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quinta-feira, 5 de setembro de 2024

DIOCESE DE GARANHUNS ABRE PROCESSO DE BEATIFICAÇÃO DE FREI CAETANO DE MESSINA.


A diocese de Garanhuns (PE) abriu o processo de beatificação e canonização do Frei Caetano de Messina (1807-1878), conhecido como "missionário da justiça e da paz". Ele era religioso da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e dedicou sua vida às missões em muitos lugares do Brasil no século XIX.

A cerimônia de abertura do Inquérito Canônico aconteceu no Baras Eventos, no município de Bom Conselho (PE), no sábado (31/8), conduzida pelo bispo de Garanhuns, dom Agnaldo Timóteo.

Em seguida, o bispo celebrou a missa na capela do Colégio de Nossa Senhora do Bom Conselho, instituição fundado pelo freio Caetano em 1853. A missa teve a participação de muitos padres, religiosas e admiradores do frei Caetano.

Frei Caetano de Messina nasceu na Itália e chegou ao Brasil em 11 de setembro de 1841, desembarcando no Recife (PE). Ele fez missões em várias cidades, vilas e povoados nos estados de Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

Dedicou-se inteiramente ao anúncio do Reino de Deus. Como filho de São Francisco, pregou o Evangelho com a própria vida e obras, preocupando-se com as necessidades espirituais e materiais da população, especialmente no Nordeste do Brasil.

No município de Bom Conselho (PE), ele fez um trabalho de desarmamento e pacificação que culminou na fundação do colégio e da Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora do Bom Conselho, em 1853. Ele tinha o objetivo de educar os jovens daquela terra. A obra se espalhou por diversos estados brasileiros e se mantém viva até hoje.

O servo de Deus morreu em 1878, aos 71 anos, em Montevidéu, no Uruguai. Três anos depois de sua morte, seus restos mortais foram transladados para a Igreja de São Sebastião, no Rio de Janeiro. Em 1996, conforme o desejo do capuchinho, seus restos mortais foram levados para o Colégio de Nossa Senhora do Bom Conselho, onde foi construído um mausoléu. Desde então, o local tem se tornado um ponto de peregrinação para aqueles que reconheceram no frei um exemplo de fé e dedicação ao próximo.

A abertura do Inquérito Canônico marca a abertura da causa de canonização, com isso ele é reconhecido como Servo de Deus. Agora a causa tem um postulador que terá a missão de investigar cuidadosamente a vida do candidato para verificar o seu testemunho de vida, as virtudes e fama de santidade. O inquérito receberá declarações e testemunhos das pessoas que o conheceram, também analisará cartas e escritos pessoais. 

Comprovada a vida de fé e a vivência de virtude heroicas, a Santa SÉ concederá o título de venerável. Depois, com o reconhecimento e comprovação de um milagre, ele pode ser beatificado.
Reportagem: Nathália Queiroz.

CELEBRAMOS HOJE MADRE TERESA DE CALCUTÁ.

"Se de verdade queremos que haja paz no mundo, comecemos por nos amarmos uns aos outros no seio das nossas próprias famílias", costumavam dizer santa Tereza de Calcutá, fundadora das Missionários da Caridade, defensora da família e dois pobre e modelo de misericórdia, cuja memória é celebrada hoje (5/9).

Agnes Gonxha Bojaxhiu nasceu em 1910 em Skopje, que naquela época pertencia à Albânia, e hoje é da Macedônia. Despertou para sua vocação à vida religiosa quando era uma jovem de 18 anos e, atendendo ao chamado de Deus, forjou seu trajeto para a santidade dedicando-se aos pobre e doentes.

Em 29 de setembro de 1928, ingressou na Casa Mãe das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto, na Irlanda. Depois, foi enviado à Índia, a fim de iniciar seu noviciado. Fez sua profissão religiosa em 24 de maio de 1931, quando adotou o nome Teresa, em homenagem à carmelita francesa, Teresa de Lisieux, padroeira dos missionários.

Atuou como professora em Calcutá por 17 anos, com as filhas das famílias mais tradicionais da cidade. Até que, no dia 10 de setembro de 1946, viveu um fato marcante em sua história, o "Dia da Inspiração". Em uma viagem de trem ao noviciado do Himalaia, deparou-se com um irmão pobre de rua que lhe disse: "Tenho sede!". Desde então, teve a certeza de sua missão: dedicar sua vida aos mais pobres dos pobres, deixando o conforto do colégio da Congregação. 

