a ao pescoço, receberão grandes graças. Estas serão abundantes para aqueles que a usarem com confiança", disse Nossa Senhora a santa Catarina Labouré, no dia 27 de novembro de 1830.

Foi nesse ano de 1830 que Nossa Senhora apareceu para a irmã Catarina Labouré, da Congregação das Filhas da Caridade, primeiramente na noite de 18 de junho. Um anjo despertou a religiosa e a conduziu até a capela, onde encontrou a Mãe de Deus e conversou com ela por mais de duas horas, ao final da qual Maria lhe disse: "Voltarei, minha filha, porque tenho uma missão para te confiar".

No dia 27 de novembro do mesmo ano, a Santíssima Virgem voltou a aparecer para Catarina.  A Mãe de Deus estava com uma veste branca e manto azul. Conforme relatou a religiosa, era de uma "beleza indizível". Os pés estavam sobre um globo branco e esmagavam uma serpente.

Suas mãos, á altura do coração, seguravam um pequeno globo de ouro, coroado com uma pequena cruz. Levava nos dedos anéis com pedra preciosas que brilhavam e iluminavam em toda direção.

Nossa Senhora olhou para santa Catarina e lhe disse: "O globo que vês representa o mundo inteiro, especialmente a França e cada alma em particular. Estes raios são o símbolo das graças que eu derramo sobre as pessoas que podem. As pérolas que não emitem raios são as graças das almas que não pedem".

O globo de ouro que a Virgem Maria estava segurando se desvaneceu e seus braços se estenderam abertos, enquanto os raios de luz continuavam caindo sobre o globo brando dos pés.

Nesse momento, formou-se um quadro oval em torno de Nossa Senhora, com as seguintes palavras em letras douradas: "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós".

Então, Maria pediu que Catarina mandasse cunhar a medalha, segundo o que estava vendo.

A aparição girou e no reverso estava a letra "M" encimada por uma cruz que tinha uma barra em sua base, a qual atravessa a letra. Embaixo figurava o coração de Jesus, circuncidado com uma coroa de espinhos, e o coração de Nossa Senhora, transpassado por uma espada. Ao redor havia doze estrelas. 

A manifestação voltou a acontecer por volta do final de dezembro de 1830 e princípio de janeiro de 1831.

Em 1832, o bispo de Paris autorizou a cunhagem da medalha e assim se espalhou pelo mundo inteiro. Inicialmente a medalha era chamada "da Imaculada Conceição", mas quando a devoção se expandiu e se produziram muitos milagres, foi chamada "Medalha Milagrosa", como é conhecida até nossos dias.

Para celebrar este dia em que recordamos Nossa Senhora das Graças, confira a seguir a oração para pedir o auxílio da Virgem:

Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, do pode ilimitado que vos deu o vosso divino Filho sobre o seu coração adorável. Cheio de confiança na vossa intercessão, venho implorar o vosso auxílio. Tendes em vossas mãos a fonte de todas as graças que brotam do Coração amantíssimo de Jesus Cristo; abri-a em meu favor, concedendo-me a graça que ardentemente vos peço. Não quero ser o único por vós rejeitado; sois minha Mãe, sois a soberana no coração de vosso divino Filho. 

Sim, ó virgem santa, não esqueçais as tristezas desta terça; lançai um olhar de vontade aos que estão no sofrimento, aos que não cessam de provar o cálice das amarguras da vida. Tende piedade dos que se amam e que estão separados pela discórdia, pela doença, pelo cárcere, pelo exílio ou pela morte. Tende piedade dos que choram dos que suplicam e dai a todos o conforto, a esperança e a paz! Atendei pois, à minha humilde súplica e alcançai-me as graças que agora fervorosamente vos pelo por intermédio de vossa santa Medalha Milagrosa!

Amém.   

terça-feira, 26 de novembro de 2024

NOVENA A NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

NONO DIA


-Pelo Sinal da Santa Cruz, livrai-nos Deus nosso Senhor dos nossos inimigos.
- Em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ato de contrição
Senhor Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, criador e Redentor meu, por serdes Vós que sois, sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, de todo o meu coração, de Vos ter ofendido; pesa-me também, de ter perdido o Céu e merecido o Inferno; e proponho-me firmemente, ajudado com o auxílio da vossa divina graça, emendar-me e nunca mais vos tornar a ofender. Espero alcançar o perdão de minhas culpas pela vossa infinita misericórdia. Amém.

Nesse nono dia da novena contemplamos ó Virgem Imaculada,  fazei com que a cruz de vossa Medalha brilhe sempre diante de meus olhos, suavize as penas da vida presente e conduza-me à vida eterna.

