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segunda-feira, 31 de março de 2025

MEDITAÇÕES PARA A QUARESMA.

SEGUNDA-FEIRA DA 4ª SEMANDA DA QUARESMA.

CRISTO MERECEU, PELA SUA PAIXÃO, SER EXALTADO.

"Ele tornou-se obediente até a morte, e morte de cruz; para o qual Deus também o exaltou." (Fl 2,8).

O mérito comporta certa igualdade com a justiça. Por isso, diz o Apóstolo que "para aquele que realiza obras, o salário é considerado um débito" (Rm 4,4). Quando alguém, por sua injusta vontade, atribui a si mais do que se lhe deve, é justo que se diminua também o que se lhe devia, como diz o livro do Êxodo (22): "Quando um homem roubar uma ovelha, devolva". E dizemos que ele o mereceu, porquanto desse modo se pune sua vontade injusta. Assim também, quando alguém, por uma justa vontade, se priva do que tinha direito de possuir, merece que se lhe dê mais, como salário de sua vontade justa. Por isso, como diz o Evangelho de Lucas, "quem se humilha será exaltado" (Lc 14, 11).

I. Ora, Cristo, em sua Paixão, de quatro modo se humilhou abaixo de sua dignidade:

a) Primeiro, em relação à sua paixão e morte, de que não era devedor.

b) Segundo, em relação ao local, pois seu corpo foi posto num sepulcro, e sua alma, na mansão dos mortos.

c) Terceiro, em relação à confusão e opróbrios que suportou.

d) Quarto, em relação ao fato de ter sido entregue ao poder dos homens, conforme ele mesmo disse a Pilatos: "Não terias poder algum sobre mim se não te houvesse sido dado do alto" (Jo 19,11).

II. Por sua paixão, mereceu a exaltação de quatro maneiras:

a) Primeiro, em relação à ressurreição gloriosa. Por isso, diz o salmo (138, 1): "Conheces o meu deitar", ou seja, a humilhação de minha paixão, "e o meu levantar".

b) Segundo, em relação à ascensão ao céu. Por isso, diz a Carta aos Efésios: "Desceu primeiro até as partes inferiores da terra. Aquele que desceu é também o que subiu mais alto que todos os céus" (Ef 4, 9-10).

c) Terceiro, em relação ao assento que teve à direita do Pai e à manifestação de sua divindade, conforme diz Isaías: "Ele será exaltado, elevado, e posto muito alto, da mesma forma que as multidões ficaram horrorizadas a seu respeito assim será sem glória o seu aspecto entre os homens" (52, 13-14). E diz a Carta aos Filipenses (2, 8-10): "Ele se fez obediente até a morte e morte numa cruz. Foi por isso que Deus lhe conferiu o Nome que está acima de todo nome", ou seja, para que por todos seja considerado como Deus e todos lhe mostrem reverência como a um Deus. E é o que se acrescenta: "A fim de que ao nome de Jesus todo joelho se dobre, nos céus, na terra e debaixo da terra".

d) Quarto, em relação ao poder judiciário, pois diz o livro de Jó: "Tua causa foi julgada como a de um ímpio. Receberás o juízo e a causa" (Jó 36, 17).

domingo, 30 de março de 2025

MEDITAÇÕES PARA A QUARESMA.

QUARTO DOMINGO DA QUARESMA.

CRISTO COM SUA PAIXÃO ABRIU A PORTA DO CÉU.

"Portanto, irmãos, tenham confiança de entrar no Santuário pelo sangue de Cristo". (Hb 10,19).

O fechamento de uma porta é um obstáculo que impede a entrada das pessoas. Ora, os homens estavam impedidos de entrar no reino dos céus por causa do pecado, pois, como diz Isaías (25, 8): "Caminho sagrado chamá-lo-ão. O impuro não passará por ele".

E há dois pecados que impedem a entrada do reino dos céus. Um é o pecado de nosso primeiro pai, pecado comum a toda a natureza humana e que fechava ao homem a entrada do reino celeste. Por isso, se lê no livro do Gênesis, que, depois do pecado do primeiro homem, "Deus postou os querubins com uma espada de fogo e versátil, para guardar o caminho da árvore da vida". O outro é o pecado especial de cada pessoa, cometido pelo ato pessoal de cada homem.

Pela paixão de Cristo somos libertados não só do pecado comum a toda a natureza humana, em relação à culpa e em relação à dívida da pena, uma vez que ele pagou por nós o preço, mas também dos pecados próprios de cada um dos que participam da paixão dele pela fé, pelo amor, e pelos sacramentos da fé. Consequentemente, pela paixão de Cristo foi-nos aberta a porta do reino celeste. E é precisamente isso que nos diz a Carta aos Hebreus (9, 11): "Cristo, sumo sacerdote dos bens vindouros, por seu próprio sangue, entrou uma vez para sempre no santuário e obteve uma libertação definitiva". É o que dá a entender o livro dos Números quando diz que o homicida "ali permanecerá", ou seja, na cidade de refúgio, "até a morte do sumo sacerdote consagrado com o óleo santo" (Nm 35, 25); depois da morte deste, voltará para sua casa.

Deve-se dizer que os Patriarcas, ao realizarem obras de justiça, mereceram entrar no reino celeste pela fé na paixão de Cristo, segundo o que diz a Carta aos Hebreus (Hb 11, 33): "Graças à fé, conquistaram reinos, praticaram a justiça"; por ela, cada um deles ficava limpo do pecado, quanto condiz com a purificação da própria pessoa. Contudo a fé ou a justiça de nenhum deles era suficiente para remover o impedimento proveniente da dívida de todas as criaturas humanas. Impedimento que foi removido pelo preço do sangue de Cristo. Por isso, antes da paixão de Cristo, ninguém pudera entrar no reino celeste, ou seja, conseguir a eterna bem-aventurança, que consiste no pleno gozo de Deus.

Cristo, com sua paixão, mereceu-nos a abertura do reino celeste e removeu o impedimento; mas pela ascensão como que nos introduziu na posse do reino celeste. Por isso, se diz que "já subiu, diante deles, aquele que abre o caminho" (Mq 2, 13).

sábado, 29 de março de 2025

MEDITAÇÕES PARA A QUARESMA

SÁBADO DA 3ª SEMANDA DA QUARESMA.

PELA PAIXÃO FOMOS RECONCILIADOS COM DEUS.

"Fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho". (Rm 5,10).