Em 1949, Madre Teresa começou a escrever as constituições das Missionárias da Caridade e, no dia 7 de outubro de 1950, a congregação foi aprovada pela Santa Sé, expandindo-se por toda a Índia e pelo mundo inteiro.

Pequena em estatura, magra e encurvada, madre Teresa surpreendeu o mundo com o seu amor, humildade, simplicidade e entrega total pelos doentes. Com sua atuação, ensinou que a maior pobreza não estava nos subúrbios de Calcutá, mas nos países "ricos" quando falta o amor ou nas sociedades que permitem o aborto.

"Para mim, as nações que legalizaram o aborto são as nações mais pobres, têm medo de uma criança não nascida e a criança tem que morrer", disse.

Neste sentido, estava convencida da importância do fortalecimento das famílias para alcançar um mundo de paz.

"Em todo mundo se comprova uma angústia terrível, uma espantosa fome de amor. Levemos, portanto, a oração para as nossas famílias, levemos a oração para as nossas crianças, ensinemos-lhe a rezar. Pois uma criança que ora, é uma criança feliz. Família que reza é uma família unida", enfatizou a Santa.

Em 1979 foi homenageada com o Prêmio Nobel da Paz. Entretanto, isso não a encheu de vanglória, mas buscou levar as almas a Deus. 
Tal como o recordou são João Paulo II durante a beatificação de Madre Teresa em 19 de outubro de 2003.

"Satisfazer a sede que Jesus tem de amor e de almas, em união com Maria, Sua Mãe, tinha-se tornado á única finalidade da existência de Madre Teresa, e a força interior que a fazia superar-se a si mesma e 'ir depressa'  de uma parte a outra do mundo, a fim de se comprometer pela salvação e santificação dos mais pobres", ressaltou.

Por outro lado, em uma entrevista à revista brasileira missionária "Sem Fronteiras" (1997) perguntaram-lhe sobre a mensagem que gostaria de nos deixar a ela respondeu:

"Amem-se uns aos outros, como Jesus ama a cada um de vocês. Não tenho nada que acrescentar à mensagem que Jesus nos transmitiu. Para poder amar, é preciso ter um coração puro e é preciso rezar. O fruto da oração é o aprofundamento da fé. O fruto da fé é o amor. E o fruto do amor é o serviço ao próximo. Isso nos conduz à paz". 

Morreu em 5 de setembro de 1997. Foi canonizada pelo papa Francisco em 4 de setembro de 2016, dentro da celebração do jubileu dos voluntários e operários da misericórdia. 

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

FESTA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS.

DE 25 DE SETEMBRO A 04 DE OUTUBRO DE 2024.
Alto de São Francisco - Ibirajuba/PE.
A comunidade do Alto de São Francisco juntamente com a paróquia de Santo Isidro, divulgou a programação da tradicional festa de São Francisco de Assis, que será realizada de 25 de setembro a 4 de outubro de 2024 na comunidade da Alto de São Francisco em Ibirajuba PE.
Com o tema "Com São Francisco de Assis queremos celebrar os mistérios Divinos". Venha participar junto conosco de momento de grande louvor ao Nosso Deus. 

PROGRAMAÇÃO:

Quarta-feira 25 de setembro.
18h30min- Procissão Saindo da Casa de Dona Socorro.
19h- Recitação do Santo Terço
19h30min- Celebração da Santa Missa de Abertura com Padre José Adeildo.
Noiteiros: Devotos de São Francisco
Animação: Grupo São Francisco

Quinta-feira 26 de setembro.
19h- Recitação do Santo Terço
19h30min- Celebração da Santa Missa com Padre Márcio
Noiteiros: Comunidades: Nossa Senhora das Graças (St. Carnijó); São Sebastião e Santo Antônio (St. Cajá)
Animação: Ministério Coração Santo

Sexta-feira 27 de setembro.
19h- Recitação do Santo Terço
19h30min- Celebração da Santa Missa com Padre José Adeildo
Noiteiros: M.C.C. (Alto e Ibirajuba)
Animação: Reavivados pelo espírito Santo

