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terça-feira, 22 de outubro de 2024

NOVENA A SÃO JUDAS TADEU: QUARTO DIA


S
ão Judas, ajudai-nos a sermos generosos.

- Pelo sinal da Santa Cruz...
- Em nome do Pai do Filho...

Oração Inicial
Ó glorioso São Judas Tadeu, apóstolo e mártir, escolhido por Deus para levar a boa nova de Cristo, venho a ti em busca de tua intercessão. Sei que és o santo das causas impossíveis e das situações desesperadas. Em tua bondade, olha para mim e escuta minha súplica.
(Faça seus pedidos)
Aumenta minha fé e confiança em Deus, e ajuda-me e encontrar a paz e a esperança em meio às dificuldades. Que eu possa sempre seguir o exemplo de amor e dedicação que tu nos deixaste. Amém

São Judas Tadeu, Apóstolo sempre fiel ao chamado do Mestre e obediente à voz do Pai, nada vos afastou de seu plano de amor. De vós queremos aprender a renunciar a qualquer plano egoísta para aceitar em tudo a vontade do Pai.
Ajudai-nos, São Judas, a sermos generosos no seguimento de Cristo e humildes na renúncia a tudo o que nos afasta de seu caminho. Fazei que procuremos, em primeiro lugar, o que nos torna instrumentos de paz e sinais de Cristo para nossos irmãos.
Eu vos prometo, ó bendito São Judas Tadeu, lembrar-me sempre desta graça e nunca deixar de vos louvar e honrar. Farei tudo para espalhar através de minha vida e meu testemunho o amor ensinado por Jesus e vivido por vós.
São Judas Tadeu, rogai por nós

- Pai nosso que estais nos céus...
- 3 Ave-Marias cheia de graça...
- Glória ao Pai ao Filho... 

Oração Final
Ó glorioso São Judas Tadeu, agradeço-te por intercederes por mim durante esta novena. Em duas mãos, entrego todas as minhas intenções e pedimos. Que, por meio de tua intercessão, eu possa receber a graça que tanto anseio, e que minha fé em Deus de fortaleça cada dia.
Ajuda-me a viver com coragem e esperança, seguindo o exemplo de amor que nos deixaste. Que eu possa sempre confiar na misericórdia divina e compartilhar com os outros as bênçãos que recebo.
Por Cristo nosso Senhor. Amém.

CELEBRAMOS HOJE, SÃO JOÃO PAULO II, O PAPA DA FAMÍLIA E PEREGRINO.

"Não, não tenhais medo! Antes, procurai abrir, melhor, escancarar as porta a Cristo", disse são João Paulo II ao iniciar o seu pontificado. Aquela data marcou a história do papa polonês, tanto que a Igreja determinou este mesmo dia, 22 de outubro, como data da memória litúrgica do santo. 

Karol Wojtyla nasceu em 18 de maio de 1920, na cidade de Wadowice, na Polônia, onde viveu até 1938, quando se mudou para Cracóvia. Teve uma juventude muito dura pelo ambiente de ódio e destruição da Segunda Guerra Mundial com a invasão nazista. No outono de 1940, trabalhou com operário nas minas de pedra e depois numa fábrica química.

Mantendo-se firme na fé, em outubro de 1942, entrou no seminário clandestino de Cracóvia e foi ordenado sacerdote em 1° de novembro de 1946.

Em 1958, foi ordenado bispo, adotando como lema episcopal a expressão mariana Totus tuus (todo seu) de são Luís Maria Grignion de Montfort. Inicialmente, foi bispo auxiliar e, a partir de 1964, arcebispo de Cracóvia.

Participou em todas as sessões do Concílio Vaticano II, tendo deixando importantes contribuições nas constituições dogmáticas 'Gaudium et Spes' e 'Lumen Gentium'. Em 26 de junho de 1967, foi criado cardeal papa são Paulo VI.

Quando, de maneira repentina, João Paulo I faleceu, em 1978, Karol Wojtyla foi eleito papa, na tarde de 16 de outubro, depois de oito escrutínios. Primeiro pontífice eslavo da história e primeiro não italiano depois de quase meio milênio.

De personalidade carismática, afirmou-se imediatamente pela grande capacidade comunicativa e pelo estilo pastoral fora dos esquemas. Com grande vigor, realizou muitas viagens: foram 104 internacionais e 146 na Itália; 129 países visitados nos cinco continentes. Estes dados lhe renderam o apelido de papa peregrino.