Pela Paixão de Cristo fomos liberado do reato da pena de dois modos:

I- A Paixão de Cristo é a causa de nossa reconciliação com Deus, de dois modos.

Primeiro porque remove o pecado pelo qual os homens são constituídos inimigos de Deus, segundo aquilo da Escritura (Sb 14, 9): Deus igualmente aborreceu ao ímpio e a sua impiedade. E noutro lugar (Sl 5, 7): Aborreces a todos os que obram a iniquidade.

De outro modo, como sacrifício muito aceito de Deus; assim como perdoamos uma ofensa cometida contra nós quando recebemos um serviço que nos é prestado. Donde o dizer a Escritura (1 Rs 26, 19): Se o Senhor te incita contra mim, receba ele o cheiro do sacrifício. Semelhantemente, o ter Cristo sofrido voluntariamente foi um bem tão grande, que em razão desse bem descoberto em a natureza humana, Deus se aplacou no tocante a qualquer ofensa do gênero humano, contanto que o homem se una com a Paixão de Cristo, segundo a fé e a caridade.

Não se diz que a Paixão de Cristo nos reconciliou com Deus porque de novo nos começasse a amar, pois está na Escritura (Jr 31, 3): Com amor eterno te amei. Mas porque a Paixão de Cristo eliminou a causa do ódio, quer por ter delido o pecado, quer pela compensação de um bem mais aceitável.

II- Se pensarmos naqueles que O lançaram à morte, a Paixão de Cristo foi verdadeiramente uma causa de indignação. Mas, a caridade de Cristo padecendo foi maior que a iniquidade dos homens. Por isso a Paixão de Cristo é mais eficaz para reconciliar com Deus todo o gênero humano que para provocar sua cólera. 
O amor de Deus por nós se revela nos seus efeitos. Dizemos que Deus faz participar de sua bondade aqueles que ama. Ora, a maior e mais completa participação na sua bondade consiste na visão da sua essência, pela qual privamos com Ele como amigos, pois a beatitude consiste nesta serenidade. Assim, pode-se dizer simplesmente que Deus ama a quem admite a esta visão, quer pelo dom real, quer pelo dom da causa — como ocorre com aqueles a quem Deus deu o Espírito Santo como penhor desta visão. Pelo pecado, porém, ao homem foi retirada esta participação na bondade divina, ou seja, a visão de sua essência; e sob este aspecto, diz-se que o homem estava privado do amor de Deus. Ora, após Cristo ter satisfeito por nós pela sua Paixão, e conseguido que fossemos readmitidos à visão de Deus, diz-se que nos reconciliou com Deus.

sexta-feira, 28 de março de 2025

PAPA FRANCISCO NÃO ESTÁ CONFIRMADO PARA AS CELEBRAÇÕES DA SEMANA SANTA.

A Santa sé  publicou o calendário oficial das celebrações litúrgicas previstas para a Semana Santa, mas não esclareceu se o papa Francisco vai participar delas.

Francisco teve alta no domingo (23/3), depois de estar internado no Hospital Policlínico Agostino Gemelli com problemas pulmonares. Os médicos prescreveram repouso absoluto por pelo menos dois meses.

A sala de imprensa da Santa Sé disse que será necessário acompanhar "a evolução das condições de saúde do papa nas próximas semanas para avaliar sua possível presença, e em que termos nos ritos da Semana Santa".

O mestre de cerimônias papais, o arcebispo Diego Ravelli, divulgou ontem (27/3) a agenda prevista para a Semana Santa, que começará no Domingo de Ramos, 13 de abril, com a missa na Praça de São Pedro, às 10 horas de Roma, que celebra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.

Na Quinta-feira Santa, 17 de abril, a missa do Crisma será às 9h30, na basílica de São Pedro, quando os óleos sagrados serão abençoados e os padres renovarão suas promessas sacerdotais. 

Na Sexta-feira Santa, 18 de abril, a Paixão do Senhor será celebrada na basílica de São Pedro, às 17 horas.

Às 21h15, será a Via-Sacra no Coliseu de Roma, palco da perseguição aos cristãos nos primeiros séculos do cristianismo. As meditações nas 14 estações da Paixão, desde a condenação à morte de Jesus até o seu seu sepultamento, é uma das cerimônias mais acompanhadas pelos fiéis em Roma. No ano passado, Francisco não participou por causa de uma bronquite.

No Sábado Santo, 19 de abril, a Vigília Pascal será celebrada na basílica de São Pedro. São João Paulo II costumava celebrar a Vigília Pascal no Sábado Santo, no Vaticano, por volta das 22 horas, mas a partir dos últimos anos de seu pontificado, ela passou a ser celebrada mais cedo. Este ano, a cerimônia começará às 19:30 horas no átrio da basílica de São Pedro.

No domingo de Páscoa, 20 de abril, a Igreja celebrará o dia da Ressurreição do Senhor com uma missa na Praça de São Pedro, às 10h30. No final da missa, a solene bênção Urbi et Orbi será dada à cidade de Roma e ao mundo inteiro.

Uma semana depois, no Segundo Domingo de Páscoa ou Domingo da Divina Misericórdia, 27 de abril, será celebrada uma missa especial na Praça de São Pedro às 10h30. Nesta celebração, está programada a canonização do beato Carlo Acutis, o jovem millennial italiano conhecido como o "ciberapóstolo da Eucaristia". 
Reportagem: Victoria Cardiel.

MEDITAÇÕES PARA A QUARESMA.

SEXTA-FEIRA DA 3ª SEMANA DA QUARESMA.

PELA PAIXÃO FOMOS LIBERADOS DA PENA DO PECADO.

"Ele foi o que tomou sobre si as nossas fraquezas e ele mesmo carregou com as nossas dores" (Is 23,4).

Pela Paixão de Cristo fomos liberados do reato da pena de dois modos:

1. Primeiro diretamente; i. é, porque a Paixão de Cristo foi uma satisfação suficiente e superabundante pelos pecados de todo o gênero humano; ora, dada a satisfação suficiente, eliminado fica o reato da pena. 

2. De outro modo, indiretamente; i. é, enquanto a Paixão de Cristo é a causa da remissão do pecado, no qual se funda o reato da pena.

Os condenados, contudo, não estão liberados da pena, pois a Paixão de Cristo somente produz o seu efeito naqueles a quem se aplica pela fé, pela caridade e pelos sacramentos da fé. Ora, os condenados ao inferno, que não estão unidos à Paixão de Cristo ao modo que acabamos de referir, não lhe podem colher o efeito.