Sábado 28 de setembro.
19h- Recitação do Santo Terço
19h30min- Celebração da Santa Missa com Padre Silvano
Noiteiros: Comunidade de Nossa Senhora das Dores (St. Boqueirão)
Animação: Grupo São Francisco

Domingo 29 de setembro.
19h- Recitação do Santo Terço
19h30min- Celebração da Santa Missa de Abertura com Padre José Adeildo
Noiteiros: Devotos de São Francisco
Animação: Grupo São Francisco

Segunda-feira 30 de setembro.
19h- Recitação do Santo Terço
19h30min- Celebração da Santa Missa com Padre Sérgio
Noiteiros: Filhos do Pai Eterno (Ibirajuba), Pastoral da Família e Pastoral da Acolhida

Terça-feira 01 de outubro
19h- Recitação do Santo Terço
19h30min- Celebração da Santa Missa com Padre Joseilson
Noiteiros: Comunidades: Divino Pai Eterno (St. Sete Voltas); e São Francisco das Chagas (St. Minduri).
Animação: Grupo São Francisco

Quarta-feira 02 de outubro
19h- Recitação do Santo Terço
19h30min- Celebração da Santa Missa com Padre Advanilson
Noiteiros: Apostolado do Coração de Jesus e Catequese.
Animação: Grupo São Francisco

Quinta-feira 03 de outubro
19h- Recitação do Santo Terço
19h30min- Celebração da Santa Missa com Padre Edson Alves
Noiteiros: Comunidade Quatis
Animação: Renovados em Maria

Sexta-feira 04 de outubro
08h- Celebração da Santa Missa com o Padre Fernando
10h- Celebração da Santa Missa com Padre Pedro das Romarias 
16h- Procissão Percorrendo as principais Ruas do Alto de São Francisco e em seguida celebração da Santa Missa presidida pelo Padre Paul Anderson.
Noiteiros: Devotos de São Francisco
Animação: Coral São Francisco (Cachoeirinha)

terça-feira, 3 de setembro de 2024

HISTÓRIA DOS PAPAS

SÃO CLEMENTE I
4° Papa da Igreja.

CLEMENTE I, o quarto papa da Igreja Católica. Ele viu os apóstolos e conversou com eles, ouviu a voz da pregação deles e teve a tradição deles diante dos olhos. Papa Clemente I também é o autor de uma carta muito importante, que foi escrita pela Igreja de Roma à Igreja da cidade de Corinto.

Irineu viveu em Roma e, como vimos, conviveu com alguns apóstolos. Dentre eles, São João Evangelista, São Filipe, também os doze, e São Paulo. Clemente foi um dos colaboradores de São Filipe. Ele foi também discípulo de São Paulo. Paulo até cita o nome de Clemente na carta aos Filipenses: "E a ti, fiel Sínsigo, também rogo que as ajudes, pois que trabalharam comigo no Evangelho, com Clemente e com os demais colaboradores meus, cujos nomes estão inscritos no livro da vida". (Fl 4,3).

São Clemente I governou a Igreja entre os anos 88 e 97. Foi um Papa que levou adiante o anúncio do Evangelho firmemente centrado na fidelidade à doutrina de Jesus Cristo. Enfrentou com sabedoria divisões internas na Igreja. Em sua famosa carta enviada aos coríntios, ele revela seu espírito de unidade e amor à Igreja. Os coríntios, com efeito, recusavam-se a seguir a Igreja de Roma e tinham a intenção de se desligarem da unidade. Através de sua carta, que, a princípio, teve sua autoria anônima, Clemente I incentivou-os à perseverarem na fé e no amos ensinado por Jesus Cristo, e, também, a que eles participassem da união com a única Igreja deixado por ele.

O papa São Clemente I colaborou bastante na expansão do cristianismo no império romano. Isso incomodou o sucessor de Domiciano, o imperador Nerva. Por isso, Nerva exilou Clemente na Criméia. Por causa deste exílio, Evaristo assumiu o comando da Igreja em Roma. Enquanto isso, no exílio, São Clemente I teve a oportunidade providencial de encontra milhares de cristãos que tinham sido condenados a trabalhos forçados nas abundantes minas de pedra da região. Assim, o exílio foi providencial para que São Clemente encorajasse os fiéis a perseverarem na fé e convertessem também a muitos pagãos.