O Brasil recebeu a graça de sua visita em três ocasiões. A primeira, em 1980, foi também a primeira vez que um pontífice pisava em solo brasileiro. Na ocasião, presidiu a beatificação do jesuíta espanhol José de Anchieta, fundador da cidade de São Paulo (SP), que foi canonizado em 2014 pelo papa Francisco. A segunda foi em 1991, quando visitou Santa Dulce dos Pobres, em Salvador (BA). A  terceira e última aconteceu em 1997, por ocasião do Encontro Mundial das Famílias, no Rio de Janeiro (RJ).

Este encontro com as famílias, aliás, foi idealizado por são João Paulo II. Tal iniciativa, junto a outras ações em favor da vida e da família (entre elas a exortação apostólica 'Familiaris Consortio' e a corta encíclica 'Evangelium Vitae'), fizeram com que ficasse conhecido como o papa da família.

Também foi uma iniciativa sua as Jornadas Mundiais da Juventude, nas quais se reuniu com milhões de jovens de todo o mundo.

Entre os números de seu pontificado, podem ser mencionadas as frequentes cerimônias de beatificação e canonização, durante as quais foram proclamadas 1.338 beatos e 482 santos.

São João Paulo II faleceu em 2 de abril de 2005 às 21h37, na noite prévia ao Domingo da Divina Misericórdia, data que mesmo instituiu.

Após 26 dias do seu falecimento, Bento XVI concedeu a dispensa dos cinco anos de expectativa prescrito permitindo o início da causa de canonização. Em 1° de maio de 2011, Bento XVI o proclamou beato e, em 27 de abril de 2014, papa Francisco o canonizou.       

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

PAPA FRANCISCO PUBLICA ENCÍCLICA SOBRE O CORAÇÃO DE JESUS.

Na próxima quinta-feira (24/10), será apresentada na Sala de Imprensa da Santa Sé a Encíclica Dilexit nos do Papa Francisco sobre o amor humano e divino do Coração de Jesus Cristo.

O texto será apresentado pelo arcebispo metropolitano de Chieti-Vasto, dom Bruno Forte, e pela irmã Antonella, responsável geral pelos Discípulos do Evangelho, um instituto de mulheres inspirado em são Carlos de Foucauld.

Na audiência geral de 5 de junho último, o próprio papa anunciou a intenção de redigir "um documento que recolha as preciosas reflexões dos textos magisteriais anteriores e de uma longa história que remonta às Sagradas Escrituras, para propor novamente hoje, a toda a Igreja" o culto ao Sagrado Coração de Jesus "cheio de beleza espiritual".

"Creio que nos fará muito bem meditar sobre vários aspectos do amor do Senhor que podem iluminar o caminho da renovação eclesial", disse Francisco. "Mas também que digam algo significativo para um mundo que parece ter perdido o ânimo. Peço-lhes que me acompanhem com a oração, neste tempo de preparação, com a intenção de tornar público este documento no próximo mês de setembro".  

domingo, 20 de outubro de 2024

MAIS DE 500 BELGAS EXIGIRAM REMOÇÃO DO BATISMO DEPOIS DE DECLARAÇÕES DO PAPA FRANCISCO CONTRA O ABORTO.

Mais de 500 belgas exigiram ser removidos do registro batismal, em reação à declarações do papa Francisco em sua viagem apostólica a Luxemburgo e Bélgica sobre o aborto e o papel das mulheres na Igreja.

Depois da visita do papa aos dois países no final do mês passado, 524 pessoas assinaram uma declaração publicada na quarta-feira (16) em Bruxelas, capital da Bélgica, segundo a mídia local.

Em carta aberta ao núncio apostólico em Bruxelas, dom Franco Coppola, ao arcebispo de Malines-Bruxelas, Bélgica, dom Luc Terlinden, primaz da Igreja na Bélgica, e às sete dioceses do país, os signatários condenaram certos comentários feitos pelo papa e pediram para ser removidos do registro batismal.

Enquanto estava na Bélgica, o papa Francisco descreveu a descriminalização parcial do aborto voluntário no país como uma "lei assassina". No voo de volta de Bruxelas para Roma em 29 de setembro, o papa também chamou os médicos que fazem abortos de "sicários" (assassinos contratados).

A viagem do papa à Bélgica marcou o 600° aniversário da Universidade Católica de Lovaina. Em sua visita à filial de língua francesa da universidade em Louvai-la-Neuve, Francisco disse "a mulher é acolhimento fecundo, cuidado, dedicação vital".

As palavras do papa foram rejeitadas pela universidade, que as criticou por revelarem uma "atitude determinista e reducionista".

Ao referir-se aos comentários de Francisco, algumas organizações belgas pediram que as pessoas se juntassem a um movimento de “desbatismo” para expressar rejeição aos comentários do papa. Até o momento, três semanas depois, 524 pessoas responderam.