E apesar de termos sido liberados da pena do pecado, é preciso, no entanto, impor aos penitentes uma pena satisfatória; pois, para se beneficiar do efeito da Paixão de Cristo, é preciso estarmos configurados ao Cristo.

Ora, configuramo-nos sacramentalmente a Ele no batismo, segundo aquilo do Apóstolo (Rm 6, 4): Fomos sepultados com ele para morrer ao pecado pelo batismo. Por isso aos batizados não se lhes impõe nenhuma pena satisfatória, por estarem totalmente liberados pela satisfação de Cristo. Mas porque Cristo uma só vez morreu pelos nossos pecados, no dizer da Escritura (1 Pd 3, 18), não pode o homem uma segunda vez se configurar à morte de Cristo pelo sacramento do batismo. E por isso, os que depois do batismo pecam hão de assemelhar-se com Cristo, padecente por alguma penalidade ou sofrimento, que suportem na sua pessoa. Mas essa penalidade basta, apesar de muito menor que a merecida pelo pecado, por causa da cooperação da satisfação de Cristo.

Mas, se a morte, que é pena do pecado, ainda subsiste, é porque a satisfação do Cristo só tem efeito em nós enquanto fomos incorporados ao Cristo, como os membros à cabeça. Pois é preciso que os membros estejam em conformidade com a cabeça. Por onde, assim como Cristo teve primeiro a graça na alma com a passibilidade do corpo, e chegou pela Paixão à glória da imortalidade, assim também nós, que somos os seus membros, somos pela sua Paixão liberados do reato de qualquer pena. Mas, para isso, devemos primeiro receber na alma o Espírito de adoção de filhos, pelo qual adimos a herança da glória da imortalidade, enquanto ainda temos um corpo passível e mortal. Mas depois assemelhados aos sofrimentos e à morte de Cristo, chegaremos à glória imortal segundo aquilo do Apóstolo (Rm 8, 17): Se somos filhos somos também herdeiros; herdeiros verdadeiramente de Deus e co-herdeiros de Cristo, se é que todavia nós padecemos com ele para que sejamos também com ele glorificados.

quinta-feira, 27 de março de 2025

MEDITAÇÕES PARA A QUARESMA.

QUINTA-FEIRA DA 3º SEMANA DA QUARESMA.
A PREGAÇÃO DA SAMARITANA.

"A mulher, pois, deixou o seu cântaro, e foi à cidade". (Jo 4,28).

Após ter sido instruída por Cristo, a samaritana fez trabalho de apóstolo. Três coisas podemos sublinhar de suas palavras e atos.

I. A devoção que sentia e manifestou dos dois modos seguintes:

a) Movida por intensa devoção, a samaritana como que se esqueceu da razão pela qual viera à fonte e abandonou água e cântaro. É o que diz o texto: "a mulher deixou o seu cântaro, e foi à cidade", para anunciar a grandeza de Cristo, sem cuidar das necessidades do corpo. Nisso seguiu o exemplo dos Apóstolos que, após terem tudo deixado para trás, seguiram o Senhor. Ora, o cântaro significa a concupiscência das coisas do século, com o qual do fundo das trevas significado pelo poço, i.é, do trato com as coisas terrenas, os homens extraem os prazeres. Portanto, os que abandonam as concupiscências do século por Deus, abandonam o cântaro.

b) A intensidade de sua devoção manifesta-se ainda pela multidão daqueles a quem anuncia o Cristo, pois não foi a um, nem a dois ou três, mas a toda a cidade. Diz o texto: "...e foi à cidade".

II. A qualidade de sua pregação: "e disse àquela gente: vinde ver um homem...".

a) Ela convida todos a ver o Cristo: "Vinde ver um homem". Ela não diz imediatamente para que viessem ao Cristo, para não dar ocasião a blasfêmia; ao contrário, começa dizendo coisas que eram críveis e patentes, a saber, que era um homem. Ela não diz: crede, e sim: vinde ver, pois sabiam que, se bebessem daquela fonte, vendo-o, experimentariam o mesmo que ela experimentou. Por fim, a samaritana segue o exemplo do verdadeiro pregador, e não chama os homens para si, mas para o Cristo.

b) Oferece uma prova da divindade do Cristo, ao dizer: "que me disse tudo o que eu tenho feito", ou seja, quantos homens tivera a samaritana. Ela não se envergonha de contar aquilo que lhe é motivo de confusão, pois a alma abrasada com o fogo divino não se importa mais com nada terreno, nem com a glória, nem com a vergonha, mas apenas com essa chama que nela queima.

c) Conclui confessando a majestade de Cristo, ao dizer: "será este porventura o Cristo?" Ela não ousou afirmar que era o Cristo, para que não aparentasse ensinar os outros: temia que, irritados, eles se recusassem a ir ao Cristo. Tampouco o silenciou totalmente, mas o propôs sob a forma de pergunta, como se submetesse o seu julgamento ao deles. De fato, este era o meio mais fácil de persuadi-los.

III. O frito da pregação.

"Saíram, pois, da cidade, e foram ter com ele". Por onde se vê que, se quisermos ir ao Cristo, devemos também deixar a cidade, i. é, abandonar o amor da concupiscência carnal. "Saiamos, pois, a ele fora dos arraiais", diz são Paulo (Heb 13, 13).

DICAS PARA TERMINAR A QUARESMA E ESTAR PRONTO PARA A SEMANA SANTA.

A oração, o jejum e a esmola são os três pilares da Quaresma, através dos quais crescemos em amor e caridade, buscando uma vida nova em Cristo.

Cada dia deste tempo merece um sacrifício constante para atingir o objetivo. No entanto, o descuido ou o esquecimento de nossas vivências pode gerar e deixar sentimentos de arrependimento ou culpa.

Veja 20 dicas para concluir estes últimos dias da Quaresma e poder assim estar preparados para celebrar a Semana Santa.

ORAÇÃO
1. Rezar pelos outros. Uma das obras espirituais de misericórdia é rezar pelos vivos e pelos mortos.

2. Dar graças a Deus por todos os inconvenientes durante a Quaresma. "Tudo quanto fizerdes, por palavra ou por obra, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai" (Colossenses 3,17).