O sucesso da evangelização de São Clemente I no exílio irritou bastante  novo imperador romano, chamado Trajano. Por isso, este ordenou que Clemente I fosse obrigado a prestar sacrifício aos deuses romanos. Clemente I, porém, negou-se, afirmando categoricamente só existe um único Deus, a quem ele já servia. Trajano, então, ordenou que São Clemente I fosse atirado ao mar Negro, tendo uma pesada âncora atada ao seu pescoço. Mesmo assim, milagrosamente, a corda se retraiu e entregou o corpo de São Clemente aos cristãos, para que fosse sepultado dignamente e venerado pelos fiéis. Era o dia 23 de novembro do ano 101.

Conheça mais da história do Papa Clemente I Acesso o link abaixo.

domingo, 1 de setembro de 2024

CELEBRAMOS HOJE A BEATA ISABEL CRISTINA.


A Igreja celebra hoje (1/9) a festa da beata Isabel Cristina Mrad Campos, conhecida como a mártir da castidade. "Esta jovem foi morta em 1982, com 20 anos, por ódio à fé, por ter defendido a sua dignidade de mulher e o valor da castidade. Que o seu exemplo heroico possa inspirar em particular os jovens a da um generoso testemunho de fé e de adesão ao Evangelho", disse o papa Francisco no Ângelus no dia seguinte à beatificação de Isabel Cristina, em dezembro de 2022.

Isabel Cristina Mrad Campos nasceu em 29 de julho de 1962, em Barbacena (MG), filha de José Mendes Campos e Helena Mrad Campos, que já morreram. Desde a adolescência, fez parte da Associação de voluntariado das Confederações de São Vicente e seu pai foi presidente do Conselho Central de Barbacena. A beata participava frequentemente da missa e dos sacramentos.

Em 1982, Isabel Cristina, que queria estudar medicina, mudou-se para Juiz de Fora (MG) a fim de fazer um curso pré-vestibular. Seu sonho era ser pediatra para ajudar crianças carentes.
Desde o início, achou na nova cidade um lugar para poder estudar, mas acima de tudo para rezar na Igreja do Cenáculo, onde era exposto o Santíssimo Sacramento".

Naquele mesmo ano, ela preparava um pequeno apartamento para onde havia se mudado com seu irmão, Paulo Roberto Mrad Campos. No dia 1° de setembro, um homem que foi montar um guarda-roupa tentou violentá-la, mas Isabel resistiu.

Diante da resistência dela, o homem lhe deu uma cadeirada na cabeça, amarrou a moça, amordaçou e rasgou suas roupas. Como ela não cedeu, o agressor lhe deu 15 facadas, matando-a.

Em outubro de 2020, o papa Francisco reconheceu o martírio de Isabel Cristina, morta por defender sua castidade. Ela foi beatificada em 10 de dezembro de 2022, em missa celebrada em sua cidade natal, Barbacena. 

ORAÇÃO DE SETEMBRO.

Ó Deus, manifestais vossa inefável doçura e bondade para com todos os vossos filhos e filhas que ocorrem a Vós. Queremos vos agradecer pela bondade e delicadeza de nos das vossa Palavra nas Sagradas Escrituras: por ela traçamos o nosso caminho trazendo calma e tranquilidade ao nosso coração turbulento. Pedimos-vos, ó Pai, dispensais vossa benevolentes graças sobre o nosso querido país, afastai toda desigualdade e injustiça; fazei brotar o amor mútuo entre todos para sempre vivermos em harmonia. Queremos ainda vos louvar pela vida pulsante na natureza. com o inicio da primavera podemos ainda mais aprender a beleza da criação. Celebrando o grande Evangelista São Mateus, possamos aprender a escutar o vosso chamado e ter a coragem de abandonar tudo para vos seguir. Amém! 

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

HOJE CELEBRAMOS O MARTÍRIO DE SÃO JOÃO BATISTA.