Um país historicamente católico, desde a década de 1950 a Bélgica tem visto um declínio significativo no número de seus cristãos praticantes. Uma pesquisa da Comissão Europeia em 2021 descobriu que 44% dos habitantes do país, que tem uma população de mais de 11,5 milhões, se identificam como católicos, abaixo dos 72% da população em 1981.

Um estudo do ano passado da universidade católica KU Leuven estima que o número de católicos na Bélgica seja um pouco maior, 50% da população, mas com apenas 9% frequentando a missa pelo menos uma vez por mês.

Em seu apelo às autoridades da Igreja na quarta-feira (16) para remover o registro oficial de batismo, os 524 requerentes criticaram não apenas as declarações do papa na Bélgica, mas também uma “reação morna à violência cometida por clérigos próximos ao papa” contra crianças e mulheres. Os líderes desse protesto também dizem que houve uma falta de medidas concretas para apoiar e compensar essas vítimas.

No entanto, em suas aparições públicas na Bélgica, o papa Francisco repetidamente falou sobre alegações de abuso, pediu perdão e instruiu a Conferência Episcopal Belga a tomar medidas mais duras. Ele também se encontrou com 15 representantes do círculo de vítimas de abuso para um discussão pessoal. 

CONHEÇA OS 14 NOVOS SANTOS QUE SERÃO CANONIZADOS HOJE (20/10).

Entre as 14 pessoas que se tornarão novos santos da Igreja hoje (20/10) estão um padre cujo intercessão levou à cura milagrosa de um homem atacado por uma onça no Brasil, uma mulher que convenceu um papa a convocar uma novena global ao Espírito Santo e 11 homens mortos na Síria por se recusarem a renunciar à sua fé e a converter-se ao islã.

Embora não sejam nomes conhecidos, os 14 futuros santos exemplificaram a virtude heroica e deram testemunho da santidade dentro das suas vocações únicas, incluindo dois homens com famílias - um pai de oito filhos e um pai de cinco, respectivamente - e três fundadores de ordens religiosas que têm gerações de filhos espirituais que continuaram seu legado espiritual em todo o mundo.

MADRE ELENA GUERRA (1835-1914)
Conhecida como "apóstola do Espírito Santo", a beata Elena Guerra ajudou a converter o papa Leão XIII a exortar todos os católicos a rezar uma novena ao Espírito Santo antes do Pentecostes em 1895.

 Irmã Elena Guerra é a fundadora das irmãs oblatas do Espírito Santo, uma congregação de freiras reconhecida pela Igreja em 1882 que atua até hoje na África, na Ásia, na Europa e na América do Norte.

Amiga do papa Leão XIII e professora de santa Gemma Galgani, Guerra é conhecida por seus escritos espirituais e por sua devoção apaixonada ao Espírito Santo.

"O Pentecostes não acabou", escreveu Guerra. "Na verdade, acontece continuamente em todos os momentos e em todos os lugares, porque o Espírito Santo quis dar-se a todos os homens e quem quiser pode sempre recebê-lo bem, e ele virá até nós como veio a eles".

Durante grande parte da década dos seus 20 anos, Guerra ficou acamada devido a uma doença grave, um desafio transformador para ela, à medida que se dedicava à meditação das Escrituras e dos escritos dos Padres da Igreja. Ela sentiu o chamado para consagrar-se a Deus em uma peregrinação a Roma com seu pai depois de sua recuperação e passou a formar a comunidade religiosa dedicada à educação.

Em sua correspondência com o papa Leão XIII, Guerra compôs orações ao Espírito Santo, incluindo um terço do Espírito Santo, pedindo ao Senhor que envie o Seu Espírito “e renove o mundo”.

PADRE JOSÉ ALLAMANO (1851-1926)
O beato José Allamano foi padre diocesano na Itália por toda a sua vida, mas deixou um legado global ao fundar duas ordens religiosas missionárias, os missionários da Consolata e as irmãs missionárias da Consolata, que continuaram a difundir o Evangelho no Quênia, na Etiópia, no Brasil, em Taiwan, na Mongólia e mais de 20 outros países.

Allamano disse aos padres da ordem que fundou no norte da Itália em 1901 que eles precisavam ser “primeiro santos, depois missionários”.

“Portanto, como missionários, vocês não devem ser apenas santos, mas extraordinariamente santos. Todos os outros dons não são suficientes para fazer um missionário! É necessária santidade, grande santidade”, disse.

Allamano deu exemplo ao “combinar o compromisso com a santidade com a atenção às necessidades espirituais e sociais do seu tempo”, disse o papa são João Paulo II na sua beatificação em 1990.