3. Assumir o sofrimento e, com ele, unir-se à Paixão e Crucificação de Jesus Cristo. No livro "A Misericórdia Divina da minha alma: Diário de Santa Faustina", a religiosa diz: "Faço espontaneamente o oferecimento de mim mesma pela conversão dos pecadores, especialmente o oferecimento de mim mesma pela conversão dos pecadores, especialmente por aquelas almas que perderam a esperança na misericórdia de Deus" (309) "Meu sacrifício nada é por si só, mas, quando o uno ao de Jesus Cristo, torna-se onipotente" (482).

4. Planejar um tempo de oração para que a Quaresma seja diferente dos outros tempos.

5. Fazer uma publicação no Facebook oferecendo levar as intenções de oração das pessoas à adoração. Tenha cuidado, pois os pedidos de oração continuarão chegando depois que você tenha voltado da adoração. Nesse caso, você pode programar outra hora de adoração, trazer as intenções adicionais na próxima vez ou revisar o correio antes de sair de casa. Há muitas pessoas que precisam de orações.

6. Rezar pelas almas do purgatório. "Era esse um bom e religioso pensamento. Eis por que ele pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas" (2 Macabeus, 12,46).

7. Rezar as estações da Via-Sacra. Jesus fez promessas aos que rezem com devoção a "Via-Sacra", incluindo uma forte proteção espiritual, enchendo-os de graças e estando perto deles na vida, especialmente na hora da morte. Há também um indulgência plenária ligada às estações na igreja ou em um lugar onde a pessoa se movimente de uma estação para a outra.

8. Rezar por qualquer pessoa que te irrite ou incomode durante a vida.

9. Renunciar uma refeição. Não se aplica para aqueles que não têm a opção de comer.

10. Ter apenas uma refeição por dia.

11. Abster-se de algo em cada refeição. Pode ser mostarda em seu sanduíche, o prato principal, batatas fritas, temperos para a salada... algo que seja um sacrifício. São Francisco de Sales aconselhou as pessoas a nunca deixarem a mesa sem negar alguma coisa para si mesmas.

12. Escolher um dia ou uma refeição para jejuar com pão e água. "Um jejum a pão e água nos ensina a distinguir entre o que precisamos e o que nós queremos, e entramos em um espírito pobre já que a nossa comida é simples, mas satisfatória". 

13. Comer apenas por saúde e sobrevivência. Manter alimentos simples como um ovo cozido, uma torrada seca e uma banana. Esse costumava ser o café da manhã diário de santa Teresa de Calcutá.

14. Não comer entre as refeições. 

15. Jejum de vaidade. Não usar joias ou maquiagem. Vestir de propósito uma roupa que não goste. Então, continue com o seu dia esquecendo sua aparência e se concentrando mais nos outros que refletirão sua verdadeira beleza.

ESMOLAS
16. Pedir a Deus para revelar o "Lázaro" de sua vida que precisa de sua oferta. "Lázaro estava morrendo do lado de fora da casa do homem rico, ignorado, exceto pelos cães que lambiam as duas chagas". Quando os dois homens morreram, Lázaro foi para o céu, mas o rico não (Lucas 16,19-31).

17. Se fizer abstenção de algo que custe dinheiro, como café ou cigarros, das esse dinheiro aos pobres.

18. Arrecadar fundos on-line através de petições para causas dignas.

19. Fazer o sacrifício doer, sem excesso.

20. Escolher algo do guarda-roupa que goste muito e dar para os pobres. Encontre um objeto por dia ou um objeto por semana. "Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e as traças corroem, onde os ladrões furtam e roubam. Ajuntai para vós tesouros no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e os ladrões não furtam nem roubam. Porque onde está o teu tesouro, lá também está teu coração" (Mt 6,19-21).

FASE DIOCESANA DO PROCESSO DE BEATIFICAÇÃO DO PADRE LÉO TERMINA EM JUNHO.

A fase diocesana do processo de beatificação do servo de Deus padre Léo Tarcísio Gonçalves Pereira termina em 21 de junho com uma missa celebrada às 15 horas na Comunidade Bethânia em São João Batista (SC). O processo foi aberto na arquidiocese de Florianópolis (SC) em 2020.

O comunicado foi feito pelo responsável do processo e presidente do Instituto Padre Léo, padre Lúcio Tardivo, no sábado (22/3).

"Foram cinco anos de pesquisas, de muita bênção e muita graça, e agora queremos celebrar este momento, juntamente com nosso bispo diocesano", disse o padre Lúcio no Instagram na comunidade Bethânia.

A fase diocesana começou em 7 de março de 2020, com a instauração do tribunal eclesiástico para a causa. Feita pelo arcebispo de Florianópolis (SC) dom Wilson Tadeu Jöhk.

Nesta fase diocesana foi construído o inquérito que é a pesquisa feita pela comissão histórica que levanta toda a documentação acerca do candidato. Também recolhe testemunhos, documentos e escritos relacionados à vida do Padre Léo.

Terminada a fase diocesana, os documentos são entregues ao Dicastério para as causas dos Santos e começa a fase romana. O discastério verifica se os processos aconteceram de acordo com as normas da Santa Sé e nomeia um relator que acompanha a elaboração da positio.

A positio é um documento que contém uma biografia documentada dos candidatos a veneráveis e testemunhos de pessoas sobre a vida deles, relatando a prática das virtudes teologais (fé, esperança e caridade) e virtudes cardeais (prudência, justiça, fortaleza e temperança).

Com a positio aprovada, são feitas duas comissões: uma história e uma teológica, ambas formadas por nove membros, dos quais sete precisam aprovar a causa. Por fim, há um congresso de bispos e cardeais que em sua maioria também tem que aprovar a causa para que ele seja apresentada ao papa. Passando por todas essas etapas, a Santa Sé reconhece as virtudes heroicas e o candidato é proclamado venerável.

Depois, com o reconhecimento de um milagre ele é declarado beato e de um segundo milagre o candidato é declarado santo.

QUEM FOI PADRE LÉO
Léo Tarcísio Gonçalves Pereira, conhecido como padre Léo, nasceu em 9 de outubro de 1961, em Delfim Moreira (MG), no vilarejo de Biguá, local muito citado pelo Padre em suas pregações.

Era o nono filho de Joaquim Mendes Pereira e Maria Nazaré Guimarães. Como ele mesmo contou, antes de entrar para o seminário, trabalhou muito, tendo atuado como torneiro mecânico e também em uma fábrica de armas.

Em 1982 entrou para o seminário da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, em Lavras (MG). Fez seu noviciado em Jaraguá do Sul (SC), cursou Filosofia em Brusque (SC) e concluiu Teologia em Taubaté (SP).