DECAPITADO POR ANUNCIAR A VERDADE.
"Na verdade vos digo, dentre os nascidos de mulher, nenhum foi maior que João Batista"

A memória do martírio de São João Batista associa-se à solenidade da sua Natividade, que se celebra em 24 de junho. João era primo de Jesus, concebido, de moto tardio, por Zacarias e Isabel, ambos descendentes de famílias sacerdotais: seu nascimento é colocado cerca de seis meses antes daquele de Cristo, segundo o episódio evangélico da Visita de Maria a Isabel. Por outro lado, a data da sua morte, ocorrida entre os anos 31 e 32, remonta à dedicação de uma pequena basílica do século V, no lugar do seu sepulcro, em Sebaste da Samaria: de fato, parece que, naquele dia, tenha sido encontrada a sua cabeça, que o Papa Inocêncio II transladou para Roma, na igreja de São Silvestre "in Capite". A celebração do martírio de São João Batista tem origens antigas: seu culto já existia na França, no século V, e em Roma, no século seguinte.

"Imediatamente o rei mandou que um soldado fosse buscar a cabeça de João. O soldado saiu, foi à prisão e cortou a cabeça de João. Depois levou a cabeça num prato, deu à moça, e esta a entregou à sua mãe. Ao saber disso, os discípulos de João foram, levaram o cadáver e o sepultaram".
                                               (Mc 6,27-29).

A causa principal do martírio foi uma mulher: Herodíades, atual esposa de Herodes Antipas, esposa do seu irmão de criação. João foi preso por ter denunciado este casamento ilegal. Durante a festa de aniversário de Herodes, a filha de Herodíades, Salomé, dançou em homenagem ao rei, que era fascinado por ela: se ela dançasse, ele lhe permitiria pedir o que quisesse, até mesmo a metade o seu reino. Depois de consultar a mãe, ela pediu a cabeça de João Batista. Herodes não queria aceitar, mas não pode recusar, porque lhe havia prometido.

Quatro personagens: o Rei Herodes "corrupto e indeciso", esposa do irmão de criação do rei, que "só sabia odiar", Solomé, "a dançarina vaidosa" e o "profeta decapitado da solidão da sua cela".

O rei Herodes, que "acreditava que João era um profeta", "gostava de ouvi-lo" e até o "protegia", apesar de mantê-lo na prisão. Estava indeciso porque João "o repreendeu pelo seu pecado" de adultério. Por meio do profeta, Herodes "ouvia a voz de Deus" que lhe dizia para "mudar de vida", mas não conseguia. O rei era corrupto e, onde há corrupção, é muito difícil mudar". Era um homem corrupto porque "procurava manter o equilíbrio diplomático" entre a sua vida de adúltero, também repleta "de tantas injustiças, que praticava", e a consciência da "santidade do profeta, que estava diante de si". Ele não conseguia desatar este nó!

Herodíades era a esposa do irmão de criação do rei, que Herodes matou para se casar com ela. O Evangelho diz, apenas, que ela "odiava" João porque ele falava claro. "Sabemos que o ódio é capaz de tudo e tem grande força. O ódio é o respeito de Satanás. Sabemos que ele não sabe amar, não pode amar. Seu 'amor' é o 'ódio'. Aquela mulher era possuída pelo espírito satânico do ódio", que tudo destrói. O rei disse a Salomé: 'darei tudo o que você quiser", como Satanás.

Salomé é a filha de Herodíades: Salomé, a bailarina vaidosa, que dançava muito bem, "agradava aos convidados, e, sobretudo, ao rei". Herodes, tão entusiasmado, prometeu à jovem que "lhe daria tudo o que quisesse", usando as mesmas palavras que Satanás utilizou para tentar Jesus: "Tudo isso lhe darei, todo o meu reino, se me adorar". Mas, Herodes não sabia disso!

Atrás destes personagens, agia Satanás: semeador de ódio na mulher, semeador de vaidade na moça, semeador de corrupção no rei.
E o "maior homem nascido de mulher" acabou sozinho, em uma cela escura na prisão, por capricho de uma bailarina vaidosa, do ódio de uma mulher diabólica e da corrupção de um rei indeciso.
João Batista morreu como mártir da fé - porque não lhe pediram para renegá-la - mas um mártir da verdade. Ele era um homem "justo e santo" (At 3,14), condenado à morte por sua liberdade de expressão e fidelidade ao seu mandato.
João foi um mártir, que sempre deixou espaço na vida, cada vez mais, para dar lugar ao Messias. "O maior homem, nascido de mulher, acabou assim"! Porém, João já sabia que acabaria assim e se aniquilou: "Ele deve crescer e eu diminuir". E o Papa acrescentou: "Diminuir-se, a ponto de morrer"! João mostrou Jesus aos primeiros discípulos, indicando-o como a Luz do mundo! No entanto, ele morreu, lentamente, na obscuridade daquela cela, na prisão.
"A vida só terá valor na entrega de si: doá-la com amor e na verdade; doá-la aos outros, todos os dias, na família; doá-la sempre! Se alguém tomar posse da vida e guardá-la só para si, - como o rei, em sua corrupção; a mulher, possuída pelo ódio; a moça vaidosa, adolescente inconsciente - a vida morre, acaba murchando e não serve para nada".
Fonte: Vaticano News. 