“Ele tinha uma profunda convicção de que ‘o sacerdote é antes de tudo um homem de caridade’, ‘destinado a fazer o maior bem possível’, a santificar os outros ‘pelo exemplo e pela palavra’, com santidade e conhecimento”.

O beato foi profundamente influenciado pela espiritualidade dos salesianos e de são João Bosco, que foi seu diretor espiritual, e pelo testemunho de seu santo tio, são José Cafasso.

Allamano será canonizado depois que a Santa Sé reconheceu um milagre médico único atribuído à sua intercessão: a cura de um homem atacado por uma onça na floresta amazônica.

Sorino Yanomami, indígena que vive na floresta amazônica, foi atacado por uma onça-pintada em 1996 e fraturou o crânio. Devido à sua localização remota, passaram-se oito horas antes que ele pudesse ser transportado de avião para um hospital. Enquanto ele recebia tratamento na unidade de cuidados intensivos, seis irmãs missionárias da Consolata, um sacerdote e um irmão da Consolata, esperaram com a mulher do homem, ao rezar com uma relíquia do beato Allamano pela sua intercessão. As freiras também rezaram uma novena a Allamano pedindo a cura do homem, e dez dias depois da operação ele acordou sem nenhum dano neurológico e sem sofrer consequências de longo prazo do ataque, segundo o Dicastério para as Causas dos Santos da Santa Sé.

Quinze missionários da Consolata são hoje bispos, principalmente na África e na América do Sul, incluindo o prefeito apostólico de Ulan Bator, Mongólia, dom Giorgio cardeal Marengo.

MADRE MARIE-LÉONIE PARADIS )1840-1912)
A freira canadense beata Marie-Léonie Paradis fundou as irmãzinhas da Sagrada Família.

Nascida Virginie Alodie na região da Acádia de Quebec, no Canadá, a beata fundou seu instituto, cujo objetivo era colaborar e apoiar os religiosos da Santa Cruz no trabalho educativo, em 1880, em New Brunswick.

Antes de fundar sua ordem religiosa, Paradis também passou oito anos em Nova York, EUA, servindo no orfanato de São Vicente de Paulo na década de 1860, antes de se mudar para o Estado de Indiana em 1870 para ensinar francês e costura na Academia de Santa Maria.

A pedido do bispo de Montreal, Canadá, Paradis fundou a ordem das irmãzinhas em 1880. Uma parte importante da espiritualidade e do carisma da ordem é o apoio aos sacerdotes através da oração intensa e constante, mas também através do cuidado da cozinha, no lavagem dos seminários e reitorias, num “serviço humilde e alegre” à imitação de “Cristo Servo” que lavou os pés dos seus discípulos.

Hoje as irmãzinhas trabalham em mais de 200 instituições educativas e de evangelização no Canadá, nos EUA, na Itália, no Brasil, no Haiti, no Chile, em Honduras e na Guatemala.

O papa são João Paulo II chamou Paradis de “humilde entre as humildes” quando a beatificou em sua visita a Montreal em 1984, a primeira beatificação que aconteceu em solo canadense.

“Ela não tinha medo das diferentes formas de trabalho manual, que é o fardo que hoje pesa sobre tantas pessoas, embora fosse considerado uma honra na Sagrada Família, na própria vida de Jesus em Nazaré. Lá ela viu a vontade de Deus para sua vida. Com os sacrifícios inerentes a essa obra, mas oferecidos por amor, conheceu profunda alegria e paz”, disse são João Paulo II.

“Eu sabia que se referia à atitude fundamental de Cristo, 'que ele não veio para ser servido, mas para servir'. Ela estava completamente impregnada da grandeza da Eucaristia: esse é um dos segredos das suas motivações espirituais”, disse o papa polonês.

O milagre atribuído à intercessão de Paradis envolveu a cura de uma menina recém-nascida que sofria de “asfixia perinatal prolongada com falência múltipla de órgãos e encefalopatia” ao nascer, em 1986, num hospital em Saint-Jean-sur-Richelieu, Canadá, segundo relatório da Santa Sé.

MÁRTIRES DE DAMASCO, SÍRIA (Mortos em 1860)
A Igreja também ganhará 11 novos santos mártires que forma mortos por se recusarem a renunciar à sua fé cristã e converter-se ao islã. Os "mártires de Damasco" foram mortos "por ódio à fé" na igreja franciscana de São Paulo, em Damasco, Síria, em 10 de julho de 1860.

Oito dos mártires são frades franciscanos, seis sacerdotes e dois religiosos professos, todos missionários espanhóis, exceto o padre Engelbert Kolland, que era de Salzburgo, Áustria.