Foi ordenado sacerdote em 1990 e, em 1995, fundou a Comunidade Bethânia, que tem como carisma o acolhimento de pessoas marginalizadas, viciados em drogas e prostitutas.

Padre Léo também atuou nos meios de comunicação, tendo publicado 27 livros e conduzido programas de televisão na Associação do Senhor Jesus e na Comunidade Canção Nova.

Ele morreu em 4 de janeiro de 2007, aos 45 anos, vítima de infecção generalizada por causa de um câncer no sistema linfático.

Mesmo doente, em 2006 fez a sua última pregação no Hosana Brasil, da Comunidade Canção Nova, com o tema "Buscai as coisas do Alto".

Na ocasião, disse: "Quer ser feliz? Busque as coisas do Alto. Esta é a grande palavra que Deus trouxe ao meu coração neste tempo. A doença me tirou tudo: não consigo mais andar sozinho, não enxergo direito. Estou cego do olho direito e vejo apenas cerca de 40% com o olho esquerdo. Mas veio ao meu coração: 'Ai de mim se eu não evangelizar' (1 Coríntios 9,16b)'".
Reportagem: Nathália Queiroz. 

quarta-feira, 26 de março de 2025

MEDITAÇÕES PARA A QUARESMA.

QUARTA-FEIRA DA 3ª SEMANA DA QUARESMAS.

O PREÇO DA NOSSA REDENÇÃO.

"Fostes comprados um grande preço" (1Cor 6,20).

A injúria ou sofrimento mede-se pela dignidade do lesado: sofre maior injúria o rei, se esbofeteado, do que sofreria alguma pessoa privada. Ora, a dignidade da pessoa de Cristo é infinita, pois é uma pessoa divina. Portanto, qualquer sofrimento seu, por menor que seja, é infinito. Por consequência, qualquer sofrimento seu seria suficiente para a redenção de todo o gênero humano, mesmo sem sua morte.
Diz São Bernardo que a menor gota de sangue de Cristo bastaria para a redenção do gênero humano. Oral, Cristo poderia ter derramado uma única gota de seu sangue sem morre, logo, era possível que, mesmo sem morrer, redimisse todo o gênero humano com algum sofrimento seu.

Para se efetuar uma compra, duas coisas fazem-se necessárias: o montante do preço e sua destinação para a compra. Se alguém dá um valor inferior ao da coisa que se quer adquirir, não se diz que houve compra, mas que houve compra em parte e doação em parte: por exemplo, se alguém comprar um livro que vale vinte libras com apenas dez, em parte comprou o livro e em parte, o livro lhe foi dado. Do mesmo modo, se desse um valor mais alto mas não o destinasse à compra do livro, não se poderia dizer que houve compra.

Se, portanto, tratamos da redenção do gênero humano quanto ao preço, qualquer sofrimento de Cristo, mesmo sem morte, seria suficiente, pela infinita dignidade da sua pessoa. Se, porém, falamos quanto a destinação do preço, então é preciso dizer que os demais sofrimentos do Cristo não foram destinados por Deus Pai e pelo Cristo para a redenção do gênero humano sem sua morte.

E isto por tríplice razão:

1. Para que o preço da redenção do gênero humano não fosse apenas de valor infinito, mas também do mesmo gênero; isto é, para que fossemos redimidos da morte, pela morte.

2. Para que a morte de Cristo não fosse apenas preço da redenção, mas também exemplo de virtude, para que os homens não temessem morrer pela verdade. E estas duas causas são assinaladas pelo Apóstolo: "a fim de destruir pela sua morte aquele que tinha o império da morte" (Heb 2, 14), quanto ao primeiro ponto e "para livrar aqueles que, pelo temor da morte, estavam em escravidão toda a vida" (Heb 2, 15), quanto ao segundo.

3. Para que a morte de Cristo fosse também sacramento de salvação; pois, em virtude da morte de Cristo, morremos para o pecado, para as concupiscências da carne e para o amor próprio. E esta causa está assinalada nas Escrituras: "também Cristo morreu uma vez pelos nossos pecados, ele, justo pelos injustos, para nos oferecer a Deus, sendo efetivamente morto segundo a carne, mas vivificado pelo Espírito" (1 Pd 3, 18).

E, por isso, o gênero humano não foi redimido sem a morte de Cristo.

Mas, permanece verdade que Cristo, que não apenas deu sua vida, mas ainda sofreu tanto quanto se pode sofrer, teria pago um preço suficiente pela redenção do gênero humano, ainda que a menor parcela de sofrimento tivesse sido divinamente destinada a este fim; e isto, por cauda da infinita dignidade da pessoa do Cristo.

terça-feira, 25 de março de 2025

APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA.

16ª APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA DE LOURDES.
25 de março de 1858
- Há 167 anos.

Os milagres continuavam se multiplicando, e ao mesmo tempo iam se arrefecendo as resistências do pároco. Durante 20 dias, Bernadette não voltou à gruta. Sentiu o chamado de Nossa Senhora nas primeiras horas da festas da Anunciação. Então foi à gruta.

RELATO DA APARIÇÃO
(Contada por Bernadette) 

"Depois dos quinze dias, eu lhe perguntei de novo seu nome, três vezes seguidas. Ela sorria sempre. Por fim ousei uma quarta vez, e foi então que ela, com os dois braços ao longo do corpo [como na Medalha Milagrosa], levantou os olhos ao Céu e depois me disse, juntando as mãos na altura do peito, que ela era a Imaculada Conceição.

"Então eu voltei de novo à casa do senhor pároco, para lhe contar que ela me tinha dito que era a Imaculada Conceição. Ele me perguntou se eu estava bem segura. Respondi que sim, e que para não esquecer essa palavra eu a tinha repetido durante todo o caminhos".

Santa Bernadette não sabia o significado de "Imaculada Conceição", cujo dogma o Bem-Aventurada Papa Pio IX proclamara poucos anos antes, deixando prostrados os partidários da Revolução e empolgando os devotos de Nossa Senhora no mundo inteiro!.

O pároco custou a conter as lágrimas. "Ela quer mesmo a capela", murmurou Santa Bernadette. A partir desse momento, o sacerdote mudou de atitude.

MEDITAÇÕES PARA A QUARESMA.

TERÇA-FEIRA DA 3ª SEMANA DA QUARESMA.