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

QUARTA APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA.

19 de agosto de 1917
A quarta aparição foi assinalada por inúmero acontecimentos que marcaram profundamente a vida das crianças: Seus pais foram intimados pelas autoridades locais, o padre local não lhes dava crédito, foram elas submetidas a exaustivos interrogatórios, sequestradas, ameaçadas de morte e até mesmo ficaram presas em uma cadeia pública junto com outros detentos!

No dia 10 de agosto de 1917, Lúcia estava com Francisco e seu irmão João no lugar dos Valinhos, uma propriedade de um dos seus tios e que dista uns 500 metros de Aljustrel. Pelas 4 horas da tarde, começaram a produzir-se as alterações atmosféricas que precederam as aparições anteriores, uma súbita diminuição da temperatura e um esmorecimento do Sol. Lúcia, sentindo que alguma coisa de sobrenatural se aproxima e os envolvia, pediu ao primo João para chamar rapidamente a Jacinta, a qual chegou o tempo de ver Nossa Senhora que - anunciada, como das outras vezes, por um reflexo de luz - apareceu sobre uma azinheira, um pouco maior que a da Cova da Iria. 

Assim Narra Lúcia o que aconteceu nesse dia:

"Entretanto, vi, com o Francisco, o reflexo da luz a que chamávamos relâmpagos; e chegada a Jacinta, um instante depois, vimos Nossa Senhora sobre um carrasqueira.
- Que é que Vossemecê me quer?
- Quero que continueis a ir à Cova de Iria no da 13, que continueis a rezar o Rosário todos os dias. No último mês, farei o milagre, para que todos acreditem.
- Que é que Vossemecê quer que se faça ao dinheiro que o povo deixa na Cova de Iria?
- Faça dois andores: um, leva-o tu com a Jacinta e mais duas meninas vestidas de branco; o outro, que o leve o Francisco com mais três meninos. O dinheiro dos andores é para a festa de Nossa Senhora do Rosário e o que sobrar é para a ajuda duma capela que hão de mandar fazer". 

Lúcia pede pela cura de uns doentes e Nossa Senhora de Fátima diz que alguns curaria durante o ano.

Em seguida com uma fisionomia entristecida acrescenta: "Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno por não haver quem se sacrifique e pela por elas". 

E como de costume, começou a elevar-se em direção ao nascente. Os videntes cortaram ramos da árvore sobre a qual Nossa Senhora lhes tinha aparecido e levaram-nos para casa. Os ramos exalavam um perfume singularmente suave.

- Fato ocorrido a 107 anos. 

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

A ANTIGA TRADIÇÃO DA ASSUNÇÃO DE MARIA.

Em 15 de agosto, católicos de todo o mundo celebram a solenidade da Assunção de Maria, celebrando o fim de sua vida terrena e sua assunção ao céu.

Embora a solenidade seja relativamente nova, a história e oi mistério por trás dela têm suas raízes nos primeiros séculos do cristianismo.

A Igreja Católica ensina que quando Maria terminou sua vida terrena, Deus a levou, em corpo e alma, ao Céu.

O dogma da assunção de Maria, chamada de "Dormição de Maria" nas Igrejas Orientais, tem suas raízes nos primeiros séculos da Igreja.

Embora um local fora de Jerusalém tenha sido reconhecido como o túmulo de Maria, os primeiros cristãos afirmaram que "ninguém estava lá".

Segundo João de de Damasco, o imperador romano Marciano solicitou o corpo de Maria, Mãe de Deus no Concílio de Calcedônia, em 451 d.C.