Os outros três são leigos que também morreram no ataque à igreja franciscana naquela noite: Francis, Mooti e Raphael Massabki, todos irmãos de uma família católica maronita.

Francis Massabki, o mais velho dos irmãos, era pai de oito filhos. Mooti era pai de cinco filhos e visitava todos os dias a igreja de São Paulo para rezar e dar aulas de catecismo. O irmão mais novo, Rafael, era solteiro e era conhecido por passar longos períodos rezando na igreja e ajudando os frades.

Seu martírio ocorreu na perseguição aos cristãos por muçulmanos e drusos xiitas, do Líbano à Síria, em 1860, que matou milhares de pessoas.

Tarde da noite, os extremistas entraram no convento franciscano, no bairro cristão de Bab-Touma (São Paulo), na cidade velha de Damasco, e mataram os frades: o padre Manuel Ruiz, o padre Nicolás M. Alberca y Torres, o padre Pedro Soler, o padre Kolland, o frei Francisco Pinazo Peñalver e o frei Juan S. Fernández.

Três irmãos que estavam na Igreja naquele noite, narraram os acontecimento daquele dia de martírio: "Os agressores disseram a Francis Massabki que sua vida e de seus irmãos seriam poupados com a condição de que ele negasse a sua fé cristã e abraçasse o islã, ao que Francis respondeu: "Somos cristãos e na fé de Cristo morreremos. Como cristãos, não tememos aqueles que matam o corpo, como disse o Senhor Jesus".

Então, ele olhou para seus dois irmãos e disse-lhes: "Tenham coragem e permaneçam firmes na fé, pois a coroa da vitória está preparada no céu para aqueles que perseverarem até o fim". Imediatamente proclamaram a sua fé em Cristo com essas palavras: "Somos cristãos e queremos viver e morrer como cristãos"

Ao se recusar a renunciar à sua fé crsitã e converter-se ao islã, os 11 mártires de Damasco foram brutalmente assassinados, Alguns foram decapitados com sabres e machados, outros foram esfaqueados ou espancados até à morte.

Todos os anos, em 10 de julho, o calendário litúrgico da custódia da Terra Santa comemora esses mártires, Na capital síria, as comunidades latinas e maronitas celebram frequentemente esse dia juntas. 

sábado, 19 de outubro de 2024

PROCESSOS DE BEATIFICAÇÃO DE TRÊS BRASILEIROS CHEGAM À SANTA SÉ.


O capuchinho frei Jociel Gomes, postulador das causas de beatificação dos servos de Deus padre João Maria Cavalcanti de Brito (1848-1905), irmã Adélia Carvalho (1922-2013)  e madre Vitória da Encarnação (1661-1715), entregou todos os documentos recolhidos na fase diocesana e arquidiocesana dos três processos ao Dicastério para as Causas dos Santos da Santa Sé.

Com a entrega dos documentos, os processos entram na fase romana, na qual o dicastério vai dar continuidade ao estudo das virtudes heroicas, dos depoimentos, dos relatos de graças alcançadas. O dicastério também vai verificar se os processos aconteceram de acordo com as normas da Santa Sé.

O próximo passo para as causas é a nomeação de um relator que acompanhará a elaboração da positio de cada uma das causas. A positio é um documento que contém uma biografia documentada dos candidatos a veneráveis e testemunhos de pessoas sobre a vida deles, relatando a prática das virtudes teologais (fé, esperança e caridade) e virtudes cardeais (prudência, justiça, fortaleza e temperança).

Com a positio aprovada, serão feitas duas comissões: uma histórica e uma teológica, ambas formada por nove membros, dos quais sete precisam aprovar a causa. Por fim, há um congresso de bispos e cardeais que em sua maioria também tem que aprovar a causa para que ela seja apresentada ao papa. Passando por todas essas etapas, a Santa Sé reconhece as virtudes heroicas e o servo de Deus passa a ser venerável.

Depois do reconhecimento como venerável, é necessário a confirmação de um milagre para a declaração de beato ou beata e, posteriormente, de um segundo milagre para a canonização.

PADRE JOÃO MARIA CAVALCANTI DE BRITO
O processo de beatificação do padre João Maria Cavalcanti de Brito foi aberto pela arquidiocese de Natal (RN). Segundo a arquidiocese, o início dos trâmites entre a arquidiocese e a Santa Sé aconteceu em 2002, mas somente em 2004, a causa do sacerdote foi iniciada e ele recebeu o título de servo de Deus.