CRISTO, O VERDADEIRO REDENTOR.

"fostes regatados pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e sem contaminação" (1 Pd 1,19).

Pelo pecado dos nossos primeiros pais, o gênero humano apartou-se de Deus, como explica são Paulo na epístola aos Efésios (cap 2); o homem não se excluiu do poder de Deus, mas da visão da Sua face, a qual são admitidos aos Seus filhos e familiares. Ademais, caíramos sob o poder usurpado do diabo, ao qual, por seu consentimento, o homem se submeteu. O homem entregou-lhe tudo quanto nele era, embora não pudesse dar-se, pois não era mestre de si mesmo e a outro pertencia.

A Paixão de Cristo, portanto, teve dois efeitos:

- Livrou-nos do poder do inimigo, venceu-o com meios contrários aos que utilizara o inimigo na sua vitória sobre o homem: a humildade, a obediência e a austeridade da pena, que se opõe ao deleite do fruto proibido.

- Ademais, satisfazendo pela falta dos homens, ela os uniu a Deus e fez deles filhos e familiares de Deus.

Esta liberação tem, pois, um duplo caráter de redenção. Enquanto nos livrou do poder do diabo, Cristo nos redimiu ao modo de um rei que resgata pelo combate um reino ocupado pelo adversário. Enquanto aplacou a Deus em nosso favor, redimiu-nos como se, satisfazendo rigorosamente por nós, pagasse um preço para que fossemos libertados da pena e do pecado.

Ora, o preço do sangue, não foi oferecido ao diabo, mas a Deus, afim de satisfazer por nós. E ele nos arrancou do diabo pela vitória de sua Paixão.

Se o diabo nos dominou por uma injusta usurpação, termos caído sob seu poder, após termos sido vencidos por ele, foi justo. Por isso era preciso que fosse ele vencido pelos meios contrários àqueles pelos quais o inimigo nos venceu, pois não venceu pela força, mas nos induzindo fraudulentamente ao pecado.

FESTA LITÚRGICA

ANUNCIAÇÃO DO SENHOR
No Oriente, em meados do século VI, esta festa era celebrada em 25 de março; depois, também em Roma, a partir do século VII. Por ser uma festa, que diz respeito ao Senhor Jesus e à sua entrada na história, a nova disposição litúrgica preferiu comemorá-la com o título de "Anunciação do Senhor", para diferenciá-la da festa popular da Anunciação de Maria. A solenidade da "Anunciação do Senhor" e uma festa natalina, embora não seja celebrada na época de Natal, porque aconteceu nove meses antes do Nascimento de Jesus, com a sua encarnação no seio da Virgem Maria.

No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem, que se chamava José, da casa de Davi. O nome da virgem era Maria. Entrando, o anjo disse-lhe: "Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo". Ela ficou perturbada com estas palavras e pôs-se a pensar o que significaria tal saudação. Então o anjo lhe disse: "Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado filho do Altíssimo; o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim". Maria perguntou ao anjo: "Como se fara isso, pois não conheço o homem"? Respondeu-lhe o anjo: "O Espírito Santo descerá sobre ti e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sobra. Por isso, aquele que vai nascer de ti será santo e se chamará Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho da sua velhice; ela, que é chamada estéril, já está no sexto mês, pois, para Deus nada é impossível". Então Maria disse: "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra!". E o anjo afastou-se dela. Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas para a região montanhosa, a uma cidade de Judá".
(Lucas 1,26-39).

Deus entra pela porta dos fundos
A festa da Anunciação recorda a encarnação do Senhor seio de Maria, que dá início a uma nova história. É interessante notar que Deus não envia o anjo de Jerusalém, ao Templo, mas à Galileia, uma região desprezada, por ser refúgio de pagãos descrentes; Ele o envia a Nazaré uma cidade nunca mencionada no Antigo Testamento.

Perplexidade de Maria
Com a anunciação, Maria reflete, dialoga consigo mesmo e com o anjo; por isso, pergunta qual o significado e como tudo aquilo irai acontecer. Maria não entra em pânico e não se deixa levar pela emoção. Pelo contrário, demonstra ser uma mulher corajosa, que, diante de uma coisa inédita, mantém a prudência. Assim, à luz de Deus, ela avalia tudo e decide.

Ação do Espírito Santo.
O Espírito reveste a vida de Maria, tornando-a idônea para a sua missão: Ele o fez na Anunciação e no Cenáculo. Logo, Maria se reveste do Espírito, graças ao qual e em quem tudo se torna possível.

"Eis-me aqui" de Maria
O "Fiat" de Maria transforma a humilde casa da "sua" vida em Casa de Deus, tornando-se Tabernáculo do Santíssimo Jesus. Era suficiente um simples "Eis-me aqui", apenas um sinal de disponibilidade para confiar na ação do Espírito. Desta forma, Deus entrou na história, aceitando tornar-se história na vida de todos os que disseram e continuarão a dizer seu "Eis-me aqui"!

Atitude de Maria
A primeira atitude de Maria foi acreditar, confiar e entregar-se a Deus, na certeza de que nada é impossível para Ele. Deus não teme o período da perplexidade, reflexão, compreensão. Deus não obriga a liberdade, mas educa à liberdade, para que cada um possa dizer seu "Eis-me aqui".

A sua segunda atitude foi a de aceitar participar do tempo de Deus e o dos seus ritmos. Os tempos de Deus requerem tempo, descer em profundidade. Deus pede um "sim" mas também para entrar no seu "ritmo" e no seu "tempo": um tempo que não é, simplesmente, deixar passar as horas, mas o tempo de Deus, ou seja, um tempo oportuno e total, um tempo de oportunidade e de graça.

segunda-feira, 24 de março de 2025

DIA MUNDIAL DA TUBERCULOSE.

SANTO E BEATOS QUE MORRERAM COM A DOENÇA.

Hoje (24/3), é celebrado o Dia Mundial da Tuberculose (TB), para aumentar a conscientização sobre as consequências individuais, sociais e e econômicas do doença e intensificar os esforços para combatê-la.

Vários santos da Igreja sofreram ou morreram de tuberculose. A seguir, alguns deles.

SÃO GABRIEL DE NOSSA SENHOARA DAS DORES.
Francisco Possenti foi o décimo primeiro de treze filhos, perdeu a mãe de quatro anos e teve que ser criado por seu pai e irmãos mais velhos.