Suplica a Nossa Senhora
Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, ao contemplar-vos de braços abertos derramado graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa de nossas inúmeras culpas, acercamo-nos de vossos pés pra vos expor, durante essa oração, as nossas mais prementes necessidades.
(momento de silêncio. Fazer os pedidos).
Concedei, pois, ó Virgem das Graças, este favor que confiantes vos solicitamos, para maior glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem de nossas almas. E para melhor servirmos ao Vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre verdadeiros cristãos. Amém.

Ó maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.

- Pai nosso que estás nos Céus...
- 3 Ave-Marias
- Glória ao Pai ao Filho...

Oração final
Santíssima Virgem, eu reconheço e confesso vossa Santa e Imaculada Conceição, pura e sem mancha. Ó puríssima Virgem Maria, por vossa Conceição Imaculado e gloriosa prerrogativa de Mãe de Deus, alcançai-me de vosso amado Filho e humildade, caridade, obediência, castidade, santa pureza de coração, de corpo, e espírito, alcançai-me a perseverança na prática do bem, uma santa vida, uma boa morte e a graça que te pedimos com toda confiança. Amém.

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

PAPA FRANCISCO CRITICA HIPOCRISIA DE PAÍSES QUE FALAM DE PAZ MAS BRINCAM DE GUERRA.


O papa Francisco criticou hoje (25/11) a hipocrisia de países que "falam de paz", mas "brincam de guerra" e onde "os investimentos que mais dão retorno são as fábricas de armas". Francisco falava num ato comemorativo no Palácio Apostólico do Vaticano por ocasião dos 40 anos do Tratado de Paz que pôs fim às tensões fronteiriças entre Argentina e Chile em 1984.

Esta atitude "sempre nos leva ao fracasso da fraternidade e da paz", disse o papa. "Espero que a comunidade internacional consiga fazer prevalecer a força do direito através do diálogo, porque o diálogo dever ser a alma da comunidade internacional". 

O acordo entre Chile e Argentina resolveu a disputa territorial sobre várias ilhas no Canal de Beagle. O então papa João Paulo II enviou como mediador o cardeal Antonio Samoré, que conseguiu o acordo entre as duas nações, evitando com conflito armado.

Falando às autoridades e ao corpo diplomático de ambos os países, entre os quais o embaixador argentino junto à Santa Sé, Luis Pablo Beltramino, e o chanceler chileno, Alberto van Klaveren, o papa Francisco elogiou a mediação pontifícia que evitou o conflito "que estava prestes a confrontar dois povos irmãos".

No discurso em espanhol, Francisco propôs este acordo como modelo a imitar, também renovou o seu apelo à paz e ao diálogo diante dos conflitos atuais, onde prevalece "o recurso à força".

Lembrou especialmente a mediação de são João Paulo II, que desde os primeiros dias de seu pontificado manifestou uma grande preocupação e demonstrou esforços constantes não só para evitar que a disputa entre Argentina e Chile "chegasse a degenerar em um infeliz conflito armado", mas também para encontrar "uma forma de resolver definitivamente essa controvérsia.

Ele disse que tendo recebido o pedido dos dois governo, acompanhado de esforços concretos, e exigentes, aceitou mediar com o objetivo de sugerir e propor" uma solução justa e equitativa e, portanto, honrosa".

Para Francisco, este acordo merece "ser proposto na atual situação do mundo, em que tantos conflitos persistem e se agravam, por não haver a vontade efetiva de excluir absolutamente o uso da força ou da ameaça para resolvê-los".

O papa lamentou que "estamos vivendo isto de uma forma bastante trágica" e disse que "podemos interpretar as oposições, o cansaço e as quedas como um chamado à reflexão, para que o coração se abra ao encontro com Deus e cada um tome a consciência de si mesmo, do próximo e da realidade".

Ele falou da necessidade de as autoridades serem "soberanos mendicantes", tornando-se "mendigos do que é essencial", do que dá sentido às nossas vidas". 

Segundo Francisco, "é a amizade com Deus, que mais tarde se reflete em todas as outras relações humanas, que é a base da alegria que nunca se extinguirá". 

Ele também disse que espera que "o espírito de encontro e de harmonia entre as nações, na América Latina e em todo o mundo, desejosas de paz, possa ajudar a multiplicar-se em iniciativas e políticas coordenadas, para resolver as muitas crises sociais e ambientais que afetam as populações de todos os continentes", prejudicando especialmente os mais pobres.

Francisco citou as palavras de Bento XVI no 25º aniversário do tratado, que disse que o acordo "é um exemplo luminoso da força do espírito humano e da vontade de paz face à barbárie e à irracionalidade da violência e da guerra como remédio para resolver diferenças.