O padre João Maria Cavalcanti de Brito nasceu em 23 de junho de 1848 na Fazenda logradouro, zona rural do município de Caicó, hoje Fazenda Três Riachos, no município de Jardim de Piranhas, região Seridó do Rio Grande do Norte. Foi ordenado padre do Ceará, em 30 de novembro de 1871. Autuou em vários municípios do Rio Grande do Norte e era conhecido como o "anjo de Natal", por seus trabalhos com os mais necessitados. Ele também ajudou no combate à seca e na luta contra a epidemia de varíola. Morreu de varíola, em 16 de outubro de 1905.

IRMÃ ADÉLIA
A serva de Deus irmã Adélia, uma das virtudes de Nossa Senhora em Cimbres (PE), teve o seu processo de beatificação aberto pela diocese de Pesqueira (PE). O Tribunal diocesano foi instalado em março desde ano e a fase diocesana terminou no domingo (13/10).

A irmã Adélia nasceu em 16 de dezembro de 1922, em Pesqueira. Quando criança ela presenciou a aparição de Nossa Senhora em 1936 e 1937, na região de Cimbres. Ela entrou para as Irmãs Damas em 1941 e se dedicou à formação dos mais pobres. Morreu em 13 de outubro de 2013, em Recife, aos 90 anos.

MADRE VITÓRIA DA ENCARNAÇÃO

O processo da Madre Vitória da Encarnação foi aberto em 19 de novembro de 2019 na arquidiocese de Salvador (BA) e reiniciado em abril deste ano. A fase arquidiocesana terminou em 25 de setembro.

A madre Vitória da Encarnação nasceu em 6 de março de 1661, em Salvador (BA). Ela se destacou pela vida de oração, piedade e caridade. Em 1686, aos 25 anos, entrou para o Mosteiro do Desterro, o primeiro mosteiro de enclausuradas no Brasil, das filhas de Santa Clara de Assis. Madre Vitória da Encarnação morreu em 19 de julho de 1715, uma sexta-feira, às 15 horas, com fama de santidade. Segundo as religiosas da época, no momento de sua morte, elas sentiam "uma maravilhosa fragrância de rosas" inundando os espaços do mosteiro.

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

MAIS DE 320 MIL PESSOAS PARTICIPAM DA NOVENA E FESTA DA PADROEIRA EM APARECIDA.


O santuário Nacional de Aparecida, em Aparecida (SP), recebeu 320.689 devotos de Nossa Senhora Aparecida na novena e festa da padroeira do Brasil, entre os dias 3 e 12 de outubro.

A novena aconteceu entre os dias 3 e 11 de outubro, quando 180.868 devotos estiveram no santuário nacional. Nesse período, os fiéis participara de missas, momentos de oração, carreata, passeio ciclístico e o festival da padroeira, com apresentação da Orquestra PEMSA e show do cantor Daniel com convidados.

Na festa da padroeira, em 12 de outubro, 139.821 devotos passaram pelo santuário. Foi o dia com maior movimento de pessoas no templo registrado em 2024. Durante o dia, foram celebradas seis missas, a consagração na basílica histórica e a procissão solene no complexo do santuário nacional.

Segundo o santuário, o domingo subsequente à festa da padroeira costuma registrar um número elevado de fiéis, o que não foi diferente neste ano. No dia 13 de outubro, 51.538 pessoas estiveram no santuário.

"O grande número de devotos que passaram por aqui representa uma alegria imensa, mas também uma responsabilidade em relação à acolhida", disse o missionário redentorista padre Helder José.

O sacerdote lembrou que muitos devotos foram para o santuário "a pé, de bicicleta, de carro, de ônibus ou em romaria". "Enfim, todos vieram como peregrinos, renovaram a esperança como peregrinos da esperança que são", disse.

O padre Helder agradeceu a "Deus por esses números" e pediu a intercessão de Nossa Senhora Aparecida "por esses filhos tão amados".

Durante o período da novena e festa da padroeira, o santuário de Aparecida convidou os devotos a participar de um gesto concreto e arrecadou 19 toneladas de alimentos e 5,3 mil itens de limpeza e higiene pessoal.

Os donativos beneficiarão 30 entidades sociais. As instituições são cadastradas no Serviço Social da Basílica e estão localizadas no território da arquidiocese de Aparecida, que inclui Aparecida, Potim, Roseira, Lagoinha e Guaratinguetá. São entidades que atendem diferentes necessidades sociais acolhendo desde crianças até idosos.
Reportagem: Natalia Zimbrão. 

SÉRIE: SANTOS CASADOS

A SANTIDADE DO MATRIMÔNO AO LONGO DOS SÉCULOS.