Apesar de ser um jovem frívolo e vaidoso, ia fielmente à missa e tinha uma grande devoção a Nossa Senhora das Dores. Depois de ouvir a Virgem chamá-lo para a vida religiosa, Francisco ingressou no noviciado da Ordem Passionista, onde recebeu o hábito e tomou o nome de "Gabriel de Nossa Senhora das Dores".

Aos 23 anos contraiu tuberculose e morreu em 27 de fevereiro de 1862. São Gabriel deixou um grande exemplo de renúncia às vaidades do mundo e total confiança na Santíssima Virgem Maria.

SANTA ROSA DE LIMA
Isabel Flores de Oliva nasceu em Lima, Peru, era mais conhecida como Rosa, devido à sua beleza, e era terciária da Ordem de Santo Domingo. Usava a túnica branca e o manto preto, e levava uma vida consagrada a Deus, mas em casa.

Ao longo da vida procurou imitar a mais famosa terciária dominicana, santa Catarina de Sena, a quem considerava sua mãe espiritual. Dedicou-se à oração, à penitência e ao cuidado dos doentes.

SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS.
Teresa era a última de cinco irmãs. Quando tinha apenas cinco anos, perdeu a mãe e ela foi criada por suas irmãs e seu pai. Entrou para oo convento com apenas 15 anos, levando uma vida simples e santa, fazendo tudo com amor e com filial confiança em Deus.

A santa se comprometeu a esforça-se para praticar a caridade com todos, especialmente com aqueles de quem não gostava, fazia diariamente pequenas obras de caridade e fazia pequenos sacrifícios, mesmo que alguns parecessem sem importância. Esses atoa a ajudaram a compreender profundamente sua vocação.

Morreu de tuberculose aos 24 anos e foi proclamada Doutora da Igreja por são João Paulo II em 1997, no centenário de sua morte. Assim, ele se tornou a terceira mulher a receber esse título, depois de santa Catalina de Siena e santa Teresa de Ávila.

SANTA FAUSTINA KOWALSLA
Aos 15 anos, Faustina começou a sentir o chamado à vida religiosa. Seus Pais se opuseram ao desejo de consagrar sua vida a Deus, o que a desanimou por um tempo, até que, enquanto rezava, sentiu que Jesus lhe pedia para deixar tudo e ir para Varsóvia, Polônia, para entrar no convento.

Faustina entrou na congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia e, a partir de 1931, recebeu uma série de mensagens de Jesus Sobre a devoção à Divina Misericórdia, que depois escreveu em um diário de mais de 600 páginas para divulgá-las a um mundo necessitado do amor de Deus.

Em 5 de outubro de 1938, Faustina morreu de tuberculose. No ano 2000, foi canonizada por são João Paulo II, que estabeleceu o segundo domingo da páscoa como "Domingo da Divina Misericórdia".

SÃO GERALDO MAJELLA
Geraldo perdeu o pai aos 12 anos, o que levou sua família à pobreza e ao abandono. Trabalhou como alfaiate para sustentar a família, mas logo decidiu que sua vocação era a consagrada.

Ele tentou entrar na ordem capuchinha, mas foi rejeitado por causa de sua saúde. Finalmente, ele foi aceito como um irmãos leito nos redentoristas servindo sua ordem como sacristão, jardineiro, porteiro e alfaiate, o ofício de seu pai.

Geraldo suportou com mansidão a paciência exemplares as calúnias de uma mulher, e foi reconhecida entre os fiéis por seus valores sólidos e moral reta, além de sua caridade e generosidade entre os mais necessitados.

Morreu de tuberculose no ano de 1755 com apenas 29 anos de idade, e é considerado o santo padroeiro das mulheres grávidas.

BEATO KARL LEISNER
Karl Leisner nasceu na Alemanha, desde cedo sentiu o chamado ao sacerdócio e entrou no seminário de Munique aos 10 anos. Em 1939 foi ordenado diácono, mas adoeceu com tuberculose e teve de ser internado num hospital.

Leisner foi preso pela Gestapo, a polícia secreta nazista, e enviado para o campo de concentração de Dachau, onde as duras condições de vida pioraram sua saúde, mas ele nunca perdeu a alegria.

Graças à ajuda do bispo da diocese francesa de Clermont-Ferrand, dom Gabriel Piguet, e de uma jovem chamada Josefa Imma Mack, conseguiu ser ordenado sacerdote dentro do campo de concentração.

Leisner celebrou sua única missa em 26 de dezembro de 1944, quando sua saúde piorou. Ele foi libertado do campo de concentração em 4 de maio de 1945, mas sua doença estava na fase final e ele passou as últimas semanas de sua vida em um hospital em Munique, onde morreu em 12 de agosto do mesmo ano.

MEDITAÇÕES PARA A QUARESMA.

SEGUNDA-FEIRA 3ª SEMANA DA QUARESMA.

PELA PAIXÃO FOMOS LIBERTADOS DO PODE DO DIABO.

O Senhora disse, na iminência da Paixão: "Agora será lançada fora  o príncipe deste mundo, e eu, quando for levantado da terra, todas as coisas atrairei a mim mesmo" (Jo 12,31). Ora, o Senhor foi levantado da terra pela Paixão da cruz. Logo, por ela o diabo foi privado do seu poder sobre os homens.

Sobre o poder que o diabo exercia sobre os homens, antes da Paixão de Cristo, devemos fazer tríplice consideração:

1. A primeira, relativa ao homem, que pelo seu pecado mereceu ser entregue ao poder do diabo, por cuja tentação fora vencido;

2. A outra, relativa a Deus, a quem o homem ofendera pecando, e que na sua justiça abandonou o homem ao poder do diabo.

3. A terceira é relativa ao diabo, que com sua vontade perversíssima impedia o homem de alcançar a sua salvação.

Assim, pois, no tocante à primeira consideração, o homem foi libertado do poder do diabo pela Paixão de Cristo, porque a Paixão de Cristo é a causa da remissão dos pecados.

Quanto à segunda, a Paixão de Cristo nos livrou do poder do diabo, por nos ter reconciliado com Deus.

No tocante à terceira, a Paixão de Cristo nos liberou do diabo, porque nela o diabo ultrapassou a medida do poder que Deus lhe conferira, maquinando a morte de Cristo, que não merecera morte por não ter nenhum pecado. Donde o dizer Agostinho: "Pela justiça de Cristo foi vencido o diabo, porque apesar de nada ter encontrado nele digno de morte, contudo o matou. E portanto era justo que os devedores que detinha em seu poder fossem mandados livres, crentes em Cristo, que o diabo matou, apesar de não ter nenhum débito."