Para o papa, este é um exemplo "mais atual do que nunca" de como é necessário perseverar em todos os momentos "com uma vontade firme e até as últimas consequências na tentativa de resolver as controvérsias com um verdadeiro desejo de diálogo e de acordo, através de negociações pacientes e compromissos necessários, e sempre levando em conta as demandas justas e os interesses legítimos de todos".

O que está acontecendo na Ucrânia e Palestina, concluiu o papa, são "dois fracassos" da humanidade, nos quais a "prepotência do invasor prima sobre o diálogo". 
Por: Almudena Martínez-Bordiú

NOVENA A NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS.

OITAVO DIA

-Pelo Sinal da Santa Cruz, livrai-nos Deus nosso Senhor dos nossos inimigos.
- Em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ato de contrição
Senhor Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, criador e Redentor meu, por serdes Vós que sois, sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, de todo o meu coração, de Vos ter ofendido; pesa-me também, de ter perdido o Céu e merecido o Inferno; e proponho-me firmemente, ajudado com o auxílio da vossa divina graça, emendar-me e nunca mais vos tornar a ofender. Espero alcançar o perdão de minhas culpas pela vossa infinita misericórdia. Amém.

Nesse oitavo dia da novena contemplamos ó Virgem Imaculada da Medalha Milagrosa, fazei com que esses raios luminosos que irradiam de vossas mãos virginais iluminem minha inteligência para melhor conhecer o bem e abrasem meu coração, vivos sentimentos de fé, esperança e caridade.

Suplica a Nossa Senhora
Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, ao contemplar-vos de braços abertos derramado graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa de nossas inúmeras culpas, acercamo-nos de vossos pés pra vos expor, durante essa oração, as nossas mais prementes necessidades.
(momento de silêncio. Fazer os pedidos).
Concedei, pois, ó Virgem das Graças, este favor que confiantes vos solicitamos, para maior glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem de nossas almas. E para melhor servirmos ao Vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre verdadeiros cristãos. Amém.

Ó maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.

- Pai nosso que estás nos Céus...
- 3 Ave-Marias
- Glória ao Pai ao Filho...

Oração final
Santíssima Virgem, eu reconheço e confesso vossa Santa e Imaculada Conceição, pura e sem mancha. Ó puríssima Virgem Maria, por vossa Conceição Imaculado e gloriosa prerrogativa de Mãe de Deus, alcançai-me de vosso amado Filho e humildade, caridade, obediência, castidade, santa pureza de coração, de corpo, e espírito, alcançai-me a perseverança na prática do bem, uma santa vida, uma boa morte e a graça que te pedimos com toda confiança. Amém.

domingo, 24 de novembro de 2024

SETE EXORTAÇÕES DE CRISTO REI SOBRE FIM DOS TEMPOS E A SALVAÇÃO ETERNA.


Por causa da Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo, celebrada hoje (24/11), compilamos sete exortações nas quais o Senhor falou com "autoridade" sobre o fim dos tempos e a salvação.

Segundo disse o papa Bento XVI em 29 de janeiro de 2012, a autoridade de Deus é baseada no serviço, na humildade e "no poder do amor de Deus que cria o universo". 

Abaixo estão as citações bíblicas em que Cristo fala com firmeza e convida à salvação eterna:

1. "Os justos lhe perguntarão: 'Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos peregrino e te acolhemos, nu e te vestimos? Quando foi que te vimos enfermo ou na prisão e ter fomos visitar?. Responderá o Rei: 'Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isso a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.'"  (Mt 25, 37-40).

2. "Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que expulsamos os demônios e fizemos muitos milagres? E, no entanto, eu lhes direi: Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus!" (Mt 7,21-23);

3. "Assim será no dia em que se manifestar o Filho do Homem. Naquele dia, quem estiver no terraço e tiver os seus bens em casa não desça para os tirar; da mesma forma, quem estiver no campo não torne atrás. Lembrai-vos da mulher de Ló. Todo o que procurar salvar a sua vida irá perdê-la; mas todo o que a perder irá encontrá-la" (Lc 17, 30-33).

4. "Então, Jesus lhes disse: "Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia". (Jo 6,53-54).

5. "Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós" (Mt 5,11-12).

6. "Respondeu Jesus: 'O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus súditos certamente teriam pelejado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu Reino não é deste mundo'. Perguntou-lhe então Pilatos: 'És, portanto, rei? Respondeu Jesus: "Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve minha voz" (Jo 18, 36-37).

7. "Mas Jesus, aproximando-se, lhes disse: "Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo" (Mt 28, 18-20).
Por: Abel Camasca.