SÃO BASÍLIO e SANTA EMÍLIA.
Basílio nasceu em uma família abastada de Cesaréia, Capadócia, que durante a perseguição do imperador Maximiano aos cristãos teve de deixar sua casa e seu lar e viver na miséria durante sete anos (de 304 a 311), escondida nas arborizadas montanhas do Ponto. Na oração fúnebre a seu amigo Basílio Magno, São Gregório Nazianzeno menciona apenas a sua avó, Santa Macrina Maior, mas nada diz sobre o avô.

Basílio o Velho, pai de Basílio Magno, cresceu em Cesareia, na Capadócia, estudou direito e retórica, e construiu sua carreira sozinho, como advogado e professor de retórica. 
São Gregório Nazianzeno retrata o pai de seu amigo Basílio Magno em sua já mencionada oração fúnebre, caracterizando-o como um cristão exemplar a mestre de todas as virtudes.

Basílio, o Velho, era casado com Santa Emília, mulher virtuosa, de caráter exemplar e extraordinária beleza, que perdera os pais ainda jovem e casara-se com Basílio para proteger-se dos inúmeros males do mundo. A reputação desse casal cristão espalhou-se rapidamente através de toda a região do Ponto e da Capadócia, especialmente porque ambos demonstravam grande zelo em obras de misericórdia corporais oferecidos aos pobres e peregrinos.

Da união deste nobre e santo casal nasceram dez filhos, os mais célebres entre eles sendo São Basílio Magno, São Gregório de Nissa, Santa Macrina, a Jovem e São Pedro de Sebaste.

Com extremo amor e carinho, Santa Emília tratou de garantir uma educação cristã aos seus filhos; desde cedo os incitou a conhecer e a estimar a Palavra de Deus presente nas Sagradas Escrituras. Por meio do livro da Sabedoria, presente no Antigo Testamento, familiarizava-os com os fundamentos da vida cristã.

Basílio, o Velho faleceu logo após o nascimento de seu caçula (que mais tarde se tornaria o bispo Pedro de Sebaste), por volta do ano 349. Sua esposa, Santa Emília, após cuidar de todos os filhos, retirou-se para o claustro em Anési. Neste local, Emília viria a falecer já em idade avançada, cerca do ano 372, apoiada na presença de sua santa filha Macrina e seu santo filho Pedro de Sebaste.

Cesar Barônio incluiu os nomes de São Basílio, o Velho e sua esposa, Santa Emília, no Martirológio Romano no dia 30 de maio. Nesse dia, monge ítalo-gregos da Calábria celebram a "Festa da Família de São Basílio Magno". 

domingo, 13 de outubro de 2024

SEXTA E ÚLTIMA APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA.

13 de outubro de 1917
"Eu sou a Senhora do Rosário".
Na última aparição, Nossa Senhora revelou-se como sendo a Senhora do Rosário, pediu que fizessem uma capela no local em sua honra, que rezassem o terço todos os dias e profetizou que a Guerra terminaria em breve.

Realizou também diante da multidão o milagre anunciado: o Sol começou a bailar, várias pessoas foram curadas e as roupas ensopadas pela chuva que caíra caudalosamente antes da aparição estavam completamente secas.

Naquela manhã fria de outono, uma chuva persistente e abundante tinha transformando a Cova da Iria num imenso lamaçal, e parecia ensopar até os ossos da multidão de cinquenta a setenta mil peregrinos que ali se apinhava, vinda de todos os cantos de Portugal.

Por volta das onze e meia da manhã, aquele mar de gente abriu passagem aos três videntes que se aproximavam.

É a Irmã Lúcia que nos relata o que se seguiu:
"Saímos de casa bastante cedo, contando com as demoras do caminho. O povo era em massa. A chuva, torrencial. Minha mãe, temendo que fosse aquele o último dia da minha vida, com o coração retalhado pela incerteza do que iria acontecer, quis acompanhar-me. Pelo caminho, as cenas do mês passado, mais numerosas e comovedoras. Nem a lamaceira dos caminhos impedia essa gente de se ajoelhar na atitude mais humilde e suplicante, Chegamos à Cova da Iria, junto da carrasqueira, levada por um movimento interior, pedi ao povo que fechasse os guarda-chuvas para rezarmos o Terço. Pouco depois vimos o reflexo da luz e, em seguida Nossa Senhora sobre a carrasqueira.
- Que é que Vossemecê me quer?
- Quero dizer-te que façam aqui uma capela em minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o Terço todos os dias. A guerra vai acabar e os militares voltarão em breve para suas casas.
- Eu tinha muitas coisas para lhe pedir: se curava uns doentes e se convertia uns pecadores, etc.
- Uns, sim; outros não. É preciso que se emendem, que peçam perdão dos seus pecados.
"E tomando um aspecto mais triste:
- Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor que já está muito ofendido.
"E, abrindo as mãos, fê-las refletir no sol. E enquanto que se elevava, continuava o reflexo da sua própria luz a projetar-se no sol".