É verdade que o diabo pode, ainda agora, com a permissão de Deus, tentar os homens na alma e vexar-lhes o corpo; contudo, foi-lhe preparado ao homem o remédio da Paixão de Cristo, com o qual pode defender-se contra os ataques do inimigo, a fim de não ser arrastado à perdição da morte eterna. E todo os que, antes da Paixão, resistiam ao diabo, assim o puderam fazer pela fé na Paixão de Cristo. Embora, não estando essa Paixão ainda consumada, de certo modo ninguém pudesse escapar às mãos do diabo, livrando-se assim de descer ao inferno; ao passo que depois da Paixão de Cristo todos podemos nos defender contra o poder diabólico.

Deus permite ao diabo enganar certas pessoas, em certos tempos e lugares, por uma razão oculta dos seus juízos. Mas sempre, pela Paixão de Cristo está preparado aos homens o remédio para se defenderem das perversidades dos demônios, mesmo no tempo do Anticristo. E o fato de certos descuidarem de servir-se desse remédio em nada faz diminuir a eficácia da Paixão de Cristo.

domingo, 23 de março de 2025

PAPA FRANCISCO RECEBE ALTA DEPOIS DE CINCO SEMANAS E 38 DIAS DE INTERNAÇÃO.

"OBRIGADO A TODOS"
Essas foram as palavras do Papa a saudar os fiéis, romanos e turistas que foram ao Hospital Gemelli para ver o pontífice.

Em meio a multidão de três mil pessoas, Francisco reconheceu uma senhora, Carmela Mancuso, de 78 anos que todas as quartas-feiras participa da Audiência Geral para lhe entregar um maço de rosas: "E vejo essa senhora com as flores amarelas. É uma boa pessoa", disse ainda o Papa do 5° andar do Hospital, e não do 10º, onde estava internado, justamente para ficar mais próximo dos fiéis, como pediu o Pontífice.

Durante o anuncio da alta no sábado, os médicos Sergio Alfieri e Luigi Carbone alertam que o Papa estava mais magro, mas Francisco apareceu bem, com um semblante sereno, acenando para os fiéis com o sinal de "joia" com o polegar em reste. E concebeu a bênção somente com as mãos.

Logo em seguida, o Papa deixou o hospital rumo à casa Santa Marta. Durante o trajeto, fez uma etapa na Basílica de Santa Maria Maior para entregar o ramalhete que recebeu de Carmela ao card. Rolandas Makrickas, arcipreste coadjutor. As flores foram depositadas diante do ícone da Salus Popoli Romani para agradecer por sua recuperação. Na sequênci, Francisco voltou ao Vaticano e, antes de entrar pelo portão próximo à sua residência, fez uma última parada para saudar os militares que fazem a guarda naquele local.

REFLEXÕES PARA A QUARESMA.

3° DOMINGO DA QUARESMA.


PELA PAIXÃO SOMOS LIBERADOS DO PECADO

"Amou-nos e nos lavou dos pecados no seu sangue" (Ap 1,5).

A Paixão de Cristo é a causa própria da remissão dos pecados, por três razões:

1. Primeiro, como causa que provoca caridade. Pois, no dizer do Apóstolo, "Deus faz brilhar a sua caridade em nós, porque ainda quando éramos pecadores, em seu tempo morreu Cristo por nós" (Rm 5, 8). Ora, pela caridade conseguimos o perdão dos pecados, conforme o Evangelho: "Perdoados lhe são seus muitos pecados, porque amou muito." (Lc 7, 47).

2. Segundo, a Paixão de Cristo causa a remissão dos pecados a modo de redenção. Pois, sendo Cristo a nossa cabeça, pela Paixão que sofreu por obediência e caridade, liberou-nos, como a seus membros, do pecado, como pelo preço da sua Paixão; como no caso de alguém que, por uma obra meritória manual, se resgatasse do pecado que com os pés tivesse cometido. Assim como, pois, o corpo natural é uno, na diversidade dos seus membros, assim a Igreja na sua totalidade, que é o corpo místico de Cristo, é considerada quase uma mesma pessoa com a sua cabeça que é Cristo.

3. Terceiro, o modo de eficiência, enquanto a carne, na qual Cristo sofreu a sua Paixão, é o instrumento da divindade; pelo qual os padecimentos e as ações de Cristo agem com virtude divina, com o fim de delir o pecado.

Cristo, pela sua Paixão nos livrou dos pecados casualmente, i. é, por ter instituído a causa da nossa liberação, em virtude da qual pudesse perdoar num momento dado quaisquer pecados — passados, presentes ou futuros. Tal o médico que preparasse um remédio capaz de curar quaisquer doenças, mesmo futuras.

Mas, sendo a Paixão de Cristo a causa universal antecedente da remissão dos pecados, é necessário aplicá-la a cada um a fim de delir os pecados próprios. O que se dá pelo batismo, pela penitência e pelos outros sacramentos, que tiram a sua virtude da Paixão de Cristo.

Pela fé também nos é aplicada a Paixão de Cristo, a fim de lhe colhermos os frutos, segundo aquilo do Apóstolo: "Ao qual propôs Deus para ser vítima de propiciação pela fé no seu sangue" (Rm 3, 25). Mas a fé, pela qual nos purificamos do pecado, não é uma fé informe, que pode coexistir com o pecado, mas a fé informada pela caridade. De modo que a paixão de Cristo nos é aplicada, não só quando ao intelecto, mas também quanto ao afeto. E também deste modo os pecados são perdoados por virtude da Paixão de Cristo.

FESTA DE SÃO JOSÉ.

SÍTIO SERRA DOS VAQUEIROS - IBIRAJUBA PE.
"São José, nos ensinou a buscar no seu filho Jesus o mistério do amor".

Programação de hoje Domingo 23 de março:
16:00 Hs.- Procissão com a imagem do padroeiro SÃO JOSÉ, saindo da cada de Mendonça e Cícera (St. Serra dos Vaqueiros) para a Igreja da comunidade, onde será celebrada a Santa Missa presidida pelo padre José Adeildo de Santana pároco da Matriz de Santo Isidro.
Animação da Procissão: Batalhão 07
Animação da Missa: Unidos em Cristo e Carlinhos do Pai Eterno.
Noiteiros: Todo(as) os devotos(as) de São José.