São Juvenal, que era bispo de Jerusalém, disse ao imperador "que Maria morreu na presença de todos os apóstolos, mas que seu túmulo, a ser aberto a pedido de são Tomé, foi encontrado vazio. Os apóstolos concluíram que o corpo foi levado para o Céu", registrou o santo.

No século VIII, durante o papado de Adriano I, a Igreja começou a mudar sua terminologia, renomeando o dia da festa da Comemoração de Maria para Assunção de Maria, observou Bunson.

A crença na assunção de Maria era uma tradição amplamente difundida em uma meditação frequente nos escritos dos santos ao longo dos séculos. No entanto, não foi definido oficialmente até o século XX.

Em 1950, o papa Pio XII fez uma declaração ex-cathedra infalível na constituição apostólica Munificentissimus Deus definindo oficialmente o dogma da Assunção.

"Pela autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, do Bem-Aventurados Apóstolos Pedro e Paulo, e por nossa própria autoridade, nós pronunciamos, declaramos e definimos como dogma divinamente revelado: que a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, tendo completado o curso de sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória celestial", escreveu o papa.

O decreto foi a formalização do ensinamento cristão de longa data.

Temos ao longo da história da Igreja um atestado quase universal disso.

Temos esse fio que percorre toda a história da Igreja em apoio ao dogma. Isso é significado porque apoia a tradição da Igreja, mas também apoia uma compreensão mais profunda dos ensinamentos da Igreja sobre como confiamos nas reflexões de algumas das maiores mentes de nossa Igreja.

O que também é notável sobre o dogma é que ele "usa a voz passiva, enfatizando que Maria não ascendeu ao céu por seu próprio poder, como Cristo fez, mas foi elevada ao céu pela graça de Deus. Daí a diferença entre Ascenção, substantivo baseado na forma ativa do verbo latino ascendo (subo); e Assunção baseada na forma passiva: Maria assumpta est in caelo (Maria foi erguida ao céu.

HOJE COMEÇA A QUARESMA DE SÃO MIGUEL ARCANJO.

Hoje (15/8), quando a Igreja celebra a solenidade da Assunção de Maria, começa também a Quaresma de São Miguel, que surgiu por inspiração de São Francisco de Assis e conclui no dia 29 de setembro, com a festa dos santos arcanjos. 

"A quaresma de São Miguel Arcanjo é um tempo forte de conversão e graça, uma oportunidade que recebemos de nos aproximarmos de Deus, de oferecermos sacrifícios e orações em reparação dos nossos pecados". "Ela oferece uma oportunidade valiosa para refletirmos sobre nossa caminhada, nos oferece as armas e ferramentas para lutar a batalha espiritual e fortalecer nossa fé".

Trata-se, diz a rede social de oração, de “um momento propício para buscar a proteção e a intercessão de São Miguel Arcanjo, confiando em sua poderosa intercessão e no auxílio divino”.

Quaresma de São Miguel Arcanjo, uma tradição franciscana. São Francisco de Assis costumava se dirigir ao Monte Alverne para fazer um quaresma a São Miguel. Na proximidade de 14 de setembro, festa da Exaltação da Santa Cruz, Francisco tem a visão do Serafim Alado e Crucificado e recebe os estigmas", conta. Isso aconteceu em 1224.

São Francisco tinha um “espírito de oração e sacrifício” muito grande. “Tanto que realizava por ano três quaresmas – todas elas no Alverne – além de outro período de jejum e oração em honra da Mãe de Deus pela qual tinha doce e especial amor, que ia da festa de São Pedro e São Paulo até a festa da Assunção”.

São Francisco tinha “uma devoção especial” a são Miguel, que tem “o papel de introduzir as almas no paraíso”. São Francisco sabia da “autoridade” e “auxílio” que são Miguel “tem em exercício das almas em salvá-las no último instante da vida e o poder de ir ao purgatório retirá-las de lá”.

“Esse era o principal motivo pelo qual Francisco realizava sua quaresma e isso é relatado na legenda Terusiana (número 93) de sua biografia, na qual o santo vai dizer no ano de 1224, ano em que recebeu os Estigmas no Monte Alverne: ‘Para honra de Deus, da bem-aventurada Virgem Maria e de São Miguel, Príncipe dos Anjos e das almas, quero fazer aqui uma quaresma". 
Fonte: AciDigital.