Tendo Nossa Senhora desparecido nesta luz que Ela mesmo irradiava, no céu sucederam-se três novas visões, "três quadros, simbolizando, um após outro, os Mistérios Gozosos, Dolorosos e Gloriosos do Rosário".

Junto ao sol apareceu a Sagrada Família: São José, com o Menino Jesus nos braços, e Nossa Senhora do Rosário. A Virgem vestia uma túnica branca e um manto azul, São José estava "também de branco, e o menino Jesus de vermelho claro".

Traçando três vezes no ar uma cruz, "São José com o Menino pareciam abençoar o mundo".

As duas cenas seguintes foram vistas apenas por Lúcia.
Primeiramente, Nosso Senhor, transido de sofrimento, como a caminho do Calvário, e Nossa Senhora das Dores, "mas sem a espada no peito". O Divino Redentor abençoou "o mundo da mesma forma que São José".
Logo depois, apareceu gloriosa Nossa Senhora do Carmo, coroada Rainha do universo, com o Menino Jesus ao colo. Enquanto os três pastorinhos contemplavam os celestiais personagens, operou-se ante os olhos da multidão o milagre anunciado...

Chovera durante toda a aparição. Lúcia, ao término de seu colóquio com Nossa Senhora, gritou para o povo:

- Olhem para o sol!

Então rasgaram-se as nuvens e o sol apareceu como um imenso disco luminoso.  Apesar de seu intenso brilho, podia ser olhado diretamente sem ferir a vista. As pessoas o contemplavam absortas quando, de súbito, o astro se pôs "a dançar, a bailar; parou outra vez e outra vez começou a dançar, até que por fim pareceu que se soltasse do céu e visse para cima da gente", segundo a descrição de um dos presentes.

Os gritos de entusiasmos ecoavam pelas colinas e muitos notavam que sua roupa, encharcada alguns minutos antes, estava completamente seca.

O milagre do sol pôde se observado a uma distância de muitos quilômetros do local das aparições.

- Fato ocorrido a 107 anos.

CELEBRAMOS HOJE A BEATA ALEXANDRINA DA COSTA.

"Queres me encontrar, minha filha? Busca-me em teu coração e em tua alma, aí habito teu coração como em meu tabernáculo. Se soubesses o quanto me consolas e o quanto socorres os pecadores só ao dizer-me que eras minha vítima". disse uma vez Jesus à beata Alexandrina da Costa, que viveu em êxtase a paixão de Cristo.

Alexandrina nasceu em 1904, em Balasar, Portugal. Para preservar sua virgindades, aos 14 anos se lançou da janela do segundo andar de sua casa, diante da ameaça de alguns mal-intencionados que entraram à força para abusar dela, de sua irmã e de uma amiga.

O golpe lhe causou, depois, um paralisia total que a obrigou a ficar de cama pelo resto de sua vida. Mais tarde, ofereceu-se a Cristo como vítima pela conversão dos pecadores, por amor à Eucaristia e pela consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria, mensagem fundamentais de Fátima.

Nos últimos 13 anos de sua vida não provou alimento, nem bebida e se manteve apenas da comunhão. Entregue à vida de oração e jejum, em 180 ocasiões experimentou misticamente a paixão de Cristo com muito sofrimento.

Em 13 de outubro de 1955, aniversário do "milagre do sol" que aconteceu em Fátima 38 anos antes, partiu para a Casa do Pai. Antes de morrer, disse: "Não pequem mais. Os prazeres desta vida não valem nada. Recebam a comunhão; rezem o terço todos os dias. Isso resume tudo".

A pedido da beata, ficou escrito no epitáfio de seu túmulo a seguinte inscrição: "Pecadores, se as cinzas do meu corpo puderem ser úteis para a vossa salvação, aproximai-vos: passai todos por cima delas, pesai-as até desaparecerem, mas não pequeis mais! Não ofendais mais o nosso Jesus! Pecadores, queria dizer-vos tantas coisas. Não bastaria este grande cemitério para escrevê-las todas! Convertei-vos! Não queiras perder a Jesus por toda a eternidade! Ele é tão bom!... Amai-O! Amai-O! Basta de pecar!".

São João Paulo II a beatificou em 2004 e, naquela ocasião, assinalou que "pela esteira da beata Alexandrina, expressa na trilogia 'sofrer, amar, reparar', os cristãos podem encontrar estímulo e motivação para nobilitar tudo o que a vida tenha de doloroso e triste com a prova maior de amor: sacrificar a vida por quem se ama".